Portugal atrai mais turistas norte-americanos

Dez principais mercados emissores, em maio, representaram 75,8% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança, seguido do alemão e norte-americano.

Há cada vez mais turistas norte-americanos a viajarem para Portugal. Segundo os dados revelados pelo INE esta segunda-feira, entre os dez principais mercados emissores em termos de dormidas, os Estados Unidos destacaram-se com um crescimento de 6% no quinto mês do ano.

Os dez principais mercados emissores, em maio, representaram 75,8% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança (19,4% do total das dormidas de não residentes no quinto mês do ano) e com um crescimento de 1,2% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em maio (10,9% do total), registaram um decréscimo de 7,7%. Seguiu-se o mercado norte-americano, na terceira posição (quota de 10,8%), com um crescimento de 6%.

No grupo dos dez principais mercados emissores em maio, destacaram-se ainda os crescimentos do mercado italiano (+5,6%) e canadiano (+4,2%) em comparação com o período homólogo. Por outro lado, o mercado brasileiro registou em quebra de 11,6%.

Os dados, que fazem parte da estimativa rápida da atividade turística em maio, mostram que o setor do turismo registou 3,2 milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas, o que representa uma subida homóloga de 2,6% e 1,3%, respetivamente, numa altura em que Portugal é o sétimo país com mais reservas na Europa.

Neste contexto, as receitas totais cresceram 8,7% face a maio de 2024, para 717 milhões de euros, e os proveitos de aposento aumentaram 8,9%, atingindo os 550,6 milhões de euros.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (31,9% dos proveitos totais e 34,0% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (22,5% e 20,7%, respetivamente) e do Norte (17,5% e 18,3%, pela mesma ordem).

Para o crescimento das dormidas contribuíram apenas os residentes, com um aumento de 5,9% para dois milhões de dormidas, quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as dormidas dos não residentes registaram uma ligeira diminuição (-0,2%) totalizando 5,8 milhões de dormidas.

Em maio, os maiores aumentos nas dormidas ocorreram no Norte (+6,6%) e no Centro (+5,6%). As regiões do Algarve e da Grande Lisboa apresentaram decréscimos (-3,1% e -0,7%, respetivamente). O Algarve concentrou 25,8% do total de dormidas, seguindo-se a Grande Lisboa (24,1%).

Na globalidade dos estabelecimentos de alojamento turístico, a estada média foi de 2,44 noites, o que equivale a um decréscimo de 1,3% face a maio de 2024. A Madeira e o Algarve foram as regiões do país que registaram os valores mais elevados deste indicador — de 4,35 e 3,68 noites, respetivamente, tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,62 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,69 noites)

Quanto à taxa líquida de ocupação-cama, verificou-se uma descida de 0,5 pontos percentuais, para 52,3%, em maio. Já a taxa líquida de ocupação-quarto (64,7%) cresceu 0,5 pontos percentuais.

Em maio, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 83,4 euros (+6,7%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 128,9 euros (+5,8%).

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Crédito à habitação aumenta 6,8% em maio. É a maior subida anual desde 2008

Os empréstimos para compra de casa subiram 6,8% em maio, atingindo o maior crescimento anual desde 2008. Também o crédito global às famílias teve o mesmo registo histórico, com um crescimento de 6,9%.

O mercado do crédito à habitação em Portugal continua em alta. Em maio, o volume de empréstimos para a compra de casa registou um crescimento homólogo de 6,8%, marcando a maior taxa de variação anual desde agosto de 2008, segundo dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira.

“O stock de empréstimos para habitação aumentou 960 milhões de euros relativamente a abril, totalizando 106,1 mil milhões de euros no final de maio”, destaca ainda o Banco de Portugal em comunicado.

O crédito à habitação foi novamente um dos maiores impulsionadores da concessão de crédito (que engloba ainda o crédito ao consumo e outros fins) às famílias em maio, que voltou a mostrar um crescimento significativo. “Em maio de 2025, o montante total de empréstimos a particulares cresceu 6,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Trata-se da maior taxa de variação anual desde agosto de 2008”, destaca ainda o Banco de Portugal.

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Os dados do regulador revelam ainda que “o montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 222 milhões de euros relativamente a abril, para 31,2 mil milhões de euros”, retratando um crescimento relativamente ao período homólogo de 7,1%, semelhante ao registado no mês anterior. “A mesma taxa de variação anual foi observada nos empréstimos para consumo e nos empréstimos para outros fins”, lê-se ainda no comunicado.

Decompondo esses valores, o Banco de Portugal revela que o stock de crédito pessoal totalizava em maio 12,9 mil milhões de euros, mais 74 milhões do que em abril, correspondendo a um crescimento de 7,3% relativamente ao mês homólogo (7,4% em abril).

O crédito automóvel fixou-se em 8,7 mil milhões de euros, mais 80 milhões de euros do que em abril, e apresentou uma taxa de variação anual de 10,1%, idêntica à do mês anterior”, salienta o regulador em comunicado, sublinhando que “os cartões de crédito atingiram 3,2 mil milhões de euros, mais 6 milhões de euros do que em abril, e registaram uma taxa de variação anual de 7,5% (7,7% em abril).

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Um em cada cinco jovens diz ter competências a mais para emprego que exerce

Um em cada cinco jovens considera ter qualificações e competências a mais do que as exigidas pelos empregos que exercem. Mulheres reportam mais casos de sobrequalificação do que os homens.

Um em cada cinco jovens portugueses considera ter mais competências do que as necessárias para o desempenho do seu emprego. Os dados foram divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta, por outro lado, que quase 17% dos jovens abandonaram, pelo menos, um nível de escolaridade, ao longo do seu percurso educativo.

Comecemos pela participação dos jovens no mercado de trabalho. De acordo com a nota divulgada esta manhã, entre os jovens com 16 a 34 anos empregados ou, não estando empregados, com experiência profissional anterior, 72,9% considera haver “uma correspondência entre as suas qualificações e as exigências laborais“.

No entanto, 20,8% (cerca de um em cada cinco) argumentam que têm níveis de escolaridade superiores às exigências do trabalho que desempenham. “Uma proporção semelhante (22,7%) referiu ter mais competências do que as necessárias ao desempenho das suas funções”, sublinha o INE.

“Focando a análise no grupo dos que consideraram ter um nível de escolaridade superior ao exigido pelas funções que desempenha, observou-se que esta opinião foi mais partilhada por mulheres (22,1%) do que por homens (19,5%), de forma decrescente entre grupos etários (26,3% no dos 16 aos 19 anos por comparação com 19,2% no dos 30 aos 34 anos), mas crescente por nível de escolaridade (9,8% entre os que concluíram, no máximo, o 3.º ciclo do ensino básico e 23,8% entre os que têm ensino superior)”, acrescenta o gabinete de estatísticas.

Por outro lado, no que diz respeito ao percurso educativo dos jovens, é de destacar que 16,8% indicam ter, pelo menos, um nível de escolaridade não concluído.

Destes, metade (50,8%) abandonou um curso de ensino superior, sendo as principais razões apontadas as questões financeiras ou de trabalho (30,1%) e a perceção de que o curso era demasiado difícil ou não correspondia às expectativas ou necessidades (28,2%).

A estas justificações, somam-se outras duas: 7,1% dos jovens mencionam problemas de saúde ou necessidade de cuidar de familiares dependentes, incluindo crianças; E 20,5% indicaram outra razão pessoal, como a mudança de residência, a falta de motivação, conflitos com professores ou outros estudantes e o desejo de realizar outras atividades.

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IGCP cumpriu 47% do plano de financiamento anual até final de maio

Considerando apenas Obrigações de Tesouro, e incluindo o leilão de junho, a execução segue mais avançada com a emissão de 67% da meta anual de 20.5 mil milhões de euros.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) informou esta segunda-feira que executou até final de maio quase metade (46,6%) do objetivo anual de emissão no plano de financiamento anual, ou seja, 15,4 mil milhões de euros de um total de 33 mil milhões.

Na atualização do programa de financiamento, nomeadamente para o terceiro trimestre, a instituição liderada por Pedro Cabeço, demonstrou que em termos de Obrigações do Tesouro, ou seja dívida a médio e longo prazo, a execução, incluindo o leilão de junho, atingiu os 60% da meta anual, com a emissão de 12,5 mil milhões de euros face ao plano de 20,5 mil milhões para o conjunto do ano.

Sublinhou, contudo, que “considerando o leilão de junho, o IGCP já emitiu 13,9 mil milhões de euros de OT, o que representa 67% do objetivo de emissão anual deste instrumento”.

Montante inalterado

“O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2025 deverá manter-se em cerca de 18 mil milhões de euros”, adiantou o IGCP.

As emissões de OT, excluindo operações de troca, estimam-se que atinjam 20,5 mil milhões de euros em 2025, sem alteração face à estimativa inicial, explicou. Contudo, o financiamento líquido através de Bilhetes de Tesouro (BT) “espera-se que registe um ligeiro acréscimo, de uma estimativa anterior de 4,4 mil milhões de euros para 4,5 mil milhões de euros”.

O IGCP acrescentou que prevê, para o terceiro trimestre, emissões de OT através da combinação de sindicatos e leilões, sendo esperadas colocações de 1.250 a 1.500 milhões de euros por leilão.

Os leilões de OT terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP) e serão realizados à segunda ou quarta quarta-feira de cada mês, com montante indicativo e as linhas de OT a reabrir serão anunciados ao mercado até 3 dias úteis antes do leilão.

O calendário e montantes indicativos dos leilões de BT a realizar no terceiro trimestre são os seguintes:

 

 

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Portugal é o segundo país da UE que menos expulsa imigrantes não europeus

Entre janeiro e março, Portugal deu ordem de saída do país a menos de 200 cidadãos de origens extracomunitárias. Argelinos, marroquinos e sírios foram os mais obrigados a abandonar o território da UE.

Nos primeiros três meses do ano, quase 124 mil cidadãos de fora da União Europeia foram obrigados a sair de um dos países de bloco comunitário. França, Alemanha e Espanha foram os países que mais deram ordens nesse sentido. Já Portugal foi o segundo país da União Europeia que menos expulsou cidadãos não europeus.

“No primeiro trimestre de 2025, 123.905 cidadãos de fora da União Europeia foram obrigados a sair de um país da UE“, informa o Eurostat, num destaque publicado esta manhã.

Em comparação com o mesmo trimestre de 2024, o número de cidadãos expulsos subiu 18,4%. Já face ao trimestre anterior, a subida foi de 0,9%.

“Entre os cidadãos de fora da UE obrigados a sair de um país da UE neste período, a maioria foram cidadãos da Algéria (9.995), seguindo-se os cidadãos de Marrocos (7.450) e da Síria (6.915)”, detalha o gabinete de estatísticas.

Por outro lado, entre os vários Estados-membros que compõem o bloco comunitário, França (34.545), Alemanha (17.915) e Espanha (16.705) foram os que mais expulsaram cidadãos não europeus, no arranque deste ano.

Já a Eslováquia, Portugal e a Eslovénia foram os países que menos ordens deram nesse sentido durante os primeiros três meses do ano. Nestes países e até março, menos de 200 cidadãos de fora da UE foram expulsos.

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Depósitos voltam a abrandar em maio pelo sétimo mês consecutivo

O montante aplicado em depósitos bancários pelas famílias atingiu um novo recorde em maio, mas ritmo de crescimento desacelera há sete meses, refletindo taxas de juro menos atrativas.

Os portugueses continuam a apostar nos depósitos bancários para guardar as suas poupanças, mas o ritmo de crescimento destas aplicações voltou a desacelerar em maio, prolongando uma tendência que já se arrasta há sete meses.

O stock de depósitos de particulares registou um crescimento homólogo de 5,6% em maio, que compara com uma subida anual de 5,7% em abril e de 8,4% em outubro do ano passado, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

No final de maio, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 194,1 mil milhões de euros, mais 946 milhões de euros do que em abril, atingindo um novo máximo histórico desde o início da série estatística que remonta a dezembro de 1979.

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“Esta variação resultou do aumento, de 608 milhões de euros, das responsabilidades à vista (constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem) e do aumento, de 338 milhões de euros dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso)”, refere o Banco de Portugal em comunicado.

No entanto, maio foi também o sétimo mês consecutivo que o stock de depósitos de particulares regista um abrandamento, que é reflexo, em parte, da menor atratividade das taxas de juro oferecidas nos novos depósitos, que têm caído há 16 meses consecutivos, fixando-se em abril nos 1,64%.

Além disso, a tendência de desaceleração do stock de depósitos observada desde novembro de 2024, “contrasta com o aumento verificado nos últimos meses nas subscrições líquidas de Certificados de Aforro”, sublinha o Banco de Portugal.

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Bruxelas dá luz verde ao pagamento do sexto cheque do PRR

O desembolso do sexto pedido de pagamento corresponde a um montante de 1,34 mil milhões de euros, dos quais 851 milhões de euros em subvenções e 485 milhões de euros em empréstimos.

A Comissão Europeia deu luz verde ao pagamento do sexto cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor de 1,34 mil milhões de euros, anunciou esta segunda-feira o Ministério da Economia e da Coesão.

“Portugal recebeu hoje, dia 30 de junho, a avaliação preliminar positiva da Comissão Europeia relativa ao 6.º pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Esta decisão vem confirmar o cumprimento dos 32 marcos e metas, reforçando assim a eficiente e consistente execução do plano”, lê-se no comunicado enviado às redações, quadro dias depois de Portugal ter submetido o sétimo pedido de pagamento.

Inicialmente, o pedido de pagamento, submetido em novembro do ano passado, tinha subjacente o cumprimento de 22 marcos e oito metas. Não estavam, porém, todos cumpridos. Na discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2025, na especialidade, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional revelou que o pedido ia ser feito com metas por cumprir. “Teremos de fazer o pedido deixando de fora o cumprimento de um ou outro marco, para que se possa fazer à mesma o pedido de pagamento”, disse Hélder Reis, aos deputados.

O contrato para a compra de dois ferries elétricos para o transporte de passageiros e veículos nos Açores, cujo concurso ficou deserto; a assinatura do contrato relativo a um navio de investigação multifuncional, na região Autónoma da Madeira, cujo concurso também teve problemas; a assinatura do contrato relativo à construção de uma linha de metro ligeiro de superfície entre Odivelas e Loures, investimento que era assegurado pela componente empréstimos do PRR, mas também o relatório sobre a expansão da rede de Metro de Lisboa já deveria ter entregado, são os marcos que não foram cumpridos.

Foram exemplos de investimentos que saíram por completo do PRR, passando a ser financiados pelo Fundo Ambiental, Orçamento do Estado e Portugal 2030. Mas, primeiro foi preciso que a reprogramação fosse aceite (o que já aconteceu).

O sexto pedido de pagamento passou, assim, a incluir a concretizações de sete reformas e 22 investimentos em áreas como saúde, respostas sociais, capitalização e inovação empresarial, eficiência energética, hidrogénio e renováveis, qualidade e sustentabilidade das finanças públicas, justiça económica e ambiente de negócios, eficiência da administração pública ou a inovação educativa e pedagógica.

Ou seja, foram excluídos quatro marcos, mas em contrapartida foram antecipados seis marcos e metas, permitindo manter o montante e a taxa de execução, como sublinha a estrutura de missão Recuperar Portugal.

“Esta avaliação positiva vem, novamente, reforçar o firme compromisso do Governo com a boa e eficiente execução do PRR. Continuamos a cumprir os prazos definidos e a alcançar os objetivos, intervindo em áreas fundamentais e estruturantes para a economia e o país. O caminho é claro: executar com eficiência e transparência a totalidade da dotação do PRR”, disse o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, citado em comunicado.

A Comissão Europeia fez uma avaliação preliminar positiva, ou seja, Portugal ainda não recebeu os 1,34 mil milhões de euros, dos quais 851 milhões de euros em subvenções e 485 milhões de euros em empréstimos. Esta avaliação vai agora ser enviada ao Comité Económico e Financeiro (EFC) para que, no prazo de quatro semanas, emita o seu parecer. Após este período, a decisão será adotada e a Comissão procederá à transferência das verbas para Portugal. Quando isso acontecer Portugal irá atingir 57% da dotação total do PRR recebida.

A Comissão Europeia atribuiu também uma avaliação preliminar positiva do quarto pedido de pagamento de Chipre, no valor de 75,9 milhões de euros. O Chipre apresentou o seu pedido a 18 de dezembro de 2024, tendo a Comissão confirmado que o país atingiu satisfatoriamente 23 marcos e metas, que se centram na expansão dos serviços governamentais online, na melhoria da transparência empresarial, na digitalização da saúde e na simplificação dos processos de escrituração de imóveis.

E pagou 115,5 milhões de euros em subvenções à Irlanda, como segunda parcela no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR). A Irlanda apresentou à Comissão o seu segundo pedido de pagamento a 23 de dezembro de 2024, após concluir 17 marcos e metas relacionados com seis reformas e cinco investimentos. Abrangem diferentes áreas: redução das emissões das empresas, promoção de opções de transporte sustentáveis, implementação da tributação do carbono, apoio à digitalização nas escolas, empresas e administração pública, melhoria das competências em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e abordagem de questões relacionadas com a saúde, pensões e habitação.

(Notícia atualizada com mais informação)

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Inflação acelera para 2,4% em junho

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Junho 2025

Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumenta uma décima face a maio, pressionado pela subida de 4,7% nos produtos alimentares não transformados, informa o Instituto Nacional de Estatística.

A taxa de inflação homóloga terá ficado nos 2,4% em junho, acelerando 0,1 pontos percentuais face a maio, indica a estimativa rápida divulgada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O indicador de inflação subjacente — que exclui produtos com preços mais voláteis, como alimentos e energia — “terá registado também uma variação [homóloga] de 2,4%” em junho, contra os 2,2% do mês anterior.

Fonte: INE

O índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 1,3% junho, em termos homólogos, o que compara com um aumento de 0,1% em maio.

No índice referente aos produtos alimentares não transformados registou-se um aumento de 4% em maio para 4,7% este mês, numa aceleração de sete décimas.

Em cadeia, a variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá sido de 0,1%, o que compara com 0,3% em maio e nula em junho do ano passado. Para os últimos 12 meses, o INE calcula uma variação média do índice de 2,3%, igualando o mês anterior.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, utilizado para comparação com os restantes países europeus, terá registado uma variação homóloga de 2,1% (1,7% no mês precedente).

O INE vai divulgar os dados definitivos do mês de maio a 10 de julho.

(Notícia atualizada às 11h34)

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Lucro da CP abranda para metade em 2024 e passageiros crescem 8,7%

  • Lusa
  • 30 Junho 2025

Em 2024, a CP voltou a reduzir a sua dívida, passando de 202,6 milhões de euros para 103,6 milhões de euros.

A CP – Comboios de Portugal teve lucros de 1,8 milhões de euros em 2024, alcançando resultados positivos pelo terceiro ano consecutivo, mas metade do valor atingido em 2023, enquanto os passageiros transportados cresceram 8,7%.

No relatório e contas referente a 2024 divulgado no site da CP, hoje noticiado pelo jornal Público, a transportadora ferroviária assinala que este é o terceiro exercício consecutivo com resultados positivos, depois dos 9,2 milhões de euros em 2022 e dos 3,6 milhões de euros de 2023.

No ano passado, a CP transportou mais 8,7% passageiros que no ano anterior e teve proveitos de tráfego 13,2% acima do registado em 2023, para, respetivamente, 188,3 milhões de passageiros e 280,1 milhões de euros.

Em 2024, a CP voltou a reduzir a sua dívida, passando de 202,6 milhões de euros para 103,6 milhões de euros, uma diminuição que permitiu “alcançar rácios de autonomia financeira positivos e cria condições favoráveis para a realização dos investimentos necessários que garantam a sustentabilidade futura da empresa”.

No ano em análise, a transportadora ferroviária assinalou que os seus serviços “continuaram a ser afetados pelas diversas obras de modernização que estão a decorrer na infraestrutura ferroviária” e que têm provocado atrasos em diversos serviços comerciais.

“Espera-se que após a conclusão das mesmas existam novas condições que permitam à CP melhorar substancialmente o seu desempenho operacional”, regista a empresa, que reporta que o seu indicador de pontualidade desceu 6,8 pontos percentuais em 2024, face a 2023, para 67,2%.

Em sentido inverso, o indicador da regularidade subiu 5,4 pontos percentuais para 97,3%.

No final de 2024, a CP contava com 3.890 trabalhadores a cargo, mais 155 que no final de 2023, e com 444 veículos na frota (238 automotoras, 50 locomotivas e 156 carruagens), menos quatro no espaço de um ano.

A CP destacou ainda introdução do Passe Ferroviário Verde, em outubro do ano passado, considerando que “está a ter um grande impacto na transferência modal para o comboio”.

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Oakley vende plataforma jurídica vLex por mais de mil milhões de dólares

  • ADVOCATUS
  • 30 Junho 2025

O fundo de investimento britânico vai vender a plataforma jurídica espanhola vLex à empresa canadiana Clio por mais de mil milhões de dólares, cerca de 850 milhões de euros.

O fundo de investimento britânico Oakley Capital assinou um acordo para a venda da plataforma jurídica espanhola vLex à empresa canadiana Clio, avança o jornal Expansión. A operação foi avaliada em mais de mil milhões de dólares, cerca de 850 milhões de euros.

Liderada por Valero Domingo em Espanha, a Oakley Capital assumiu o controlo da vLex em 2022, quando esta tinha apenas cerca de cinco milhões de euros de EBITDA. Em três anos, o valor da empresa multiplicou-se exponencialmente devido ao desenvolvimento da inteligência artificial e a transações estratégicas como a compra da Fastcase nos Estados Unidos.

Agora, com esta venda, o fundo prepara-se para receber o maior retorno da sua história, mas que é também o maior em torno de um escritório de advogados espanhol de que há registo, revela o Expansión.

Fundada em 2000, a vLex passa a juntar-se ao Idealista, Cabify e Glovo na lista de unicórnios espanhóis. Com escritórios em Barcelona, Londres e Miami, a plataforma oferece a mais de dois milhões de utilizadores o acesso a uma biblioteca online de informação jurídica e regulamentar, incluindo jurisprudência, legislação, revistas jurídicas e registos judiciais de mais de 100 países.

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AHRESP diz que há empresários do setor da restauração a falhar pagamento de créditos da pandemia

  • ECO
  • 30 Junho 2025

Face ao aumento dos custos com o negócio, há empresas do setor da restauração a não conseguirem cumprir o pagamento dos créditos concedidos na pandemia. AHRESP pediu ajuda ao BPF.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) alerta que há empresas do setor que estão a falhar o pagamento das linhas de crédito da pandemia devido ao aumento dos custos do negócio com a quebra da procura e o aumento da inflação. Segundo o Diário de Notícias (acesso pago), a AHRESP está a realizar, atualmente, um inquérito junto dos associados para aferir a real dimensão do problema, com os dados preliminares a indicarem, para já, que 30% não estão a conseguir cumprir com as obrigações dos créditos contraídos, mas os números podem ser bastante superiores.

“A restauração está a preocupar-nos. Há muita oscilação e incerteza no setor. Começámos a receber queixas e percebemos rapidamente que havia um problema e, portanto, lançámos este questionário porque entendemos que este cenário se irá adensar”, afirma a secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, assinalando que as linhas de crédito “não podem ser reestruturadas”. “Acreditamos que os resultados sejam mais expressivos do que estes 30%”, admite.

Ana Jacinto revela que já pediu a colaboração do Banco Português de Fomento (BPF), responsável pela gestão das linhas de crédito da pandemia de Covid-19, de forma a concertar uma resposta para os empresários que estão a entrar em incumprimento.“Estas pessoas precisam de soluções rápidas e é nesse sentido que estamos a trabalhar”, garante. A responsável mostra-se otimista com as conversas travadas até agora e, embora o trabalho conjunto esteja ainda numa fase inicial, acredita que haverá abertura para um desfecho positivo.

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“Portugal vai deixar de conseguir reduzir a dívida pública”, diz João Leão

  • ECO
  • 30 Junho 2025

Para compensar um desequilíbrio nas contas públicas em 2026, o antigo ministro das Finanças sugere o aumento do ISP, através da retirada das medidas excecionais, e o fim de alguns benefícios fiscais.

O ex-ministro das Finanças, João Leão, avisa que “é possível e é antecipável” que o esforço de rearmamento faça abrandar o ritmo de redução da dívida pública, prevendo potenciais impactos no futuro. Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, João Leão, que atualmente integra o Tribunal de Contas Europeu, considera que “as despesas na área social, com o envelhecimento da população, quer nas pensões, quer na saúde, serão muito difíceis de compatibilizar sem uma redução significativa da dívida”.

João Leão considera que “é um grande desafio” incorporar, no Orçamento do Estado para este ano, mais despesa com a Defesa, como ficou definido pelo Governo no âmbito da NATO. E antecipa que, por via deste aumento em Defesa, este ano, haverá degradação do saldo orçamental, com um ligeiro excedente, mas ainda com margem para manter o equilíbrio orçamental. No entanto, para 2026, será difícil manter esse equilíbrio e o cenário mais provável é entrar em défice, estima.

Para além do impacto orçamental, João Leão sublinha que há a questão da opinião pública e “tem de se ter algum realismo” porque será “difícil justificar à população portuguesa investimentos tão elevados” em Defesa “que obrigariam a afetar outras prioridades”. Ainda assim, o ex-ministro das Finanças acredita que, nos próximos anos, “há margem para não ter de impor austeridade”, mas não há margem para outras medidas.

Para compensar um desequilíbrio nas contas públicas no próximo ano, o antigo ministro das Finanças sugere o aumento do ISP, através da retirada das medidas excecionais, e o fim de alguns benefícios fiscais no âmbito do IRC, mantendo a redução prevista.

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