A remodelação da lagoa exterior marca uma nova etapa no projeto de transformação do Caldea

  • Servimedia
  • 14 Maio 2025

Esta ação será levada a cabo durante a primavera e marca o início da segunda fase das obras. O pedilúvio de acesso ao spa será igualmente remodelado e será iniciada a construção do hotel na torre.

Caldea, o centro de lazer termal de Andorra, vai aproveitar esta primavera para remodelar a lagoa exterior, que reabrirá no final de junho. Esta segunda fase de trabalhos surge um ano depois da remodelação da grande lagoa central e constitui uma etapa fundamental no desenvolvimento do projeto de transformação e modernização do edifício, que culminará com a abertura do hotel na torre em 2026.

Quanto aos trabalhos na lagoa exterior, o projeto de arquitetura teve um duplo objetivo: por um lado, alargar o lençol de água para criar uma lagoa com uma zona de banhos maior e mais confortável. Por outro lado, aproxima a natureza do balneário com a introdução de zonas de vegetação com espécies autóctones à volta da água que transformarão este espaço num verdadeiro lago de alta montanha, no meio da urbanidade. Desta forma, será criado um ecossistema que promoverá o bem-estar dos visitantes, com espaços de contemplação, com o objetivo de lhes oferecer uma experiência que os ligue à beleza da paisagem andorrana. Na lagoa haverá camas de hidromassagem e será construído um bar aquático onde serão oferecidas águas aromatizadas, batidos, refrigerantes e champanhe.

Além disso, durante esta primavera, serão também realizados trabalhos de construção de um novo pedilúvio de acesso no spa e de casas de banho e duches mais minimalistas nos balneários, estando a ser acrescentados novos conjuntos às banheiras de hidromassagem. Simultaneamente, será instalada uma grande grua para iniciar os trabalhos de substituição do telhado de vidro da torre onde se situará o hotel.

A instalação destas novas janelas de vidro deve garantir a estanquidade total e o máximo isolamento térmico e acústico da torre. Para tal, será instalado um andaime móvel, em diferentes fases e sob a forma de um tapete, que se deslocará para cima e para baixo da torre, e que será uma das estruturas mais impressionantes alguma vez instaladas no sul da Europa.

Caldea contará com uma equipa técnica que construiu clarabóias impressionantes, como a do Terminal T4 ou a da estação de Atocha, ambas em Madrid. As obras do hotel, um hotel “Adults Only” com 39 quartos duplos, serão completadas com o design interior, os revestimentos e as novas instalações, e deverão permitir a sua inauguração em meados do verão de 2026.

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Telefónica obtém 427 milhões de euros até março, excluindo Argentina e Peru, e confirma dividendos e objetivos

  • Servimedia
  • 14 Maio 2025

Emilio Gayo: “Os resultados do primeiro trimestre correspondem às nossas expectativas e melhorarão ao longo do ano”.

A Telefónica obteve no primeiro trimestre deste ano um lucro líquido de 427 milhões de euros excluindo os ativos da Argentina e do Peru, que já não fazem parte do grupo, informou esta quarta-feira a empresa.

Na sequência dos desinvestimentos realizados na América Latina desde o início de 2025, a empresa classificou a Telefónica Argentina e a Telefónica del Perú (vendidas por 1.190 milhões de euros e 900.000 euros, respetivamente) como “operações descontinuadas” neste primeiro trimestre e reexpressou, para efeitos comparativos, os resultados de 2024.

No caso da Argentina, 1.100 milhões de euros são negativos devido a diferenças de conversão negativas acumuladas, e no Peru 500.000 euros são acumulados devido ao impacto de empréstimos, perdas de capital na venda e resultados.

Incluindo estas “operações descontinuadas”, o resultado trimestral é negativo em 1.731 milhões de EUR, em comparação com o lucro de 532 milhões de EUR registado em janeiro-março de 2024.

As receitas do grupo cresceram 1,3% em termos orgânicos para 9.221 milhões de euros, impulsionadas pelo negócio empresarial (+5,4%) e residencial (+1,8%). As receitas reportadas diminuíram 2,9%, afetadas pelo impacto da taxa de câmbio, que subtraiu 4,1 pontos percentuais.

O EBITDA ajustado ascende a 3.014 milhões de euros, após um aumento orgânico de 0,6% e um decréscimo de 4,2% em termos reportados, devido ao impacto cambial de 4,4 p.p. nos primeiros nove meses.

Em Espanha, as receitas aumentaram 1,7% para 3.170 milhões de euros, com um Ebitda de 1%; no Brasil, as receitas aumentaram 6,2% para 2.337 milhões de euros e o Ebitda cresceu 8%. O volume de negócios da Telefónica Tech foi de 508 milhões, com um crescimento de 6,6% em relação ao ano anterior.

A dívida financeira líquida reduziu-se em 112 milhões de euros em relação a dezembro, situando-se em 27.049 milhões de euros no final do trimestre, com um rácio de alavancagem de 2,67 vezes o EBITDA.

CUMPRIMENTO DAS EXPECTATIVAS

O capex de janeiro-março foi de 938 milhões de euros, 2,8% inferior ao do 1T2024 organicamente e 6,7% inferior numa base reportada. Como resultado, o rácio do capex sobre as receitas foi de 10,1%.

A Telefónica confirmou na quarta-feira um dividendo de 0,30 euros por ação em dinheiro para 2025, a pagar em duas parcelas: a primeira em dezembro próximo (0,15 euros) e a segunda em junho de 2026 (0,15 euros). Além disso, a segunda parcela do dividendo de 2024, também de 0,15 euros por ação em dinheiro, será distribuída no dia 19 de junho.

Em relação aos objetivos financeiros para o ano, a Telefónica espera um crescimento orgânico ano-a-ano das receitas, do Ebitda e do EbitdaaL menos CapEx, e estabelece também como objetivo um capex inferior a 12,5%, uma geração de caixa semelhante à de 2024 e uma redução da dívida.

O Presidente do Conselho de Administração, Emilio Gayo, declarou na quarta-feira que “os resultados do primeiro trimestre estão em conformidade com as nossas expectativas, enquanto o fluxo de caixa livre reflete a sazonalidade habitual. Os resultados do Grupo irão melhorar ao longo do ano, em conformidade com as nossas orientações para 2025. Durante o segundo semestre do ano, comunicaremos as conclusões da revisão estratégica que estamos a realizar.

MELHORIA EM ESPANHA

No âmbito comercial, o grupo Telefónica encerrou o primeiro trimestre com uma base de 354 milhões de acessos e um crescimento de clientes de fibra e de clientes móveis pós-pagos de 9% e 1%, respetivamente.

Em termos operacionais, a Telefónica finaliza o mês de março com um total de 80 milhões de unidades imobiliárias FTTH passadas (+13%), dentro de um total de 170,9 milhões com redes de ultra banda larga.

Na Espanha, os acessos crescem 5% ano-a-ano devido à alta contribuição das novas linhas IoT (+40% ano-a-ano) e à incorporação de novos acessos grossistas Fiberpass.

Os principais acessos ao retalho registam adições líquidas, com aumentos de 1,7% em clientes BAF, 2% em móvel contrato e 4,5% em TV. O ganho líquido de 66.000 clientes de TV é o melhor em mais de seis anos, e a penetração da velocidade mais alta (1 Gbps) na planta de fibra de varejo supera os 50%. A base convergente aumentou em 5.000 clientes e cresceu 0,5% em relação ao ano anterior.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 14 de maio

  • ECO
  • 14 Maio 2025

Ao longo desta quarta-feira, 14 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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“Nas gerações mais velhas, salário era tabu. Transparência agora é mais natural”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast que se debruça em entrevistas quinzenais sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

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Espanha, Itália, Países Baixos, Reino Unido, Suíça. Com uma carreira de três décadas, Miguel Poisson experimentou trabalhar em vários países da Europa. Mas, afinal, que diferenças há na forma como em cada um desses países se discutem os salários?

Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”, o CEO da Sotheby’s Portugal vem debater este tema, mas também a importância dos benefícios extra ordenado. Também neste episódio, Miguel Gonçalves, CEO da Magma Studio, reflete sobre a falta de literacia financeira em Portugal.

“Nas gerações mais antigas, o salário era um tabu. Agora, a transparência é mais natural entre os mais jovens”, salienta o CEO da Sotheby’s Portugal, que admite que no norte da Europa essa abertura ainda é mais comum que nos países do sul do Velho Continente.

Por outro lado, Miguel Poisson frisa que o salário, ainda que continue a ser muito relevante, já não basta para fidelizar o talento. Entre os outros benefícios apreciados, destaca as viagens e a formação de alto nível.

Já Miguel Gonçalves deixa um recado: quando se ganha pouco, a importância de gerir bem o que se tem é ainda maior… Mas Portugal pontua mal nos rankings de literacia financeira.

A Internet, apesar de abundante em informação, não tem sido a melhor formadora, acrescenta o mesmo. O CEO da Magma Studio alerta, assim, que os jovens até estão mais conscientes da importância da literacia financeira, mas não estão necessariamente mais equipados com esses conhecimentos tão pertinentes.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Nesta temporada especial (de nove episódios, entre abril e julho), vamos explorar essa questão do ponto de vista dos rendimentos.

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Start Campus elogia mudança de Trump no limite à compra de chips e espera que reanime interesse em data center de Sines

CEO diz ao ECO que potenciais clientes “interromperam ou abrandaram” conversas com a empresa e está “a acompanhar os desenvolvimentos” da nova administração dos EUA, benéficos para Portugal.

Os limites que os Estados Unidos impuseram a Portugal na compra de chips modernos, anunciados em janeiro e em processo de revisão pela administração Trump, foram suficientes para ter um impacto nas grandes empresas interessadas em utilizar os servidores de Sines. O CEO da Start Campus considera que a mudança do novo presidente norte-americano, que se prepara para rasgar a ordem de Joe Biden, é “bem-vinda”.

“Estamos a acompanhar de perto os desenvolvimentos. Qualquer mudança de política que facilite o acesso a tecnologias avançadas de Inteligência Artificial (IA) é bem-vinda e está alinhada com a ambição de Portugal de desempenhar um papel central no ecossistema global de infraestrutura digital. Embora seja prematuro especular sobre resultados concretos, esta evolução poderá influenciar positivamente futuras discussões de investimento, especialmente em projetos que exijam capacidades de computação de alto desempenho”, afirmou Robert Dunn.

Em entrevista ao ECO a partir do megacentro de dados de Sines, Robert Dunn diz que houve negociações com grandes players que foram suspensas ou ficaram em stand by nestes quatro meses. “Não haverá desinvestimento. Interrompeu ou abrandou algumas das conversas para implementações muito maiores? Sim. Para este edifício [o primeiro do data center] e para os próximos 10-20 megawatts não há impacto. Mas há clientes que podem ser afetados – ou são afetados – por alguns dos limites que foram impostos pela regra lançada em janeiro”, afirmou.

A empresa que está a construir o data center no litoral alentejano está em compasso de espera até esta quinta-feira, quando termina a consulta pública. “Falámos com a Embaixada dos EUA, mas não sabem exatamente. Estamos todos à espera para ver o que sai. Esperamos que esta regra mude já” esta semana, acrescentou o CEO da Start Campus.

Dia 15 de maio era a data prevista por Joe Biden para impor restrições à importação de tecnologia de vanguarda norte-americana, inclusive placas gráficas da Nvidia, especializada em IA. Agora, é a data que se encontra no calendário dos potenciais investidores em Portugal nesta indústria dos semicondutores, sendo que o Departamento do Comércio dos Estados Unidos confirmou que as restrições vão ser ‘rasgadas’ por Donald Trump.

“O novo governo [dos EUA] deve ter ouvido muitas pessoas – Nvidia, hyperscalers… – sobre as desvantagens ou consequências não intencionais desta regra. Não sei até que ponto a vão mudar, mas estamos esperançosos de que a mudança nos beneficie ou, pelo menos, nos coloque em igualdade de circunstâncias”, sublinhou Robert Dunn.

Segundo o CEO da Start Campus, os planos dos inquilinos do SIN01 – o edifício que está a funcionar desde outubro de 2024 – mantêm-se, mesmo aqueles com os quais a empresa está a negociar aumentos de capacidade no centro de dados. Em causa estão cinco empresas de grande dimensão e outras mais pequenas, da Europa e dos Estados Unidos, cuja identidade ainda é desconhecida.

Questionado sobre se mantém a previsão de iniciar as obras do segundo edifício do data center até ao final de junho, o CEO diz que é possível que o arranque da obra se arraste mais uns meses no calendário. “Sempre dissemos que seria por volta do meio do ano. Agora, provavelmente, por causa de coisas como a framework, atrasou por alguns meses, mas não muito mais do que isso”, argumentou.

“Entretanto, o que fizemos foi limpar o terreno e alinhar a cadeia de abastecimento. Já encomendámos os transformadores no ano passado, mas agora estamos realmente a preparar-nos para iniciar o projeto. Fizemos progressos”, garante o gestor responsável pelo projeto que, se for bem-sucedido, deverá trazer para o país investimentos superiores a 30 mil milhões de euros.

“Começaremos a construir assim que tivermos um inquilino-âncora. E isso não significa que precisamos de um inquilino para toda a instalação. Significa apenas que precisamos que um cliente queira ocupar algum espaço”, clarificou Robert Dunn.

O ECO avançou que o Governo dos EUA iria reavaliar a decisão de deixar Portugal fora da lista de 18 países considerados “aliados e parceiros” que escapam às últimas restrições à compra de chips para IA. É uma medida que afeta diretamente o negócio da Start Campus, tendo em conta que depende dos equipamentos tecnológicos onde se concentram os sistemas computacionais das empresas com as quais trabalha.

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A medida de Lurdes Gramaxo para o próximo Governo

  • ECO
  • 14 Maio 2025

O ECO pediu a várias personalidades uma medida essencial para o próximo Governo. A proposta de Lurdes Gramaxo, presidente da Investors Portugal, centra-se em incentivos fiscais para os investidores.

Enquanto associação que representa o setor do investimento em early-stage, consideramos que o fator mais urgente e determinante para o desenvolvimento e sucesso deste ecossistema é a criação de um ambiente de estabilidade e previsibilidade. Neste contexto, aquilo a que apelamos, e que, efetivamente, esperamos do próximo Governo é a capacidade de conceber e implementar políticas públicas consistentes e duradouras, com especial enfoque no estabelecimento de incentivos fiscais eficazes no longo prazo para investidores, alinhados com as melhores práticas europeias.

Para que tal seja possível, é essencial que o novo executivo desenvolva uma estratégia clara, estruturada e ambiciosa para o setor, que seja consensual entre os principais partidos do arco da governação. Só assim será viável assegurar que as medidas adotadas têm continuidade no tempo e resistem à alternância política, promovendo a consistência e, sobretudo, a confiança necessária para atrair e manter investimento e contribuir para a evolução do setor.

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Franceses vendem lote de 570 casas arrendadas por mais de 100 milhões

Tikehau comprou milhares de habitações à banca há quatro anos. Agora este fundo francês colocou à venda parte delas com um valor de mercado acima dos 100 milhões de euros.

Os franceses da Tikehau colocaram à venda um lote de cerca de 570 casas que se encontram arrendadas e que têm um valor de mercado na ordem dos 117 milhões de euros, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO junto de fonte do mercado.

O processo está a ser conduzido pela consultora imobiliária CBRE, que não respondeu às questões colocadas pelo ECO por dever de confidencialidade.

Com esta operação, designada “Project Nest”, a Tikehau procura realizar um importante encaixe financeiro com a alienação de uma parte dos imóveis de habitação que adquiriu aos bancos portugueses há mais de quatro anos.

Em 2021, Novobanco, Caixa Geral de Depósitos (CGD), Banco Montepio, BCP e Santander Totta venderam uma carteira de mais de quatro mil casas ao fundo francês (em consórcio com a Albatross), na sua maioria localizadas em Lisboa, Porto e Setúbal, por mais de 300 milhões de euros.

Estes imóveis estavam parqueados em dois fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH) — o fundo Solução Arrendamento e o fundo Arrendamento Mais — que haviam sido criados no âmbito de um projeto do Governo de Passos Coelho para a criação de um “mercado social de arrendamento”, em 2015.

Na altura, os bancos transferiram centenas de imóveis para os dois fundos e, em troca, receberam unidades de participação desses fundos. Anos mais tarde, em 2021, venderam estes ativos à Tikehau.

Agora, o fundo francês selecionou um conjunto de 570 habitações (todas arrendadas) num pacote que poderá representar um encaixe de cerca de 100 milhões de euros, praticamente um terço do montante que investiu há quatro anos. O comprador tirará partido do rendimento que o portefólio consegue gerar com as rendas pagas pelos inquilinos.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 14 Maio 2025

Entra em vigor a suspensão por 90 dias da maioria dos direitos aduaneiros entre os EUA e a China. Por cá, o INE vai divulgar dados da construção e o Índice de Custo do Trabalho.

Esta quarta-feira entra em vigor a suspensão por 90 dias da maioria dos direitos aduaneiros entre os Estados Unidos e a China. Por cá, o INE vai divulgar dados da construção e o Índice de Custo do Trabalho. A dona da bolsa de Lisboa, a Euronext, vai ainda publicar os resultados do primeiro trimestre do ano. A marcar o dia está ainda o leilão de Obrigações do Tesouro do IGCP.

Suspensas por 90 dias tarifas entre China e EUA

Esta quarta-feira, começa a pausa de 90 dias entre os Estados Unidos e a China na sua guerra tarifária. Assim, os EUA vão reduzir temporariamente as suas tarifas sobre os produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China reduzirá as tarifas sobre as importações americanas de 125% para 10%. Ambos os lados reconhecem “a importância de uma relação económica e comercial sustentável, de longo prazo e mutuamente benéfica”. Os dois lados concordaram também em estabelecer “um mecanismo para continuar as discussões sobre as relações económicas e comerciais”.

Como evolui o setor da construção?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar as estatísticas dos índices de produção, emprego, remunerações na construção relativos a março. A atividade no setor da construção cresceu no arranque do ano, mas abrandou o ritmo de crescimento. Produção, emprego e remunerações registaram taxas de subidas inferiores às registadas no mês anterior. O índice de produção na construção aumentou 2,1% em janeiro, menos 2,5 pontos percentuais que no mês anterior.

Euronext divulga resultados

Esta quarta-feira, a dona da bolsa de Lisboa, a Euronext, vai publicar os resultados do primeiro trimestre do ano. Em 2024, Euronext teve um recorde de lucros de 585,6 milhões de euros, o que representou uma subida de 14% em relação ao ano anterior. O crescimento de receitas do grupo bolsista também foi a dois dígitos (+10,3%) em 2024, para os 1.626,9 milhões de euros, o que a empresa liderada por Stéphane Boujnah justifica com um “perfil de receitas diversificado”.

Quanto subiu o custo das empresas com salários?

O INE vai também divulgar esta quarta-feira os dados do primeiro trimestre do Índice de Custo do Trabalho. Em 2024, os custos suportados pelas empresas com os salários dos seus trabalhadores subiram 8,2% em comparação com 2023. O custo médio por trabalhador aumentou 6,4%, ao mesmo tempo que o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador diminuiu 1,6%, acrescenta o gabinete de estatísticas.

IGCP volta ao mercado com leilão de obrigações do Tesouro

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública vai realizar esta quarta-feira leilões de Obrigações do Tesouro a cerca de sete e 20 anos com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros. O IGCP não realizou este ano leilões de Obrigações do Tesouro com maturidades de cerca de sete e de 20 anos. No mais recente leilão, o IGCP colocou 1.047 milhões de euros, abaixo do montante global máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro a cinco e a 12 anos às taxas de juro de 2,347% e 3,416%, respetivamente.

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Pingo Doce começa a vender online e ‘larga’ Mercadão

Lisboa e Porto são as primeiras zonas do país onde será possível fazer compras a partir do 'site' do Pingo Doce, mas cadeia tem plano "agressivo" de expansão.

A Jerónimo Martins está a apostar no comércio eletrónico e arranca já esta quarta-feira com o Pingo Doce Online, reentrando passado quase uma década num segmento onde já operam concorrentes como o Continente ou a Auchan. Lisboa e Porto são as primeiras regiões a poder fazer compras no site do retalhista alimentar, mas há planos de expansão a outras zonas do país.

Depois de em 2003 ter fechado o primeiro supermercado online do país, nos últimos sete anos o Pingo Doce operava no comércio eletrónico através de uma parceria com o Mercadão. O marketplace detido pela Glovo disponibilizava um sortido de produtos da cadeia e assegurava as entregas em casa, em algumas zonas do país. Agora a marca avança para um contacto direto com os clientes através do site da cadeia.

Francisco Soure justifica a decisão. “Embora a colaboração com o Mercadão tivesse sido uma incursão nas vendas online que nos possibilitou dar acesso a compras com comodidade, percebemos que dar aos nossos clientes uma plena experiência online de compra no Pingo Doce não seria possível com recurso a terceiros”, explica o diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce.

Francisco Soure, diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce.

“Assumimos com a nossa loja online o compromisso de proporcionar a plena experiência Pingo Doce, que se traduz em três vetores: o acesso a um serviço de produtos frescos de excelência, a disponibilização de toda a dinâmica promocional na compra online, e a inclusão de todos os benefícios e personalização que são pergaminhos do programa de fidelização O Meu Pingo Doce”, continua. “Para estar à altura deste compromisso, garantindo a coerência entre a compra presencial e online, era fundamental ter um canal próprio, no qual temos a total autonomia para moldar e gerir a forma como nos relacionamos com os nossos clientes”, reforça.

Arranque faseado em regiões…

A mudança será faseada, mas começa já a ser visível esta quarta-feira, dia 14. O serviço de compras online começa a ser disponibilizado no site do retalhista alimentar à medida que é descontinuada a parceria com o Mercadão. “A opção por disponibilizar o serviço de forma faseada prende-se com o nosso foco em garantir que damos passos seguros, sabendo que a entrada neste canal pressupõe uma curva de aprendizagem”, justifica o diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce.

Assim, no arranque “o serviço assegurará a cobertura da maioria do território das cidades de Lisboa e do Porto, sendo que pretendemos assegurar durante as primeiras duas semanas a cobertura total destas áreas metropolitanas”, descreve. “Em seguida, e sempre em função da capacidade de assegurar os patamares de qualidade de serviço que ambicionamos, teremos um plano de expansão agressivo que disponibilizará o serviço progressivamente em função da procura em cada território”, assegura Francisco Soure.

Assumimos com a nossa loja online o compromisso de proporcionar a plena experiência Pingo Doce (…) Para estar à altura deste compromisso, garantindo a coerência entre a compra presencial e online, era fundamental ter um canal próprio, no qual temos a total autonomia para moldar e gerir a forma como nos relacionamos com os nossos clientes.

Francisco Soure

Diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce

Para o serviço de entregas ao domicílio, prevemos ter cobertura dos principais focos de procura (centros urbanos e destinos de férias) no território continental durante o início do verão — embora, repito, sempre dependente da capacidade de o fazermos garantindo a excelência na experiência de compra. Nessa altura, garantiremos a cobertura nacional com o serviço de Click & Collect, permitindo a todos os clientes fazer compras online e recolher em loja“, continua.

“O alargamento do serviço de entrega estará sempre dependente de uma avaliação cuidada da existência de uma procura suficiente que permita ter uma operação com garantias de qualidade e sustentável, que faremos com tempo”, ressalva Francisco Soure.

Estender o serviço à Madeira e Açores é algo que cadeia está “a trabalhar”. “Atendendo às especificidades regulamentares e operacionais das regiões, contamos que aconteça ainda no decurso do ano corrente”, aponta.

…e no sortido

Tendo ainda em mente “a curva de aprendizagem”, o serviço arranca com um “lote de sortido selecionado, coerente com o que podemos encontrar em muitas das nossas maiores lojas, desenhado para maximizar a resposta à procura e expectativas dos nossos clientes”, diz Francisco Soure, sem avançar um número de referências.

“Com o tempo, a loja evoluirá de forma a fazer corresponder a sua oferta de uma forma global, e não apenas em termos de sortido, às necessidades dos nossos clientes em cada zona do país”, diz.

Imagens do site com sortido.

Finda a relação com o até aqui parceiro logístico Mercadão — nesta nova fase a Glovo “entendeu não continuar neste modelo, continuando com a relação no Quick Commerce” —, as entregas em casa “serão asseguradas por um parceiro, com o qual trabalhamos em estreita colaboração“, adianta Francisco Soure, sem revelar nomes. “O serviço é garantido por uma equipa de assistentes de compras dedicada, que tem formação específica em produtos frescos e atendimento”, detalha o diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce.

Quanto aos prazos de entrega das compras ao domicílio — “tema de extrema importância para nós e sabemos que também é para o cliente” —, a cadeia está a dimensionar a capacidade de resposta para que possam assegurar “entregas no próprio dia, com um mínimo de três horas de antecedência (embora admitamos que em picos de procura tal possa não ser sempre possível)”, estando a “trabalhar para assegurar entregas numa janela de uma hora”.

Cartão de débito, crédito ou MBWay são os métodos de pagamento disponíveis, mas “a breve prazo” querem estender ao Apple Pay e Google Pay.

Francisco Soure não revela o investimento feito pelo retalhista neste projeto — “mais do que o investimento financeiro, que nunca é de desvalorizar, esta aposta representou um enorme investimento das nossas equipas” — que vinha a ser desenvolvido há cerca de um ano, exigindo uma “enorme envolvimento e dedicação a todos os níveis no Pingo Doce”.

“Para assegurar a concretização contámos com o apoio de um parceiro de implementação principal, suportado por uma rede de outros parceiros com uma enorme disponibilidade, como são exemplo o nosso parceiro logístico e o nosso parceiro de POS”, diz ainda sem adiantar nomes.

Imagens do site com sortido.

Com esta mudança, nesta fase de arranque está prevista “uma comunicação direcionada a clientes, de acordo com a sua localização”, adianta Maria João Coelho, diretora de marketing do Pingo Doce, quando questionada sobre se estaria prevista alguma campanha de comunicação em torno do novo projeto.

Ao nível de promoções, os clientes da loja online vão ter a mesma experiência da loja física. Ou seja, “terão acesso a todas as promoções e campanhas que podem encontrar na loja física, isto também se aplica às grandes campanhas que fazemos ao fim de semana, como o ‘50/10’ e o ‘100/40’”, diz a responsável. “Sem prejuízo, claro está, de se poder vir a introduzir dinâmicas específicas para o canal online — sendo que esse não será o foco na fase de arranque”, ressalva.

“Um ponto fundamental no desenvolvimento do canal online foi a integração total com as vantagens e benefícios associados à app O Meu Pingo Doce. Ao fazer login na loja, o cliente tem acesso imediato a todos os cupões e ofertas personalizadas que consegue ver na app – e da mesma forma campanhas sazonais ou temáticas serão também espelhadas”, destaca a diretora de marketing.

Ganhar peso no online

O retalhista não adianta quais as expectativas de receita com este canal de venda online, mas admite que quer ver crescer o seu peso nas contas do grupo que, só no primeiro trimestre, gerou receitas de 8,4 mil milhões de euros (+3,8%), das quais 1,2 mil milhões com o contributo do Pingo Doce (+2,8%), para lucros de 127 milhões.

“A nossa expectativa é que rapidamente a loja online se possa afirmar como um canal importante, ultrapassando o contributo para as vendas da companhia que vínhamos tendo com o Mercadão, num modelo operacional que garanta a sustentabilidade e rentabilidade do canal”, diz, sem mais detalhes, Francisco Soure.

O que o distingue da concorrência?

O projeto marca o regresso do Pingo Doce ao comércio eletrónico de forma direta, depois de no início dos anos 2000 ter abandonado este canal, após ter lançado em 1998 o primeiro supermercado online. Desde 2018, tendo o Mercadão como parceiro logístico, estava ativo neste canal, mas agora entra diretamente num campo onde já estão presentes cadeias como o Continente, a Auchan ou o El Corte Inglés.

O que o vai distinguir dos concorrentes? “Aquilo que torna o Pingo Doce distintivo na loja física, é também o que o vai distinguir no e-commerce“, garante Maria João Coelho. “É um canal onde os clientes vão encontrar tudo o que precisam para o seu dia a dia, com um grande foco naquilo que é a nossa especialidade — a comida — em particular os produtos frescos; o sortido de marca própria e até a oferta de comida fresca, que faz, cada vez mais, parte da rotina dos nossos clientes, mas também um vasto sortido de produtos para o lar, de bem-estar e de bazar”, elenca da diretora de marketing.

Maria João Coelho, diretora de marketing do Pingo Doce.

A diretora de marketing do Pingo Doce destaca ainda o “serviço e atendimento personalizado e cuidado”. “O serviço é garantido por uma equipa de assistentes de compras dedicada, com formação específica em produtos frescos e em atendimento e que, se necessário, contacta o cliente quando está a fazer as compras para perguntar como pretende determinado produto”, realça

Aquilo que torna o Pingo Doce distintivo na loja física, é também o que o vai distinguir no e-commerce. (…) O serviço é garantido por uma equipa de assistentes de compras dedicada, com formação específica em produtos frescos e em atendimento e que, se necessário, contacta o cliente quando está a fazer as compras para perguntar como pretende determinado produto.

Maria João Coelho

Diretora de marketing do Pingo Doce

O movimento surge numa altura em que o grupo Jerónimo Martins parece paulatinamente mais apostado num movimento de transformação da sua operação. Lá fora, a cadeia polaca de produtos de beleza e cosmética Hebe já tinha comércio online e, desde dezembro de 2022, vendia para a vizinha Eslováquia, tendo este canal um desempenho “muito bom”, segundo Sacha Djokic, CEO da cadeia, em declarações à Lusa, aquando da entrada da Biedronka neste mercado em março. Mas vendas para o mercado nacional não estão previstas, disse.

Em Portugal, o Pingo Doce tardava em fazer esse movimento para o online, com a digitalização do negócio a privilegiar as lojas físicas. Em outubro de 2019, a cadeia testou em Carcavelos, na Nova SBE, uma loja em que os consumidores podiam pagar através de uma aplicação, e já este ano, em abril, avançou com um sistema de pagamento por inteligência artificial (IA) em dois restaurantes Comida Fresca, no Alegro Sintra e em Alverca. Os primeiros em Portugal com caixas de pagamento self checkout com IA, cujo sistema reconhece automaticamente os artigos que o cliente tem no tabuleiro, uma solução desenvolvida pela startup Retail Robotics Solutions. Uma solução que a cadeia diz querer alargar a outros restaurantes Comida Fresca.

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Serviço de Neurocirurgia do Hospital Geral Universitário General de Villalba efetuou 776 operações nos últimos oito anos

  • Servimedia
  • 14 Maio 2025

O serviço trata quase todas as patologias cirúrgicas do cérebro e da coluna vertebral com técnicas avançadas e uma abordagem multidisciplinar.

O Hospital Universitário Geral de Villalba, hospital público da Comunidade de Madrid, põe à disposição dos seus pacientes um Serviço de Neurocirurgia altamente especializado, que leva à população da Serra de Madrid os últimos avanços em cirurgia do cérebro e da coluna vertebral, nas mãos dos profissionais mais experientes, o que lhe permitiu realizar um total de 776 operações neurocirúrgicas, 153 das quais de urgência.

Dirigido pelo Dr. Julio Albisua Sánchez, este serviço do Hospital Universitário Geral de Villalba oferece um tratamento integral da patologia neurocirúrgica, desde a consulta inicial até à recuperação pós-operatória, no qual são atendidos pacientes pediátricos e adultos, oferecendo uma ampla gama de serviços em neurocirurgia craniana e espinal. Assim, das cerca de 800 intervenções efetuadas nesta área, 588 são cirurgias cranianas e 188 são cirurgias da coluna vertebral.

“O objetivo do nosso centro é oferecer cuidados de qualidade, cobrindo todas as necessidades neurocirúrgicas da população, com o apoio de técnicas modernas e uma abordagem multidisciplinar”, explica o diretor do centro.

No domínio da cirurgia cerebral, que tem vindo a aumentar nos últimos oito anos, de 25 em 2017 para 101 no ano passado, esta unidade ocupa-se da neuro-oncologia geral, incluindo o tratamento de tumores intracranianos e a cirurgia da base do crânio; a neurocirurgia funcional; a neurocirurgia vascular, para o tratamento dos aneurismas cerebrais e das malformações arteriovenosas; os traumatismos cranioencefálicos; e as afeções do líquido cefalorraquidiano, como a malformação de Chiari ou a hidrocefalia.

No que diz respeito à patologia da coluna cervical e lombar, da qual foram realizadas anualmente, desde 2017, uma média de 20 a 25 intervenções, o Serviço de Neurocirurgia do hospital Villalba trata de processos degenerativos, como espondiloartrose, espondilolistese e hérnias discais, fraturas vertebrais, bem como tumores da coluna vertebral e da coluna vertebral.

O responsável por este serviço sublinha que o centro conta com uma equipa multidisciplinar altamente especializada que garante os melhores cuidados médicos, e destaca o elevado nível de formação dos seus profissionais, devido ao volume e complexidade dos casos tratados, combinando a sua atividade com a desenvolvida no Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz. Também é de salientar que o Dr. Albisua presidiu à Sociedade Espanhola de Neurocirurgia Funcional e que outros membros da equipa, como a Dra. Mónica Lara, especialista neste serviço, ocupam cargos relevantes nas principais sociedades científicas da especialidade.

Recorda ainda que o General de Villalba dispõe de instalações de primeiro nível, desde modernos blocos operatórios equipados com sistemas de neuronavegação e microscopia cirúrgica até à monitorização neurofisiológica, que se complementam com os cuidados especializados de uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).

O modelo de cuidados implementado caracteriza-se por cirurgias programadas que permitem aos pacientes um curto período de hospitalização e um rápido regresso às atividades diárias, tanto nas intervenções cranianas como vertebrais. “Tudo isto graças à utilização de tecnologias avançadas, instalações de primeira classe e à formação contínua da nossa equipa, o que nos permite oferecer resultados cirúrgicos ótimos com tempos de internamento muito curtos”, afirma o chefe do Serviço de Neurocirurgia do hospital.

O processo de tratamento começa com uma avaliação em ambulatório, onde é indicado o tratamento mais adequado após a realização dos exames necessários. Se for necessário efetuar uma intervenção cirúrgica, o doente é submetido a um estudo pré-anestésico em ambulatório e é marcado o internamento para a cirurgia. Após a operação, o doente tem normalmente alta hospitalar no prazo de 48-72 horas, com permanência em observação na UCI se o tipo de cirurgia o exigir.

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André Ventura sente-se mal durante comício em Tavira

  • ECO e Lusa
  • 13 Maio 2025

Presidente do Chega teve de ser retirado de um comício em Tavira, após se ter sentido mal enquanto discursava. Líder parlamentar do partido diz que André Ventura está "bem" e "consciente".

O líder do partido Chega teve de ser retirado esta terça-feira de um jantar-comício em Tavira, após se ter sentido mal enquanto discursava. Pedro Pinto, líder parlamentar do partido, disse que André Ventura estava “bem” e “consciente” e seria sujeito a exames no hospital de Faro.

Por volta das 21h10, André Ventura parou de falar, colocou a mão ao peito e caiu no comício, sendo rodeado por seguranças e transportado para o exterior do Parque de Feiras e Exposições de Tavira.

Ao local chegaram elementos dos Bombeiros Municipais de Tavira, que assistiram o presidente do Chega, assim como uma ambulância do INEM. Ventura foi então conduzido ao hospital de Faro para, a conselho dos médicos, fazer algumas “avaliações” e exames, segundo Pedro Pinto.

Na rede social X, o líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, desejou o “rápido restabelecimento” a Ventura. Também Nuno Melo, líder do CDS, escolheu a rede social para desejar uma “rápida recuperação” ao presidente do Chega.

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Morreu José Mujica, antigo presidente do Uruguai

  • ECO
  • 13 Maio 2025

José "Pepe" Mujica morreu aos 89 anos. Numa das últimas entrevistas disse que gostava de ser recordado como um "velho louco".

O antigo presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, morreu esta terça-feira aos 89 anos, vítima de um cancro no esófago. Nascido a 20 de maio de 1935, em Montevideu, Mujica conduziu o país entre 2010 e 2015 e era reconhecido pela sua simplicidade, marcando uma geração de políticos de esquerda na América Latina.

Dediquei-me a mudar o mundo e não mudei nada, mas estive entretido e deu sentido à minha vida. Morrerei feliz”, disse, em entrevista ao El País em novembro de 2024. Três meses antes, em conversa com o New York Times, disse que gostaria de ser recordado como um “velho louco”.

Nos anos 70, como membro da polémica guerrilha Tupamaros, Mujica resistiu a seis balas e, durante a ditadura militar, esteve preso quatro vezes ao longo de quase 15 anos. Já no período democrático foi eleito deputado em 1994 e, cinco anos depois, senador. Aos 74 anos chega a presidente, com o governo a aprovar iniciativas como a legalização do cannabis, a aprovação da interrupção voluntária de gravidez e o casamento gay.

Quando foi presidente recusou-se a viver na residência oficial, o palácio Suárez y Reyes, preferindo ficar na sua quinta em Rincón del Cerro, a trabalhar no campo. E doava 90% do salário a instituições de caridade, retendo cerca de mil euros. “Fico bem com essa quantia. Tenho de ficar bem porque há muitos uruguaios que vivem com muito menos”, disse ao diário espanhol El Mundo.

Crítico da sociedade de consumo, Mujica defendia menos trabalho e mais tempo livre. “O Uruguai tem 3,5 milhões de habitantes. Importa 27 milhões de pares de sapatos. Para quê?”, questionou, na entrevista ao jornal americano, antes de acrescentar que uma pessoa só “é livre quando escapa à lei da necessidade”. Caso contrário, o “mercado domina-nos e rouba-nos a vida”, concluiu.

Na rede social X, o atual líder do país, Yamandu Orsi, lamentou a morte e sublinhou que vai sentir a sua falta. “É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do nosso camarada Pepe Mujica. Presidente, militante, dirigente e líder. Vamos sentir muito a tua falta, meu velho. Obrigado por tudo o que nos deste e pelo teu profundo amor pelo teu povo“, lê-se.

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