Novos voos vão ligar Portugal e Cabo Verde a partir de outubro

  • Lusa
  • 3 Julho 2025

A Easyjet disponibiliza a partir desta quinta-feira um reforço de ligações acrescentando mais três ilhas do arquipélago: Santiago, São Vicente e Boa Vista.

Novas ligações aéreas vão passar a ligar Lisboa e Porto à capital de Cabo Verde, Praia, bem como às ilhas de São Vicente e Boa Vista, a partir de outubro, de acordo com os serviços de venda disponíveis na Internet.

Um conjunto de novas ligações aéreas com a Europa tem feito crescer o turismo, sobretudo na ilha do Sal, e a companhia Easyjet disponibiliza a partir desta quinta-feira um reforço de ligações acrescentando mais três ilhas do arquipélago.

Além de potenciar o turismo, motor da economia do país, o incremento de ligações aumenta as alternativas de viagem da população, fortemente ligada à emigração, nomeadamente a partir da ilha de Santiago, onde se concentra metade dos 500 mil habitantes do arquipélago.

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, saudou o anúncio de novos voos com uma mensagem na Internet, referindo que o anúncio resulta “da ação proativa do Governo para atrair a companhia low cost, com impacto sobre o aumento de conectividades, o turismo e os cabo-verdianos em geral, no país e na diáspora”.

A Cabo Verde Tradeinvest, agência estatal de promoção de investimento, também reagiu, apontando o anúncio como “um impulso para o turismo, mas também mais oportunidades para atrair investimento, dinamizar as economias locais e fortalecer os laços com a diáspora e o mercado europeu”.

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BNP Paribas Cardif conclui aquisição da AXA IM

  • Lusa
  • 3 Julho 2025

O grupo apontou que este negócio vai posicioná-lo como "líder europeu na gestão de poupanças de longo prazo para seguradoras e fundos de pensões, com cerca de 850 mil milhões de euros".

A BNP Paribas Cardif concluiu a aquisição da AXA IM e assinou uma parceria de longo prazo com o Grupo AXA para gestão de parte significativa dos seus ativos, anunciou o grupo segurador francês, sem adiantar valores do negócio.

“Esta operação, anunciada a 1 de agosto de 2024, permitirá ao Grupo BNP Paribas criar uma plataforma de gestão de ativos de referência na Europa, com mais de 1,5 biliões de euros em ativos sob gestão confiados pelos seus clientes”, refere o BNP Paribas, em comunicado.

Adicionalmente, o grupo apontou que este negócio vai posicioná-lo como “líder europeu na gestão de poupanças de longo prazo para seguradoras e fundos de pensões, com cerca de 850 mil milhões de euros”.

Segundo a mesma nota, estão já em funcionamento grupos de trabalho conjuntos com as equipas da AXA IM, para desenvolver um plano comum para a oferta e serviços, que será submetido às instâncias representativas dos trabalhadores.

O projeto de fusão das entidades legais da AXA Investment Managers (IM), BNP Paribas AM e BNP Paribas REIM, que dará origem à nova plataforma detida pela BNP Paribas Cardif, encontra-se atualmente em fase de consulta com os representantes dos trabalhadores.

As atividades de gestão de ativos do Grupo BNP Paribas serão lideradas pelo presidente executivo do BNP Paribas AM, Sandro Pierri, enquanto as atividades de gestão de ativos do grupo vão ser da responsabilidade do atual presidente executivo da AXA IM, Marco Morelli.

Do ponto de vista financeiro, o grupo espera um aumento das receitas superior a 5% até 2026 e o retorno sobre o capital investido superior a 14% no terceiro ano (2028) e superior a 20% no quarto ano (2029).

Em 2024, o BNP Paribas Cardif registou um lucro de 1.600 milhões de euros em 2024, mais 13% do que no ano anterior.

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Marsh lança novo seguro cibernético para empresas europeias

  • ECO Seguros
  • 3 Julho 2025

A corretora vai disponibilizar cobertura até 5 milhões de euros para empresas com receitas até 500 milhões de euros situadas na União Europeia, Israel, Noruega, Sérvia e Turquia.

A Marsh anuncia o lançamento de um seguro que cobre riscos cibernéticos destinado empresas com receitas até 500 milhões de euros localizadas na União Europeia, Israel, Noruega, Sérvia e Turquia.

Denominado “Cyber Unity”, o novo seguro assegura cobertura até ao limite de 5 milhões de euros, com possibilidade de acesso a capacidade adicional. A cobertura é garantida por seis seguradoras cyber globais com classificação A.

A oferta “engloba um conjunto de riscos mais alargado do que o padrão da indústria” assim como “extensões de cobertura exclusivas que disponibilizam aos clientes uma maior variedade em termos de cobertura”.

O novo seguro da empresa do grupo Marsh McLennan contempla ainda um processo de gestão de sinistros pré-negociado, bem como serviços de gestão de riscos e prevenção de perdas, “reforçando a capacidade de prevenção e resposta das organizações a potenciais ameaças cibernéticas”, lê-se no comunicado.

O produto também visa reforçar a resposta a incidentes cibernéticos através do acesso a uma plataforma de gestão de incidentes, que assegura a continuidade das operações quando os principais sistemas possam estar comprometidos durante um incidente.

“Ao tornar o seguro de cyber mais acessível, compreensível e económico, a Cyber Unity fornece uma capacidade primária robusta para organizações europeias, integrando uma cobertura abrangente com serviços essenciais de prevenção de riscos, gestão de sinistros e resposta a incidentes”, afirma Helena Mendes, Especialista de Cyber da Marsh Portugal.

O seguro foi desenvolvido exclusivamente pela Marsh para os seus clientes de seguros cyber (atuais e futuros).

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Governo insiste em tirar leque salarial do benefício em IRC para empresas que aumentem salários

Incentivo está vedado àqueles que aumentem diferenças entre ordenados mais altos e mais baixos. Governo já tinha tentado eliminar a condição e agora volta a insistir.

O Governo insiste em retirar o leque salarial da condição para atribuir um benefício fiscal em IRC para as empresas que, este ano, aumentem salários em pelo menos 4,7%. O Conselho de Ministros desta quinta-feira voltou a aprovar uma proposta de lei a submeter à Assembleia da República, anunciou esta quinta-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

Antes das eleições, o Executivo já tinha enviado a mesma iniciativa para o Parlamento, mas a queda do Governo determinou o fim do processo legislativo. Por isso, o Governo volta agora à carga.

No Orçamento do Estado para 2025, o Governo ainda tentou retirar essa condição, mas uma maioria negativa travou-o e determinou o fim do apoio quando as empresas em causa aumentem as diferenças salariais dos seus trabalhadores. “O acordo tripartido foi desvirtuado”, concluiu o governante, considerando que a manutenção do critério do leque salarial “transformou este mecanismo num mecanismo inoperacional”.

Em causa o benefício que permite a dedução em 200% em sede de IRC dos custos com valorizações salariais desde que a entidade aumente os ordenados a partir de uma determinada percentagem que, para este ano, foi fixada em 4,7%, segundo o acordo assinado em Concertação Social e o que está plasmado no artigo 19.º B Estatuto dos Benefícios Fiscais.

A proposta agora apresentada e que retira o tal critério do leque salarial visa “dar um impulso e viabilizar, em consonância com a concertação social, o chamado mecanismo de apoio à valorização” dos ordenados, defendeu Leitão Amaro.

A mesma proposta de lei foi enviada ao Parlamento no início do ano, depois de aprovada em fevereiro, em Conselho de Ministros, mas a queda do Governo e a convocação de legislativas antecipadas, em 18 de maio, encerrou o processo legislativo. Daí que o Governo volte à carga com o mesmo diploma. Resta saber se, desta vez, Chega ou PS o irão viabilizar.

“Este mecanismo estava abalado, tornado quase irrelevante por causa desta norma. Nós queremos trazer o acordo de concertação social para que esse critério possa ser removido”, insistiu. No entanto, Leitão Amaro referiu que o objetivo é “preservar os limiares de valorização mínima, quer de salário mínimo, quer de salário médio”.

Já desde 2022, com o acordo de rendimentos assinado ainda pelo Governo de António Costa com os parceiros sociais, que está previsto um benefício em sede de IRC para as empresas que aumentem os salários em linha com o referencial definido em Concertação Social.

Tem estado definido (no Estatuto dos Benefícios Fiscais) que esse benefício só pode ser aplicado às empresas que não registem aumentos do leque salarial dos trabalhadores face ao anterior, isto é, não agravem as diferenças entre os salários mais elevados e mais baixos.

Porém, o acordo assinado em 2023 na Concertação Social pelo Governo agora liderada por Luís Montenegro já não faz qualquer referência a essa condição. E a proposta de Orçamento do Estado para 2025 previa mesmo a sua revogação.

Uma coligação negativa (PS, BE, PCP, Livre e Chega votaram contra, o PAN absteve-se) travou, no entanto, a eliminação dessa norma. Ou seja, está por cumprir o acordo assinado em outubro, pelo que o Governo vai insistir no Parlamento.

(Notícia atualizada às 16h43)

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Portugal e mais 13 países assinam carta a Von der Leyen a rejeitar cortes na Coesão

A Comissão vai apresentar no próximo dia 16 de julho a sua proposta para o Quadro Financeiro Plurianual. Em cima da mesa está um corte de 20% nas verbas para a agricultura e Coesão.

Portugal é um dos 14 signatários de uma carta, enviada esta quarta-feira à presidente a Comissão Europeia, Ursula von de Leyen, onde rejeitam cortes na Política de Coesão e uma gestão centralizada dos fundos.

Num documento informal, a que o ECO teve acesso, os países amigos da Coesão defendem “que apenas um orçamento distinto e robusto e uma metodologia de afetação regional, que reflita os diferentes níveis de desenvolvimento das regiões, juntamente com uma legislação autónoma específica para a Política de Coesão, podem garantir que o próximo Quadro Financeiro Plurianual proporcione unidade, competitividade e convergência a longo prazo entre as regiões da União Europeia”.

A carta é assinada por Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Bulgária, Chéquia, Croácia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia.

A Comissão vai apresentar no próximo dia 16 de julho a sua proposta para o Quadro Financeiro Plurianual. Em cima da mesa, segundo avançou esta quinta-feira o Politico, está um corte de 20% nas verbas para a agricultura e Coesão. O objetivo é redirecionar fundos das “velhas prioridades” para novos desafios, como a Defesa, inovação e alargamento.

Os cortes podem ser a solução, tendo em conta que alguns Estados-membros, como Alemanha e França se opõem a aumentar as contribuições para o orçamento comunitário.

Como forma de posicionamento, antes do arranque das negociações, os países vão marcando posições. E os amigos da coesão querem garantir que a “Comissão consultará, trocará ideias e trabalhará em estreita colaboração com o Conselho ao longo das negociações subsequentes”, como se lê na carta.

As negociações prometem ser duras, porque o próximo quadro financeiro plurianual além de fazer face às novas prioridades, nomeadamente a aposta na defesa, será chamado a começar a pagar a dívida contraída para pagar a ‘bazuca europeia’ – 650 mil milhões de euros, a um ritmo de 30 mil milhões por ano. E não há recursos novos.

Para alguns Estados-membros a solução será aumentar as receitas próprias, nomeadamente tributando as grandes empresas tecnológicas ou taxar as emissões de CO2, mas para outros o caminho poderia ser emitir nova dívida para pagar a que vai vencendo. A antiga comissária Elisa Ferreira, por exemplo, defendeu essa opção no ECO dos Fundos.

Ter um “orçamento distinto e robusto” a partir de 2028 vai ser um desafio. Em linguagem comum isto quer dizer ter o mesmo valor atualizado com os valores da inflação. Ora a Política de Coesão representa cerca de um terço do orçamento comunitário. No atual QFP são cerca de 460 mil milhões de euros. A segunda fatia de leão é a política agrícola, de cerca de 391 mil milhões de euros, justificada com a necessidade de assegurar a soberania alimentar da União.

Mas, além de querer cortar verbas, a Comissão queria também mudar a lógica de atribuição das mesmas, transpondo para a Coesão as regras do PRR: os Estados-membros só receberiam dinheiro perante a implementação de reformas aprovadas por Bruxelas. Isto retiraria muito poder às regiões e aumentaria o poder centralizador de Bruxelas.

O ministro da Economia e da Coesão já disse publicamente que é contra esta opção, apesar de reconhecer que a Política de Coesão precisa de ser reformulada. “Trazer para a Coesão o que de melhor a lógica do PRR tem.” É desta forma que o ministro da Coesão, Manuel Castro Almeida, sintetizou à ECO Magazine a forma como gostaria de ver evoluir a aplicação dos fundos no próximo quadro comunitário de apoio.

Já ao nível da Política Agrícola chegou a estar em cima da mesa a ideia de reunir num fundo único dois pilares da PAC (ajudas diretas e desenvolvimento rural). O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, também já rejeitou essa ideia argumentando que esta opção seria “a destruição” da PAC.

Chipre é um dos países amigos da coesão que não é signatário da carta, porque vai exercer a seguir a presidência rotativa da União Europeia e, por isso, optou por manter uma posição de neutralidade.

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Governo avança com reforma orçamental para gerar maiores poupanças para o Estado

O objetivo é conseguir "contas mais equilibradas e saudáveis" para continuar a trajetória da redução da carga fiscal, anunciou o ministro da Presidência.

O Governo vai avançar com a reforma do processo orçamental para gerar maiores poupanças e, com isso, conseguir “contas mais equilibradas” e “baixar a carga fiscal”, anunciou esta quinta-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, durante o briefing do Conselho de Ministros.

Nesse sentido, foram aprovados dois diplomas, um dos quais diz respeito “um novo paradigma de gestão orçamental assente em orçamentação por programas e não por entidades, não por funções mas por programas de políticas públicas.” “Depois de anos de atraso, damos este passo para uma verdadeira orçamentação por programas baseada em prioridades, métricas, avaliação de resultados por áreas de programa e de políticas públicas”, continuou. O objetivo é aumentar “a racionalidade e a qualidade orçamental”, frisou.

Para além disso, foi ainda aprovado um outro diploma que procede a um “exercício de revisão de despesa, conhecido pela expressão inglesa de spending review“, de modo a que “o Estado gaste menos no que deve fazer”. Isto porque “há espaço para ganhos e poupanças na despesa”, defendeu.

Leitão Amaro considera que as iniciativas em causa, que aprofundam a reforma do processo orçamental, vão tornar “as contas não só mais equilibrada, mas ainda mais saudáveis”. O Governo acredita “que há espaço para conseguir ganhos e poupanças na despesa”, o que irá “viabilizar também reduções de carga fiscal e reduções de impostos”, reforçou.

Em jeito de síntese, e sem mais detalhes, Leitão Amaro referiu que “estes dois diplomas são parte importante da reforma das Finanças Públicas e da revisão permanente de despesa pública, permitindo que a despesa seja contida sem prejudicar os serviços sociais e funções essenciais dos Estado”.

(Notícia atualizada às 16h47)

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Programa ‘Portugal Sou Eu’ incentiva ao consumo nacional em campanha

  • + M
  • 3 Julho 2025

Desenvolvida pela Opal, a campanha inspirou-se no espírito de equipa e na força coletiva para mostrar que "cada escolha conta" e promover o consumo de produtos portugueses.

O programa governamental ‘Portugal Sou Eu’ lançou uma nova campanha com o objetivo de promover o consumo do que é nacional e reforçar a perceção do valor dos produtos e serviços portugueses.

Desenvolvida pela agência Opal e sob a assinatura “Mostra que és dos nossos. Começa hoje”, a campanha marca presença em televisão, rádio, imprensa e digital.

O argumento inspirou-se no espírito de equipa e na força coletiva, “que caracteriza o povo português”, para mostrar que “cada escolha conta e que cada adesão ao selo ‘Portugal Sou Eu’ é uma vitória para todos nós”.

Em termos criativos, a campanha apela à mobilização, usando uma “linguagem gráfica com uma abordagem dinâmica e descontraída, mantendo sempre a identidade portuguesa e criando um território vasto de comunicação”, refere-se em nota de imprensa.

O programa governamental aponta ainda que o objetivo da campanha passa por “aumentar a notoriedade espontânea da marca e potenciar as vantagens do consumo do que é nacional“.

Lançado em dezembro de 2012 e cofinanciado pelo Portugal 2030, o programa ‘Portugal Sou Eu’ tem por objetivo dinamizar a competitividade das empresas portuguesas, promover o equilíbrio da balança comercial, combater o desemprego e contribuir para o crescimento sustentado da economia.

Com mais de 4.500 empresas registadas, o programa já atribuiu o seu selo a mais de 19.500 produtos e serviços, que representam, em conjunto, um volume de negócios superior a 12 mil milhões de euros. Conta com várias figuras públicas como embaixadoras, como Carlos Coelho, Carolina Piteira, Cláudia Vieira, Cristina Ferreira, Cuca Roseta, D.A.M.A, Fátima Lopes, Fernanda Freitas, Fernando Gomes, Filipa Gomes, Gonçalo Gago da Câmara, Henrique Sá Pessoa, Inês Castel Branco, José Luís Peixoto, Júlio Isidro, Júlio Magalhães, Justa Nobre, Luís Buchinho, Luís Onofre, Nelson Évora, Rosa Mota e Vítor Sobral.

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De Diogo Jota a Miklos Fehér. Recorde os jogadores de topo que perderam a vida cedo

Emiliano Sala, José Antonio Reyes, Miklos Fehér, “Pavão” e 19 jogadores do Chapecoense são outros exemplos recentes de mortes trágicas que marcaram o mundo do futebol profissional.

O universo do futebol viu-se novamente afetado pela morte prematura de um jogador, desta vez o internacional português Diogo Jota. O avançado, que vestia as cores do Liverpool desde 2020, é a mais recente partida de uma longa lista de futebolistas que perderam a vida dentro de campo ou fora dele durante o auge das suas carreiras ou numa idade jovem.

Do espanhol Reyes, que chegou a passar pelo Benfica e Real Madrid, e da queda do avião que transportava a equipa brasileira Chapecoense, à paragem cardíaca que fez Fehér cair inanimado no relvado do Estádio D. Afonso Henriques, o ECO reúne algumas das mortes precoces mais conhecidas do mundo da bola.

Diogo Jota (1996 – 2025)

Diogo Jota, futebolista português de 28 anos que atuava no Liverpool, morreu esta madrugada, juntamente com o seu irmão André Silva, de 26 anos, vítimas de um acidente de viação na província espanhola de Zamora. O rebentamento de um pneu durante uma ultrapassagem está a ser apontado como a possível causa do acidente.

O avançado, que contabilizou 49 internacionalizações pela Seleção Nacional A, morreu quando o carro em que viajava com o irmão, também futebolista profissional, atualmente no Penafiel, se terá despistado ao quilómetro 65 da A-52, incendiando-se de seguida.

Emiliano Sala (1990 – 2019)

Emiliano Sala morreu a 21 de janeiro de 2019, aos 28 anos, quando o avião que o transportava de Nantes para Cardiff caiu no Canal da Mancha.

O futebolista argentino tinha acabado de ser transferido do Nantes para o Cardiff City, por 17 milhões de euros. Regressava ao País de Gales após ter ido a França para se despedir dos companheiros de equipa.

O corpo de Emiliano Sala foi encontrado nos destroços do avião, mais de duas semanas após o acidente, a uma profundidade de 67 metros.

José Antonio Reyes (1983 – 2019)

José Antonio Reyes morreu em 1 de junho de 2019, com 35 anos, num acidente de viação numa autoestrada entre Sevilha e Utrera, localidade onde nasceu, tendo o carro em que circulava sofrido um despiste, incendiando-se de seguida. O acidente também vitimou um dos seus dois primos que seguiam no veículo.

O futebolista espanhol passou por clubes como o Sevilha, Arsenal, Real Madrid e Atlético Madrid, além de ter jogado uma temporada ao serviço do Benfica, a de 2008-2009, por empréstimo dos “colchoneros”.

Chapecoense (2016)

Em novembro de 2016, o avião que transportava a equipa da Chapecoense, juntamente com jornalistas e membros da tripulação, para a Colômbia, caiu perto da cidade de Medellín. Morreram 71 pessoas, entre as quais 19 dos 22 jogadores que seguiam no voo e ainda 20 jornalistas. Apenas seis pessoas sobreviveram ao acidente, incluindo três jogadores, um jornalista e dois tripulantes.

A equipa brasileira preparava-se para o jogo mais importante da sua história, já que ia disputar a sua primeira final da Copa Sul-Americana contra o clube colombiano Atlético Nacional. O jogo acabaria por ser cancelado devido ao acidente, com a Chapecoense a ser declarada campeã após o Atlético Nacional enviar um pedido à CONMEBOL (Confederação Sul-Americana de Futebol) para que se reconhecesse o clube brasileiro como tal, como forma de homenagem às vítimas.

Robert Enke (1977 – 2009)

Robert Enke, que jogou no Benfica entre 1999 e 2002, antes de rumar ao Barcelona, suicidou-se em 2009 numa passagem de nível em Neustadt, aos 32 anos, num período em que era jogador do Hannover 96.

O antigo guarda-redes alemão passava por uma depressão no período em que jogou no clube espanhol e no Fenerbahçe. Em 2006, a morte da filha de dois anos, com problemas cardíacos, viria a agudizar ainda mais a sua saúde mental.

Antonio Puerta (1984 – 2007)

No dia 25 de agosto de 2007, Antonio Puerta, jogador do Sevilha, sofreu uma paragem cardíaca durante um jogo contra o Getafe, que marcava o início do campeonato espanhol da época 2007/2008.

Ainda se levantou, amparado por colegas, e dirigiu-se ao balneário, onde sofreu novas paragens cardíacas. A caminho do Hospital Virgen del Rocío, em Sevilha, continuaria a ter ataques, que lhe causaram danos irreversíveis no cérebro e, posteriormente, falhas em alguns órgãos.

Puerta morreu três dias depois, devido a uma encefalopatia pós-anóxica (falta de nutrientes e oxigénio ao cérebro) causada por uma displasia arritmogénica do ventrículo direito (desenvolvimento anormal de tecidos, concretamente é a substituição progressiva das células por tecido fibrogorduroso), uma doença cardíaca congénita difícil de detetar e diagnosticar.

Miklos Fehér (1979 – 2004)

Provavelmente a morte de um jogador de futebol mais presente na memória dos portugueses, Miklos Fehér, então com 24 anos, morreu no dia 25 de janeiro de 2004, em pleno relvado do Estádio D. Afonso Henriques, nos minutos finais de um jogo entre o Vitória de Guimarães e o Benfica.

O futebolista húngaro, que atuava pelo clube encarnado, caiu inanimado no relvado quando já se jogava para lá dos 90 minutos, após ter recebido um cartão amarelo por impedir um lançamento lateral a um jogador adversário. Fehér tinha sofrido uma paragem cardíaca e chegou a receber manobras de reanimação em campo, sendo de imediato encaminhado de ambulância para o Hospital Senhora da Oliveira, onde o óbito seria declarado cerca de uma hora depois, às 23h10.

Uma primeira autópsia ao corpo do jogador seria inconclusiva, mas exames complementares provaram a existência de cardiomiopatia hipertrófica, que nunca havia sido detetada antes.

Marc-Vivien Foé (1975 – 2003)

Foi mais um caso de “morte em direto”. Na altura jogador do Manchester City, por empréstimo do Lyon, perdeu a vida em campo, ao serviço da seleção dos Camarões, num encontro contra a Colômbia, a contar para a Taça das Confederações, em junho de 2003. Aos 72 minutos de jogo, caiu inanimado no centro do terreno, para não mais recuperar. A autópsia revelou que sofria de cardiomiopatia hipertrófica, a mesma situação que Miklos Fehér, e igualmente não diagnosticada.

Esse jogo final foi em Lyon, a terra onde Foé cresceu e em cujo clube local passou parte da carreira. Desde então, mais nenhum jogador do Manchester City usou o número 23, que pertencia ao camaronês aquando da sua morte.

Rui Filipe (1968 – 1994)

Internacional português e jogador do Futebol Clube do Porto, Rui Filipe morreu aos 26 anos, na sequência de um acidente de viação. Em plena afirmação na equipa dos dragões, poucos dias antes havia sido figura na disputa da Supertaça frente ao Benfica, marcando um golo a Michel Preud’Homme. No mesmo jogo acabaria expulso (tal como outros três jogadores), o que fez com que não pudesse ser convocado para o jogo seguinte do campeonato, frente ao Beira-Mar.

Rui Filipe aproveitou essa “folga” forçada para ir festejar o aniversário do seu irmão. No regresso, perdeu o controlo do seu Rover e teve o acidente fatal.

‘Zé Beto’ (1960 – 1990)

Com uma carreira profissional praticamente toda passada no FC Porto, José Alberto Teixeira Ferreirinha, mais conhecido como “Zé Beto”, marcou a primeira metade da década de 1980 no futebol português, que na altura contava com outros grandes guarda-redes como Manuel Bento ou Vítor Damas.

A sua melhor fase futebolística foi entre 1982 e 1987, sendo o quinto guarda-redes com mais jogos disputados pelos dragões. Em 1990 ainda fazia parte do plantel portista, mas tinha perdido espaço na baliza para uma jovem promessa, Vítor Baía, que viria a marcar o futebol português.

Com 30 anos, Zé Beto morreu também de acidente de automóvel. Na noite de 4 de fevereiro de 1990, ao regressar a casa de um jantar em Ílhavo, despista-se e morre de imediato após o seu carro embater num separador. Na viatura seguiam o filho e a esposa, que sofreram apenas ferimentos ligeiros.

‘Pavão’ (1947 – 1973)

Fernando Pascoal Neves, mais conhecido como “Pavão” por jogar de braços abertos, morreu subitamente aos 26 anos de idade. O então jogador e capitão do FC Porto perdeu a vida em campo na tarde de 16 de dezembro de 1973, no Estádio das Antas, aos 13 minutos de um jogo dos “azuis e brancos” contra o Vitória de Setúbal a contar para a 13.ª jornada do Campeonato Nacional de 1973/1974.

A autópsia feita ao médio revelou um problema congénito, estenose aórtica, um processo degenerativo que enrijece e calcifica a válvula aórtica do coração.

Pelo emblema azul e branco, que o comprou ao Desportivo de Chaves por 300 mil escudos, participou em 228 partidas, marcando 25 golos. Somou seis internacionalizações pela Seleção Nacional.

‘Pepe’ (1908 – 1931)

José Manuel Soares, conhecido como “Pepe”, vestiu as cores do Belenenses durante toda a sua carreira. Conquistou dois campeonatos de Portugal e dois Campeonatos de Lisboa, tendo-se sagrado consecutivamente o melhor marcador desta última prova entre 1928 e 1931.

Tinha 23 anos quando, em 23 de outubro de 1931, no trabalho como reparador de máquinas no Arsenal da Marinha, sentiu fortes dores abdominais, tendo morrido no dia seguinte. A causa da morte viria a ser conhecida mais de 55 anos depois: em entrevista ao jornal A BOLA, Homero Serpa revelou que “Pepe” teria morrido por envenenamento involuntário da mãe, que na hora de temperar o almoço que levou para o emprego confundiu sal com soda cáustica.

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Fisco já transferiu dois mil milhões de euros em reembolsos de IRS

Até ao final do mês de junho, foram pagos quase 2,2 milhões de reembolsos de IRS, num montante global de dois mil milhões de euros, indica o Ministério das Finanças.

O Fisco já devolveu aos contribuintes portugueses dois mil milhões de euros referentes a quase 2,2 milhões de reembolsos de IRS. O balanço foi feito esta quinta-feira pelo Ministério das Finanças.

“Até à mesma data [30 de junho], foram pagos quase 2,2 milhões de reembolsos, no montante global de dois mil milhões de euros, dos quais 679 mil correspondem a declarações submetidas através do IRS automático”, lê-se na nota enviada às redações pelo gabinete de Joaquim Miranda Sarmento.

A campanha de IRS relativa aos rendimentos obtidos em 2024 arrancou a 1 de abril deste ano e terminou esta segunda-feira, dia 30 de junho. Nesse período, foram submetidas 6,3 milhões de declarações de IRS, das quais mais de 1,7 milhões na modalidade de IRS automático, avança esta tarde o Ministério das Finanças.

Destas 6,3 milhões de declarações, a Autoridade Tributária já tinha liquidado até esta segunda-feira mais de 5,3 milhões, das quais mais de 2,31 milhões deram origem a reembolsos de IRS, “num valor 2,14 mil milhões de euros”. E desse total, dois mil milhões já seguiram para as contas dos contribuintes portugueses, conforme referido.

“O prazo médio dos reembolsos das declarações submetidas através do IRS automático situava-se nos 12,8 dias“, acrescenta ainda o gabinete de Joaquim Miranda Sarmento, em comunicado.

Balanço do IRS

6,3 milhões de declarações entregues, das quais 1,7 milhões automáticas
5,3 milhões de declarações já liquidadas, das quais 2,31 milhões com reembolsos
2,14 mil milhões de reembolsos apurados, dos quais 2 mil milhões já pagos

Por lei, a Autoridade Tributária tem até 31 de agosto para transferir todos os reembolsos de IRS aos contribuintes, mas, regra geral, essas devoluções têm sido mais céleres. Daí que, embora a campanha tenha terminado há menos de uma semana, uma parte significativa dos reembolsados já tenham sido pagos. Por outro lado, os contribuintes portugueses que tenham imposto a pagar têm até 31 de agosto para o fazer.

Durante o ano, os contribuintes vão retendo IRS na fonte e na primavera do ano seguinte, o Fisco faz um ajuste de contas. Os reembolsos acima de referidos não são um cheque dado pelo Estado aos contribuintes, mas a devolução dos impostos pagos em excesso face às taxas efetivas de IRS.

(Notícia atualizada às 16h13)

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É oficial. Eleições autárquicas vão ser a 12 de outubro

Decisão do Conselho de Ministros vai ao encontro da preferência de PSD, Chega, PCP e Livre. Eleição acontecerá dois dias após final do prazo para entrega do Orçamento do Estado para 2026.

O Governo decidiu que as eleições autárquicas deste ano decorrerão no dia 12 de outubro, data que reunia a preferência da maioria dos partidos representados no Parlamento, apesar de coincidir com o final do prazo para apresentação do Orçamento do Estado para 2026.

António Leitão Amaro, ministro da Presidência, destacou, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, ao início da tarde desta quinta-feira, que a opção pelo dia 12 acompanha a posição maioritária entre os partidos com presença parlamentar e informou que o Presidente da República está a par da escolha.

A decisão, tomada em reunião do Conselho de Ministros, significa que os partidos e movimentos independentes que se apresentem em eleições para as autarquias locais tenham de apresentar a sua candidatura até ao último dia de agosto.

No passado dia 26, o Governo recebeu o contributo dos partidos políticos, que maioritariamente apontaram precisamente a data de 12 de outubro. PSD, Chega, PCP e Livre estiveram de acordo na marcação para o domingo após o feriado da Implantação da República, ao passo que o Bloco de Esquerda desejava o próprio 5 de outubro, e o Partido Socialista indicava preferência pelo dia 28 de setembro.

Hugo Soares, líder parlamentar dos social-democratas, afirmou, citado pela Lusa, que o dia 12 de outubro permitiria uma “campanha esclarecedora junto dos eleitores” e daria tempo para formalizar os “processos administrativos e burocráticos” necessários. Pedro Pinto, homólogo do Chega, explicou, na mesma altura, à agência de notícias que o partido tinha inicialmente apontado o 5 de outubro, mas passara a apontar ao domingo seguinte para não sobrepor eleições e comemorações do dia da República.

Do lado do PS, Pedro Delgado Alves considerou que a data de 28 de setembro respeitaria a tradição de realizar as autárquicas no final de setembro e permitir que os executivos eleitos se instalassem nas autarquias durante outubro “como é habitual”. Já os comunistas Paula Santos e Alfredo Maia consideraram que 12 de outubro permitirá “maior participação dos cidadãos”.

A Lei eleitoral determina que as autárquicas se realizem num domingo entre os dias 22 de setembro e 14 de outubro, pelo que a decisão do Governo, a quem cabe marcar a data, só poderia recair sobre 28 de setembro, 5 de outubro ou 12 de outubro.

Ao longo deste século, as eleições para os órgãos autárquicos realizaram-se a 26 de setembro de 2021, 1 de outubro de 2017, 29 de setembro de 2013, 11 de outubro de 2009, 9 de outubro de 2005 e 16 de dezembro de 2001 (a célebre eleição que levou ao pedido de demissão do primeiro-ministro, António Guterres, após a dura derrota socialista). Este foi o último ano em que as autárquicas se realizaram em dezembro, mês inscrito na Constituição original, e que desde 1976 era o escolhido para os cidadãos decidirem quem lideraria as autarquias locais.

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IL quer IRS com apenas dois escalões e taxa máxima de 28%

  • Lusa
  • 3 Julho 2025

Mariana Leitão criticou a proposta de redução do IRS apresentada pelo Governo, considerando que é “claramente insuficiente e ineficaz”.

A IL pediu esta quinta-feira mais ambição ao Governo na redução do IRS, considerando que a descida que defende é insuficiente, e propôs que o imposto passe a ter dois escalões e uma taxa máxima de 28%.

Em conferência de imprensa na Assembleia da República, a líder parlamentar da IL, Mariana Leitão, criticou a proposta de redução do IRS apresentada pelo Governo, considerando que é “claramente insuficiente e ineficaz” e terá “um impacto mínimo na vida real dos portugueses”.

“Para uma pessoa que recebe um salário de 1.000 euros, a descida mensal é de 2,5 euros. Para uma pessoa que recebe um salário de 2.000 euros, a redução é de nove euros por mês”, exemplificou.

Apesar disso, a líder parlamentar da IL indicou que o partido vai votar favoravelmente a proposta do Governo, por ter o princípio de nunca votar contra reduções de impostos, mas não irá abdicar de apresentar as suas próprias iniciativas para procurar que a descida do IRS seja mais ambiciosa.

No seu projeto de lei, a IL propõe que o IRS passe a ter apenas dois escalões: um para os rendimentos entre os 12.180 e os 26.768 euros anuais, taxado a 15%, e outro para os rendimentos superiores a 26.768, taxado a 28%.

Mariana Leitão defendeu que a redução do número de escalões é “fundamental para simplificar e eliminar a atual penalização sobre quem quer progredir na sua carreira” e considerou que a proposta da IL é “muito mais ambiciosa, muito mais concreta e com muito mais impacto na vida das pessoas” do que a do Governo.

“Para uma pessoa que recebe 1.200 euros por mês, por exemplo, a proposta do Governo faz uma redução de quatro euros por mês. A proposta da IL é de 76 euros por mês”, exemplificou.

Sobre o custo desta descida de impostos, Mariana Leitão indicou que representaria “um alívio” de 3,2 mil milhões de euros para as contas públicas, alegando que é praticamente o valor que o Estado arrecadou nos últimos cinco anos em receita de IRS.

Portanto, a única coisa que nós estamos a dizer ao Governo é: voltem atrás cinco anos e, em vez de continuarem a penalizar os portugueses, como têm penalizado aumentando a carga fiscal ou fazendo reduções que pouco ou nada se veem, vamos voltar aos valores de há cinco anos”, pediu.

Interrogada se considera que a proposta da IL poderá ser acolhida pelo Governo, Mariana Leitão disse que, “infelizmente”, o executivo tem dado sinais de “ser pouco ambicioso”, mas frisou que a IL tenciona continuar a apresentar as propostas que considera essenciais.

“É óbvio que o Governo é bastante mais moderado na forma como apresenta as suas propostas, argumentando com umas supostas contas certas que só pode fazer este alívio”, criticou.

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Francesa Alstom tem “plano industrial muito sério para Portugal”

  • ECO
  • 3 Julho 2025

A Alstom quer consolidar a presença em Portugal e ajudar a desenvolver a ferrovia, enquanto aguarda pela decisão do tribunal para fornecer 117 comboios à CP.

O fabricante ferroviário Alstom, fechou o ano fiscal de 2024-2025 com crescimento consolidado na Espanha e em Portugal ao atingir vendas de 809 milhões euros, em comparação com os 799 milhões no ano anterior, de acordo com o relatório de contas divulgado esta quinta-feira.

A Alstom tem como objetivo consolidar a sua presença no mercado português. “Temos um plano industrial muito sério para Portugal”, disse Leopoldo Maestu, CEO de Alstom para Espanha e Portugal, ao El Economista.

O grupo, que assume que dois terços dos comboios que circulam em Portugal foram fabricados pela Alstom ou com tecnologia Alstom, pretende entrar em território nacional com comboios urbanos, regionais e de alta velocidade, além de sistemas de sinalização – um segmento onde a Infraestruturas de Portugal (IP) prevê implementar um Sistema Europeu de Gestão do Tráfego Ferroviário ((ERTMS).

Em novembro de 2023, o grupo francês venceu o concurso para fornecer 117 comboios à CP, em consórcio com a DST de Braga, um projeto no valor de 819 milhões de euros. Em abril do mesmo ano, o ECO avançou que a multinacional francesa se comprometeu a abrir uma fábrica em Matosinhos, caso vencesse o concurso público. Segundo a empresa, iria representar cerca de 300 postos de trabalho diretos e 1.500 indiretos.

No entanto, o processo relacionado à compra de 117 comboios pela CP ainda está em tribunal devido a impugnações apresentadas pela CAF e Stadler, as duas empresas que tinham chegado à fase final do concurso, avançou em maio o Observador. Em Portugal, a Alstom abriu em 2022 um centro de engenharia e inovação na cidade da Maia.

Só em Espanha, a Alstom emprega 3.000 pessoas e tem quatro fábricas — Santa Perpètua (Barcelona), Trápaga (Biscaia), Getafe e Pinto (Madrid) — e quatro centros de engenharia (dois em Barcelona e dois em Madrid).

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