Fabricante de sofás de Lordelo abre loja em Joanesburgo e perspetiva expansão para mais três cidades sul-africanas

Loja surge de uma parceria com retalhista sul-africana especializada em soluções de luxo de colchões e mobiliário de quarto. Objetivo é abrir mais lojas na Cidade do Cabo, Durban ou Pretória.

A Suffa, fabricante de sofás premium localizada em Lordelo, no concelho de Paredes, acaba de abrir uma loja em Joanesburgo, a primeira fora de Portugal. O projeto resulta de uma joint-venture com a Vencasa, retalhista sul-africana especializada em soluções de luxo de colchões e mobiliário de quarto, presente há 40 anos no mercado da África do Sul. O objetivo é abrir mais lojas nas principais áreas metropolitanas do país.

Localizada na zona de Fourways (Joanesburgo), a loja de 465 metros quadrados representa um investimento conjunto de 210 mil euros. O CEO da Suffa conta que “este espaço comercial é o ponto de partida de uma aposta num país que poderá vir a ser muito maior”.

“O objetivo é que a loja em Fourways sirva de teste e adaptação ao mercado. Num período entre seis a 12 meses, caso se verifique o forte potencial que pensamos que o mercado tem, temos o objetivo de chegar às principais cidades da África do Sul com novos pontos de venda”, adianta André Fernandes.

Caso se verifique o potencial que acreditamos que o mercado tem, a médio prazo, temos a meta de a Suffa estar representada entre três a cinco das principais áreas metropolitanas da África do Sul, como Cidade do Cabo, Durban ou Pretória.

André Fernandes

CEO da Suffa

O líder da Suffa revela ao ECO que, caso se verifique o potencial do mercado, a ideia é a “Suffa estar representada entre três e cinco das principais áreas metropolitanas da África do Sul, como Cidade do Cabo, Durban ou Pretória“. André Fernandes conta ainda que “assim que estes mercados estiverem bem estabelecidos, consideram uma posterior expansão para as províncias (da África do Sul) Gauteng, KZN e Cabo Oriental”. Posteriormente, depois de consolidar o negócio, poderá estar em cima da mesa abrir em outros países africanos.

O CEO da Suffa explica ao ECO que o primeiro contacto com a Vencasa surgiu em janeiro do ano passado no âmbito de uma prospeção de mercado. Depois de uma reunião online, André Fernandes reuniu com o CEO da retalhista sul-africana para “conhecer pessoalmente a empresa e o potencial de mercado”. Alinhadas as negociações, as empresas uniram-se para expandir o negócio.

“A Vencasa, com todo o know-how que tem sobre o funcionamento deste mercado já desde 1985 e num segmento que é também o nosso – o premium – é o parceiro ideal para a nossa aposta na África do Sul, para nos ajudar a levar a cabo o aliciante plano de expansão que temos para este país”, afirma André Fernandes, CEO da Suffa, que tem fábrica e showroom em Paredes, bem como uma loja na Rua Castilho, em Lisboa.

“Com este espaço, que é neste momento a nossa maior loja, pretendemos proporcionar uma experiência de compra que demonstre a este país o nosso alto nível de expertise na criação de sofás que são desenhados e criados de modo personalizado por uma equipa de designers e totalmente produzidos em Portugal”, acrescenta o mesmo responsável.

Para Greg Smart, CEO da Vencasa, “a Suffa traz algo de novo ao mercado sul-africano no segmento de sofás de alta qualidade. O estilo de design e a qualidade de produção posicionam a marca no segmento de quiet luxury, onde os consumidores podem usufruir de padrões de qualidade europeus, acessíveis aos segmentos médio-alto e alto do mercado”. Em paralelo, acrescenta, “esta colaboração foca-se em proporcionar ao nosso mercado a tranquilidade de saber que a Suffa é apoiada por um retalhista de forte reputação local, com quase 40 anos de experiência na África do Sul”.

“Um dos principais fatores diferenciadores da Suffa é a incorporação de funcionalidades de relaxamento, com sofás e conjuntos de sala de estar reclináveis e automatizados, aliando design elegante e moderno (…) As unidades de energia recarregáveis permitem uma disposição fácil do mobiliário nas salas de estar, sem a necessidade de alinhar os assentos de acordo com as tomadas disponíveis na divisão. Evitam-se assim extensões de cabos e tomadas visíveis, dando aos proprietários a liberdade de organizar a configuração do seu espaço como desejarem”, destaca o retalhista sul-africano.

Criada em 2010, com sede e fábrica em Lordelo, no concelho de Paredes, a Suffa trabalha há mais de 12 anos para os mercados internacionais no segmento de private label e vende dez mil sofás por ano, sobretudo para o mercado francês. Emprega 55 pessoas e fatura 5,2 milhões de euros.

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Chumbo do IRC pelo PS? “Vamos manter vincada a nossa posição”, garante ministro das Finanças

Ministro das Finanças alerta PS que "qualquer mexida" na proposta do IRC "consensualizada" com o Governo comprometeria metas orçamentais e espera esclarecimentos a Pedro Nuno Santos.

O ministro das Finanças garante que o Governo vai manter “vincada” a sua posição em relação à proposta de descida do IRC em um ponto percentual (pp) no Orçamento do Estado para 2025 (OE 2025), admitindo ter ficado “espantado” com as notícias de que o PS deverá chumbar a proposta na fase de debate na especialização, em novembro.

“Temos uma proposta que procurámos consensualizar com o PS de redução de 1 ponto percentual. É sobre esta proposta que vamos vincar a nossa posição“, afirmou Joaquim Miranda Sarmento, em declarações aos jornalistas, à margem da reunião do ECOFIN, em Bruxelas, esta segunda-feira. “Espanta-me que o PS não aceite essa consensualização uma vez que viabilizou o Orçamento do Estado. Ainda não ouvi o secretário-geral a falar sobre o tema. Vamos aguardar serenamente“, respondeu.

Em causa está a notícia avançada pela CNN Portugal que dá conta o PS deverá chumbar, na fase da especialidade, a proposta para o IRC apresentada pelo Governo no OE2025. À estação televisiva, fontes socialistas confirmam ser “certo”um chumbo da medida por “falta de acordo” entre o Executivo de Luís Montenegro e o partido liderado por Pedro Nuno Santos. Apesar de o secretário-geral ainda não se ter manifestado publicamente sobre este tema, o ministro das Finanças deixou já um aviso:

“O secretário-geral do PS sempre disse que estava comprometido com o objetivo orçamental que o Governo fixou no Orçamento do Estado (0,3%) do PIB. Qualquer mexida nessa matéria e não seria possível manter esse valor de superávit“, disse atirando a responsabilidade de prestar esclarecimentos para Pedro Nuno Santos. “Compete ao secretário-geral dizer o que o PS vai fazer“, sublinhou.

Recorde-se que depois de uma fase de negociação entre o Governo e o PS, as duas partes acordaram em fazer cair o IRC de 21% para 20% em 2025, sem a referência a descidas futuras como exigia o PS. Foi uma cedência face ao objetivo inicial do executivo para que houvesse uma descida para 19% já em 2025, mas que ainda assim não conseguiu convencer os socialistas a viabilizar o OE 2025.

Descida da dívida pública mostra “compromisso” com contas equilibradas

O ministro das Finanças aproveitou o momento para comentar os dados divulgados pelo Banco de Portugal e que dão conta que a dívida pública caiu pelo terceiro mês seguido para 97,4% do PIB.

“Os dados mostram uma trajetória de descida sustentada, e é esse o compromisso do país de continuar a manter as contas públicas equilibradas e continuar a descer a dívida pública para conseguirmos manter uma posição confortável”, sublinhou Miranda Sarmento, em Bruxelas.

Em setembro, a dívida pública voltou a cair. Segundo dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira, a dívida das Administrações Públicas na ótica de Maasctricht baixou 0,54%, ou 1,48 mil milhões de euros, para 272,2 mil milhões de euros, fazendo desde o terceiro mês consecutivo em que o stock da dívida registou uma queda mensal em termos nominais.

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Serviços do Centro de Saúde de Tondela de regresso às instalações provisórias

  • Lusa
  • 4 Novembro 2024

As unidades do Centro de Saúde de Tondela regressaram hoje às instalações provisórias, depois de o mau tempo ter obrigado a deslocalizar os serviços, anunciou a Câmara.

As unidades do Centro de Saúde de Tondela regressaram hoje às instalações provisórias, junto ao Pavilhão Desportivo Municipal da cidade, depois de o mau tempo ter obrigado a deslocalizar os serviços, anunciou a Câmara.

Os serviços foram deslocalizados, temporariamente, nas últimas semanas por vários locais, devido ao mau tempo e enquanto decorriam as obras de conclusão do espaço, que é composto por vários contentores de modo a garantir todas as condições de segurança para os utentes e profissionais de saúde, justifica a autarquia em comunicado.

O executivo municipal, liderado pela social-democrata Carla Antunes Borges, refere que no espaço provisório para onde regressaram hoje as unidades do Centro de Saúde, “além da cobertura e de um novo piso, foi colocada uma nova sala de espera”.

A Câmara Municipal de Tondela, distrito de Viseu, lembra que “as diferentes unidades que integram o Centro de Saúde mudaram-se para instalações provisórias em meados de setembro para que o edifício do serviço de saúde entre em obras”.

Uma mudança que foi alvo de críticas pela concelhia do Partido Socialista (PS) que propôs “a eventualidade de se utilizarem outras instalações disponíveis na União de Freguesias Tondela e Nandufe ou noutras freguesias do concelho, ou a distribuição dos utentes pela Unidade de Saúde Familiar de Canas de Santa Maria e Extensão de Saúde de Molelos, o que foi então recusado”.

“A intervenção, que tem um prazo de execução de 12 meses, segue já a bom ritmo. A empreitada prevê uma profunda remodelação do imóvel, que data de 1989, sobretudo ao nível do interior”, afirma hoje o executivo camarário na nota de imprensa.

A requalificação vai “melhorar as condições de atendimento à população, o acesso aos cuidados de saúde, a qualidade e a assistência clínica aos utentes e a eficiência energética”, assim como “a cobertura que será substituída”.

“O projeto orçado em 1,7 milhões de euros conta com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e visa dotar o edifício do Centro de Saúde das condições de salubridade, iluminação e conforto que os cuidados médicos e de enfermagem exigem, garantindo uma melhor prestação dos cuidados de saúde primários à população”, justifica a Câmara.

O Centro de Saúde de Tondela, que abrange mais de 12 mil utentes, alberga a Unidade de Saúde Familiar (USF), a Unidade de Cuidados à Comunidade (UCC), a Unidade de Saúde Pública (USP) e a Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP).

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“A gostar de se lançar a coisas novas”, Catarina Castro, da Egor, na primeira pessoa

Em meia década de vida, Catarina Castro, diretora de marketing da Egor, conta com um percurso cheio. Começou no fitness, passou pelos eventos e entrou no marketing. Adora correr e fazer desporto.

Tenho tido bons e grandes momentos na minha vida, porque, lá está, gosto sempre de me lançar a coisas novas“, diz Catarina Castro. Com cinquenta anos feitos recentemente, a atual diretora de marketing do grupo Egor começou a trabalhar aos 16 anos na área do fitness, foi diretora de uma agência de eventos, fez o evento FeelWoman para celebrar o dia da mulher, lançou uma revista online para mulheres e liderou a “primeira agência digital só para redes sociais”. Entretanto é docente universitária e formadora, treina muito – o mínimo que corre são sete quilómetros – e adora ópera.

Formada em Relações Públicas, Publicidade e Comunicação Aplicada pelo Instituto Superior de Novas Profissões, e embora já desse aulas de fitness ainda antes da maioridade, foi no Holmes Place, enquanto activity manager, que Catarina Castro iniciou efetivamente a sua carreira profissional, num grupo com uma cultura empresarial internacional e que lhe proporcionou um investimento em formação “extraordinário”.

“Tinha pouco mais de 25 anos e estava a ter formação extraordinária ao nível do que era a liderança, a gestão de pessoas, tudo”, relata ao +M, acrescentando que esse período superior a cinco anos foi “muito bonito” e que, quando saiu de lá, o fez com “o coração apertadinho”.

Depois há um “corte radical”, sendo “imediatamente exposta a um cargo muito grande”, enquanto diretora da agência de eventos Certame. “Eu era muito nova, não tinha experiência nenhuma de eventos e tive que realmente por a mão na massa. Foram anos muito interessantes e impactantes”, afirma.

Segue-se a passagem enquanto CEO na AllGlow, uma agência de marketing e eventos, onde realizou inclusive o FeelWoman, “o mais alto momento do ano quando se trata de comemorar a mulher portuguesa”. O evento, que passados alguns anos deixou de ser realizado, tinha a duração de três dias e decorria no Centro de Congressos de Lisboa e Exponor, onde marcavam presença mais de 70 marcas e por onde passava um número médio de 50 mil visitantes, segundo o LinkedIn de Catarina Castro.

Com os eventos há aquilo que eu chamo de um ‘empurrão gigante’ para seguir aquilo que tinha estudado academicamente, tendo depois claramente abraçado o marketing. E desde então o caminho e a jornada têm sido extraordinários“, refere.

Entrou então para a Sales Engine Online, onde, entre outras incumbências ao nível do marketing, lançou uma revista digital para as mulheres”, a Supawoman. Um dos “trunfos” do projeto passava por “ter sempre grandes caras com grandes fotógrafos”. Quem fotografou a estilista Fátima Lopes quando foi capa, foi o seu irmão, Paulo Lopes, exemplifica Catarina Castro, reconhecendo que o conseguiu, uma vez que também foi modelo da Face Models, agência de modelos da estilista, até aos 38 anos.

Eu conseguia ter a conjugação de vários mundos, onde acabava por haver uma complementaridade muito grande entre eles. O facto de ter estado nesse mundo de modelos fez-me conhecer muita gente, são coisas de que as marcas querem estar perto, e com o FeelWoman também fiquei com muitos conhecimentos ao nível das marcas”, recorda.

Noutro passo dado na sua carreira, aceitou um convite para ser diretora da TribeAgency, a “primeira agência digital só para redes sociais”. “Era algo que não havia no mercado. Havia apenas as grandes agências que tinham pessoas que trabalhavam as redes sociais, cuja expressão estava a aumentar cada vez mais, com as marcas cada vez mais atentas – sob o princípio de seguirem onde está o cliente – e então resolvi embarcar na aventura“, diz.

Foi extraordinário, e trouxe-me aqui uma visibilidade de mercado muito grande. Trouxe-me muita musculatura e aprendizagem em termos de digital. Errei muito, mas hoje, enquanto marketeer e mulher apaixonada pelo digital, quando falo, falo de voz ativa“, refere.

Foi passado cerca de quatro anos que sentiu a “necessidade” de ir para o cliente final, onde queria “testar se conseguia fazer crescer uma marca”. Após uma passagem de cerca de pouco mais de dois anos pela Angus Heritage, enquanto head of marketing communications, rumou para a Panidor, onde desempenhou a mesma função, até ir depois “parar ao grupo Egor“, começando a trabalhar enquanto diretora de marketing numa empresa que “nunca tinha tido um departamento de marketing”.

Foi com muita honra que vim abrir o departamento de marketing da Egor. O primeiro ano foi para aprender, ou seja, para sentir o que era a área de recursos humanos. O segundo foi para aquilo que estou a fazer agora: grandes campanhas comerciais, trabalhar com uma profundidade e uma aproximação muito grande à área comercial, e efetivamente ter como objetivo que a Egor volte a tornar-se uma top voice na geração Z, que ainda não nos conhece”, afirma.

Quanto à atual comunicação da Egor, Catarina Castro explica que esta é uma comunicação que foi “pensada estrategicamente” e iniciada com o rebranding do grupo, que aconteceu há cerca de um ano, e que contou com a criação de mais duas marcas “para de alguma forma distinguir os seus serviços e aquilo que são as diferentes propostas de valor para cada uma das áreas”.

Nesse sentido, foram criadas a Synchro (especializada em outsourcing) e a The Bridge (especializada em trabalho temporário), marcas com “personas diferentes”. Enquanto a Synchro “precisa de ser quase camaleónica” – uma vez que há outsourcing em diferentes áreas, o que leva a que o consumidor final seja “completamente distinto” — a The Bridge apresenta-se como uma “marca muito racional e objetiva”.

Já a Egor, “será uma persona mais madura e responsável” — embora também lhe tenha sido trazida uma ligeireza e frescura com o rebranding — tendo “duas responsabilidades em cima dela”, uma enquanto grupo e outra enquanto marca “totalmente relacionada com o recrutamento especializado”.

“Ou seja, o que queremos é realmente focar mais as personas. Em vez de termos uma marca que dá para tudo nós queremos cada uma das marcas com um papel e as suas áreas de negócios atribuídas para depois comunicar. É muito mais facilitador e cria-nos mais proximidade com os clientes e com os candidatos“, explica Catarina Castro.

No cômputo geral, “o que quisemos trazer para a marca foi o grande fator que são as pessoas“. “Mesmo que existam estas interfaces todas, nós, Egor, somos conhecidos lá fora por sermos excelentes com as pessoas. Sejam essas pessoas os clientes ou os candidatos, e por isso é que temos uma faturação extremamente saudável e estamos nos principais players”, diz.

Atualmente, as marcas do grupo Egor estão a apostar em “estratégias de aproximação tanto aos clientes como aos candidatos muito mais cirúrgicas“. “E o facto é que tem dado um resultado significativo para a área comercial, e é nisso que eu quero continuar a investir, cada vez mais aliando o marketing com a área comercial“, afirma.

Na Egor, Catarina Castro lidera uma equipa composta por outras quatro pessoas, embora conte depois com o trabalho de vários colaboradores externos. Em termos de agências, desde que chegou à empresa, a diretora de marketing diz que ainda só “investiu” numa, a Corpcom, uma vez que o capital criativo e intelectual interno consegue “dar resposta”.

Paralelamente, Catarina Castro é professora universitária na Universidade Lusófona e formadora na Century 21. Diz ter um “afeto profundo” pela formação embora também goste muito de “testar”, pelo que não se vê a ter de optar por apenas uma das duas vertentes.

Entende que cada vez que dá formação é obrigada a atualizar os seus conhecimentos, o que lhe traz “musculatura”. As duas vertentes são um “verdadeiro complemento” e ajudam-na bastante numa relação simbiótica. Enquanto formadora é positivo contar com a experiência prática, e no trabalho prático é bom contar com a atualização de conhecimentos que o ter dar formação lhe traz, explica.

Atualmente vive em Oeiras, com o marido e o filho de 24 anos, este num “in e out”, uma vez que “às vezes está com o pai e outras vezes está com a mãe”. Natural de Lisboa, viveu com os pais no Barreiro, tendo depois mudado de margem.

Em retrospetiva, olha para a infância e adolescência como anos “traquinas” vividos por uma rapariga “hiper energética”. “Se tivesse nascido à data de hoje, os meus pais tinham-me dado comprimidos por hiperatividade”, diz, acrescentando que talvez por esse motivo começou a correr no Sporting Clube Lavradiense ainda antes de completar cinco anos de idade.

Se começou cedo a fazer desporto, também cedo começou a dar aulas de fitness — com 16 anos — no que é hoje o Grupo Desportivo Fabril do Barreiro, mas que na altura se denominava como Grupo Desportivo da Quimigal. Algumas das suas alunas tornaram-se naquelas que são hoje as suas melhores amigas, num grupo formado há mais de 30 anos.

Entretanto tornou-se também atleta de alta competição porque “treinava que nem um animal” e ia a provas como o Raid das Quinas. Como exemplo de prova dá a que fez entre a Serra da Estrela e Coimbra, numa equipa composta por quatro homens e uma mulher (era obrigatório serem equipas mistas) em representação do Instituto Superior Técnico, onde teve de fazer cerca de 200 kms de forma não motora, o que passou por BTT, rafting e caminhada. O limite para conclusão da prova seriam 10 dias, sendo que a sua equipa completou a prova em aproximadamente dois dias/dois dias e meio.

Competíamos com equipas de Rangers e Comandos e nós levávamos umas tendinhas, porque não havia Decathlons nem nada disso, enquanto os Comandos e os Rangers tinham grandes tendas. Mas de facto tenho a honra de dizer que ficávamos sempre em primeiro. E porquê? Porque a malta tinha de se matar a treinar e o elemento feminino era muito importante e estas equipas não faziam grandes investimentos em elementos femininos”, recorda.

Entretanto, continua a fazer meias-maratonas e a treinar muito – pois é esse o seu “psicólogo” – , sendo que o mínimo que corre são sete quilómetros. No entanto, agora quando faz maratonas, já não se dá ao sofrimento, só ao prazer.

Gosta de música, principalmente ópera, já tendo perdido a conta às vezes que assistiu ao “O Fantasma da Ópera”.

Mas a sua paixão passa mesmo pelo desporto, prática de que não abdica nem quando vai para o outro lado do mundo. Por exemplo, foi recentemente à Tailândia, viagem em que aproveitou para fazer mergulho: “estar lá em baixo é como se me sentisse como uma astronauta”, diz.

O desporto não é só desporto, é onde procuro a minha paz de espírito. Por isso é que faço tanto desporto, seja trail ou surf… faço um pouco de tudo”, confessa.

Para lá do desporto, gosta também de estar sempre a aprender, a procurar informação e a estudar. Há dois anos voltou ao ensino universitário para tirar uma especialização em negociação pela Universidade Católica, tendo já na mira um próximo curso em gestão e marketing.

Catarina Castro em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Nacionalmente, adoraria ter aprovado a campanha “Vai Portugal” da Sagres durante o Euro 2016, uma combinação impecável de emoção e conexão nacional. Internacionalmente, a campanha “Share a Coke” da Coca-Cola marcou-me. Ambas conseguiram criar uma ligação genuína com o público e construíram um sentido de pertença à marca.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Decidir quando é o momento certo para fazer mudanças radicais numa marca consolidada. Pode ser a chave para evoluir, mas traz sempre riscos.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

O público. Se não estivermos alinhados com o que o público quer, tudo o resto falha.

4 – O briefing ideal deve…

Ser claro, direto, sem margens para dúvidas e com uma visão bem definida.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Desafia a nossa visão, traz ideias frescas e não tem medo de nos confrontar, sempre em prol da qualidade.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar. A publicidade que mais fica na mente é a que teve coragem de sair do comum.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Investiria numa campanha de notoriedade de longo prazo, focada em plataformas digitais, com uma abordagem completamente interativa e personalizada.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Um mercado em crescimento, mas que precisa de mais ousadia.

9 – Construção de marca é?

Um trabalho de longo prazo que exige coerência e conexão emocional contínua.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Provavelmente, investigadora. É uma área que exige análise e compreensão humana, algo que o marketing também exige, mas numa perspetiva mais profunda e experimental.

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Filipe Neves é o novo managing director da Arena Media

Filipe Neves é novo responsável da Arena Media, avançou a Havas Media Network ao +M. O profissional regressa ao grupo do qual saiu em 2022, após dois anos a trabalhar do lado do cliente.

Filipe Neves, no último ano head of agencies na MC – Sonae é o sucessor de Rodrigo Albuquerque na Arena Media. O nome foi avançado ao +M pela Havas Media Network. O grupo liderado por Fernanda Marantes optou assim por um profissional vindo do lado do cliente, embora com vasta experiência em agências.

Filipe Neves regressa então ao grupo ao qual já tinha estado ligado, como key account manager da Havas Media Portugal, entre 2016 e 2022. Antes, e durante 11 anos, esteve no Omnicom Media Group, os últimos três anos como media account director da OMD. Ainda nas agências, e antes de ingressar a primeira vez no grupo Havas, foi account director da ZenithOptimedia Group.

Após sair do grupo liderado por Fernanda Marantes foi diretor de marketing da Filorga Portugal e, no último ano, head of agencies na MC.

“Estou muito entusiasmado por regressar a uma casa que já me acolheu tão bem no passado, desta vez com um desafio acrescido na Arena Media. É, sem dúvida, uma agência que tem demonstrado o seu valor e estou confiante de que a minha experiência, ao lado de uma equipa tão talentosa, nos vai permitir continuar a contribuir para um caminho de sucesso e contínua inovação no setor da comunicação“, comenta ao +M Filipe Neves. Lidl, Mercedes-Benz Portugal, Leroy Merlin ou Vodafone, são algumas das marcas com as quais o profissional já trabalhou.

Filipe Neves reforçará a liderança da Arena Media e contribuirá para continuar a fomentar o crescimento estratégico da agência no mercado nacional e internacional, acrescenta o grupo. Continente, Nos ou Worten são alguns dos principais clientes da maior agência do grupo Havas, que no acumulado dos primeiros nove meses do ano ocupa a terceira posição do ranking MediaMonitor.

Rodrigo Albuquerque, recorde-se, deixou a Arena Media, da qual foi diretor-geral nos últimos 11 anos no início de setembro. O profissional, há quase duas décadas na holding de agências de meios liderada por Fernanda Marantes, trocou o grupo Havas pelo WPP, no qual ingressou com a função de chief growth officer do GroupM.

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Despedimentos coletivos sobem 44% entre agosto e setembro

Foram comunicados 36 despedimentos coletivos em setembro, mais 11 do que há um mês. Comércio, indústria e turismo são setores mais afetados. Despedidos até setembro superam total de 2023.

Apesar de o desemprego estar estável e próximo de mínimos históricos há vários meses, há sinais a merecer atenção no mercado de trabalho nacional. Um deles é o aumento dos despedimentos coletivos. Só em setembro, foram comunicados 36 processos deste tipo, mais 11 do que no mês anterior. Ou seja, o equivalente a um salto de 44%, segundo as contas do ECO.

De acordo com os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), depois de terem aumentado em junho e julho, os despedimentos coletivos recuaram em agosto. Mas em setembro a tendência voltou a inverter-se, como mostra o gráfico abaixo.

Despedimentos coletivos agravam-se em cadeia

Fonte: DGERT

Assim, no último mês do terceiro trimestre, foram comunicados 36 processos, mais 11 do que no mês anterior, o equivalente a um aumento de 44%.

Desse total, a maioria dos despedimentos coletivos foram feitos por microempresas (33%) e pequenas empresas (53%), como já vem sendo hábito. Em comparação, as médias empresas foram responsáveis por 6% dos despedimentos coletivos de setembro e as grandes empresas por 8%.

Já no que diz respeito à distribuição por setor de atividade, o comércio destacou-se, com 28% dos despedimentos coletivos de setembro a serem registados nesta área da economia. Também em realce estiveram as indústrias transformadoras (14%) e o alojamento, restauração e similares (14%).

Não é de estranhar, já que os economistas ouvidos pelo ECO têm argumentado que o aumento dos despedimentos coletivos que se tem registado ao longo deste ano está ligado ao abrandamento das economias e ao impacto das exportações e no consumo, o que afeta particularmente os setores destacados acima.

Ainda assim, a ministra do Trabalho já disse considerar que o aumento dos despedimentos coletivos é preocupante, sendo que o Governo vai estar atento à evolução nos próximos meses.

Mais de quatro mil já despedidos

Até setembro, foram despedidos 4.473 trabalhadores ao abrigo de despedimentos coletivos, mostram os dados da DGERT. São mais do que os 3.622 registados em todo o ano de 2023. Também os trabalhadores a despedir, no quadro de processos deste tipo, superam os verificados no conjunto do último ano (4.756 contra 3.819).

Olhando só para setembro, foram despedidos 544 trabalhadores, dos quais 186 por médias empresas, 143 por grandes empresas, 119 por pequenas empresas e 96 por microempresas. As indústrias transformadoras destacam-se, com quase 150 trabalhadores efetivamente despedidos.

Já no que diz respeito aos fundamentos para esses despedimentos coletivos, cerca de metade dos empregadores apontam a redução de pessoal (46% ou 248 dos trabalhadores efetivamente despedidos). Em contraste, 29% dos despedimentos (158 trabalhadores) tiveram como motivo o encerramento definitivo, e 25% o encerramento de uma ou várias secções (138 trabalhadores).

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Declarações do autarca de Loures “não foram um bom momento”, admite Pedro Nuno Santos

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Novembro 2024

Secretário-geral do PS condenou a aprovação, pelos socialistas, de uma recomendação do Chega que propunha o despejo dos participantes nos distúrbios das últimas semanas de habitações municipais.

Cinco dias após o presidente da Câmara de Loures, o socialista Ricardo Leão, ter afirmado que os participantes nos distúrbios em bairros da Grande Lisboa deveriam ser despejados de habitações municipais “sem dó nem piedade”, o secretário-geral do PS reagiu esta segunda-feira às declarações polémicas, reconhecendo que “não foi um bom momento” do autarca.

“Nenhum senhorio privado pode despejar cidadãos que foram condenados. Da mesma forma, um senhorio Estado também não o pode fazer. Mas mesmo que o pudesse fazer, era uma resposta profundamente errada”, sustentou Pedro Nuno Santos, que sublinhou que esta “é uma posição transversal a todos os autarcas do PS”.

Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas, em declarações transmitidas pela RTP3, após uma visita ao bairro do Zambujal, no concelho da Amadora, de onde era natural Odair Moniz, o cidadão cabo-verdiano que morreu na madrugada de 21 de outubro após ser baleado por um agente da PSP, incidente que espoletou distúrbios em várias zonas da Grande Lisboa.

O líder socialista lembrou o “trabalho contínuo” de Ricardo Leão no município de Loures em matéria de apoios sociais. “Essa intervenção ao longo do tempo é que o caracteriza, não são momentos que todos nós temos”, realçou, assinalando que “todos os eleitos do PS, seja para a Assembleia da República, seja para órgãos municipais ou regionais, estão comprometidos com o cumprimento da lei, da Constituição, dos objetivos da reinserção social e, para além da lei, com os princípios do humanismo, do respeito pelo outro e da empatia”.

Não obstante, Pedro Nuno Santos criticou a viabilização da recomendação do Chega, com os votos a favor do PS e PSD locais, que propunha o despejo de habitações camarárias de quem comete crimes como aqueles que foram cometidos após a morte de Odair Moniz. “Acho que o PS em nenhum lado deve viabilizar moções do Chega, muito menos com aquele teor“, reiterou.

O secretário-geral do PS estava a ser criticado por não se posicionar sobre as polémicas declarações, mas, esta segunda-feira, defendeu-se dizendo que nenhum jornalista lhe perguntou sobre o tema na quinta-feira, dia marcado pela discussão do Orçamento do Estado para 2025 no Parlamento. Além disso, referiu que achou “melhor” falar nas visitas que está a realizar esta segunda-feira aos bairros “do que através de uma publicação nas redes sociais ou de declarações em on para jornais”.

Pedro Nuno Santos considerou ainda que o Estado “não está” a fazer tudo o que é preciso para resolver os problemas de exclusão e desigualdade social em vários bairros da Grande Lisboa. Embora não responsabilize “este Governo em particular”, nota que “houve programas com intermitência”, como é o caso do projeto “Bairros Saudáveis”, a que o atual Executivo pôs fim. “Isso depois paga-se”, atirou, apelando a uma segurança que vá “para lá da resposta repressiva”.

“Não é um acaso ou uma escorregadela”, atira BE

No entanto, o Bloco de Esquerda (BE) contraria o líder do PS. “Isto não é um acaso, não é uma escorregadela; é uma coerência infeliz do presidente da Câmara de Loures“, afirmou Fabian Figueiredo, que acusa Ricardo Leão de “fazer um mandato, do ponto de vista retórico, mas também do ponto de vista prático, apoiando-se no discurso e nas políticas da extrema-direita”.

Segundo o líder da bancada parlamentar bloquista, “quem conhece [Ricardo Leão], mesmo elementos do PS, sabe que isto não foi um lapso nem um momento menos bom“, porque “não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira declaração pública que fez e que podia ter sido dita pelo Chega“.

Em declarações na Assembleia da República, Fabian Figueiredo deu outros dois exemplos de “declarações extremamente infelizes e graves” feitas pelo autarca de Loures. Uma em que “ameaçou cortar refeições escolares a crianças cujos pais se atrasam no pagamento” e outra “em que se gabou de fazer o maior despejo da história, de 550 pessoas”, disse o deputado do BE.

(Notícia atualizada às 12h43 com as declarações do líder parlamentar do Bloco de Esquerda)

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LisbonLaw tem dois novos associados

Gonçalo Morais David e Rita Faria Fernandes são os novos associados da LisbonLaw. Os advogados vão integrar as equipas de laboral e societário, respetivamente.

A LisbonLaw tem dois novos associados: Gonçalo Morais David e Rita Faria Fernandes. Em comunicado, o escritório explica que as contratações representam um “reforço da aposta nas principais valências do escritório” e surgem em linha com o “crescimento sustentado do mesmo”.

Transitando da Maria José Verde, Filipe Vieira & Associados, Rita Faria Fernandes passou também pela Rede Ferroviária Nacional, onde atuou na área de prática de Direito Público. Na LisbonLaw, a associada vai integrar a equipa de direito comercial e societário, acompanhando, entre outros, clientes do setor da saúde, ciências da vida e farmacêutico.

Já Gonçalo Morais David, que concluiu o seu estágio da Ordem dos Advogados, vai reforçar as áreas de societário e de laboral.

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Advogados oficiosos vão ter de fazer registo obrigatório

Segundo o site da OA, este mecanismo de registo das escalas presenciais tem o "objetivo de mais facilmente se concretizar quem se encontra de escala, quantas intervenções tem e em que âmbito". 

Os advogados oficiosos vão ter que fazer um registo obrigatório das presenças nos tribunais. A decisão surge na sequência de um acordo da Ordem dos Advogados e da Direção Geral da Administração da Justiça no processo de acompanhamento do funcionamento do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais. Segundo o site da OA, este mecanismo de registo das escalas presenciais tem o “objetivo de mais facilmente se concretizar quem se encontra de escala, quantas intervenções tem e em que âmbito”.

“Nessa medida elaborou-se uma ficha de registo para cada período da manhã e da tarde que visa também imprimir maior celeridade no procedimento de confirmação dos honorários pedidos nestas circunstâncias específicas das escalas presenciais. Foi assim elaborada uma listagem que estará disponível todos os dias nos tribunais onde existem escalas presenciais, em todo o território nacional, a fim de que aqueles que nelas participam possam confirmar a sua presença e o âmbito da sua atuação”, diz o mesmo comunicado.

Desta forma, entendem as duas entidades, “tornar-se-á mais fácil a monitorização do trabalho altamente qualificado praticado pela Advocacia portuguesa e ao mesmo tempo introduzir maior rapidez na identificação das necessidades reais e efetivas dos tribunais e o pagamento atempado dos serviços prestados”.

O Ministério da Justiça (MJ) e a OA reuniram-se na passada sexta-feira para discutir o tema das alterações ao regime das defesas oficiosas. Mas o gabinete de Rita Júdice esclareceu: “o Ministério da Justiça recebeu os contributos da Ordem dos Advogados, clarificando que este processo não tem caráter de negociação”. Ou seja, o Grupo de Trabalho do Ministério da Justiça vai analisar esses contributos, mas apenas isso, estando uma segunda reunião já agendada para 15 de novembro.

Questionada pelo ECO, fonte oficial da bastonária não quis responder ao teor das questões. Já do lado do Ministério da Justiça, foi avançado que, na reunião, estiveram presentes os especialistas do Grupo de trabalho e, do lado da Ordem dos Advogados estiveram presentes três Vogais do Conselho Geral e uma Assessora Jurídica.

O Grupo de Trabalho criado pelo Governo para o que chama de Reforma do Sistema de Remuneração dos Advogados Oficiosos propõe a revisão dos honorários fixados há 20 anos, uma nova classificação e listagem dos atos praticados por advogados oficiosos, para efeitos de fixação de honorários e alargar os atos praticados a processos de arbitragem, processos em Julgados de Paz e em processos de mediação extrajudicial concluídos com acordo entre as partes. Mais: a remuneração atribuída a cada ato passa a depender da complexidade jurídica e do volume presumido das horas trabalhadas, valorizando-se igualmente os atos mais solicitados. O Ministério da Justiça espera tomar uma decisão “a breve prazo, depois de ouvida a Ordem dos Advogados e recolhidos contributos de outros interessados”, segundo comunicado do Ministério da Justiça.

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Green Economy Forum 2024: Conferência anual do Capital Verde está de volta

  • Capital Verde
  • 4 Novembro 2024

A 4ª edição do Green Economy Forum vai acontecer dia 12 de novembro e terá como temas os desafios do setor energético, a economia circular e a eficiência hídrica.

O Green Economy Forum, a conferência do ECO/Capital Verde está de regresso com a 4ª edição, que vai decorrer no dia 12 de novembro no The Lodge Hotel, em Vila Nova de Gaia.

Este evento reúne líderes de diversos setores para discutir os desafios e oportunidades da transição para uma economia mais sustentável. Esta 4ª edição contará com a presença de representantes políticos, da indústria e de organizações ambientais, promovendo um espaço de partilha de conhecimentos e estratégias, onde serão debatidas questões cruciais como o setor energético, a economia circular e a eficiência hídrica.

A entrada é gratuita, mas sujeita a inscrição aqui.

PROGRAMA (em atualização)

9h00 Abertura
António Costa, Diretor do ECO
Miguel Lemos, Presidente Águas de Gaia

09h15 Desafios da energia no século XXI
João Pedro Matos Fernandes, Consultor do Instituto de Conhecimento da Abreu Advogados

09h45 Transição Energética: do financiamento ao roadmap Europeu
Pedro Ávila, Diretor de Sustentabilidade Operacional da REN
Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN
Hugo Costa, Diretor de Desenvolvimento de Negócios, Portugal EDP
Moderação: Shrikesh Laxmidas, Diretor-Adjunto do ECO

10h30 Portugal está a avançar na economia circular?
João Amaral, Voltália
Sandra Martinho, Economista
Moderação: Ana Batalha Oliveira, Diretora do Capital Verde

11h15 Coffee-Break

11h30 ESG: Como as empresas estão a gerir a mudança
Eduardo Moura, Secretário-Executivo do BCSD
Cristina Melo Antunes, Diretora Sustainable Finance do Santander Portugal
Ana Sofia do Amaral, Sustainability Leader da L’Oréal Portugal
Moderação: Shrikesh Laxmidas, Diretor-Adjunto do ECO

12h15 Case Study
Miguel Coleta, Diretor Sustainability, Activation & Support da Philip Morris International

12h30 Como aumentar a eficiência hídrica?
Miguel Lemos, Presidente da Águas de Gaia
Vera Eiró, Presidente do Conselho de Administração da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR)
Moderação: Ana Batalha Oliveira, Diretora do Capital Verde

13h00 Encerramento

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Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessora blink-iT Solutions na venda parcial à Hoalani Group

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão envolvida na operação foi coordenada pelo associado sénior Gonçalo Cerejeira Namora e pelo associado principal Pedro Dias de Azevedo.

A Cerejeira Namora, Marinho Falcão assessorou a blink-iT Solutions, uma empresa portuguesa de consultoria e desenvolvimento tecnológico, no processo de venda parcial de capital à Hoalani Group, um fornecedor global de consultoria de negócios e tecnologia que serve várias indústrias, com sede nos Estados Unidos.

“A assessoria compreendeu todo o processo de M&A, desde a fase preliminar de aconselhamento dos vendedores sobre a due diligence legal levada a cabo pelo comprador, até à preparação, negociação e finalização da documentação da transação”, revela o escritório em comunicado.

A equipa da Cerejeira Namora, Marinho Falcão envolvida na operação foi coordenada pelo associado sénior Gonçalo Cerejeira Namora e pelo associado principal Pedro Dias de Azevedo.

“Unir forças com o Grupo Hoalani abre oportunidades sem precedentes de inovação e crescimento. A nossa experiência combinada capacitará as empresas a navegar pelas complexidades da transformação digital com suporte inigualável e soluções de ponta. Estamos particularmente entusiasmados com o potencial de cross-selling e pela segurança que esta união irá oferecer aos nossos clientes atuais”, referiu Nuno Pereira, fundador da blink-iT e country manager de Portugal.

Já Jesper Kehlet, fundador e CEO do Grupo Hoalani, sublinhou que “esta fusão permite oferecer soluções ainda mais integrada”, garantindo que os clientes se mantenham “à frente num cenário digital em constante evolução”.

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“Não podemos dizer que estamos satisfeitos com o retorno económico do 5G”, diz administrador da Nos

No dia em que a rede 5G da Nos passa a operar de forma independente do 4G, Manuel Ramalho Eanes, administrador, insiste nas dificuldades em rentabilizar investimento de 420 milhões de euros.

A Nos NOS 0,13% lançou esta segunda-feira o 5G standalone, o que significa que toda a sua rede de quinta geração funciona agora de forma independente da rede 4G. No entanto, a empresa continua a enfrentar dificuldades na rentabilização deste investimento.

Esta evolução tecnológica, com a marca “5G+”, passa a estar disponível para os clientes com tarifários ilimitados, desde que tenham telemóveis compatíveis, nomeadamente das marcas Samsung e Xiaomi, indicou o administrador da Nos Jorge Graça.

Foi em novembro de 2021 que Portugal entrou na era 5G, com a Nos a lançar primeiro a tecnologia, mas num modelo ainda dependente do 4G, logo após a atribuição das licenças pela Anacom. A Nos pagou mais de 165 milhões de euros para adquirir esses direitos no leilão promovido nesse ano pelo regulador, que teve 1.727 rondas de licitações e angariou quase 567 milhões de euros para os cofres do Estado.

Contudo, Manuel Ramalho Eanes, também administrador da Nos, admitiu que continuam as dificuldades em rentabilizar o investimento já realizado, que totaliza 420 milhões de euros desde 2021, havendo ainda 110 milhões para investir em 5G nos próximos seis, disse o gestor, num evento em que fez o balanço dos projetos da Nos nesta área.

“Não podemos dizer que estamos satisfeitos com o retorno económico do 5G à data de hoje”, afirmou o gestor, reconhecendo, porém, que “não é uma coisa portuguesa”, tratando-se de um problema mais abrangente. Ainda assim, a Nos tinha de entrar nesta vaga tecnológica: “Seria muito difícil que deixássemos de apostar” no 5G, rematou.

5G, agora sem “rodinhas”

O investimento no 5G, de montante relevante para a Nos, permitiu à operadora instalar 4.710 estações 5G até ao momento e cobrir 99,1% da população, tendo chegado o momento de evoluir para um modelo de rede autónomo da anterior rede 4G, ainda ativa.

Para explicar esta evolução, Jorge Graça disse que o 5G non-standalone que existia atualmente era como “aprender a andar de bicicleta com rodinhas”. “Essas rodinhas eram o 4G. O 5G funcionava, mas tinha sempre um apoio do 4G. O 5G standalone é quando tiramos as rodinhas. Permite andar mais depressa, curva melhor e vai a qualquer sítio”, apontou.

Essa melhoria da rede permite duplicar as velocidades de upload e baixar ainda mais a latência, para menos de dez milissegundos, de acordo com a Nos. A empresa passa a poder também compartimentalizar a rede para casos específicos e ter mais ganhos de eficiência energética, indicou Jorge Graça.

Este avanço continuará a chegar a cada vez mais empresas e consumidores, à medida que vai sendo renovado o parque de smartphones compatíveis, que a Nos estima rondar, neste momento, os 200 a 300 mil.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h58)

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