Filmes portugueses conseguiram este ano 1% dos 4,5 milhões de espectadores das salas de cinema

  • Lusa
  • 6 Junho 2025

Este ano, até maio, os cinemas portugueses acolheram 4.525.468 espectadores, ou seja, mais 13% do que igual período de 2024. A receita cifrou-se em 28,5 milhões de euros, num aumento de 16,5%.

As salas de cinema somaram 4,5 milhões de espectadores entre janeiro e maio, num aumento de meio milhão face a igual período de 2024, mas apenas 1,1% viu cinema português, revelou o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).

As estatísticas mensais de exibição comercial de cinema, divulgadas esta sexta-feira pelo ICA, dão conta de que este ano, até maio, os cinemas portugueses acolheram 4.525.468 espectadores, ou seja, mais 13% do que igual período de 2024.

Em termos de receita de bilheteira, somaram-se 28,5 milhões de euros, num aumento de 16,5% (cerca de quatro milhões de euros) face ao mesmo período de 2024.

Os filmes portugueses ou com coprodução nacional, estreados este ano, foram vistos por 48.449 espectadores, o que significa que representaram 1,1% da quota total do mercado. Em receitas de bilheteira, a quota é de 0,8%, com um total de 228 mil euros.

Dos 172 filmes estreados nos cinemas entre janeiro e maio, apenas 44 (25,6%) foram de produção ou coprodução norte-americana, mas são os que têm mais sucesso, ultrapassando a quota dos 67% do total da exibição, tanto em receita de bilheteira como em audiência.

Comparando apenas a prestação do mês de maio, este ano houve um aumento de 27,4% no número de espectadores face a 2024, para um total de 852.584 entradas, e uma subida de 37% em receitas de bilheteira, somando 5,3 milhões de euros.

Esta subida pode justificar-se pela realização da iniciativa “Cinema em Festa”, organizada durante três dias de maio pela Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas, com a venda de bilhetes a 3,5 euros em mais de 420 salas.

Este ano, e com dados contabilizados até maio, o filme mais visto nos cinemas foi “Um Filme Minecraft”, de Jared Hess, com 498.120 espectadores e três milhões de euros de receita.

O segundo filme mais visto continua a ser “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, com 383.829 entradas e 2,4 milhões de euros de bilheteira.

Já “On Falling”, de Laura Carreira, é o filme português mais visto este ano, com 12.531 espectadores e cerca de 75 mil euros de receita.

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Continente reforça aposta e comunicação na gama ‘Equilíbrio’. É um “compromisso” de oferecer soluções “equilibradas e mais saudáveis”

O Continente quer alavancar a gama 'Equilíbrio', assumindo-se como marca promotora de uma alimentação saudável. Filipa Appleton, diretora de brand & marketing, explica a estratégia.

Filipa Appleton, diretora de brand & marketing do Continente.

A celebrar o 40.º aniversário com o mote “a vida passa a comer”, o Continente avança agora com um reforço na aposta e comunicação na gama de produtos ‘Equilíbrio’, sob forma de um “compromisso”. Para isso, vai lançar uma campanha multimeios, promover a literacia alimentar e alargar a oferta, com a ambição de conseguir um incremento de 30% nas vendas desta gama até 2027.

“Ao longo destes 40 anos temos vindo a identificar as necessidades do consumidor e o mundo de hoje mostra-nos que temos de fazer escolhas mais conscientes, tanto por a obesidade estar a aumentar, quer porque há uma série de doenças associadas a maus hábitos de alimentação. Sendo o Continente líder no retalho alimentar em Portugal, cabe-nos assumir a responsabilidade de providenciar em todas as nossas lojas ofertas equilibradas, mais saudáveis, nutricionalmente estudadas e cuidadosamente selecionadas para que tornemos a vida dos consumidores mais fácil mas também mais saudável“, explicou ao +M Filipa Appleton, diretora de brand & marketing do Continente, à margem de um evento com jornalistas.

Com uma gama que já se materializa em mais de 200 produtos, o Continente assume assim que quer continuar a aumentar esta oferta, “para satisfazer não só as necessidades de um consumidor mais consciente, mas também do consumidor que precisa de ser mais saudável e de fazer melhores escolhas, sem com isso ter de ser um perito em nutrição ou em alimentação”.

“Basta [a um consumidor] ir a uma loja, escolher produtos Continente Equilíbrio e levá-los para casa, sabendo que já está a contribuir para uma vida mais saudável, mais longínqua e com menos doenças no futuro, de forma simples, económica e com o sabor que também é tão preciso na alimentação, “, acrescenta.

O reforço da aposta nos produtos mais saudáveis vai ser comunicado de forma “muito consciente”, através de “mensagens simples que enderecem exatamente o que são os proof points destes produtos“, como seja não conterem óleo de palma, gordura hidrogenada ou edulcorantes e contarem com mais fibra ou com mais cereais integrais, refere a responsável.

No âmbito desta comunicação, a marca avança com uma campanha sob o mote “O truque é encontrar o equilíbrio”. Presente em televisão, rádio e digital, a campanha arranca na segunda-feira, dia 9 de junho, e conta com a criatividade da Fuel e com o planeamento de meios da Arena Media.

Escolhemos um caminho de verdade e mais equilibrado na promessa, porque acreditamos que o país e consumidores merecem essa transparência. Podíamos ir para um statement mais extremista e purista, mas o consumidor também não está preparado para o receber. O objetivo é que a gama ‘Equilíbrio’ seja facilitadora e que as pessoas confiem nela“, enquadrou Filipa Appleton na conversa com alguns media.

Mas, até “pela importância que a gama Continente Equilíbrio assume na alimentação do país”, a insígnia do grupo Sonae vai continuar a comunicar ao longo de todo o ano, apostando depois numa segunda vaga da campanha no período de regresso às aulas e às rotinas. Além disso, a insígnia tem também levado cada vez mais produtos da gama ‘Equilíbrio’ para as suas ativações e patrocínios.

A ‘Equilíbrio’ é uma gama que já é comprada por dois milhões de clientes, indicou ainda Filipa Appleton, pelo que tem sido notória uma “evolução muito grande“. Para isto contribui o facto de alguns produtos como o achocolatado em pó para crianças ou os produtos super breakfast terem uma “aceitação inacreditável“.

A ambição da marca passa assim por “alargar a gama, democratizando o acesso a produtos nutricionalmente equilibrados” com um crescimento da oferta destes produtos na ordem dos 50% e almejando um incremento de 30% nas vendas da gama ‘Equilíbrio’ até 2027, superando os cem milhões de euros, explicou-se na apresentação aos jornalistas, onde também estiveram presentes Mayumi Delgado, nutricionista e responsável por desenvolvimento de produto Continente, e Tânia Lucas, diretora de marcas próprias Continente.

O Continente assume assim o “compromisso claro” na área da alimentação de “ser o parceiro das famílias na construção de uma alimentação mais equilibrada, saudável, acessível e transparente“, que começa desde logo por “cada vez mais trabalhar em prol da literacia alimentar e disponibilização de artigos”.

Isto desde logo pelo facto de a obesidade afetar 28,7% dos adultos portugueses, de mais de dois terços da população (67,6%) apresentarem excesso de peso e de este ser o segundo fator de risco que mais contribui para a perda de anos de vida saudáveis, indicou a marca. Perante este cenário, “o papel das empresas é cada vez mais preponderante” tendo o Continente “um papel grande a desempenhar no contributo para a reversão destes números”.

Neste âmbito, a marca vai também “reforçar a aposta nos próximos anos na promoção de uma alimentação saudável” nas escolas através da Escola Missão Continente, sendo que uma das dificuldades reside na triangulação entre escola, casa e loja. “O sucesso é mais difícil de ser conseguido porque os pais não estão envolvidos, pelo que os resultados demoram mais tempo a aparecer. É uma questão de educação e de mudança de mentalidade e isto leva tempo“, indicou Filipa Appleton.

Ainda relacionado com os mais novos, a retalhista vai, até ao ao final de 2025, deixar de comunicar imagens infantis nas embalagens de produtos com baixo equilíbrio nutricional. As “roupagens engraçadas” para agradar às crianças vão assim passar a estar apenas presentes em produtos da gama ‘Equilíbrio’ e, portanto, mais saudáveis.

Todo este trabalho no desenvolvimento da gama equilíbrio requer uma “reformulação constante” através de um trabalho “muito colaborativo” com os fornecedores, sendo que algumas reformulações nem sempre são comunicadas, como as de redução de açúcar, para que não haja uma rejeição por parte dos consumidores que depois pensam que os produtos “não vão saber a nada” só porque são apresentados como mais saudáveis, exemplificou-se no encontro.

O Continente procura assim posicionar a ‘Equilíbrio’ como uma gama de “produtos nutricionais mais equilibrados, aprovados por nutricionistas, que facilita a vida de todos os que querem comer melhor, sem abdicar do sabor e a um preço democrático“. Ou seja, que a ‘Equilíbrio’ seja “um facilitador credível” e “a marca que ajuda a comer bem, todos os dias e que se enquadra no quotidiano com confiança e sem complicações“.

Para isso, vai também desenvolver três “grandes bastiões”. Além do reforço de produtos para necessidades específicas para cada fase de vida (por exemplo, para um target infantil ou sénior), a marca vai trabalhar em produtos com benefícios funcionais mais específicos (acoplando cada vez mais os benefícios funcionais aos produtos, com sugestões de utilização, por exemplo) e também em soluções cada vez convenientes e práticas.

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PME

Debater os desafios de fazer crescer um negócio em Portugal

  • ECO
  • 6 Junho 2025

Arranca este mês o ciclo Impulso PME, promovido pelo ECO e pela Five Credit, com uma conversa sobre crescimento e financiamento das pequenas e médias empresas.

As pequenas e médias empresas continuam a ser o coração da economia portuguesa — representam cerca de 99% do tecido empresarial, geram dois terços do emprego e são responsáveis por grande parte da inovação que se faz no país. Mas também enfrentam obstáculos significativos para crescerem de forma sustentável, manterem a competitividade e garantirem o financiamento necessário às suas ambições.

É neste contexto que nasce o Impulso PME, uma nova série de conversas dedicada aos principais desafios e oportunidades das PME em Portugal. Esta iniciativa resulta de uma parceria entre o ECO e a Five Credit, instituição financeira especializada no apoio a PME. O objetivo é criar um espaço de partilha e reflexão, com protagonistas do mundo empresarial e financeiro, que permita identificar caminhos para um crescimento mais robusto e duradouro.

A primeira talk deste ciclo acontece já dia 16 de Junho e será dedicada ao crescimento e financiamento das PME.

Segue-se, à sessão de abertura, que marca oficialmente o arranque do ciclo Impulso PME, uma apresentação por Francesco Franco, managing partner da Five Credit, com um estudo que ajuda a traçar um retrato atualizado dos principais desafios das PME em Portugal, com destaque para o acesso ao financiamento e os fatores que mais condicionam o crescimento.

O momento alto desta primeira sessão acontece com o painel de debate moderado por Tiago Freire, subdiretor do ECO, e que contará com a presença de Filipe de Botton, chairman da Logoplaste, Francesco Franco, José Farinha, chairman da BTOCNET, e Nuno Martins, membro da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos.

Enfrentar os desafios, preparar o futuro

As PME portuguesas enfrentam hoje um contexto particularmente exigente, marcado pela instabilidade geopolítica, inflação ainda elevada e pressões crescentes sobre salários e custos operacionais. Ao mesmo tempo, enfrentam o desafio de se adaptarem às exigências da transição digital e climática, sob pena de ficarem para trás.

Falar de crescimento e financiamento não é, por isso, um exercício teórico, mas antes uma urgência prática. As empresas precisam de soluções e de modelos que inspirem, assim como de uma rede de apoio que as ajude a enfrentar o presente e a preparar o futuro. Acompanhe, em eco.pt, o ciclo de conversas Impulso PME.

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Grupo SATA com constrangimentos na operação devido a balões e nevoeiro

  • Lusa
  • 6 Junho 2025

Lançamento de balões, colisão com aves e nevoeiro no Porto "estão a ter impacto na regularidade e na pontualidade da operação aérea" da SATA, indica a empresa.

As companhias aéreas Sata Air Açores e Azores Airlines estão a ter constrangimentos na operação desde quinta-feira devido a restrições relacionadas com lançamento de balões, bird strike e nevoeiro no Porto, informou esta sexta-feira o grupo SATA.

“Entre a noite de ontem (5 de junho) e a manhã de hoje (6 de junho), a operação aérea – tanto interilhas como doméstica e internacional –, foi afetada por diversos constrangimentos, alheios à sua responsabilidade, mas que estão a ter impacto na regularidade e na pontualidade da operação aérea”, indica a empresa em comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, na manhã desta sexta verificou-se a “limitação temporária de aproximação ao aeroporto de Ponta Delgada [ilha de São Miguel], devido a restrições de tráfego aéreo, por lançamento não autorizado de balões, o que obrigou a divergir e atrasar a partida de alguns voos da SATA Air Açores”.

A SATA refere também a ocorrência de um episódio bird strike (colisão de pássaro com aeronave), “no final do dia de ontem [quinta-feira] à chegada a Ponta Delgada, o que obrigou à imobilização de uma aeronave da Azores Airlines para inspeção obrigatória, implicando o reajuste da operação”.

O grupo SATA aponta igualmente a existência de “condicionamentos na operação de voos com destino ao Porto, provocados por denso nevoeiro e limitações nos sistemas de aproximação do aeroporto, resultando em atrasos em cadeia na operação da Azores Airlines”. “Estes acontecimentos, aos quais as companhias aéreas são alheias, provocam atrasos em cadeia, difíceis de repor num curto espaço de tempo”, salienta.

Ainda de acordo com a empresa, “apesar dos esforços contínuos para minimizar o impacto destas perturbações nos itinerários dos passageiros, a reposição da normalidade do tráfego está a ocorrer gradualmente” e os passageiros afetados por cancelamentos ou atrasos significativos “continuarão a ser informados sobre quaisquer alterações relevantes”.

A SATA “lamenta os incómodos causados” e assegura que “está a envidar todos os esforços para normalizar a operação com a maior brevidade possível”. O caso mais recente, relacionado com o lançamento de balões, ocorreu hoje de manhã em Ponta Delgada.

De acordo com a RTP/Açores, o espaço aéreo de São Miguel encerrou temporariamente entre as 11:21 locais (12:21 em Lisboa) e as 12:30, por causa do lançamento de balões, alegadamente por alunos de uma creche. A RTP adiantou ainda que o encerramento temporário do espaço aéreo deveu-se a razões de segurança e fez com que vários voos tivessem de divergir para Santa Maria, provocando ainda o atraso de outras ligações.

O diretor da Coriscolândia – Centro de Animação Lúdico-Pedagógico, uma das valências da Kairós (Cooperativa de Incubação de Iniciativas de Economia Solidária) já se manifestou “surpreendido” por o lançamento de balões, atividade de final de ano letivo, ter causado impacto no tráfego aéreo em São Miguel, garantindo ter informado a NAV.

Em declarações à Lusa, João Pimentel, disse que o lançamento de balões “é um evento com quase 20 anos”, que acontece anualmente para assinalar o encerramento do ano letivo e “sempre decorreu com normalidade”.

Todos os anos ligamos para a torre de controlo do aeroporto a informar e a pedir autorização. E, ontem [quinta-feira] ligámos a informar que hoje iríamos lançar os balões. Disseram-nos que podia ser hoje entre as 11:00 locais e as 11:25 e foi o que fizémos”, relatou. Ainda segundo João Pimentel, antes do lançamento de balões, a Coriscolândia “voltou hoje a estabelecer um novo contacto” com a NAV Portugal – Navegação Aérea, que “não manifestou impedimento”.

“Estamos admirados com o que está a acontecer”, reforçou o dirigente, acrescentando que só teve conhecimento da situação através de publicações nas “redes sociais”. João Pimentel disse também que os “cerca de 300 balões biodegradáveis” foram lançados “a mais de 10 quilómetros do aeroporto”. A Lusa tentou informações junto da NAV Portugal, mas não obteve resposta até ao momento.

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Quem são os ‘soldados’ que vão travar a guerra à burocracia

A "guerra à burocracia" foi delegada por Montenegro no 'comandante' Gonçalo Matias Saraiva, que conta com Bernardo Correia e Paulo Magro da Luz na equipa, enquanto secretários de Estado.

Bernardo Correia, Gonçalo Saraiva Matias e Paulo Magro da Luz (por ordem na imagem) compõem o novo Ministério da Reforma do Estado

A expressão “guerra à burocracia” não é nova, mas ganhou um novo significado esta semana, com a criação do Ministério da Reforma do Estado. Esse será um dos novos desígnios nacionais, afirmou o primeiro-ministro na cerimónia da tomada de posse do novo Governo. Horas depois, a equipa ficava completa com a apresentação dos novos secretários de Estado, que tomaram posse já nesta sexta-feira, que inclui Bernardo Correia, até aqui diretor-geral da Google Portugal, e Paulo Magro da Luz, consultor ao serviço da Câmara de Lisboa.

Enquanto general, Luís Montenegro recrutou o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) como comandante da missão ‘reformar Portugal’. Gonçalo Saraiva Matias, como já escreveu o ECO, tem defendido o combate à burocracia e simplificação da Administração Pública, bem como medidas como aposta na digitalização para maior celeridade na Justiça e aposta na rede consular.

O novo ministro da Reforma do Estado, Gonçalo Saraiva MatiasHugo Amaral/ECO

“Em Portugal, temos sempre esta ideia de que as coisas são muito grandes, demoram muito tempo e nada se consegue. Veja-se o caso do aeroporto: enquanto estivermos a olhar para o cume da montanha, nunca lá chegamos. É preciso começar a subi-la”, disse em 2023, numa entrevista ao Expresso.

Não é a sua primeira participação governativa. Durante dois meses, Gonçalo Matias Saraiva foi também secretário de Estado Adjunto e para a Modernização Administrativa no último – e curto – Governo de Pedro Passos Coelho. Foi também conselheiro legal da Presidência da República durante os mandatos de Aníbal Cavaco Silva e, até aqui, de Marcelo Rebelo de Sousa. Era ainda partner da Saraiva Matias e Associados, uma sociedade de advogados, e membro do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo.

A designação de um ministro da Reforma do Estado, que ganha “força política” por também ser Adjunto – como lembrou o líder da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares –, foi uma das grandes novidades do novo elenco governativo. Mas não foi a única. Para a equipa do novo Ministério foram recrutados dois nomes: Bernardo Correia para secretário de Estado para a Digitalização e Paulo Magro da Luz para secretário de Estado para a Simplificação.

Bernardo Correia era diretor-geral da Google Portugal desde 2016, sendo quadro da multinacional norte-americana desde dezembro de 2008. Esteve baseado em Londres até chegar à liderança do negócio em Portugal, de acordo com informação disponibilizada pelo próprio no LinkedIn, e antes disso passou oito anos na Unilever. Atualmente, era ainda membro da administração da Câmara de Comércio Americana em Portugal (AmCham). É licenciado em economia pela Universidade Nova de Lisboa.

“Em termos de reskilling de competências digitais da população, em termos da digitalização das PME e da capacidade de transformar, para além do setor tecnológico ou académico, para levar essa transição digital para a totalidade da economia, está muito por fazer”, assumia Bernardo Correia em junho de 2024, numa entrevista ao ECO enquanto membro da AmCham. “O desenvolvimento de talento interno é obviamente insuficiente para captar as necessidades do mercado de tecnologia”, sublinhou na mesma ocasião.

Bernardo Correia é o novo secretário de Estado para a DigitalizaçãoHugo Amaral/ECO

“Estamos felizes por ver o Bernardo dar este passo na sua carreira e desejamos-lhe as maiores felicidades para o exercício desta função. Os contributos do Bernardo para ajudar Portugal e as empresas locais a alcançarem o próximo nível na sua transformação digital foram de um valor inestimável”, respondeu ao ECO fonte oficial da Google Portugal, afirmando que a nova liderança será definida “nos próximos meses”.

Por seu turno, Paulo Magro da Luz tem prestado serviços de assessoria à Câmara Municipal de Lisboa desde maio de 2024 e estava, anteriormente, no conselho de administração do Grupo Egor, uma empresa privada portuguesa que opera no setor dos recursos humanos, e da qual chegou a ser CEO entre setembro de 2022 e novembro de 2023. No currículo conta ainda com uma formação em engenharia de telecomunicações pelo Instituto Superior Técnico em 1988 e um MBA em Finanças pela Universidade Católica Portuguesa.

“Eu tenho uma carreira que vem das tecnológicas e das consultoras. Toda a minha carreira foi feita na Accenture, na Capgemini, ligada a tecnologia”, comentou Paulo Magro da Luz durante uma entrevista com o ECO em janeiro de 2024, sobre o uso de inteligência artificial (IA) na gestão de recursos humanos.

Paulo Magro da Luz
Paulo Magro da Luz, secretário de Estado para a Simplificação, durante a cerimónia de tomada de posseJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Mais recentemente, em abril de 2025, veio a público uma polémica envolvendo a ‘entrada’ de Paulo Magro da Luz, “amigo de Carlos Moedas”, na Câmara Municipal de Lisboa. De acordo com o jornal Observador, a empresa Primalgoal, de que Paulo Magro da Luz é sócio, foi contratada em maio de 2024 pela autarquia para prestar serviços de assessoria numa altura em que Moedas já teria atingido o limite legal de assessores a contrato.

No LinkedIn, Magro da Luz assume-se, ainda hoje, como “consultor sénior” da Câmara de Lisboa, apesar de ser externo, auferindo também de uma remuneração de 3.725,5 euros (sem IVA), exatamente o valor máximo permitido por lei para assessores de gabinetes de presidentes municipais.

São estes três homens que encabeçam os esforços de reforma do Estado no novo Governo. Reagindo à composição, os partidos, sobretudo à esquerda, quiseram saber que reformas em concreto pretende Montenegro fazer. Enquanto isso, como noticiou o ECO, quase metade (48,8%) das empresas portuguesas declararam que a regulamentação empresarial é “uma barreira fundamental ao investimento”, o que compara em alta com as 32% da média da União Europeia, segundo a informação do Banco Europeu de Investimento.

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Grupo Stay Hotels compra Hotel São Luís em Leiria

Localizado a dez minutos do castelo, o Stay Hotel Leiria Centro é o 13º hotel do grupo em Portugal.

O grupo Stay Hotels adquiriu o Hotel São Luís, em Leiria, que passará a operar com a designação Stay Hotel Leiria Centro. Localizado a dez minutos do castelo, do centro histórico e das principais zonas culturais e comerciais da cidade, o hotel vai contar com 54 quartos. É o 13º hotel do grupo em Portugal.

“Leiria é procurada, sobretudo, pela sua oferta patrimonial e cultural, pela centralidade geográfica e pela proximidade a destinos como Fátima, Batalha, Alcobaça e Nazaré e o Stay Hotel Leiria Centro é agora o ponto de partida para que os visitantes vivenciem a melhor experiência na cidade”, refere a equipa de gestão do grupo hoteleiro.

Em comunicado, a equipa de gestão da Stay Hotels afirma que esta aquisição – da qual não avançou valores – “insere-se no plano de expansão sustentada em localizações com valor estratégico”.

No início do ano, o grupo Stay Hotels reforçou a aposta no Porto e abriu um quarto hotel junto ao Estádio do Dragão.

De norte a sul do país, o grupo Stay Hotels, que é detido por fundos de capital de risco geridos pela Inter-Risco, que foi vendida à sociedade brasileira Audere Investments, e pela Menlo Capital, conta com 13 unidades hoteleiras: Leiria, Torres Vedras, Faro, Guimarães, Coimbra, Évora, três unidades em Lisboa e quatro no Porto.

O grupo emprega cerca de 140 pessoas e fechou 2024 com um turnover superior a 15 milhões de euros.

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Amadora/Sintra tem 47 milhões aprovados no PRR, o maior cheque para ULS

Construção do Hospital de Dia e do centro de hemodiálise incluída nos 47,3 milhões do PRR destinados à Unidade Local de Saúde que serve cerca de 600 mil pessoas.

A Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora/Sintra viu aprovados 47,3 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o valor mais elevado entre as ULS do país, informou a entidade criada em janeiro do ano passado. Em comunicado, a unidade de saúde que serve cerca de 600 mil utentes reclama para si o lugar de ULS com o maior financiamento validado pelo PRR no setor da saúde.

Para a construção e renovação de instalações hospitalares, a ULS Amadora/Sintra destinou perto de 38 milhões de euros, investimento que permitiu a construção do centro de hemodiálise e do Hospital de Dia.

Adicionalmente, a entidade inserida na ARS Lisboa e Vale do Tejo conseguiu captar 3,7 milhões de euros para aquisição de equipamento médico pesado, aos quais somou 5,7 milhões de euros para renovação e modernização de equipamentos, totalizando 47,3 milhões de euros.

“Este pacote de investimentos, financiado maioritariamente através do PRR, traduz o compromisso do Ministério da Saúde e da ULS Amadora/Sintra com a modernização do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca [também conhecido por Hospital Amadora/Sintra] e a aposta em infraestruturas mais eficientes, tecnologia avançada e melhores condições para os utentes e profissionais”, afirma Carlos Sá, presidente do Conselho de Administração da entidade.

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Adicional de solidariedade. Estado obrigado a devolver 16 milhões à banca

Finanças respeitam decisão do Tribunal Constitucional, que declarou inconstitucional uma norma do adicional de solidariedade sobre a banca. Estado terá de devolver 16 milhões cobrados indevidamente.

O Estado terá de devolver o imposto do adicional de solidariedade sobre a banca cobrado no primeiro semestre de 2020, num montante que deverá rondar os 16 milhões de euros, de acordo com os constitucionalistas ouvidos pelo ECO. As Finanças já disseram que vão respeitar a decisão do Tribunal Constitucional.

Os juízes do Palácio do Ratton declararam inconstitucional a norma do imposto adicional de solidariedade sobre o setor bancário (ASSB) sobre o cálculo do imposto relativo ao primeiro semestre de 2020, “por violação do princípio da proibição da retroatividade dos impostos”, segundo o acórdão de 3 de junho.

“O Governo respeita todas as decisões dos tribunais e irá analisar cuidadosamente os fundamentos e consequências do acórdão n.º 477/2025 do Tribunal Constitucional que declarou inconstitucional o Adicional de Solidariedade sobre o Setor Bancário (ASSB) relativo ao primeiro semestre de 2020”, adianta o Ministério das Finanças, em resposta oficial ao ECO.

“Agora, quem se sentiu lesado, deve pedir a devolução dos valores pagos indevidamente, uma vez que, agora, a Autoridade Tributária já não tem lei de suporte. A norma em causa caiu”, referiu o constitucionalista José Moreira da Silva, em declarações ao ECO.

“À partida, as empresas não precisam de pedir que sejam ressarcidas desses montantes, mas certamente que o irão fazer”, acrescenta Tiago Duarte. “Ao executar a sentença do Tribunal Constitucional, a Autoridade Tributária deve devolver os valores que foram cobrados sem base legal”, explica o constitucionalista.

Em 2020, de acordo com a Conta Geral do Estado, os bancos pagaram 33,4 milhões de euros relativos ao ASSB, criado nesse ano para ajudar a Segurança Social a responder à crise da pandemia da Covid-19. Se dividirmos aquele montante por dois semestres, dá, em média, 16,7 milhões de euros. Ou seja, serão esses 16 milhões que a Autoridade Tributária terá de devolver aos bancos.

José Moreira da Silva admite que os bancos venham “pedir juros de mora” pelo imposto cobrado indevidamente no primeiro semestre de 2020.

ABBS vai continuar a ser cobrado

Tiago Duarte lembra que esta decisão do Tribunal Constitucional não determina o fim do ASSB. “O que está aqui em causa não é inconstitucionalidade geral do imposto, mas dos valores cobrados no primeiro semestre de 2020, uma vez que a Lei nº 27-A/2020, de 27 de julho, que cria esse imposto é posterior, em violação do princípio da proibição da retroatividade”, observa.

Ou seja, “como o imposto em si não foi declarado inconstitucional, apenas os montantes relativos ao primeiro semestre de 2020, o tributo vai continuar a ser cobrado”, reforça José Moreira da Silva.

No Orçamento do Estado deste ano, o Governo prevê que renda mais 40,8 milhões de euros.

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TVI transmite 12 jogos do Mundial de Clubes da FIFA

A hipótese já tinha sido deixada em aberto pela Dazn, que garantiu os direitos em exclusivo para o mundo inteiro.

A TVI vai transmitir 12 dos 63 jogos do Mundial de Clubes da FIFA, competição que vai decorrer nos Estados Unidos da América entre 14 de junho e 13 de julho.

A hipótese já tinha sido deixada em aberto pela Dazn, que garantiu os direitos em exclusivo para o mundo inteiro e que vai transmitir os jogos apenas na app.

Os jogos da Fase de Grupos a emitir pela TVI são os seguintes:

  • dia 15 junho, 20h, PSG x Atlético Madrid;
  • dia 18 junho, 20h, Real Madrid x Al Hilal;
  • dia 19 junho, 20h, Inter Miami x FC Porto;
  • dia 20 junho, 17h, SL Benfica x Auckland City;
  • dia 24 junho, 02h, FC Porto x Al Ahly;
  • dia 26 junho, 20h, Juventus x Manchester City

Os jogos das fases seguintes serão anunciados após se conhecerem as qualificações. Desta parceria, acrescenta a TVI, resultará também a disponibilização de resumos dos restantes jogos da competição.

É com entusiasmo que vamos levar até aos nossos telespectadores a emoção desta competição de alcance global, que agrega os maiores clubes e estrelas do ‘desporto-rei’ de todo o mundo”, diz, citado em comunicado.

Depois de já ter revelado que tinha assegurado a transmissão gratuita e em exclusivo do Mundial de Clubes, a Dazn anunciou no início da semana que vai transmitir a nova competição em exclusivo através da sua plataforma e app, pelo que não será possível assistir à competição através dos seus canais lineares. Esta opção insere-se numa estratégia de aposta crescente no streaming, explica.

No entanto, ao deter os direitos globais e exclusivos da competição, a empresa não exclui a “possibilidade de sublicenciamento para canais televisivos em sinal aberto“, avançando que é “possível a negociação de um pacote reduzido de jogos da competição no decorrer dos próximos dias”, embora sem concretizar quais os possíveis negócios a serem fechados.

“O que podemos garantir é que o apaixonado por futebol só poderá acompanhar todos os 63 jogos do Mundial de Clubes através da Dazn, assim como os adeptos do SL Benfica e do FC Porto só poderão ver todos os jogos dos seus clubes nesta competição na nossa app”, diz.

“A Dazn é uma plataforma global de streaming desportivo, presente em mais de 200 mercados, e aposta num modelo digital desde o primeiro dia. Sabemos que no mercado português ainda existe uma forte ligação aos canais televisivos tradicionais, sobretudo nas transmissões desportivas. Contudo, também sabemos que as várias plataformas de streaming que usamos hoje mudaram para sempre a forma como consumimos conteúdos, e a Dazn quer liderar essa transformação no entretenimento desportivo. Tal como o Spotify fez com a música, a Dazn quer ser o destino de eleição para os fãs de desporto”, explica a plataforma ao +M.

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Governo dos Açores altera programa Jovem Investidor

  • Lusa
  • 6 Junho 2025

O Governo Regional dos Açores aprovou a alteração ao programa Jovem Investidor, para que haja "maior eficácia" na sua execução e se reforce o apoio atribuído aos jovens empreendedores do arquipélago.

O Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) aprovou o decreto regulamentar regional que altera o programa Jovem Investidor, para que haja “maior eficácia” na sua execução e reforçar o apoio atribuído aos jovens empreendedores do arquipélago.

“Com esta alteração, adapta-se o programa Jovem Investidor à atual realidade socioeconómica, promovendo uma maior eficácia na sua execução e reforçando o apoio aos jovens empreendedores na criação de empresas inovadoras e sustentáveis na Região”, justifica o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM.

A decisão, divulgada em comunicado nesta sexta-feira, foi tomada na reunião do Conselho do Governo realizada na quarta-feira, na cidade da Horta, na ilha do Faial.

O decreto regulamentar regional introduz, ainda, uma revisão dos critérios de despesas elegíveis e de mérito, tornando os incentivos “mais eficazes e adequados às necessidades dos projetos”.

“A nova regulamentação simplifica os procedimentos de aferição da criação de postos de trabalho e flexibiliza as condições de participação, permitindo a participação minoritária de não jovens no capital das empresas, enquanto valoriza a participação maioritária de jovens, através da aplicação de uma majoração específica”, lê-se.

Ainda de acordo com a nota, “adicionalmente, a atribuição do prémio de realização passa a ocorrer no momento do encerramento do investimento, reconhecendo e valorizando a criação de emprego qualificado no contexto dos projetos desenvolvidos”.

Com estas alterações, o executivo açoriano “reforça o seu compromisso com a inovação, o empreendedorismo jovem e a diversificação da economia regional, criando melhores condições para que os jovens concretizem os seus projetos empresariais e contribuam para o desenvolvimento sustentável da Região”.

O programa Jovem Investidor está integrado no Construir 2030 e visa dinamizar a criação de empresas por jovens açorianos, com enfoque em setores económicos com elevado potencial de crescimento e inovação.

O Governo Regional dos Açores também aprovou uma resolução que autoriza a concessão de um aval no montante de 10.684.920,57 euros à empresa Portos dos Açores e outra para a realização da despesa referente à aquisição de três viaturas de combate a incêndios, para os Aeródromos das Ilhas do Pico, São Jorge e Graciosa, com o preço base de 3.300.000 euros.

Foi ainda autorizada a celebração de um contrato-programa, no montante máximo de 280 mil euros, entre a Região e a Associação RAEGE Açores – Rede Atlântica de Estações Geodinâmicas e Espaciais para implementação da Rede Atlântica de Estações Geodinâmicas e Espaciais e dinamização da respetiva atividade científico técnica no ano de 2025.

O executivo também aprovou a resolução que permite a comercialização de gasolinas e gasóleos sujeitos a aditivação e renovou o prazo da cedência de utilização, a título gratuito, à Agromariensecoop — Cooperativa de Produtores Agropecuários da Ilha de Santa Maria, de terrenos destinados à produção de meloa, por um novo período de 10 anos.

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Miguel Prata Roque fora da corrida à liderança do PS

  • Lusa
  • 6 Junho 2025

Miguel Prata Roque diz que as "eleições diretas marcadas para 27 e 28 de junho circunscrevem-se à escolha de alguém para completar o atual mandato do secretário-geral cessante".

O ex-secretário de Estado Miguel Prata Roque decidiu não concorrer às eleições diretas para a liderança do PS por entender que estas apenas serão “para completar o atual mandato” de Pedro Nuno Santos e ainda sem um “debate profundo, plural e clarificador”.

“As eleições diretas marcadas para 27 e 28 de junho circunscrevem-se à escolha de alguém para completar o atual mandato do secretário-geral cessante, que terminaria em janeiro de 2026”, pode ler-se num comunicado enviado por Miguel Prata Roque à agência Lusa.

Segundo o socialista, a Comissão Nacional do PS não marcou o Congresso Nacional para discussão de moção política global e eleição dos órgãos nacionais nem a eleição de delegados ao Congresso Nacional.

“A única preocupação do Semear Esperança é assegurar que a renovação se faz. Que as coisas mudam. Não havendo, por ora, lugar a um debate profundo, plural e clarificador sobre a estratégia futura a adotar, o movimento Semear Esperança não apresentará candidato às Eleições Diretas de 27 e 28 de junho”, justificou.

No entanto, Miguel Prata Roque antecipa que “a seu tempo” e “no final do atual mandato dos órgãos nacionais do PS”, o seu movimento irá “avaliar a eficácia e o grau de execução dessa agenda de futuro”.

Há uma nova geração de futuro que precisa de espaço para respirar. O movimento Semear Esperança entende que cabe ao Partido Socialista abrir essas portas e janelas”, começa por dizer no comunicado.

O ex-governante defende que é preciso criar um Laboratório de Inovação Governativa para “debater e elaborar uma Agenda de Futuro, que permita ao PS voltar a ser governo em 2029” e realizar uma Cimeira do Futuro onde se discuta esta agenda durante os anos de 2027-2028. “Abrir o PS à participação de pessoas independentes e às experiências sociais e empresariais mais inovadoras”, defendeu.

Segundo Prata Roque, o seu movimento partilhou esta agenda com o anunciado candidato a secretário-geral do PS José Luís Carneiro – até agora o único que avançou – que “transmitiu ao movimento Semear Esperança que partilha dessa preocupação em abrir o PS ao exterior e a uma nova forma de fazer política. “E que se dispõe a acolher essas (ou algumas dessas) propostas, caso venha a ser eleito”, acrescenta.

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Quase metade do Governo sai do Parlamento e entram 26 deputados. Veja quem são

Dos 60 ministros e secretários de Estado do Executivo da AD, 43% foram escolhidos nas urnas e serão substituídos por outros tantos não eleitos, que, assim, conseguem alcançar um lugar no Parlamento.

Quase metade do Governo de Luís Montenegro é constituído por deputados eleitos nas legislativas antecipadas de 18 de maio. Dos 60 ministros e secretários de Estado, 26 ou 43% saem do hemiciclo para assumirem funções governativas. Como consequência, serão substituídos, na Assembleia da República, por outros tantos 26 elementos não eleitos que constavam das listas da AD – coligação PSD/CDS e que, desta forma, conseguem alcançar um lugar no Parlamento.

No que diz respeito ao núcleo do Executivo, 12 dos 17 ministros, incluindo o primeiro-ministro, o que corresponde a 76,5% total, abandonam a cadeira parlamentar para comandar os destinos do país nos próximos quatro anos. O chefe do Executivo, Luís Montenegro, já empossado, era cabeça de lista por Aveiro. O lugar que deixa vago será ocupado por Paulo Cavaleiro, que já era deputado na anterior legislatura.

Rita Alarcão Júdice, ministra da Justiça, foi a primeira eleita pelo círculo de Coimbra e será substituída por Martim Syder. A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, deixa o banco do hemiciclo pelo distrito de Faro para Miguel Santos e a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, sai e entrega a pasta de deputada a Célia Freire, pelo círculo de Leiria.

Pelo distrito de Lisboa, Joaquim Miranda Sarmento sobe a ministro das Finanças e Miguel Pinto Luz a ministro das Infraestruturas e da Habitação e cedem o lugar a Gonçalo Lage e Eva Pinho, respetivamente. No Porto, saem Paulo Rangel para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, Nuno Melo para o Ministério da Defesa e Carlos Abreu Amorim para os Assuntos Parlamentares e entram Gonçalo Capitão, João Almeida e Ana Isabel Ferreira, respetivamente.

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, foi o primeiro eleito por Santarém, cadeira que será agora alcançada por Inês Barroso. Ana Paula Martins também abandona o banco do Parlamento, pelo círculo de Vila Real, para assumir as funções de ministra da Saúde. Para o seu lugar salta Ana Silveira. Por Viseu, sai António Leitão Amaro, que já tomou posse como ministro da Presidência, e sobe a deputada Isabel Fernandes. E, pelo círculo da Europa, José Manuel Fernandes cede as funções parlamentares a Carlos Gonçalves para liderar o Ministério da Agricultura e Mar.

Para o cálculo de substituições de deputados que subiram à mesa do Conselho de Ministros, não conta Manuel Castro Almeida, que irá tutelar o super-ministério da Economia e da Coesão Territorial. Foi cabeça de lista por Portalegre, mas a AD não conseguiu eleger um único parlamentar por aquele distrito, que distribuiu os dois mandatos a que tem direito por Chega e PS.

Quanto aos deputados que tomaram posse como secretários de Estado, 13 dos 43 governantes (30,2% do total) foram eleitos nas legislativas de 18 de maio, o que significa que outros 13 que constavam das listas da AD vão conseguir sentar-se numa cadeira do Parlamento, apesar de não terem sido escolhidos nas urnas pelos portugueses.

Pelo distrito de Aveiro, saem Emídio Sousa, para a secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, Silvério Regalado, para a Administração Local e Ordenamento do Território, e Salvador Malheiro, para as Pescas e Mar. Os três serão substituídos, respetivamente, por Carolina Marques, Firmino Ferreira e Helga Correia, no Parlamento.

Clara Marques Mendes, primeira eleita por Braga, volta a assumir as funções de secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, e deixa o lugar de deputada para Sónia Fernandes. Por Coimbra, Pedro Machado abandona o Parlamento para a secretaria de Estado do Turismo, Comércio e Serviços e entrega a pasta parlamentar a Joana Seabra.

Pelo círculo de Lisboa, três deputados deixam o hemiciclo para o Governo. Alexandre Homem Cristo fica como secretário de Estado Adjunto e da Educação e o seu banco no Parlamento passa para Paulo Lopes Marcelo; João Valle Azevedo, promovido a secretário de Estado da Presidência, entrega as funções de deputado a Francisco José Martins; e Ana Isabel Xavier, que assume os Negócios Estrangeiros e a Cooperação, deixa o lugar no plenário para Andreia Bernardo. De salientar que, por este distrito, Telmo Correia, do CDS, não foi eleito mas vai para o Executivo, mantendo as funções de secretário de Estado da Administração Interna.

Alberto Santos, eleito pelo Porto, volta a ficar com a pasta da Cultura. Com a sua saída, sobe a deputado Alberto Fonseca. Pelo mesmo círculo, Álvaro Castello-Branco, do CDS, não chegou a garantir um lugar no Parlamento, mas foi empossado secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional.

João Moura, eleito por Santarém, abandona a bancada laranja para a secretaria de Estado da Agricultura e será substituído por Ricardo Carlos. Paulo Simões Ribeiro, deputado por Setúbal, sai do Parlamento para assumir as funções de secretário de Estado Adjunto da Administração Interna. Para o seu lugar na Assembleia da República vai Paulo Edson Cunha.

Por Viana do Castelo, o deputado João Manuel Esteves vai para a secretaria de Estado do Ambiente e entrega a pasta de deputado a José Lago Gonçalves. E Inês Domingos, eleita por Viseu, deixa o grupo parlamentar para voltar a desempenhar a tarefa de secretária de Estado dos Assuntos Europeus. Bruno Faria, que não tinha conseguido ser eleito, fica com a cadeira no Parlamento.

Os círculos onde há mais substituições são também aqueles que têm mais mandatos, a começar por Lisboa. Dos 15 deputados que a AD conseguiu eleger pelo distrito da capital, cinco saíram para o Governo: Joaquim Miranda Sarmento, Miguel Pinto Luz, Alexandre Homem Cristo, João Valle Azevedo e Ana Isabel Xavier. Pelo Porto, a coligação, liderada por Luís Montenegro obteve 15 mandatos, dos quais quatro tiveram de assumir funções executivas: Paulo Rangel, Nuno Melo, Carlos Abreu Amorim e Alberto Santos. Por Aveiro, dos sete eleitos, quatro integraram o elenco governativo: Luís Montenegro, Emídio Sousa, Silvério Regalado e Salvador Malheiro.

Primeiro-ministro e 12 ministros substituídos no Parlamento

Saídas

  1. Luís Montenegro, primeiro-ministro
  2. Paulo Rangel, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
  3. Joaquim Miranda Sarmento, ministro do Estado e das Finanças
  4. António Leitão Amaro, ministro da Presidência
  5. Carlos Abreu Amorim, ministro dos Assuntos Parlamentares
  6. Nuno Melo, ministro da Defesa Nacional
  7. Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação
  8. Rita Alarcão Júdice, ministra da Justiça
  9. Fernando Alexandre, ministro da Educação, Ciência e Inovação
  10. Ana Paula Martins, ministra da Saúde
  11. Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia
  12. Margarida Balseiro Lopes, ministra da Cultura, Juventude e Desporto
  13. José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Mar

Entradas

  1. Paulo Cavaleiro, Aveiro
  2. Gonçalo Capitão, Porto
  3. Gonçalo Lage, Lisboa
  4. Isabel Fernandes, Viseu
  5. Ana Isabel Ferreira, Porto
  6. João Almeida, Porto
  7. Eva Pinho, Lisboa
  8. Martim Syder, Coimbra
  9. Inês Barroso, Santarém
  10. Ana Silveira, Vila Real
  11. Miguel Santos, Faro
  12. Célia Freire, Leiria
  13. Carlos Gonçalves, Europa

Secretários de Estado cedem o lugar a 13 não eleitos que sobem a deputados

Saídas

  1. Inês Domingos, secretária de Estado dos Assuntos Europeus
  2. Ana Isabel Xavier, secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação
  3. Emídio Sousa, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas
  4. João Valle Azevedo, secretário de Estado da Presidência
  5. Silvério Regalado, secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território
  6. Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços
  7. Paulo Simões Ribeiro, secretário de Estado Adjunto da Administração Interna
  8. Alexandre Homem Cristo, secretário de Estado Adjunto e da Educação
  9. Clara Marques Mendes, secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão
  10. João Manuel Esteves, secretário de Estado do Ambiente
  11. Alberto Santos, secretário de Estado da Cultura
  12. Salvador Malheiro, secretário de Estado das Pescas e do Mar
  13. João Moura, secretário de Estado da Agricultura

Entradas

  1. Bruno Faria, Viseu
  2. Andreia Bernardo, Lisboa
  3. Carolina Marques, Aveiro
  4. Francisco José Martins, Lisboa
  5. Firmino Ferreira, Aveiro
  6. Joana Seabra, Coimbra
  7. Paulo Edson Cunha, Setúbal
  8. Paulo Lopes Marcelo, Lisboa
  9. Sónia Fernandes, Braga
  10. José Lago Gonçalves, Viana do Castelo
  11. Alberto Fonseca, Porto
  12. Helga Correia, Aveiro
  13. Ricardo Carlos, Santarém

 

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