A celebrar 20 anos, VisionWare apresenta nova imagem e posicionamento estratégico 

  • + M
  • 8 Julho 2025

Desenvolvido pela equipa interna de design da própria empresa, o rebranding e a nova imagem pretendem "solidificar a presença" da tecnológica nacional que também está presente em Cabo Verde.

No mês em que celebra duas décadas de atividade, a empresa tecnológica portuguesa VisionWare apresenta uma nova imagem, que inclui um “refresh” do seu logótipo e do seu website. Este rebranding fica ainda patente em diversos materiais promocionais online e offline, e nos canais digitais.

O rebranding foi desenvolvido pela equipa interna de design da própria empresa, num “sinal claro da importância crítica da comunicação e marketing da empresa, enquanto vertente estratégica essencial no que diz respeito à sua crescente notoriedade e prestígio enquanto marca de referência no panorama da cibersegurança, e também, enquanto catalisador de novas oportunidades comerciais”, refere-se em nota de imprensa.

A nova imagem da empresa dedicada à segurança de informação e cibersegurança realça com linhas diagonais mais finas e estilizadas, a nova marca “V”, transmitindo o “movimento e a inovação constantes, imagens de marca da própria VisionWare”.

A marca ‘VisionWare’ assenta numa forma circular que “representa continuidade, estabilidade e presença sólida”, sendo que o tipo de letra “reflete sofisticação e clareza através da simplicidade visual”. Já o corte no “O”, reforça a nova identidade visual, com “linhas finas, elegantes e um toque premium, tal como se pretende com o seu posicionamento estratégico enquanto ‘empresa boutique’, altamente especializada em segurança da informação e cibersegurança, de uma forma holística e em conceito one-stop-shop”, explica-se em nota de imprensa.

Já a escolha das cores, com o degradé em azul, pretende “transmitir confiança, proteção e inovação”, enquanto a “transição fluida do gradiente, simboliza robustez, flexibilidade, agilidade e abrangência dos serviços e soluções da VisionWare”. Por seu turno, a assinatura “since 2005” pretende, de forma instintiva, assinalar os 20 anos da VisionWare e vincar este marco na história da empresa.

“Tem sido um verdadeiro privilégio, uma honra e um orgulho extremo, poder assistir diariamente ao sucesso da VisionWare. Passados 20 anos, continuamos com o mesmo entusiasmo e mais seguros do que nunca da nossa missão e da importância crucial da cibersegurança para as empresas, independentemente da sua dimensão ou setor de atividade”, começa por referir Bruno Castro, fundador e CEO da VisionWare.

“A dimensão da cibersegurança entrou definitivamente no radar das empresas, da gestão de topo e dos grandes decisores, e até dos Media, e de todo o mundo em geral, neste atual contexto geopolítico tão desafiante. Mais do que nunca, é necessário um posicionamento premium e estratégico, consistente, sólido e com experiência comprovada como a VisionWare tem vindo a desenvolver e a comprovar nestas duas últimas décadas. O mundo mudou, e nós na VisionWare, também continuamos a moldar-nos e a ajustarmo-nos à evolução que este novo mundo nos presenteou“, acrescenta.

Esta nova imagem vem “solidificar a presença” da tecnológica nacional, que atualmente detém já mais de uma centena de colaboradores distribuídos pelos escritórios em Portugal, no Porto (sede) e Lisboa (filial), bem como em Cabo Verde, no TechPark da Praia e no recém-inaugurado TechPark do Mindelo.

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Trump Media lança serviço de streaming televisivo para “desafiar notícias woke”

  • + M
  • 8 Julho 2025

Depois de já contar com uma rede social própria, o grupo da família de Donald Trump estreia-se agora no streaming televisivo, "lançando as bases para desafiar a tendência das notícias woke".

Truth+, eis o nome da nova plataforma de streaming lançada globalmente pelo Trump Media & Technology Group, em parceria com o Newsmax, um canal de notícias conservador por cabo.

“Estamos satisfeitos com a rápida introdução do Truth+ nos mercados internacionais e ansiosos por concluir a implementação em todos os dispositivos e sistemas operacionais. Gostaria de agradecer especialmente à Newsmax pela parceria com a Trump Media para esta expansão, que levará a programação exclusiva da rede a novos e importantes mercados”, diz Devin Nunes, CEO e presidente do conselho de administração da Trump Media, citado em um comunicado.

Há claramente uma necessidade global de novas perspetivas sobre as grandes questões dos nossos dias, e estamos a lançar as bases para desafiar a tendência das notícias woke com reportagens e comentários não-woke“, acrescenta.

A nova plataforma está disponível na app Truth+, que funciona em plataformas iOS, Android, web e connected TV, incluindo Apple TV, Android TV, Amazon Fire TV e Roku.

O lançamento surge depois de a empresa de Donald Trump ter começado a testar a versão beta da plataforma no final de junho. O grupo adiantou que vai continuar a testar a plataforma e a recolher feedback por parte dos utilizadores à medida que a implementação avança.

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Parlamento aprova grupo de trabalho sobre o apagão. Vai olhar para as causas e prevenção

O expectável é que os membros deste grupo de trabalho no Parlamento, assim como as individualidades e entidades a serem ouvidas, sejam conhecidos apenas em setembro.

A Comissão de Ambiente e Energia aprovou esta terça-feira, na Assembleia da República, a criação de um grupo de trabalho que irá dedicar-se a aprofundar questões relacionadas com o apagão do dia 28 de abril, desde as causas à prevenção de eventos semelhantes.

Todos os grupos parlamentares presentes na Comissão de Ambiente e Energia aprovaram o requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do PS para a Criação de um Grupo de Trabalho sobre o apagão ocorrido no dia 28 de abril de 2025.

O deputado socialista Pedro Vaz explicou que, com esta iniciativa, o PS pretende “fazer um trabalho sério” que incida sobre as causas, os efeitos e as necessidades identificadas no âmbito do apagão que afetou o país no passado mês de abril.

Em particular, o deputado espera explorar a resiliência e capacidade de resposta do sistema elétrico nacional, assim como a necessidade de reforço de interligações com o país vizinho e as implicações nas infraestruturas críticas.

O grupo Parlamentar do PSD, apesar de sublinhar que não concorda com algumas considerações feitas no preâmbulo do requerimento, no qual o PS afirma que o evento foi “um caos”, e que Governo foi “inepto”, vota favoravelmente “para esclarecer o que não correu bem, de forma técnica e isenta“.

O mesmo apelou a que documentos sujeitos a sigilo, aos quais eventualmente a comissão venha a ter acesso, não sejam tornados “arma de arremesso”. Nesta linha, o deputado do Livre, Jorge Pinto, relembrou que está em causa a relação entre o Estado português e o Espanhol. O mesmo espera que o grupo de trabalho vá “além da parte técnica” no sentido de preparar o país para outros eventos extremos.

A deputada única do PAN, Inês Sousa Real, apesar de concordar que o foco do grupo esteja no reforço da resiliência face a estes fenómenos, realça que existiram “falhas de comunicação” na Assembleia da República e por isso defende que, “além de se olhar ao que falhou lá fora, se olhe também para ‘dentro de casa'”.

O PSD irá presidir ao grupo de trabalho. À margem da comissão, o presidente da mesma, Hugo Oliveira, avançou que o expectável é que os membros deste grupo de trabalho, assim como as individualidades e entidades a serem ouvidas, sejam conhecidas apenas em setembro.

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IL reuniu-se com Mondlane e promete “continuar a dar voz à luta do povo moçambicano”

  • Lusa
  • 8 Julho 2025

IL frisou que os moçambicanos ainda têm "uma maratona" pela frente na sua "luta pacífica", salientando que, desde as presidenciais em outubro de 2024, "a repressão e a violência continuou".

A IL esteve esta terça-feira reunida com o ex-candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane na Assembleia da República, afirmando que pretende “continuar a dar voz à luta pacífica do povo de Moçambique”.

Em declarações à agência Lusa, o deputado da IL Rodrigo Saraiva frisou que Venâncio Mondlane esteve acompanhado pelo seu conselheiro político Dinis Tivane e por MC Trufafa, alvo de uma tentativa de assassínio em abril, e a reunião permitiu recordar “a luta que o povo moçambicano tem vindo a trilhar”.

“Estiveram-nos a dar um ponto de situação das várias iniciativas legislativas que Venâncio Mondlane já apresentou, da possível integração ou participação nas reuniões do Conselho de Estado e do processo de criação do seu partido político Anamalala, que ainda está num processo de indecisão por parte das entidades moçambicanas”, afirmou Rodrigo Saraiva, que salientou que Mondlane está em Portugal para se reunir com várias entidades e partidos políticos.

O deputado da IL frisou que o povo moçambicano ainda tem “uma maratona” pela frente na sua “luta pacífica”, salientando que, desde as eleições presidenciais em outubro de 2024, “a repressão e a violência continuou” e, portanto, “não há grandes sinais de esperança de que haja uma nova Frelimo”.

“É a Frelimo de sempre que, neste momento, tentou celebrar os 50 anos da independência de Moçambique, preparou um estádio para o povo celebrar os 50 anos da independência e a resposta do povo foi a ausência dessas celebrações do regime”, referiu. Rodrigo Saraiva considerou que, ao fim de 50 anos, o povo moçambicano “quer mesmo a sua independência, quer liberdade, quer democracia”.

“E este é o papel da IL aqui à distância: continuar a dar voz à luta pacífica do povo de Moçambique pela sua independência ao fim de 50 anos, a sua verdadeira independência, pela liberdade e pela democracia”, referiu.

Questionado sobre como é que viu a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nas comemorações dos 50 anos da independência de Moçambique, em Maputo, Rodrigo Saraiva respondeu: “Estou curioso para saber como é que o senhor Presidente da República viu um estádio vazio na celebração que foi presenciar”.

Sobre se a IL pretende voltar a apresentar alguma iniciativa legislativa sobre esta matéria, Rodrigo Saraiva afirmou que, por enquanto, não se vislumbra essa necessidade. “Continuamos a acompanhar a situação. Ainda há pouco tempo votámos contra, sozinhos, a ida do senhor Presidente da República a esta celebração do regime da Frelimo e o feedback que tivemos da parte do povo moçambicano foi um agradecimento porque temos sido o único partido a não votar a favor dessa ida”, disse.

Venâncio Mondlane liderou a mais grave contestação aos resultados eleitorais de outubro de 2024 desde as primeiras eleições multipartidárias (1994), com protestos em que cerca de 400 pessoas perderam a vida devido a confrontos com a polícia.

A contestação começou após a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique ter declarado que Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, tinha ganho as eleições presidenciais com 70,67% dos votos, e Venâncio Mondlane, que não reconheceu os resultados, tinha ficado em segundo, com 20,32%.

Posteriormente, em 23 de dezembro, o Conselho Constitucional de Moçambique confirmou a vitória de Daniel Chapo, com 65,17% dos votos. De acordo com os resultados então proclamados, Venâncio Mondlane registou 24,19%.

Após vários meses de agitação social e manifestações de contestação aos resultados eleitorais, que levaram a saques, destruição de propriedades públicas e privadas e cerca de 400 mortos, o chefe de Estado eleito e Venâncio Mondlane encontraram-se pela primeira vez em 23 de março, em Maputo, e acordaram pela pacificação do país, repetindo o encontro em 20 de maio.

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Contratos da Glintt com AMA disparam com gestora da agência

Desde que Sofia Mota é quadro da AMA, primeiro como diretora, depois como presidente, a Glintt ganhou cerca de 18 milhões de euros de concursos.

Quando a ministra Margarida Balseiro Lopes decidiu exonerar João Dias como presidente da Agência para a Modernização Administrativa (AMA), a principal explicação foi a reduzida execução do PRR e, por isso, ninguém esperaria que a sucessora fosse Sofia Mota, que liderava o departamento da agência pública que tinha mais fundos europeus do Plano de Recuperação e Resiliência. Mas foi isso que sucedeu: A gestora era diretora do TicAPP — Centro de Competências Digitais da Administração Pública, uma unidade orgânica da AMA desde 2018. E desde que está na agência, ressalta um facto, medido pela consulta do portal do governo. A Glintt passou a ganhar uma sucessão de contratos que, nestes anos, atingiu cerca de 18 milhões de euros, a maior parte deles com concursos abaixo dos 750 mil euros, evitando assim o visto prévio do Tribunal de Contas.

Como o ECO revelou aqui, a Agência para a Modernização Administrativa (AMA) transformou-se numa espécie de ‘agência pública de emprego’ e negócios da Glintt Global, empresa de serviços tecnológicos com a qual assinou dezenas de contratos nos últimos oito anos, uma relação crescente que causa desconforto interno e terá já motivado denúncias judiciais. Os contratos entre a AMA e a Glintt acumulam-se, e ganharam relevância desde a entrada de Sofia Mota na agência, primeiro no TicAPP e depois como presidente do conselho diretivo. Só para consultoria em interoperabilidade foram entregues à Glintt, entre agosto e fevereiro, cinco concursos, sendo que em dezembro foram adjudicados dois com sete dias de diferença entre si (um de 375.044,80 euros e outro de 710.707,20 euros). Seguiu-se depois outro de 1,2 milhões de euros a 13 de fevereiro.

O mais recente, um que está mesmo no limite dos 750 mil euros, foi adjudicado em maio deste ano, no valor de 739.200 euros, para serviços de gestão, arquitetura de sistemas de informação, testes, suporte e operação para a operacionalização de identidade digital (autenticação dos cidadãos em portais ou aplicações do Estado). Com este contrato, contabilizam-se cinco em sete meses com um valor acumulado de 4,1 milhões de euros.

Fonte oficial da Glintt diz ao ECO que a AMA é uma das entidades com as quais colabora “há muitos anos” por via de contratações com “rigorosos procedimentos”, que são “altamente escrutinados”. Mas na verdade, um dos contratos mais relevantes dos últimos anos e que foi sujeito a visto do Tribunal de Contas foi mesmo chumbado. O anterior presidente recusou a estratégia de divisão do contrato e remeteu para o tribunal um de valor superior a dois milhões de euros, mas os juízes das contas públicas chumbaram-no, como avançou o Correio da Manhã. Para o TdC, a existência do critério mínimo, exposto no caderno de encargos do concurso público internacional, de que o gestor de projeto tinha de ter trabalhado, pelo menos, dois anos em gabinetes do Governo tinha impacto na concorrência. “O leque de potenciais concorrentes, já de si estreito, restringe-se muitíssimo”, advertiu o TdC. Nesse contrato em questão, ligado à identidade digital, concorreu apenas a Glintt e a Quantico Solutions, sendo que o nome do gestor escolhido surge rasurado por proteção de dados. Ainda assim, garante fonte oficial da Glintt, o volume de projetos ganhos é “fruto da capacidade técnica demonstrada e da qualidade das soluções e equipas”.

Quem é afinal a presidente da AMA, Ana Sofia Rodrigues dos Reis Mota? E qual é o seu universo de relações? Licenciada em Informática e Gestão de Empresas pelo ISCTE, com conclusão no ano 2000, saltou por três empresas tecnológicas, a última das quais a Pararede, depois transformada em Glintt, onde esteve mais de dez anos, primeiro como ‘manager’ e depois como ‘senior manager’.

Chegou aos serviços públicos graças a Maria Manuel Leitão Marques, à data ministra, que criou uma estrutura de projeto através de uma resolução de conselho de ministros que designou de TicAPP — Centro de Competências Digitais da Administração Pública, a funcionar no quadro da agência. Curiosamente, apesar de ser uma estrutura com um prazo predefinido de três anos (36 meses), Sofia Mota terá entrado desde logo com um contrato sem termo. E diretamente para diretora, o que surpreendeu quem trabalhava, à data, na AMA. Mas nenhum dos contactados conseguiu identificar o ponto de ligação de Sofia Mota a Maria Manuel Leitão Marques.

O TicAPP funcionou, desde o primeiro momento, como uma agência autónoma dentro da AMA. “A Sofia Mota geriu o centro como um feudo“, confidencia ao ECO um quadro superior da agência que conviveu diretamente com a gestora. “Controladora, centralizadora e muito trabalhadora“, diz outra fonte da agência. Sem particulares competências de gestão e liderança, reconhecem a Sofia Mota a capacidade de entregar projetos. “Como gestora de projetos, o ‘delivery’ é o seu forte”, admite. Falta-lhe visão estratégica. A mesma fonte aponta, por exemplo, para a inexistência de uma estratégia pós-agosto de 2026, quando terminar o prazo de execução do PRR. “Só agora se começou a falar do tema, a pouco mais de um ano do fim do prazo. Não há visão nem estratégia para o dia seguinte“. É por isso que há, dentro da AMA, expectativas elevadas em relação à nova equipa governativa, e a Bernardo Correia, o secretário de Estado que veio da Google. No encontro da APDC, anunciou a criação de uma Agência para o Digital (nome provisório), que resultará da fusão de organismos públicos. E presume-se que a AMA é uma delas.

Uma terceira fonte da agência recorda, aliás, que as razões oficiais que levaram à exoneração de João Dias, em funções de setembro de 2022 a maio de 2024 foram a execução do PRR. A AMA tinha uma dotação de cerca de 200 milhões de euros de fundos deste plano. Como se lia no despacho de exoneração, no rol dos argumentos para o despedimento constava “a premente necessidade de acelerar o cumprimento atempado dos compromissos assumidos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em matérias de modernização, simplificação administrativa e transição digital”. E num primeiro momento, a ministra Balseiro Lopes fez saber o “incumprimento de 70% de metas do PRR” e até “gestão danosa”, coisa que omitiu no despacho oficial, para justificar a decisão. Mas a principal unidade da AMA na gestão dos fundos, e que estava em funções já antes da entrada daquele presidente, é precisamente o TicAPP, liderado então por Sofia Mota. “O que serviu para demitir um gestor, afinal, não foi tido em conta na promoção de outra gestora“, aponta, com ironia, um dos quadros ouvidos pelo ECO. Aliás, a AMA tem uma gestora do PRR, Ana Churro, que estava em funções e assim continua.

Ao contrário de João Dias, que passou pela Cresap, Sofia Mota contornou esta obrigação legal com um mecanismo expedito que é cada vez mais usado. O Conselho Diretivo da AMA entrou em funções em maio com o recurso ao chamado ‘regime de substituição’. Não só Sofia Mota, como Mónica Letra e João Roque Fernandes. Foram escolhas da nova presidente, e Roque Fernandes também foi senior manager da área de Administração Pública Central não Saúde na Glintt, entre 2013 e 2017.

Ao contrário de João Dias, que passou pela Cresap, Sofia Mota contornou esta obrigação legal com um mecanismo expedito que é cada vez mais usado. O Conselho Diretivo da AMA entrou em funções em maio de 2024 com o recurso ao chamado ‘regime de substituição‘. Não só Sofia Mota, como Mónica Letra e João Roque Fernandes, os outros dois membros do conselho diretivo. Foram escolhas da nova presidente, e Roque Fernandes também foi ‘senior manager’ da área de Administração Pública Central não Saúde na Glintt, entre 2013 e 2017.

Dentro da AMA, há a perceção de que existe um grupo que domina a agência, e que terá sido, aliás, o responsável pelo afastamento de João Dias. Além dos nomes citados, surgem também, nas conversas de corredor, sempre sob anonimato, o novo diretor do TicAPP, Luís Miguel Correia, que antes de entrar na AMA esteve durante 14 anos na Glintt, tendo as suas últimas funções na empresa (2022) sido na Nexllence powered by Glintt, a anterior marca dedicada à consultoria tecnológica. Como Sofia Mota, é diretor do centro de Centro de Competências Digitais da Administração Pública, o referido TicAPP, convivendo com a intervenção operacional e de definição de concursos do professor do Técnico, André Vasconcelos.

Na verdade, uma das peças-chave neste grupo é o professor do Técnico, André Vasconcelos, que é um colaborador externo mas desempenha funções de liderança operacional informal na área da ‘identidade digital’, com concursos relevantes como o da Chave Móvel Digital, que está, aliás, em curso, como o ECO revelou. Vasconcelos, recorde-se, já tinha sido notícia no ECO por causa das dúvidas sobre a legalidade do contrato que mantinha com a AMA e, na sequência, o anterior presidente da entidade pública decidiu não renovar o contrato. No entanto, quando Sofia Mota sucedeu a João Dias, voltou a contratar André Vasconcelos para uma função de “Investigação de Desenvolvimento”, sob a forma de “protocolo”, e financiado pelo PRR.

Finalmente, há outro nome a constar deste grupo: Rita Rei, que, coincidência, era chefe de gabinete do secretário de Estado da Modernização e da Digitalização, Alberto Manuel Rodrigues da Silva, quando João Dias foi exonerado e foi, depois, contratada por Sofia Mota para diretora da AMA. E onde estava antes? De março de 2022 a abril de 2024, foi Técnica especialista do Gabinete do secretário de Estado da Justiça, Pedro Tavares, para a assessoria técnico-jurídica nas áreas da contratação pública e PRR. Era precisamente na área da justiça que estava o atual vogal da AMA, João Roque Fernandes, e para onde também foi colaborador André Vasconcelos quando o anterior presidente não lhe renovou o contrato de prestação de serviços. Mas já tinha sido quadro da AMA, entre agosto de 2011 e maio de 2022.

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Mais de metade das borlas fiscais sem expressão orçamental. IMI, Selo e IRC são campeões

Dos 540 incentivos, 156 nem sequer são quantificáveis e 204 custaram menos de um milhão de euros. Impostos sobre património, consumo e empresas são os que dão mais benefícios sem relevância.

Mais de metade (66%) dos 540 benefícios fiscais que o Estado concedeu a empresas e famílias em 2024 não tem relevância orçamental, ou seja, é de utilidade questionável, segundo o relatório de despesa fiscal que o Governo enviou aos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública (COFAP). IMI, Selo e IRC são os campeões em borlas sem expressão económica.

A conclusão surge numa altura em que a Unidade Técnica de Avaliação Tributária e Aduaneira (U-Tax), criada na esfera da Autoridade Tributária para avaliar os benefícios fiscais que devem ser eliminados por não evidenciaram racionalidade económica e social, acaba de entregar as conclusões ao Ministério das Finanças, de Joaquim Miranda Sarmento.

Do conjunto de 540 incentivos fiscais identificáveis pelo Governo, dois terços (66%) não tem impacto orçamental: 204 “correspondem a benefícios sem expressão”, uma vez que a despesa associada a cada um deles é igual ou inferior a um milhão de euros em pelo menos um dos anos analisados, entre 2021 e 2024; e 156 “não foram suscetíveis de quantificação individualizada com base na informação de que a Autoridade Tributária e Aduaneira dispõe”, lê-se no mesmo relatório. Ou seja, 360 benefícios fiscais ou não têm relevância ou nem sequer são passíveis de ser contabilizados pelos serviços do Fisco.

Fonte: Relatório de despesa fiscal

Entre os 204 benefícios quantificáveis com um custo abaixo de um milhão de euros — considerados, por isso, “sem expressão” –, 138, o que corresponde a mais de dois terços (67,6%), foram concedidos ao abrigo de borlas fiscais sobre património, designadamente no âmbito do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), com 60 incentivos irrelevantes.

A completar o pódio dos impostos com mais benefícios sem significativo impacto orçamental estão o Imposto de Selo (IS), com 40 incentivos ao consumo, e o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), dirigido às empresas, com 38 borlas, de acordo com o mesmo documento.

No caso do IMI, são elencados inúmeros benefícios sem expressão orçamental como as isenções de imposto para prédios urbanos habitacionais, propriedade de associações de moradores, ou para imóveis urbanos objeto de reabilitação urbanística, desde que destinados a habitação própria e permanente, e para edifícios destinados a partidos políticos ou a coletividades de cultura e de recreio, organizações não governamentais e outro tipo de associações não lucrativas a quem tenha sido reconhecida utilidade pública.

Relativamente ao Imposto de Selo (IS), o documento enumera 60 incentivos sem grande impacto nas contas públicas. São exemplos as isenções atribuídas à aquisição de prédios por sociedades gestoras das intervenções previstas no programa POLIS, de requalificação urbana de cidades, e à compra de prédios rústicos destinados à exploração florestal que sejam confinantes com outros submetidos a plano de gestão florestal, às moratórias para cobrir necessidades de liquidez ou às garantias prestadas pelo Estado, direta ou indiretamente, no âmbito das apólices de seguros.

De referir ainda a reduzida expressão orçamental, em sede de IS, da garantia pessoal do Estado prestada através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) a instituições de crédito com vista à viabilização de concessão de crédito à habitação própria e permanente a jovens até aos 35. No entanto, esta medida, da autoria do Governo de Luís Montenegro, só começou a ser aplicada no primeiro trimestre deste ano, ou seja, este relatório que se reporta até 2024 ainda não tem dados sobre o impacto para os cofres do Estado.

Quanto aos 38 benefícios em IRC, de reduzido impacto financeiro, salienta-se a majoração dos encargos correspondentes à criação líquida de postos de trabalho, dos gastos ou perdas relativos a obras de conservação e manutenção dos prédios afetos a lojas com história, os incentivos a empresas que exerçam atividade nas áreas do interior, designadas “áreas beneficiárias” ou à venda de imóveis ao Estado.

De salientar ainda os 36 benefícios, dados em sede de IMT, com um custo inferior a um milhões de euros, como as isenções atribuídas à compra de imóveis por partidos políticos, aos edifícios destinados ao domínio público do estado, em concreto às EP – Estradas de Portugal, e às sociedades gestoras das intervenções previstas no programa POLIS, de requalificação urbana das cidades. Também foi considerado irrelevante a isenção concedida aos contribuintes que comprem um prédio urbano, após reabilitação, a afetar a arrendamento para habitação própria e permanente.

Em 2024, estima-se que a despesa fiscal, onde entram os benefícios, das Administrações Públicas tenha ascendido a 20.395,3 milhões de euros, o que representa um aumento de 5,7% face ao ano anterior. Idêntica conclusão pode retirar-se do rácio da despesa fiscal face ao PIB a preços correntes. “Com efeito, a despesa fiscal das Administrações Públicas, em 2015, representava 6% do PIB, tendo vindo tendencialmente a aumentar até 2024, fixando-se, pelo segundo ano consecutivo, em 7,2% do PIB, conclui o relatório de despesa fiscal agora divulgado.

Em termos absolutos, por impostos, “destacam-se a despesa fiscal do IVA e a dos impostos sobre o rendimento (IRS e IRC), os quais, desde 2019, no seu conjunto, representaram mais de 80% do total da despesa fiscal”, de acordo com o mesmo documento.

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Trump diz que dentro de dois dias envia carta à UE com tarifas. “Uma carta é um acordo”, avisa

Para o chefe de Estado norte-americano, a Comissão Europeia tem tratado Washington muito bem durante as negociações, mas que "trataram muito mal" os Estados Unidos até recentemente.

O presidente norte-americano, Donald Trump, disse esta terça-feira que está provavelmente a dois dias de enviar à União Europeia uma carta a divulgar as tarifas sobre as exportações europeias para os EUA.

Provavelmente estamos a dois dias de enviar a carta da UE”, afirmou Donald Trump em conferência de imprensa, na Casa Branca, acrescentando que “uma carta é um acordo”.

Para o Chefe de Estado norte-americano, a Comissão Europeia tem tratado Washington muito bem durante as negociações, mas que “trataram muito mal” os Estados Unidos até recentemente. Donald Trump também sublinhou que as tarifas finais são uma decisão do próprio. “Os acordos são, em grande parte, o meu acordo com eles”, disse, acrescentando que está a “ser justo”.

Estamos a escolher um valor menor do que, na maioria dos casos, nos cobraram”, acrescentou. O presidente americano também reiterou que a data limite para aplicação das tarifas é 1 de agosto. Num publicação na rede social Truth, Trump já tinha salientando que “não houve alteração nesta data e não haverá alteração”, garantindo que “nenhuma prorrogação será concedida”.

A Comissão Europeia defendeu esta terça-feira que, “quanto mais depressa se chegar a um acordo, melhor” para acabar com a guerra tarifária entre União Europeia e Estados Unidos, apontando que um eventual adiamento até agosto “daria um pouco mais tempo”.

As declarações do responsável europeu surgem a um dia do prazo definido informalmente pelos Estados Unidos como data-limite para concluir um acordo comercial com o bloco comunitário para evitar a aplicação de tarifas punitivas de 20% a 50% sobre produtos europeus.

O presidente norte-americano também anunciou que irá avançar em breve tarifas de 50% sobre as importações de cobre e ameaçou com tarifas de 200% sobre os produtos farmacêuticos, após um período de transição que poderia durar mais de um ano.

(Notícia atualizada às 19h26)

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Administração da RTP chamada pelo parlamento para explicar reestruturação

  • Lusa
  • 8 Julho 2025

Além do Conselho de Administração, também será chamado, com urgência, o ex-diretor de informação, António José Teixeira. Os requerimentos para as idas ao parlamento foram aprovados por unanimidade.

O parlamento aprovou esta terça-feira a audição, com urgência, do Conselho de Administração da RTP sobre a demissão do ex-diretor de informação, António José Teixeira, e a reestruturação da empresa pública de rádio e televisão.

A audição da equipa de gestão liderada por Nicolau Santos foi proposta pelo Livre e pelo PS, em dois requerimentos separados. Ambos foram aprovados por unanimidade esta tarde numa reunião da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, onde têm assento o PSD, o Chega, o PS, a Iniciativa Liberal, o Livre e o PCP.

Além do Conselho de Administração, também será chamado, com urgência, por proposta do PS, o ex-diretor de informação, António José Teixeira.

A direção foi demitida a 24 junho pela administração, que anunciou o jornalista Vítor Gonçalves como novo diretor de informação da RTP. A alteração aconteceu na mesma altura em que a gestão anunciou uma reorganização interna, enquadrada nos objetivos do novo Projeto Estratégico para o triénio 2024-2026.

O organograma da RTP passa a estar organizado em quatro grandes áreas de atividade e será subdividido em 28 direções, em vez das 39 atuais: corporativa (10), operações (4), conteúdos temáticos (7) e conteúdos programáticos (7). Ao mesmo tempo, o número de diretores e diretores-adjuntos passa de 30 para 23, segundo um comunicado emitido pelo conselho de administração no dia em que foi anunciada a exoneração de António José Teixeira.

A alteração na direção de informação foi comunicada sem que a administração tenha ouvido previamente o Conselho de Redação da RTP, contrariando um norma da Lei da Televisão segundo a qual “a designação e a demissão do responsável pelo conteúdo informativo dos serviços de programas televisivos são da competência do operador de televisão, ouvido o Conselho de Redação.”

Essa ausência levou os membros eleitos do Conselho de Redação da televisão a denunciarem o facto de este órgão não ter sido auscultado.

Na sequência da exoneração, o presidente da RTP, Nicolau Santos, rejeitou fazer-se “uma leitura política” sobre a mudança, dizendo que a alteração foi decidida exclusivamente pela administração da empresa. “É da exclusiva competência do Conselho de Administração da RTP e não tem nenhuma interferência política”, reforçou Nicolau Santos a 01 de julho, num congresso da APDC, na Culturgest, em Lisboa.

Na tarde de segunda-feira, 7 de julho, o Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) notificou a administração da RTP para “reiterar” que a gestão tem a “obrigação legal” de solicitar “a pronúncia do Conselho de Redação previamente à decisão de destituir e nomear diretores de informação dos serviços de programas televisivos do operador de serviço público”.

Num parecer divulgado no seu site, a ERC refere que “enfatizou junto do Conselho de Administração da RTP que o direito de participação dos jornalistas, através dos conselhos de redação, na designação e demissão dos diretores de informação, tem previsão constitucional, enquanto declinação da liberdade de imprensa”, sendo este um direito que também se encontra “perfeitamente estabelecido nas competências cometidas aos conselhos de redação no Estatuto do Jornalista”.

No mesmo parecer, a ERC lembra que a própria entidade reguladora, à luz dos seus estatutos, tem de emitir um parecer vinculativo sobre a nomeação e destituição dos diretores e diretores-adjuntos de órgãos de meios de comunicação social públicos, como é o caso da RTP, e sublinha que essa posição ficará mais completa e fundamentada “com a habilitação prévia da pronúncia do Conselho de Redação” da RTP.

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Blackrock reforça participação na EDP para mais de 6% e ultrapassa 4% na EDP Renováveis

  • ECO
  • 8 Julho 2025

A maior gestora de ativos do mundo aumentou a sua posição na EDP e na EDP Renováveis, na sequência da aquisição da HPS Investment Partners pela Blackrock.

A gigante americana de gestão de ativos Blackrock comunicou ao mercado, esta terça-feira, que reforçou a sua participação na EDP, alcançando 6,61% do capital da elétrica portuguesa (face a 6,08% até então), numa operação que elevou também a sua posição na EDP Renováveis para 4,66%.

A operação, executada a 1 de julho, resultou num aumento para 276.638.722 direitos de voto na EDP, representando um salto face aos anteriores 5,92% que detinha antes da operação. Em comunicado, a Blackrock revela que este reforço “se deve à reestruturação do Grupo, na sequência da aquisição da HPSInvestmentPartners”, que também detinha posições no grupo EDP.

No caso da EDP Renováveis, a participação da BlackRock subiu para 48.971.349 direitos de voto, correspondendo a 4,66% do total. A gestora possui agora 4,44% dos direitos de voto relativos a ações e 0,22% através de instrumentos financeiros na subsidiária verde da EDP.

Não queremos ter uma palavra de controlo sequer sobre a EDP (apesar da Blackrock manter) conversas constantes com a gestão da EDP, para perceber para onde estão a levar o negócio.

André Themudo

Responsável da Blackrock em Portugal e Espanha

As posições da Blackrock nas duas empresas lideradas por Miguel Stilwell são garantidas através de fundos de investimento da sociedade gestora, cujo capital é de vários investidores espalhados pelo globo e não de capital da própria sociedade gestora.

Atualmente, a Blackrock é a segunda maior acionista da EDP, com uma posição de 6,61%, igualando praticamente a Oppidum Capital, e figura entre os principais investidores da EDP Renováveis.

Há dois anos, André Themudo, responsável da gestora em Portugal e em Espanha, garantiu que “não queremos ter uma palavra de controlo sequer sobre a EDP”, notando que estas posições são uma mera “política de investimento”, explicando que a Blackrock mantém “conversas constantes com a gestão da EDP, para perceber para onde estão a levar o negócio” através de uma equipa global de mais de 70 analistas especializados.

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Mário Ferreira vai abrir residência sénior de quatro milhões em Famalicão

A residência para idosos com 120 camas deverá entrar em funcionamento no início do segundo trimestre de 2026.

A Pluris Investments, que é detida pelo empresário Mário Ferreira, continua a apostar na transformação do Famalicão Central Park. Em causa está um investimento de quatro milhões de euros para transformar dois edifícios numa Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI), com 120 camas.

“Esta nova unidade ERPI no Famalicão Central Park ocupará uma área de 5.550 metros quadrados e inclui a requalificação de dois edifícios existentes naquele espaço e que se encontravam há muito por utilizar, num investimento superior a quatro milhões de euros, integralmente assumido pelo Grupo Pluris Investments”, explica em comunicado, a Widerproperty, gestora e responsável pela comercialização do complexo comercial.

As obras de reconversão dos espaços decorrerão durante os próximos meses e está previsto que a nova unidade de saúde entre em funcionamento no início do segundo trimestre de 2026. A gestão da ERPI foi contratualizada com o Grupo STGT.

O anúncio do novo investimento surge poucas semanas depois do início da empreitada para a reconversão de um edifício para a instalação de um Business Center Regus, um operador de referência mundial na área dos co-working, assim como um projeto de adaptação de uma área relevante do Central Park para 80 unidades residenciais co-living.

Está ainda “previsto para breve” o anúncio de uma nova creche com capacidade para acolher até 200 crianças, um novo funpark, uma padaria e um novo restaurante com 500 mil metros quadrados.

Atualmente o espaço dispõe de um hipermercado Continente, assim como lojas Mo, Worten, Feira dos Sofás, MaxMat, Tiffosi, Inovlar e Centroxogo, um kartódromo in-door, complexo de bowling, espaço de diversão lazer tag e espaços para aniversários. O espaço conta ainda com um complexo de padel, o Sette Padel, um ginásio e diversas lojas.

“O projeto de reposicionamento em curso assume a vocação multiuser do Famalicão Central Park, sendo a nova residência assistida o reforço dessa aposta“, diz Luís Loureiro, CEO da Widerproperty.

O empresário nortenho comprou no final de 2023 o Famalicão Central Park, anteriormente conhecido como Lago Discount.

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Bruxelas diz que Portugal deve melhorar eficiência da justiça e regulamentar lobbying

  • Lusa
  • 8 Julho 2025

A Comissão Europeia recomendou a Portugal que intensifique os esforços para melhorar a eficiência do sistema judicial, bem como da regulamentação do lobbying e mais transparência legislativa.

A Comissão Europeia recomendou esta terça-feira a Portugal que intensifique os esforços para melhorar a eficiência do sistema judicial, em especial dos tribunais administrativos e fiscais, bem como da regulamentação do lobbying e mais transparência legislativa.

As recomendações a Portugal foram divulgadas esta terça-feira no âmbito do Relatório Anual sobre o Estado de Direito de 2025, ao abrigo das obrigações assumidas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e das recomendações específicas no quadro do Semestre Europeu.

Entre as orientações dirigidas a Lisboa, o executivo comunitário destaca a necessidade de avançar com medidas que assegurem a adequação da legislação processual penal, permitindo uma gestão mais eficaz de processos criminais complexos e intensificar os esforços para melhorar a eficácia do sistema judicial, em especial dos tribunais administrativos e fiscais.

A Comissão defende ainda a adoção de regras claras para a regulamentação do lobbying, incluindo a criação de um registo público abrangente de lobistas, e a conclusão das reformas para reforçar a transparência no processo legislativo, nomeadamente pela aplicação de instrumentos de avaliação de impacto.

Bruxelas destaca que Portugal deu já passos significativos para melhorar os recursos humanos afetados ao sistema de justiça, graças a novos recrutamentos e a alterações legislativas, mas sustenta que o fim prematuro da anterior legislatura teve impacto em algumas reformas, como as relacionadas com o sistema de atribuição de processos, a eficácia dos processos penais complexos e o acesso às decisões judiciais, que não puderam ser concluídas.

Por outro lado, a Comissão indica que o nível de perceção da independência judicial em Portugal continua a ser médio entre o público em geral e é atualmente baixo entre as empresas.

A avaliação destaca ainda ter havido alguns progressos nos recursos do Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC), com a melhoria da sua estrutura e funcionamento, garantindo recursos suficientes para a prevenção, investigação e ação penal contra a corrupção.

No que toca ao pluralismo da comunicação social e à liberdade de imprensa, o executivo comunitário salienta o reforço do financiamento do serviço público pelo Estado, nomeadamente o novo modelo para a agência de notícias Lusa que garante a independência editorial e o aumento para 21,5 milhões de euros em 2025 da comparticipação estatal, contra 18,1 milhões de euros em 2024.

A apresentação, em outubro de 2024, de um plano de ação para os media e medidas contra a precariedade no setor da comunicação social, relatando a prevalência de problemas relacionados com os baixos salários e a aplicação do acordo coletivo de trabalho para a imprensa.

As recomendações do Relatório Anual sobre o Estado de Direito de 2025 visam aumentar a confiança nas instituições, promover a boa governação e garantir uma administração pública mais eficiente e transparente.

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Javier Campopiano preside ao Executive Jury do Lisbon Ad Festival 2025

  • + M
  • 8 Julho 2025

O global chief creative officer da McCann Worldgroup preside ao júri do Lisbon Ad Festival, que regressa a Lisboa em outubro para a sua décima edição.

Javier Campopiano, global chief creative officer da McCann Worldgroup, é o líder do Executive Jury da 10.ª edição do Lisbon Ad Festival. O Executive Jury é o responsável por determinar os vencedores finais do festival, de entre as inscrições finalistas selecionadas pelo Grand Jury.

A nomeação de Javier Campopiano, que conta com mais de duas décadas de trabalho na área e com uma “perspetiva criativa global”, representa um “marco importante para o Lisbon Ad Festival”, que conta este ano com novas categorias. A restante composição do júri será anunciada “brevemente”.

“É uma honra presidir ao Executive Jury desta edição tão marcante. Lisboa ensina-nos que as ideias mais poderosas nem sempre são as mais ruidosas — são aquelas que perduram, que nos tocam com o tempo. Como jurados, a nossa responsabilidade é reconhecer trabalhos que reflitam esse espírito: verdadeiros, com impacto e feitos para durar”, diz Javier Campopiano, citado em comunicado.

As candidaturas para o festival já estão abertas e prolongam-se até 26 de setembro. Os projetos submetidos até 25 de julho beneficiam de um desconto early bird de 10%. Os vencedores são conhecidos a 23 de outubro.

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