Banco de Portugal “avalia impactos” de eventual aumento de comissões no MB Way

  • Lusa
  • 17 Agosto 2024

O Banco de Portugal está "a acompanhar" o tema das comissões no MB Way e "a avaliar os respetivos impactos", após a Deco ter alertado para o risco de aumento dos custos associados a este serviço.

O Banco de Portugal (BdP) está “a acompanhar” o tema das comissões no MB Way e “a avaliar os respetivos impactos”, após a Deco ter alertado para o risco de aumento dos custos associados a este serviço. Em causa estão notícias recentes segundo as quais a SIBS – gestora da rede Multibanco e do serviço MB Way – pretende permitir que este último possa ser associado a contas de pagamento, além da solução que já existe de associar a cartões de pagamento, o que levou a Deco — Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor a alertar para o risco de aumento nas comissões neste novo regime de transferências entre contas.

Questionado pela agência Lusa, o BdP respondeu, por escrito, que a instituição “se encontra a acompanhar o tema e a avaliar os respetivos impactos”.

Na quinta-feira, também em resposta à Lusa, o Ministério da Economia disse igualmente estar a acompanhar “atentamente” a questão para “garantir a defesa dos interesses dos consumidores”, admitindo ajustar a legislação em vigor.

“No que diz respeito à política de defesa do consumidor, o Ministério da Economia, através da Direção-Geral do Consumidor, acompanha atentamente a temática das comissões e colaborará com o regulador, designadamente por via da participação no Fórum para os Sistemas de Pagamentos, com o objetivo de garantir a defesa dos interesses dos consumidores”, referiu. Segundo avançou, este acompanhamento inclui “a avaliação da necessidade de eventual ajustamento da legislação em vigor”.

Na quarta-feira, a Deco manifestou “preocupação” com o “risco de aumento de comissões” no serviço MB Way na sequência do novo regime de transferências entre contas de pagamentos e anunciou ter enviado uma carta aos ministérios da Economia e das Finanças “solicitando uma avaliação e intervenção urgentes para adequar a legislação e manter a proporcionalidade nas comissões aplicáveis a transferências MB Way”.

“A associação do MB Way a contas irá significar que as transferências entre utilizadores serão consideradas transferências imediatas”, pelo que “poderão estar sujeitas ao preçário aplicável a essas transferências e não sujeitas aos limites aplicáveis a transferências entre cartões, como acontece presentemente, e em caso de ultrapassar as transações gratuitas, de 0,2% em caso de cartão de débito e 0,3% em caso de cartão de crédito”, explicou a associação em comunicado.

Caso venha a ser este o valor cobrado nas transferências MB Way em regime entre contas, a Deco destaca que se tratará de “um aumento brutal para as comissões naquele que é o valor médio das transferências MB Way, de aproximadamente 40 euros, passando de perto de 10 cêntimos para 80 cêntimos ou acima de um euro”.

“Este valor será totalmente desproporcionado, contrário à legislação, e prejudicando os interesses dos consumidores no MB Way, produto bem recebido e adotado pelos portugueses, e para o qual se deve evitar a aplicação de comissões desproporcionais”, sustenta.

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Nove hospitais com 11 urgências encerradas no dia de hoje, maioria na Grande Lisboa

  • Lusa
  • 17 Agosto 2024

Nove hospitais têm hoje 11 serviços de urgência encerrados, nas áreas de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, segundo as Escalas de Urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Nove hospitais têm este sábado 11 serviços de urgência encerrados, nas áreas de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, segundo as Escalas de Urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS). De acordo com a informação publicada no Portal do SNS às 08h00, o maior impacto é sentido na Grande Lisboa, com vários serviços encerrados. A Direção Executiva do SNS apela à população para “ligar sempre para a Linha SOS Grávida [808 24 24 24] antes de se deslocar a um serviço de urgência de Ginecologia“.

Os hospitais Beatriz Ângelo (Loures) e Nossa Senhora do Rosário (Barreiro) são os únicos a terem dois serviços de Urgência encerrados: Obstetrícia/Ginecologia e Pediatria.

Na região de Lisboa, os hospitais Garcia de Orta (Almada) e São Francisco Xavier (Lisboa Ocidental) têm encerradas a Urgência de Obstetrícia e Ginecologia, enquanto o hospital de São Bernardo (Setúbal) encerrou a Urgência Pediátrica.

A norte, o hospital de Chaves encerrou a Urgência Pediátrica e, no centro, os hospitais de Santo André (Leiria) Dr. Manoel Constâncio (Abrantes) têm fechados os respetivos serviços de Urgência de Obstetrícia e Ginecologia.

No sul, o único condicionamento registado é no hospital de Portimão, que encerrou a sua Urgência de Obstetrícia.

Ainda na capital, a Urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) está referenciada todo o dia e a Urgência Pediátrica da mesma unidade de saúde está condicionada entre as 00h00 e as 08h00 e entre as 20h00 e as 24h00.

O serviço de Pediatria do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) está referenciado entre as 00:00 e as 08:00 e as 20h00 e as 24h00 enquanto a Urgência de Obstetrícia e Ginecologia da mesma unidade de saúde tem as mesmas limitações entre as 00h00 e as 24h00.

Mais a norte, a Urgência Pediátrica do Serviço de Atendimento Complementar de Pediatria Viseu, da Unidade Local de Saúde (ULS), está referenciada entre as 09h45 e as 23h00.

A Urgência de Obstetrícia do Hospital de Santa Maria está referenciada todo o dia para receber casos indicados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica.

Durante estes períodos os serviços classificados como referenciados estão reservados às urgências internas e aos casos referenciados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela linha SNS 24.

 

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Empresas portuguesas sobem ao pódio nos Jogos Olímpicos. Caiaques da Nelo ganharam o ouro

Uma empresa de Vila do Conde fundada por um antigo atleta detém a “hegemonia” dos Jogos Olímpicos na canoagem. Em Águeda, a Miranda Bike lançou Iúri Leitão no ciclismo de pista.

Os Jogos Olímpicos de 2024 tiveram quatro atletas de Portugal a subirem ao pódio. Um deles, o ciclista Iúri Leitão, fez história ao tornar-se o primeiro português duplamente medalhado numa mesma edição da competição. Mas, além de desportistas, houve algumas empresas sediadas em território nacional a “conquistar” medalhas em Paris.

O maior destaque é a Nelo Kayaks, empresa de Vila do Conde que, segundo a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), foi responsável pelo fabrico de 80% dos 140 caiaques que estiveram em competição na capital francesa entre 26 de julho e 11 de agosto.

Na verdade, a companhia – que conta com 180 funcionários e da qual 99% da produção tem o estrangeiro como destino – é já uma “veterana” dos Jogos Olímpicos. Desde 2004, ano em que Atenas acolheu o evento, é a fornecedora oficial na modalidade de velocidade na canoagem, desporto em que Portugal tem no currículo duas medalhas (prata em K2 1.000 metros masculinos, em Londres 2012, e bronze em K1 1.000 metros masculinos, em Tóquio 2020).

Porém, a primeira medalha olímpica conquistada pela Nelo Kayaks data de 1996, quando a competição se realizou na cidade norte-americana de Atlanta. A partir daí, já conseguiu 137 medalhas, incluindo as de Paris, mas foi na edição de 2016, no Rio de Janeiro, que alcançou mais sucesso, com os seus caiaques e canoas de alto desempenho a subirem ao pódio por 27 vezes.

Em declarações ao ECO, fonte da empresa vila-condense detalhou que, nos Jogos deste ano, a Nelo arrecadou “20 medalhas em 30 possíveis”, enquanto uma concorrente polaca conquistou sete e uma alemã conseguiu três. Ou seja, a fábrica localizada no Canidelo e fundada em 1977 por Manuel Ramos, um antigo atleta que foi o primeiro campeão nacional de canoagem em Portugal, “mantém a hegemonia” no palco olímpico, sublinhou.

Fernando Pimenta venceu a medalha de bronze em K1 1.000 metros masculinos nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Em 2012, o canoísta português conquistou a prata em K2 1.000 metros masculinos, a par com Emanuel Silva.

Iúri Leitão pedalou no ciclismo de pista a partir de Águeda

No setor das duas rodas, responsável por metade das medalhas olímpicas portuguesas em Paris, a Carbon Team ganhou o ouro em duas ocasiões, ainda que através de atletas internacionais. Ao ECO, a empresa de Vouzela, que emprega 115 pessoas e exporta toda a produção, não revela quais as categorias, por uma questão de confidencialidade com os clientes.

Temos três quadros/bicicletas que participaram nos Jogos Olímpicos de Paris. A Carbon Team forneceu os quadros para essas bicicletas que participaram, mas não podemos revelar as marcas de bicicletas, os atletas e as modalidades. Dessas três bicicletas que participaram, duas ganharam medalhas de ouro“, apontou Emre Ozgunes, general manager da empresa que se afirma como a primeira na Europa a produzir quadros de bicicletas em fibras de carbono.

em Águeda está sediada a empresa que lançou o duplo medalhado Iúri Leitão no ciclismo de pista. A Miranda Bike, que emprega 210 trabalhadores e se assume como o maior fabricante europeu de componentes de transmissão para bicicletas, patrocinou a Miranda Mortágua, equipa à qual pertencia o ciclista em 2017, quando era ainda amador.

“Foi nesta equipa [Miranda Mortágua] que o Iúri Leitão começou a aprimorar a modalidade de ciclismo de pista”, que, nestes Jogos Olímpicos, lhe deu uma medalha de ouro na prova de Madison – juntamente com Rui Oliveira – e outra de prata em Omnium, conta ao ECO fonte oficial da empresa aguedense, que exporta cerca de 90% da sua produção, essencialmente para países do continente europeu.

Tendo em conta que Portugal é líder na produção de bicicletas na Europa, o ECO contactou outras empresas da indústria nacional das duas rodas para saber se estavam associadas de alguma forma aos Jogos Olímpicos. A SRAM, com sede nos EUA, mas que tem uma fábrica na Pedrulha, em Coimbra, e é a maior fabricante europeia de correntes para bicicletas, não respondeu até à publicação deste artigo, assim como a Polisport, da Carregosa, e a gaiense RTE.

Apenas fonte da Rodi Cycling disse desconhecer se as bicicletas usadas por atletas na capital francesa tinham componentes fabricadas por si. E, apontando uma publicação da Iniciativa Liberal nas redes sociais, que dava conta de que a empresa de Aveiro era uma de oito companhias portuguesas que subiram ao pódio nestes Jogos Olímpicos, argumentou que se tratava de “aproveitamento político” para dar destaque ao cluster português no setor.

“É um mal-entendido. Nós produzimos quadros de bicicleta em alumínio e as bicicletas que os atletas usam nos Jogos Olímpicos utilizam quadros em carbono”, afirmou, por sua vez, o CEO da aguedense Triangle’s, João Paulo Oliveira, acerca da publicação dos liberais, que assinalava os “campeões da economia, da indústria, da produção, da investigação, do design, da inovação e da exportação”.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 73 milhões

  • ECO
  • 16 Agosto 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 73 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 73 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 16 de agosto:

Números: 15, 17, 29, 45 e 49

Estrelas: 1 e 10

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Fogo no Prior Velho agrava-se e mobiliza 108 bombeiros

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

As chamas já consumiram um número indeterminado de viaturas e propagaram-se a outros carros. A situação "complicou-se, pois as chamas propagaram-se a mais veículos", segundo os bombeiros.

O incêndio que lavra num armazém de viaturas no Prior Velho alastrou a mais viaturas, obrigando os bombeiros a mobilizar mais meios para o local, num total de 108 bombeiros e 39 veículos, disse à Lusa fonte oficial.

Cerca das 19:30, o fogo estava a ser combatido por 52 bombeiros auxiliados por 19 viaturas, mas a situação “complicou-se, pois as chamas propagaram-se a mais veículos”, acrescentou Pedro Dias, do Comando Sub-regional de Lisboa do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

As chamas já consumiram um número indeterminado de viaturas e propagaram-se a outros carros, estando a ser mobilizados para o local veículos de combate com espuma e veículos com autoescadas (meios elevatórios), frisou.

O alerta para o fogo, que está a consumir um armazém de veículos de aluguer na zona industrial do Prior Velho, foi dado por chamada telefónica, às 17:58. Não há registo de danos pessoais, nem de alastramento das chamas a armazéns próximos, concluiu Pedor Dias.

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Governo dispensa Alojamento Local de aval do condomínio para se instalar num prédio de habitação

Atualmente, os proprietários de um imóvel destinado a habitação têm de autorizar por unanimidade a abertura da atividade. Projeto de diploma retira esta possibilidade e delega na câmara a decisão.

O Governo vai dispensar os donos de Alojamento Local (AL) de autorização prévia do condomínio para poderem abrir a atividade num prédio destinado à habitação, de acordo com o projeto de decreto-lei do Governo, aprovada no Conselho de Ministros de 8 de agosto e enviado para consulta e análise da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e dos Governos dos órgãos próprios das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

Neste momento, só é possível instalar uma unidade de AL num apartamento de um imóvel, em regime de propriedade horizontal, que se destine, no título constitutivo, a habitação, se o condomínio aprovar por unanimidade a mudança de utilização do prédio, de acordo com as alterações introduzidas ao regime jurídico do AL pelo anterior Governo ao abrigo do pacote Mais Habitação.

“Sempre que o estabelecimento de alojamento local seja registado em fração autónoma de edifício em regime de propriedade horizontal que se destine, no título constitutivo, a habitação, deve o registo ser precedido de decisão do condomínio para uso diverso de exercício da atividade de alojamento local”, determina a lei n.º 56/2023 de 6 de outubro. E, acrescenta, que essa “decisão” tem de ser aprovada por unanimidade.

Esses dois pontos são revogados no projeto de decreto-lei do Executivo de Luís Montenegro. Assim, e caso o diplome mantenha esta redação, será possível abrir atividade de AL num prédio destinado a habitação sem pronúncia prévia dos proprietários e alteração do uso no título constitutivo. “Esta capacidade para travar a instalação de alojamentos locais será eliminada. Trata-se de uma alteração importante”, sinalizou ao ECO o advogado José Nunes, da CMS Portugal, especializado em Direito Imobiliário e do Urbanismo.

A este respeito, o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínios (APEGAC), Vítor Amaral, lembrou que “um acórdão de 2022 do Supremo Tribunal de Justiça, uniformizador de jurisprudência, considerou que os alojamentos locais abertos em prédios destinados a habitação são ilegais, o que levou à corrida aos tribunais”. “O pacote Mais Habitação acabou por transpor esse entendimento para a lei, que agora o Governo atual quer eliminar”, sublinhou.

O acórdão em causa concluiu que, “no regime da propriedade horizontal, a indicação no título constitutivo, de que certa fração se destina a habitação, deve ser interpretada no sentido de nela não ser permitida a realização de alojamento local”.

Vítor Amaral receia, no entanto, que “os condomínios possam voltar a usar esse acórdão para impedir novos alojamentos locais”. Mas o advogado José Nunes esclarece que “as decisões dos tribunais superiores uniformizadores de jurisprudência já deixaram há muitos anos de ter força obrigatória geral”. Ou seja, “os juízes podem ou não seguir essa orientação em novas sentenças”, completa.

Depois de instaladas as unidades de AL, os condomínios continuam a poder solicitar o encerramento da atividade, mas terão de fundamentar esse pedido, obrigação que não é necessária atualmente, e a decisão final caberá ao presidente do município. A lei em vigor permite que dois terços da permilagem do condomínio determinem unilateralmente o fecho de um AL, um poder que este Governo pretende retirar.

“O encerramento de estabelecimentos de alojamento local em frações autónomas de edifícios continua a ser possível. No entanto, a decisão sobre o cancelamento do registo deixa de ser unilateral, passando a ser negociada entre vários intervenientes como o presidente da câmara, o representante do condomínio, o titular do estabelecimento de AL e o provedor do AL, com o objetivo de obter um acordo que satisfaça todas as partes envolvidas”, explicou ao ECO fonte oficial do gabinete do Ministério das Infraestruturas e Habitação.

De acordo com a proposta legislativa, “no caso de a atividade de alojamento local ser exercida numa fração autónoma de edifício, ou parte de prédio suscetível de utilização independente, a assembleia de condóminos pode opor-se ao exercício da atividade de alojamento local na referida fração, através de deliberação fundamentada e aprovada por mais de metade da permilagem do edifício, com fundamento na prática reiterada e comprovada de atos que perturbem a normal utilização do prédio, bem como de atos que causem incómodo e afetem o descanso dos condóminos, solicitando, para o efeito, uma decisão do presidente da câmara municipal territorialmente competente que, por sua vez, em alternativa ao cancelamento imediato do registo do estabelecimento de AL, pode convidar as partes a obterem um acordo”, detalha o gabinete do ministro Miguel Pinto Luz.

Neste momento, é exigido que dois terços (66%) da permilagem do condomínio aprove o encerramento de AL e o Governo propõe baixar aquela fasquia para “mais de metade”. Porém, passa a existir um processo negocial, quando, agora, o efeito é imediato, nos 60 dias após a deliberação.

No âmbito da negociação entre as partes, “os regulamentos municipais podem prever a designação de um ‘provedor de alojamento local’ que apoie o município na gestão de diferendos entre os residentes, os titulares de exploração de estabelecimentos de AL e os condóminos”, indica a mesma fonte. Se, no final do processo negocial, o município determinar o cancelamento do AL, essa unidade terá de ficar encerrada pelo período de cinco anos.

Para o Ministério de Miguel Pinto Luz, “esta alteração elimina certas restrições gravosas e desproporcionadas e aposta na descentralização dos poderes de regulação da atividade de alojamento local para os municípios, cabendo a estes ajustar os regulamentos municipais à realidade local”. De salientar que “a proposta de diploma carece ainda de audição dos órgãos próprios das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP)”, ressalva o gabinete do ministro.

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AdC autoriza compra da Centro Comercial Torreshopping pelo Fundo Shoppings Iberia I

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

O Fundo Shoppings Iberia I, que comprou o Centro Comercial Torreshopping, detém ainda o centro comercial Tavira Gran Plaza, situado no Algarve.

A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu adotar uma decisão de não oposição à compra da Centro Comercial Torreshopping pelo Fundo Shoppings Iberia I, adiantou esta sexta-feira, num comunicado no seu site.

Assim, o organismo deliberou “adotar uma decisão de não oposição à operação de concentração notificada”, considerando que “a mesma não é suscetível de criar entraves significativos à concorrência efetiva no mercado nacional ou numa parte substancial deste”.

“A operação de concentração em causa consiste na aquisição, pelo fundo Shoppings Iberia I – Fundo de Capital de Risco, gerido e representado pela entidade gestora Point Capital Partners – SCR, S.A. do controlo exclusivo da Centro Comercial designado por ‘Torreshopping’, situado em Torres Novas, bem como a respetiva operação, através da aquisição de 100% do capital social da sociedade DPPFB”, indicou.

A Point Capital Partners dedica-se à gestão de fundos de capital de risco, investimento imobiliário, empreendedorismo social e investimento alternativo especializado, através da gestão de organismos de investimento alternativo e de fundos específicos.

O Fundo Shoppings Iberia I detém o centro comercial Tavira Gran Plaza, situado no Algarve, de acordo com a informação disponibilizada.

A DPPFB “encontra-se ativa na compra e venda de imóveis, incluindo a revenda de imóveis adquiridos para esse fim, urbanização, construção e gestão de imóveis próprios ou de terceiros, elaboração de projetos e prestação de serviços relacionados com a atividade imobiliária, aquisição de participações ou unidades de participação noutras sociedades ou em fundos de investimento imobiliário, independentemente do seu objeto social”.

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Programa entre DGArtes e AIMA vai apoiar 10 projetos em periferias urbanas

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

O montante médio de financiamento vai ser de 49 mil euros (de uma verba total de 500 mil euros) e quatro projetos terão lugar na Grande Lisboa, três no Norte, um na Península de Setúbal.

O programa de apoio “Arte e Periferias Urbanas”, que resulta de uma parceria entre a Direção-Geral das Artes (DGArtes) e a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), vai apoiar 10 projetos pelo país.

Em comunicado, a DGArtes anunciou que o montante médio de financiamento vai ser de 49 mil euros (de uma verba total de 500 mil euros) e quatro projetos terão lugar na Grande Lisboa, três no Norte, um na Península de Setúbal, outro no Oeste e Vale do Tejo e um no Alentejo.

Na apresentação do programa, em março em Lisboa, o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, destacou que o mesmo apresenta várias “singularidades”, entre as quais “a obrigatoriedade de parceria formal entre artistas profissionais com pelo menos uma entidade ou grupo informal não profissional de base local”.

Além disso, seria “valorizada a adequação do projeto artístico às características do território e a criação de projetos com a participação e o envolvimento total das comunidades”. “Não é uma simples participação. Não é para fazer de conta, é mesmo para que os artistas locais tenham aqui uma oportunidade de participação plena”, vincou.

O acompanhamento e avaliação do final do impacto do programa nos territórios “será feito pela DGArtes e um centro de investigação, neste caso da área de Sociologia”. Os territórios abrangidos por este programa de apoio não se limitam às chamadas periferias urbanas, como o nome poderia indicar, mas sim a locais “com concentração cumulativa de fragilidades materiais e sociais”.

Dada a inexistência de um mapeamento que identifique e caracterize, a nível nacional, estes locais, eles serão definidos pelos candidatos, “tendo por base a seleção de três das oito dimensões de caracterização dos territórios, identificadas no aviso de abertura”.

Entre essas oito dimensões “contam-se ausência ou dificuldade de acesso a equipamentos sociais, culturais ou artísticos de referência”, “número significativo de crianças e jovens em idade escolar a não frequentar a escola ou com elevada percentagem de insucesso, nomeadamente por abandono escolar”, “condições de habitabilidade deficientes ou precárias e deficientes condições de acesso ao abastecimento de água, saneamento e energia, designadamente em áreas de génese ilegal”, e “territórios marcados pelo estigma social, nomeadamente os que não são frequentados (ou evitados) por habitantes das zonas adjacentes”.

Os projetos deverão durar entre um ano e meio de dois anos e ser executados entre 1 de novembro deste ano e 31 de outubro de 2026.

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UE analisa segunda-feira novas medidas para emergência de Mpox

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

O Comité de Segurança da Saúde da UE, composto por especialistas da Comissão e dos Estados-membros, convocou uma reunião técnica, porque é "muito provável" que haja mais casos importados de mpox.

A União Europeia (UE) vai analisar na próxima segunda-feira novas medidas para responder à emergência de saúde pública internacional declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) devido ao atual surto de mpox na República Democrática do Congo. O Comité de Segurança da Saúde da UE, composto por especialistas da Comissão Europeia e dos Estados-membros, convocou uma reunião técnica, confirmou a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, citada pela agência noticiosa Efe.

Este comité coordena a resposta rápida da UE às ameaças sanitárias transfronteiriças graves, coordena o intercâmbio de informações sobre medidas específicas tomadas por cada país e, juntamente com a Comissão Europeia, define as ações a tomar em termos de preparação, planeamento, comunicação de riscos e respostas.

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) anunciou esta sexta, numa avaliação de risco atualizada, que é “muito provável” que haja mais casos importados de mpox (a doença anteriormente conhecida como ‘varíola dos macacos’), mas descartou que possa haver um contágio contínuo se forem tomadas as medidas adequadas rapidamente. O ECDC apelou para vigilância eficaz, testes laboratoriais, investigação epidemiológica e capacidade de rastreio de contactos, iniciativas semelhantes às preconizadas pela OMS.

Os especialistas admitem que a nova variante mpox se pode propagar facilmente através do contacto próximo entre dois indivíduos, sem que seja necessário contacto sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022, que na altura deu origem a outro alerta semelhante, levantado em maio passado, depois de a sua propagação ter sido contida.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu hoje que nenhum dos casos de mpox reportados em Portugal é da variante mais perigosa da doença (clade I), que apareceu na quinta-feira passada pela primeira vez na Suécia. Em resposta à agência Lusa, a DGS referiu que “todos os casos reportados em Portugal são da clade I IIb do vírus monkeypox, não tendo sido identificado nenhum caso pela clade I”.

Na quinta-feira, depois de a Suécia ter registado o primeiro caso de uma variante mais contagiosa e perigosa da doença, a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para a possibilidade de serem detetados na Europa outros casos importados de mpox. A OMS declarou na quarta-feira o surto de mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação.

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Cessar-fogo em Gaza está “mais perto do que nunca”, diz Biden

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

"É possível que tenhamos algo (...) mas ainda não chegamos lá", afirmou ainda Biden na Sala Oval da Casa Branca.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou esta sexta-feira que um acordo entre Israel e Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza está “mais perto do que nunca”, após a conclusão de nova ronda negocial. “É possível que tenhamos algo (…) mas ainda não chegamos lá”, afirmou Biden na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, questionado pela imprensa sobre os resultados das negociações hoje concluídas em Doha sobre a Faixa de Gaza, sob mediação internacional.

Segundo um comunicado conjunto dos mediadores, as 48 horas de discussões sobre um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza foram “construtivas” e serão retomadas no Cairo na próxima semana. Washington anunciou ter apresentado uma nova proposta de compromisso, apoiada pelo Egito e pelo Qatar, com o objetivo de “preencher as restantes lacunas” e que diz respeito à implementação de um acordo entre Israel e o Hamas, de acordo com a Casa Branca.

Esta proposta americana baseia-se num guião apresentado pelo Presidente Joe Biden no final de maio, que prevê várias fases para a cessação das hostilidades e a libertação dos reféns raptados.

As negociações são mediadas por Egito, Qatar e Estados Unidos, procurando obter a libertação dos reféns israelitas sequestrados em 7 de outubro pelo Hamas e que ainda estejam vivos, além da entrada de ajuda humanitária para a população civil em Gaza; enquanto o Hamas exige a retirada completa das tropas de Israel e um cessar-fogo definitivo.

Contudo, o Hamas já mostrou a sua insatisfação com o que foi discutido nas negociações de Doha para um cessar-fogo em Gaza, garantindo que o que puderam depreender das conversações foi que não existe ainda “um compromisso com o que foi acordado a 2 de julho”, referindo-se à proposta original apresentada pelos Estados Unidos.

Pouco depois de anunciar o fim da reunião na capital do Qatar, o Hamas emitiu um breve comunicado exigindo mais uma vez a aplicação da proposta original de cessar-fogo. O Hamas não enviou uma delegação a Doha precisamente para exigir a implementação do que foi previamente acordado, “em vez de continuar com novas rondas de negociações”.

Os três países mediadores consideraram que os dois dias de negociações em Doha foram “construtivos” e decorreram num “atmosfera positiva”. A comunidade internacional está a pressionar as partes para que cheguem a um acordo de cessar-fogo, com o objetivo também de diminuir as tensões no Médio Oriente, agravadas pela morte do líder do Hamas Ismail Haniyeh, num atentado em Teerão –que o Irão e o movimento palestiniano atribuíram a Israel –, e pelo ataque israelita em Beirute que matou o “número dois” da milícia xiita Hezbollah, Fuad Shukr.

Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

As negociações em Doha foram retomadas na quinta-feira, dia em que o número de mortes na Faixa de Gaza em resultado da ofensiva israelita ultrapassou os 40 mil, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.

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PS admite apreciação parlamentar de diplomas sobre alojamento local

  • Lusa
  • 16 Agosto 2024

“É o próprio Governo, que no meio de uma crise de habitação, vai provocar a diminuição de oferta”, diz deputada do PS, que vai esperar primeiro pela publicação do diploma sobre alojamento local.

O PS vai pedir a apreciação parlamentar dos diplomas do Governo que revogam medidas sobre o alojamento local caso se confirme, por exemplo, que serão retirados poderes aos condóminos, por considerar que vão provocar uma diminuição de oferta habitacional.

Vamos aguardar a publicação do diploma, mas vamos pedir apreciação parlamentar sobre estas questões que dizem respeito à revogação das medidas do alojamento local, nomeadamente também sobre esta notícia mais recente sobre a questão das alterações nos poderes e na capacidade que os condóminos têm na questão da abertura ou do cancelamento de um alojamento local”, adiantou, em declarações à Lusa, a deputada do PS Maria Begonha.

O Público noticia esta sexta-feira que o Governo se prepara para tirar poderes aos condóminos no alojamento local, referindo-se a um projeto de decreto-lei que foi enviado à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e às regiões autónomas e segundo o qual os condóminos têm que provar que este tipo de alojamento provoca incómodo antes de o fechar, no máximo por cinco anos.

Quando os diplomas são avocados ao parlamento para apreciação parlamentar, os deputados podem alterá-los parcial ou integralmente ou mesmo revogá-los. Esta notícia já tinha merecido críticas do líder do PS, Pedro Nuno Santos através das redes sociais, designadamente de o Governo tomar “medidas que facilitam a retirada de habitações da sua função residencial”.

“Menos casas para viver e menos prédios onde as pessoas possam viver de forma descansada, segura e com vizinhos que não são estranhos. Este governo dá mostras todos os dias que governa para uma minoria”, referiu Pedro Nuno Santos. De acordo com a deputada socialista, o Governo do PSD/CDS-PP “recusa qualquer medida de combate à especulação e recusa mesmo reconhecer o impacto que o alojamento local tem” na crise da habitação.

O que parece ao PS é que o Governo se limita a revogar tudo o que foi feito para limitar o impacto negativo do alojamento local na habitação e é por isso que, a confirmar-se o que está e quando conhecermos o diploma, vamos pedir uma apreciação parlamentar para podermos fazer este debate e vincar as nossas diferenças sobre este retrocesso que o Governo quer promover”, anunciou.

Maria Begonha referiu que o ministro com a pasta da Habitação, Miguel Pinto Luz, em audição parlamentar “não quis responder ao PS se ia avançar para revogar tudo o que se tinha feito para regular e para limitar o impacto negativo do alojamento local na habitação”.

Ficamos a saber que a caducidade acabou, que a intransmissibilidade das licenças acabou e agora também aquilo que se tinha avançado na possibilidade dos condóminos limitarem a proliferação de alojamento local, também terem mais poder de intervenção e de capacidade de reclamar quando o alojamento local coloca problemas também isso foi retirado”, elencou. Segundo a deputada socialista, “é o próprio Governo, que no meio de uma crise de habitação, vai provocar a diminuição de oferta”.

Temos um Governo que nega o impacto das licenças do alojamento local quer no aumento dos preços quer a expulsar classe média, jovens das cidades, temos um ministro que diz que a gentrificação é normal e temos a revogação de um pacote Mais Habitação que foi aprovado há pouco tempo”, criticou.

Também a deputada do BE, Marisa Matias, reagiu a esta notícia do Público e, numa publicação nas redes sociais esta manhã, afirmou que com o agravamento da crise da habitação o “Governo nada mais tem feito que liberalizar ainda mais o mercado do alojamento local”. “Não há casas para os salários portugueses e quando os centros das cidades forem parques temáticos nem os turistas as vão querer”, condenou.

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Liga Portugal #2. Benfica sinónimo de problemas, FC Porto em crescimento e o adulto Sporting

Vistam as camisolas, bebam muita água (que está um calor absurdo) e preparem-se que a segunda jornada já está a bater a porta. O que irá acontecer? Como vai ser a segunda jornada da Liga Portugal.

Muito se passou na primeira jornada da Liga Portugal. O Sporting e o FC Porto entraram a todo o gás com o pé direito, o AVS SAD e Nacional reencontraram-se na elite do futebol português, o Santa Clara arrasou, o Benfica foi arrasado, o Braga empatou e despediu Daniel Sousa e o Vitória SC deu continuidade à incrível maré de resultados.

Além disso, o Boavista e o Moreirense ganharam os seus jogos fora de casa. Entretanto, Carlos Carvalhal regressou ao Braga e já se estreou de forma positiva. Vistam as camisolas, bebam muita água (que está um calor absurdo) e preparem-se que a segunda jornada já está a bater a porta. O que irá acontecer?

Os quatro cantos da jornada

Santa Clara x FC Porto: Arrasaram e agora é braço de ferro

Uma temporada depois volta a haver representação das ilhas na elite do futebol português. Na Segunda Liga, o Santa Clara fez o seu trabalho: dominou e subiu como líder. E agora, na Primeira Liga, não quis tirar o pé do travão e goleou fora de casa o Estoril-Praia. Do outro lado, o FC Porto também saiu com um resultado gordo de 3-0 frente ao Gil Vicente. Agora o Santa Clara e o FC Porto vão enfrentar-se e uma das chaves deste jogo pode estar no domínio/combate pelo meio-campo.

Há que estar atento também ao papel de Nico González e ao protagonismo que Alan Varela pode ter neste novo FC Porto de Vítor Bruno, bem como a construção coletiva, onde se observam movimentos de atração para gerar espaço e procurar a profundidade. Algo a ter em consideração será também a posição de Wenderson Galeno, que alinhou a lateral-esquerdo na última partida. Alisson Safira e MT são nomes interessantes que atuam sob as ordens de Vasco Matos no Santa Clara.

Nacional x Sporting: O recém-nascido e o adulto

Depois da derrota com o FC Porto na Supertaça, o Sporting era obrigado a dar uma resposta e Ruben Amorim lidou muito bem com a situação. Frente a um Rio Ave, que se reforçou muito no mercado (positivo por melhorar o plantel, mas também uma dor de cabeça na definição de dinâmicas e isso repercute-se), o Sporting mostrou uma vez mais que é uma equipa madura e camaleónica que procura extrair o melhor de si e explorar características do adversário. Constrói muito bem em ataque posicional e aposta no espaço nas costas, com movimentos importantes de Pedro Gonçalves e Victor Gyokeres na meia esquerda. Geovany Quenda está em afirmação e pode ter um papel fundamental neste Sporting.

Quanto ao Nacional, que ficou em segundo lugar na última temporada e subiu agora de divisão (daí o “recém-nascido”), iniciou o regresso à Primeira Liga com um empate frente ao AVS SAD e agora prepara-se para receber o Sporting. Joga com o fator casa e deverá ter como prioridade o setor defensivo: dificultar ao máximo a construção do Sporting. O problema é que os leões conseguem atacar bem tanto por fora como por dentro. Importante também assistir o funcionamento do plantel do Nacional e se têm capacidade competitiva para produzir bons resultados nesta Primeira Liga. Há dúvidas. Vem aí teste sério.

Benfica x Casa Pia: Gira o disco e toca o mesmo

Muda a temporada, mas não muda o Benfica. As águias continuam com problemas, sobretudo no ataque posicional pela falta de criatividade ofensiva e isso viu-se muito frente ao Famalicão. Roger Schmidt quer um Benfica a jogar com laterais profundos e uma pressão rápida e assertiva, mas a teoria não corresponde à prática. Ofensivamente o Benfica apresentou uma construção muito previsível com dificuldades no ataque por fora e defensivamente, permitiu o Famalicão (leu muito bem o jogo e fez excelente partida) superar facilmente linhas e observou-se desorganizações em vários momentos.

Enquanto o Benfica foi arrasado pelo Famalicão e perdeu, o Casa Pia também foi derrotado (1-0), mas não foi de todo inferior ao adversário. Diante do Boavista, os Gansos foram melhores e apostaram muito no seu lado esquerdo (Zolotic, Leonardo Lelo e Nuno Moreira, este mais por dentro). Agora tanto o Benfica como o Casa Pia querem dar uma resposta.

Outras equipas da Liga Portugal a observar

Além dos três grandes, há várias equipas que suscitam interesse nesta jornada. O Vitória SC está numa caminhada brutal desde que Rui Borges assumiu o comando: oito jogos, oito vitórias, 18 golos e 0 sofridos! Conseguiu o apuramento para o play-off da Liga Conferência e entrou com o pé direito na Primeira Liga, ao vencer fora de casa o Arouca por 1-0.

Agora vai enfrentar o Estoril-Praia que levou quatro bolas em sua casa do Santa Clara. Será interessante ver se há continuidade do Vitória SC (que tem mais jogos nas pernas devido à Liga Conferência) e se há resposta do Estoril-Praia. O mesmo se pode dizer com o Famalicão (continuidade de bom nível) e o Rio Ave (resposta), mais duas equipas que têm capacidade para fazer uma grande temporada.

Atenção ao Braga e o regresso de Carlos Carvalhal à Liga Portugal. Preparam-se para jogar fora de casa com o Boavista, que ao contrário das equipas mencionadas, é uma equipa que pode encontrar dificuldades nesta temporada. Mesmo tendo começado com os três pontos.

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