IEFP cria equipa para gerir obras nos centros de formação apoiadas pelo PRR

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

Nova equipa de projeto de gestão de obras estratégicas do Plano de Recuperação e Resiliência vai ser chefiada por Daniel da Silva Monteiro, segundo diploma pulicado em Diário da República.

O Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) criou uma equipa de projeto de gestão de obras estratégicas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), chefiada por Daniel da Silva Monteiro, segundo um diploma hoje publicado.

“O Conselho Diretivo, após audição do Conselho de Administração, […] deliberou criar a equipa de projeto […]. O Conselho Diretivo deliberou ainda nomear Daniel da Silva Monteiro, que detém competência técnica e aptidão para o exercício das funções […] como chefe de projeto da equipa de projeto de gestão de obras estratégicas do PRR, equiparado para efeitos remuneratórios, a diretor de serviços”, lê-se no diploma hoje publicado em Diário da República.

A equipa de gestão de obras estratégicas, que fica na dependência do Conselho Diretivo do instituto, é composta por um chefe de projeto e por quatro técnicos superiores.

Entre as suas funções está a coordenação de obras de criação ou reabilitação de centros de formação profissional, que estejam enquadradas no PRR.

Cabe ainda a esta equipa planear os processos relativos às obras, implementar metodologias de gestão de projeto, assegurar os processos aquisitivos e a execução das obras à sua entrega, assegurar a implementação de “processos ágeis de colaboração” com as unidades dos serviços centrais, regionais e locais, implementar um sistema de monitorização dos processos e garantir a organização dos mesmos.

A equipa de gestão de obras estratégicas terá a mesma duração que o PRR.

Daniel da Silva Monteiro, de 42 anos, escolhido para chefiar a equipa, é licenciado em Educação Física e Desporto pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

O novo responsável pela equipa de gestão de obras estratégicas do PRR foi técnico superior no Instituto Português do Desporto e Juventude (2017/2024).

Antes disso foi responsável pela gestão, manutenção, procedimentos contratuais, monitorização e controlo de instalações desportivas no Centro Desportivo Nacional do Jamor (2020/2024) e pelo desenvolvimento e monitorização de programas e projetos de desenvolvimento desportivo social — Jamor para Todos (2020/2024).

Do seu currículo faz também parte a coordenação e implementação de projetos nacionais e internacionais, onde se inclui a Semana Europeia do Desporto, Jogos Mundiais de Desporto para Todos TAFISA, ‘European School Sports Day’, Programa Nacional de Desporto para Todos, Orçamento Participativo Portugal, Orçamento Participativo Jovem e Escola a Tempo Inteiro (2017/2020).

Daniel da Silva Monteiro dedicou-se ainda à implementação, gestão e reporte de projetos cofinanciados pela União Europeia Erasmus+ (2017/2024), foi gestor técnico do Health Club FitPlus Terceira Mar (2016/2017), coordenador internacional na National Basketball Association (NBA) of India (2014/2016) e formador da Adecco Portugal (2013/2014).

Entre 2002 e 2013 foi atleta profissional e desde 1999 é treinador de desporto.

Esta deliberação, publicada em Diário da República, produz efeitos a 11 de março de 2024.

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TPI pede à Mongólia que execute mandado de detenção contra Putin

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

Será a primeira visita do Presidente russo a um país que é membro do Tribunal Penal Internacional (TPI), que tem em curso um mandado de detenção contra Vladimir Putin.

O Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu esta sexta-feira à Mongólia que execute o mandado de detenção contra o Presidente russo, Vladimir Putin, durante a sua visita ao país na próxima terça-feira.

O tribunal recordou, num comunicado, que a Mongólia é um Estado-Parte no Estatuto de Roma do TPI e que depende precisamente dos seus Estados-Partes e de outros parceiros para executar as suas decisões, incluindo em relação aos mandados de detenção.

“Os Estados-Partes no Estatuto de Roma do TPI são obrigados a cooperar em conformidade com o Capítulo IX do Estatuto de Roma, enquanto os Estados não-Partes podem decidir cooperar numa base voluntária”, recorda o tribunal.

O tribunal adverte que, “em caso de não cooperação, os juízes do TPI podem fazer uma constatação nesse sentido” e comunicá-la à Assembleia dos Estados-Partes, que tomará então “as medidas que considerar adequadas”.

O Kremlin indicou esta sexta-feira que não teme que, no âmbito do mandado de captura do TPI, Putin seja detido na Mongólia durante a sua próxima visita oficial.

“Não, não estamos preocupados (…) Temos um ótimo diálogo com os nossos amigos da Mongólia”, afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, quando questionado sobre a possibilidade de Putin ser detido no país vizinho. Peskov acrescentou que “todos os aspetos da visita foram cuidadosamente preparados”.

Putin tem prevista para a próxima terça-feira uma visita oficial à Mongólia, onde se encontrará com o seu homólogo mongol, Ukhnaa Khurelsukh, em Ulaanbaatar, com quem “trocará impressões sobre as relações bilaterais e a cooperação”.

Participará também num evento comemorativo do 85.º aniversário da Batalha do Rio Khalkh, em que as tropas soviéticas e mongóis se defrontaram com as forças japonesas.

Será a primeira visita de Putin a um país membro do TPI desde que este emitiu um mandado de captura contra o líder russo no ano passado por alegados crimes de guerra na Ucrânia, uma decisão criticada por Moscovo.

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Quanto é que a minha renda pode aumentar?

Rendas das casas poderão subir até 2,16% no próximo ano. Quanto é que vai pesar no meu bolso? Para contratos entre 250 e 2.000 euros, significa aumentos entre 5 euros e 45 euros.

As rendas das casas poderão aumentar até 2,16% no início do próximo ano, se o proprietário assim o entender. Quanto é que vai pesar no seu bolso? O ECO fez as contas.

A inflação que serve de base para o cálculo do coeficiente de atualização anual das rendas dos diversos tipos de arrendamento, incluindo para habitação, fixou-se nos 2,16% em agosto, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional Estatística (INE).

Mas enquanto os dados finais só serão divulgados a 11 de setembro, senhorios e inquilinos já têm uma ideia de quanto é que as rendas poderão aumentar em euros.

Embora o coeficiente de 2,16 seja igual para todos os contratos abrangidos pela lei, a variação em euros dependerá naturalmente do valor atual da renda.

As contas são simples. Para um contrato de arrendamento com o valor de 250 euros haverá um agravamento de 5,4 euros, com a nova renda a passar para os 255,4 euros. Em rendas de 500 euros o aumento será de 10,8 euros.

Já um contrato de arrendamento com o valor de 1.000 euros vai registar o aumento de 21,6 euros, enquanto as rendas de 2.000 euros vão ter um aumento de 43,2 euros a partir do dia 1 de janeiro.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver a tabela.

Pode fazer seguinte cálculo para saber quanto vai passar a pagar de renda no próximo ano: valor da renda atual x 1,0216.

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Schnabel defende que ritmo de cortes nos juros do BCE “não pode ser mecânico”

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

Isabel Schnabel defendeu que a redução das taxas de juro deve avançar "gradualmente e cautelosamente", não de forma "mecânica".

Isabel Schnabel, membro da Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE), defendeu esta sexta-feira que o ritmo de redução das taxas de juro deve avançar “gradualmente e cautelosamente”, não de forma “mecânica”.

O ritmo de flexibilização de políticas não pode ser mecânico, tem de se basear em dados e análises“, reiterou, numa conferência na Estónia. Apesar deste alerta para agir com cautela, a responsável admitiu que os dados recentes sobre a inflação na zona euro “na globalidade confirmaram as perspetivas” de um regresso “ao objetivo de 2% até ao final de 2025”.

Um dos principais desafios no processo da desinflação são as pressões sobre os preços no setor dos serviços, mas Isabel Schnabel sublinhou que a estabilidade de preços a médio prazo “não exige que a inflação dos serviços desacelere para 2%”, ainda que deva regressar a um nível “consistente com a inflação subjacente de 2% no médio prazo”.

A estimativa rápida do Eurostat divulgada esta sexta-feira mostrou que a taxa de inflação anual na zona euro desacelerou para 2,2% em agosto, face à taxa de 2,6% registada em julho. O BCE decidiu manter as taxas na reunião de julho, depois de ter avançado para um primeiro corte na reunião de junho, existindo agora expectativas dos mercados relativamente a um corte na reunião de setembro.

No entanto, o presidente do banco central alemão alertou, na quinta-feira, que “é necessário ter cautela” e não “cortar as taxas de juro demasiado rápido”.

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Euribor descem para novos mínimos a três, seis e 12 meses

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

As taxas Euribor desceram esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses, tocando novos mínimos.

As taxas Euribor desceram esta sexta-feira a três, a seis e a 12 meses, tocando novos mínimos.

  • A Euribor a três meses desceu 0,015 pontos para 3,490%, um novo mínimo desde quarta-feira, quando se fixou em 3,505%. A Euribor a três meses continua, assim, acima das taxas Euribor a seis e a 12 meses.
  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, desceu esta sexta-feira 0,016 pontos para 3,360%. Trata-se de um novo mínimo desde 16 de agosto, quando se situou em 3,367%, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,7% e 25,7%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, desceu esta sexta-feira 0,020 pontos para 3,088%, um mínimo desde 19 de dezembro de 2022.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Turismo volta a abrandar em julho. Dormidas de residentes caem 2,4%

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Agosto 2024

Setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes e 9 milhões de dormidas em julho, o que equivale a aumentos homólogos de 1,5% e 2,1%, mas a um ritmo abaixo do registado no mês anterior.

O turismo em Portugal mantém a trajetória de crescimento no número de hóspedes e nas dormidas, mas, em julho, repetiu-se o cenário de abrandamento já observado no mês anterior. Simultaneamente, as dormidas de residentes inverteram a tendência de subida registada em maio e junho, caindo 2,4% em julho, para um total de 2,7 milhões.

A estimativa rápida da atividade turística referente a julho, publicada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), indica que o setor do alojamento registou 3,2 milhões de hóspedes e nove milhões de dormidas nesse mês, mais 1,5% e 2,1%, respetivamente, face há um ano.

Comparando o ritmo de crescimento em julho com o de junho, quando as subidas homólogas tinham sido de 6,8% nos hóspedes e de 5% nas dormidas, verifica-se uma desaceleração da atividade turística.

Em julho, só a região do Oeste e Vale do Tejo escapou ao crescimento do número de dormidas, com um decréscimo de 0,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Os maiores aumentos ocorreram na região autónoma dos Açores (+5,3%), no Norte (+4,9%) e na Península de Setúbal (+4,5%) e os mais modestos na Madeira (+0,3%), no Algarve (+0,7%) e no Centro (+0,8%).

No que toca ao mercado externo, as dormidas cresceram em todas as regiões, de forma mais expressiva no Norte (+9,6%), nos Açores (+7,6%) e na Península de Setúbal (+7,1%). Contudo, ao nível do mercado interno, apenas a Grande Lisboa (+2,7%) e a Península de Setúbal (+1,8%) registaram um aumento do número de dormidas, tendo decrescido nas restantes regiões do país, com destaque para a Madeira (-8,1%), seguida do Oeste e Vale do Tejo (-5,8%) e do Algarve (-4,2%).

Entre os 10 principais mercados emissores em julho, que representaram cerca de três quartos (75,3%) do total de dormidas de não residentes, destaca-se o Reino Unido, com um peso de 18,3%, seguido por Espanha e Alemanha (com quotas de 12% e 9%, respetivamente). O mercado norte-americano (8,5%) surge como o quarto maior emissor de turistas para Portugal.

Ainda que fora dos cinco primeiros mercados emissores, os Países Baixos registaram o maior crescimento (+12,5%) na atividade turística em julho, evidenciando-se também os acréscimos significativos de turistas provenientes da Bélgica (+8,3%) e de Itália (+8,1%).

Na globalidade dos estabelecimentos de alojamento turístico, a estada média foi de 2,81 noites, o que equivale a um aumento de 0,6% face a julho de 2023 (+1,1% nos residentes e -0,4% nos não residentes). As únicas quedas observaram-se na Península de Setúbal (-1,3%) e no Centro (-0,8%), enquanto o Oeste e Vale do Tejo e o Algarve foram as regiões do país que registaram os maiores crescimentos neste indicador — de 3,2% e 2,3%, respetivamente.

Quanto à taxa líquida de ocupação-cama, verificou-se uma descida de 0,4 pontos percentuais, para 59,1%, em julho, um decréscimo igual ao registado na taxa líquida de ocupação-quarto (66,5%).

Variação homóloga do número de hóspedes, dormidas e estada média em junho

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

(Notícia atualizada pela última vez às 12h14)

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Governo autoriza despesa de dez milhões com produtos de higiene menstrual até 2025

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Agosto 2024

Despesa realiza-se por concurso público no âmbito da medida do Governo que prevê a disponibilização de produtos menstruais gratuitos em escolas e centros de saúde, já a partir de setembro.

O Governo autorizou a realização de uma despesa de até dez milhões de euros, nos anos de 2024 e 2025, para a aquisição e distribuição de produtos de higiene menstrual pela Direção-Geral da Saúde (DGS), através de uma Resolução do Conselho de Ministros publicada esta sexta-feira no Diário da República.

A medida, anunciada em maio pela ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, prevê a disponibilização gratuita de produtos de higiene menstrual nas escolas e centros de saúde de todo o país já a partir de setembro.

De acordo com a resolução, os encargos previstos para a aquisição destes produtos não podem exceder oito milhões de euros este ano e dois milhões de euros em 2025, valores aos quais “não acrescem o IVA”, sendo que cada montante pode ser acrescido do saldo que se apurar no ano anterior.

O objetivo do Executivo com esta medida é combater a pobreza menstrual, garantindo “igualdade no acesso à saúde e a dignidade menstrual”, bem como “aumentar a participação escolar e económica”, visto que “o acesso a produtos de higiene menstrual cria condições junto das populações economicamente mais frágeis para promover a frequência escolar e a participação em atividades económicas”.

A Resolução do Conselho de Ministros produz efeitos a partir da data da sua aprovação, a 22 de agosto, e estabelece que os encargos são satisfeitos pelas verbas inscritas e a inscrever no orçamento da DGS, com recurso ao procedimento de concurso público com publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

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INE confirma quase estagnação da economia no segundo trimestre

Economia portuguesa cresceu 1,5% face a igual período do ano passado, mas apenas 0,1% na comparação face ao primeiro trimestre deste ano.

A economia portuguesa cresceu 1,5% em termos homólogos no segundo trimestre e praticamente estagnou quando comparado com os primeiros três meses deste ano, ao avançar apenas 0,1%, confirmou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). A evolução face ao primeiro trimestre reflete sobretudo o desempenho da procura externa e do consumo privado.

O organismo de estatística avançou, em 30 de julho, com a estimativa rápida, confirmada na segunda leitura, divulgada esta sexta-feira. Comparando com o trimestre anterior, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1%, após um aumento em cadeia de 0,8% no arranque do ano. O contributo da procura externa líquida para a taxa de variação em cadeia do PIB foi negativo (-0,4 pontos percentuais), depois de ter sido positivo no primeiro trimestre (1,0 pontos percentuais).

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

As exportações registaram um crescimento em cadeia de 0,2% entre abril e junho, enquanto as importações avançaram 1%, o que compara com os 1,5% e -0,5%, respetivamente, registados no primeiro trimestre.

Por outro lado, a procura interna registou um contributo positivo de 0,5 pontos para a variação em cadeia do PIB no segundo trimestre, após ter registado um contributo de -0,1 pontos no trimestre precedente, devido a um aumento do investimento e uma desaceleração do consumo privado.

Em termos homólogos, a taxa de expansão do PIB manteve-se inalterada face ao primeiro trimestre, influenciada por uma aceleração do consumo privado, para uma variação homóloga de 1,5%, que compara com 0,6% no trimestre anterior, e do investimento (de 1,7%, no primeiro trimestre, para 4,4%). Por seu lado, o consumo público desacelerou ligeiramente para uma variação de 1,3% face aos 1,4% registados no trimestre precedente.

Já o contributo da procura externa para a variação homóloga do PIB passou de positivo, no trimestre anterior (+0,5 pontos), a negativo (-0,5 pontos), com um crescimento de 3,6% das exportações (2,4% no primeiro trimestre), e de 4,8% das importações (1,4% no trimestre precedente).

(Notícia atualizada às 11h34)

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Governo está a trabalhar na criação de “super agência” da energia

O ECO sabe que a nova agência terá autonomia administrativa e financeira e que deverá ser liderada por Paulo Carmona. Ministério desmente mas programa eleitoral da AD já previa fusões na energia.

O Governo está a trabalhar na criação de uma “super agência” que juntará a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), a Agência para a Energia (ADENE) e a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) num único instituto, segundo informação avançada ao ECO por duas fontes próximas do processo. A liderança deverá ser atribuída ao gestor Paulo Carmona. Ao ECO, o Ministério do Ambiente e Energia desmente a reforma, mas esta já estava prevista no programa eleitoral da AD.

Após a publicação da notícia, esta sexta-feira, fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Energia (MAEN) assegurou ao ECO que “o Governo não está a trabalhar na formação de uma agência que junte a DGEG, a ADENE e a ENSE“, explicando, por seu turno, que “o nome do novo diretor-geral da DGEG será anunciado em breve”, isto depois de Jerónimo Cunha ter sido exonerado esta sexta-feira do cargo de diretor-geral.

Depois de enviada a resposta do gabinete de Maria Graça Carvalho, as mesmas fontes reiteraram ao ECO que o objetivo é mesmo avançar com uma reestruturação destas entidades após a nomeação do novo diretor-geral, que deverá ser conhecido na próxima semana.

As mesmas fontes explicam ao ECO que esta “super agência” será juridicamente um instituto com autonomia administrativa e financeira, mas que uma das dificuldades desta operação diz respeito às competências da gestão das reservas estratégicas de gás que poderão vir a ser excluídas deste processo de concentração de entidades.

A falta de capacidade de acompanhamento do setor, sobretudo dos dois contratos de concessão de redes (gás e eletricidade) e a capacidade de planeamento e suporte nas políticas públicas, estarão na origem da decisão do Governo de avançar com esta operação. Às entidades em causa faltam capacidades técnicas e flexibilidade para exercer as suas competências, em particular no acompanhamento das concessões da rede nacional de baixa tensão, geridas pela E-Redes, mas sobretudo nas concessões de distribuição de gás, geridas pela REN.

A ausência de recursos humanos nas agências do ambiente e energia foi sempre um dos obstáculos reconhecidos pelo Ministério do Ambiente, sobretudo devido aos atrasos no licenciamento de projetos de energia, tendo, por isso, o anterior Governo lançado um concurso com vista a reforçar algumas entidades. Um delas, a DGEG. Mas volvido um ano, e com um novo Executivo em funções, agora a estratégia será outra, mas não chega como uma carta fora do baralho.

No programa eleitoral da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro propunha “reformar as instituições públicas de regulação e administração no setor da energia“, com o objetivo de “desburocratizar e acelerar os processos de licenciamento e autorização e reforçar a fiscalização”

“É indispensável respeitar e fortalecer a independência da ERSE. É necessário também capacitar técnica e humanamente a DGEG e as outras instituições e agências públicas nacionais de energia, ponderando a sua fusão“, lê-se no programa eleitoral da coligação que juntou o PSD, CDS-PP e PPM nas eleições legislativas.

Jerónimo Cunha estava há cerca de um ano na liderança da DGEG, tendo sido nomeado pelo anterior ministro do Ambiente socialista Duarte Corde após a exoneração de João Bernardo do cargo de diretor-geral. Esta sexta-feira, foi afastado do cargo por decisão do atual Ministério do Ambiente e da Energia, juntando-se à lista de dirigentes que foram exonerados pelo atual Governo desde de que entrou em funções.

Caso esta operação se concretize, não é claro, para já, o que acontecerá aos dirigentes das entidades em causa. Nelson Lage é presidente da ADENE desde 2020, enquanto Alexandre Fernandes preside a ENSE, desde 2023.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h03)

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Desemprego estável na UE. Portugal continua acima da média

Taxa de desemprego estabilizou em 6% na União Europeia e recuou para 6,4% na Zona Euro. Portugal continua acima da média do bloco comunitário, mas abaixo da média da área da moeda única.

O mercado de trabalho europeu continua a dar sinais de resiliência. Em julho, e pelo quinto mês consecutivo, a taxa de desemprego da União Europeia situou-se em 6%, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. Em Portugal, o desemprego recuou para 6,2% no sétimo mês do ano, continuando acima da média comunitária.

“Em julho de 2024, a taxa de desemprego da Zona Euro foi de 6,4%, abaixo dos 6,5% registados em junho de 2024 e dos 6,6% verificados em julho de 2023. A taxa de desemprego da União Europeia foi de 6,0%, estável face a junho de 2024 e face a julho de 2023″, indica o gabinete de estatísticos, no destaque publicado esta manhã.

Mas nem todos os Estados-membros têm registado os mesmos sinais positivos do mercado de trabalho. Espanha, por exemplo, registou uma taxa de desemprego de 11,5% em julho, a mais alta entre os países do bloco comunitário, ainda que não tenha aumentado face a junhp.

Já na Grécia, o desemprego agravou-se no sétimo mês do ano (0,4 pontos percentuais em cadeia), para 9,9%, a segunda taxa mais elevada da União Europeia.

Do outro lado da tabela, a Chécia e a Polónia registaram taxas de desemprego abaixo dos 3% em julho (2,7% e 2,9%, respetivamente), de acordo com o Eurostat. São as mais baixas do Velho Continente.

E Portugal? Por cá, e conforme já tinha adiantado o Instituto Nacional de Estatística (INE), o desemprego situou-se em 6,2% em julho, abaixo dos 6,4% registados no mês anterior e estável face há um ano. Portugal continuou, assim, acima da média da UE, mas abaixo da média da Zona Euro.

Desemprego jovem recua

Em julho, a taxa de desemprego jovem recuou tanto ao nível da União Europeia, como da Zona Europeia, segundo os dados publicados pelo Eurostat. Também por cá houve um recuo, mas Portugal manteve-se entre os países com níveis de desemprego jovens mais elevados, o que a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, já sinalizou como uma preocupação.

“Em julho de 2024, a taxa de desemprego jovem foi de 14,5% na União Europeia, abaixo dos 14,6% registados em junho, e de 14,2% na Zona Euro, abaixo dos 14,4% verificados no mês anterior“, sublinha o Eurostat esta manhã.

Entre os Estados-membros, Suécia, Espanha e Estónia destacam-se, pois registam as taxas mais elevadas: 25,8%, 25,5% e 22,8% respetivamente.

Mais abaixo, em quinto lugar, aparece Portugal, com uma taxa de desemprego jovem de 20,9% em julho, ainda assim abaixo dos 21,7% registados no mês anterior. O desemprego jovem tem sido visto como uma “entorse” no mercado de trabalho português pelo Governo, que decidiu, por isso, reformular os programas de estágios e os incentivos à contratação sem termo.

Já a Alemanha (6,6%), os Países Baixos (8,6%) e Malta (8,7%) contabilizam as taxas de desemprego jovem mais baixas do Velho Continente, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat.

(Notícia atualizada às 10h56)

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Inflação na Zona Euro abranda para 2,2% em agosto

O Indice de Preços no Consumidor desceu no conjunto dos 20 países da moeda única europeia, indica a estimativa rápida do Eurostat. Travagem deverá reforçar probabilidade de descida de juros pelo BCE.

A taxa de variação homóloga da inflação na Zona Euro terá abrandado em agosto para 2,2%, face aos 2,6% de julho, indica a estimativa rápida do Eurostat divulgada esta sexta-feira. Ficou em linha com a estimativa da média dos economistas sondados pela Reuters.

“Analisando as principais componentes da inflação da Zona Euro, espera-se que os serviços apresentem a taxa anual mais elevada em agosto (4,2%, face a 4,0% em julho), seguidos dos produtos alimentares, álcool e tabaco (2,4%, face a 2,3% em julho), dos produtos industriais não energéticos (0,4%, face a 0,7% em julho) e da energia (-3,0%, face a 1,2% em julho)”, informou o Eurostat.

A queda da inflação na zona euro de 2,6 para 2,2% deveu-se principalmente à inflação da energia, mas “confirma a opinião de que o ambiente inflacionista está lentamente a tornar-se mais benigno” afirmaram os analistas do ING.

“O BCE está a percorrer uma longa reta final quando se trata de fazer regressar a inflação ao seu objetivo”, sublinharam.

(Notícia atualizada às 11h07)

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Governo afasta Jerónimo Cunha do cargo de diretor-geral de Energia e Geologia

  • Lusa
  • 30 Agosto 2024

O Governo afastou Jerónimo Cunha do cargo de diretor-geral de Energia e Geologia, que ocupava desde 1 de setembro de 2023, após ter sido nomeado pelo anterior ministro do Ambiente do PS.

O Governo afastou Jerónimo Cunha do cargo de diretor-geral de Energia e Geologia, que ocupava desde 1 de setembro de 2023, após ter sido nomeado pelo anterior ministro do Ambiente do PS, Duarte Cordeiro.

Em despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, determinou a “cessação da comissão de serviço do mestre Jerónimo Viana Borges Meira da Cunha do cargo de diretor-geral de Energia e Geologia”, com efeitos a partir desta sexta-feira.

Jerónimo Cunha foi adjunto de João Galamba, entre 2018 e 2022, quando este era secretário de Estado da Energia.

No despacho, a ministra do Ambiente justifica o afastamento “considerando a necessidade de imprimir uma nova dinâmica aos serviços da DGEG [Direção-Geral de Energia e Clima], bem como a implementação de novas orientações à gestão desta direção-geral, para que seja alcançada uma efetiva melhoria na execução das políticas a prosseguir nos domínios da energia e dos recursos geológicos e mineiros, designadamente tornando mais eficaz e eficiente a sua atuação na resposta à execução dos programas de financiamento cuja competência lhe está cometida, bem como a celeridade dos procedimentos de licenciamento”.

O Governo realça ainda que, de acordo com o Estatuto do Pessoal Dirigente dos Serviços e Organismos da Administração Pública, “a comissão de serviço dos titulares dos cargos de direção pode ser feita cessar pela necessidade de imprimir uma nova orientação à gestão dos serviços”.

O despacho refere que Jerónimo Cunha foi ouvido previamente sobre as razões invocadas pelo Governo para o seu afastamento.

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