Investimento em ouro através de ETF bate recorde

Os fundos cotados auríferos atingiram em julho um recorde de 246 mil milhões de euros sob gestão, graças à entrada de capital mais elevada desde abril de 2022 por parte dos investidores.

O ouro, tradicionalmente visto como um ativo de refúgio em tempos de incerteza económica, voltou a captar a atenção dos investidores em julho. Segundo o relatório mais recente do World Gold Council, os fundos cotados (conhecidos também como ETF, de exchange-traded funds) do ouro tiveram a maior entrada de capital desde abril de 2022, com um influxo de 3,7 mil milhões de dólares. “Globalmente, os ETF de ouro fisicamente garantido registaram entradas durante três meses consecutivos”, destaca o relatório.

Em julho, todos os mercados regionais reportaram fluxos positivos nos ETF auríferos. Este comportamento, combinado com uma subida de 4,1% da cotação do ouro em julho, elevou o total de ativos sob gestão destes fundos para um recorde de 246 mil milhões de dólares no final do mês de julho. Além disso, estes ETF aumentaram em 48 toneladas a sua exposição ao metal dourado, atingindo 3.154 toneladas, o valor mais alto desde janeiro deste ano.

Na América do Norte, os ETF auríferos registaram a entrada de dois mil milhões de dólares, revertendo as pequenas saídas observadas em maio e junho. Este movimento foi impulsionado por fatores políticos e económicos, incluindo a tentativa de assassinato de Donald Trump e a desistência de Joe Biden da corrida presidencial, que aumentaram a procura por ativos de refúgio seguro como o ouro, referem os analistas do World Gold Council.

Além disso, a expectativa de cortes nas taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA contribuiu para a queda da rendibilidade dos títulos de dívida do Tesouro norte-americano e para o enfraquecimento do dólar, o que, por sua vez, impulsionou o preço do ouro no mês passado.

Na Europa, os ETF de ouro atraíram 1,2 mil milhões de dólares, o valor mais alto desde março de 2022. O Reino Unido e a Suíça lideraram os influxos, num contexto de rendimentos decrescentes das obrigações governamentais e expectativas de cortes nas taxas de juro pelo Banco Central Europeu e pelo Banco de Inglaterra. “A Europa registou entradas durante três meses consecutivos, atraindo 1,2 mil milhões de dólares em julho, o valor mais alto desde março de 2022”, refere o relatório.

A confiança renovada nas finanças públicas britânicas, após a declaração fiscal da nova chanceler Rachel Reeves, também contribuiu para a diminuição da rendibilidade das obrigações do Tesouro britânico (Gilts) e aumentou o interesse dos investidores em ETF de ouro.

A Ásia também não ficou atrás da tendência global e continuou a sua sequência de 17 meses de fluxos positivos, atraindo mais 438 milhões de dólares em julho. “A Índia liderou os influxos, beneficiando de mudanças fiscais favoráveis no orçamento recente”, destaca o relatório. A China e o Japão também registaram entradas significativas, impulsionadas por fraquezas nos mercados de ações e fortes desempenhos locais do preço do ouro.

O aumento global da entrada de capital nos ETF auríferos reflete uma combinação de fatores económicos e políticos que têm aumentado a incerteza nos mercados globais. A expectativa de cortes nas taxas de juro por parte dos principais bancos centrais, juntamente com a volatilidade dos mercados de ações, tem levado os investidores a procurar segurança no ouro e a puxar pelo preço do metal: desde o início do ano, a cotação do ouro escalou 18% em dólares e 19% quando medido em euros, enquanto as ações mundiais medidas pelo índice MSCIWorld escalaram apenas 11,3%.

Com a continuação das incertezas económicas e políticas, é provável que o ouro mantenha a sua posição como um investimento estratégico para muitos investidores. Os ETF de ouro, em particular, os fundos detentores de ouro físico, oferecem uma forma conveniente e líquida de investir no metal precioso, permitindo aos investidores beneficiar das flutuações do preço do ouro sem a necessidade de comprar e armazenar o metal físico.

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Americanos querem comprar 16% do SAD do Benfica ao “Rei dos frangos”

  • ECO
  • 9 Agosto 2024

Ações da SAD encarnada disparam 10% na bolsa com interesse dos americanos da Lenore na aquisição da posição de 16% a José António dos Santos.

A Lenore Sports Partners está a procura de financiamento para adquirir a participação de 16% da SAD do Benfica ao empresário José António dos Santos, conhecido como o “Rei dos frangos”, avança a Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês).

O fundo está a sondar os investidores para levantar 49 milhões de euros com o objetivo de comprar uma posição de 16,38% da sociedade desportiva encarnada, que estaria assim avaliada em cerca de 300 milhões de euros.

A Bloomberg avança que a Lenore já abordou José António dos Santos, o segundo maior acionista da Benfica SAD, segundo fonte próxima do processo. As negociações ainda estão numa fase inicial e não é certo que cheguem a um bom porto, refere a agência financeira.

A Lenore conta com quatro sócios (partners), um dos quais Jean-Mark Chapus, co-fundador do fundo de private equity Crescent Capital. Chapus já detém investimentos na indústria do desporto, incluindo participações na equipa de beisebol Milwaukee Brewers e no clube inglês Norwich.

Os outros sócios da Lenore são Elliot Hayes, ex-proprietário do clube de futebol francês Nice, Omar Imtiaz, que também chegou a investir no mesmo clube francês, e ainda Alex Pomeroy, diretor da Quail Hill Holdings. Nenhum dos intervenientes neste processo esteve disponível para comentar, enquanto o Benfica disse não estar a par da iniciativa.

As ações da SAD do Benfica estão a disparar 9,69% para 3,51 euros.

A José António dos Santos é imputável uma posição de 16,38% na sociedade desportiva das águias através do Grupo Valouro, 3.766.578 ações.

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Café moído custa quase mais um euro ao bolso dos portugueses do que há um ano

Produto registou a maior taxa de crescimento homóloga entre os produtos do cabaz alimentar de bens essenciais, tendo subido 34%.

Os portugueses estão a pagar quase mais um euro pelo café moído torrado nos supermercados do que há um ano. O preço deste produto subiu 34% entre o início de agosto do ano passado e deste ano, tendo registado a maior taxa de crescimento homóloga entre os produtos do cabaz alimentar de bens essenciais, de acordo com dados da Deco Proteste divulgados esta sexta-feira.

A análise da Deco Proteste ao cabaz de produtos alimentares essenciais indica que a 9 de agosto de 2023 os portugueses pagavam 2,84 euros por uma embalagem de café torrado moído. Cerca de um ano depois, a 7 de agosto de 2024 já pagam 3,81 euros, o correspondente a um aumento de 0,97 euros.

A subida verifica-se também quando se considera o cabaz da semana de 7 de agosto face à semana anterior, com um aumento de 14%, correspondente a 0,52 euros. Olhando para o preço do café torrado moído no início da guerra na Ucrânia verifica-se ainda que o aumento é de 1,21 euros.

O preço do café tem estado a subir no mercado de futuros das matérias-primas, devido à oferta limitada, com um abrandamento das exportações do Vietname, devido à seca. No primeiro semestre este ano, as exportações de café do Vietname caíram 11,4% face a igual período do ano passado.

O preço do cabaz alimentar voltou a subir na semana de 7 de agosto face à semana anterior, fixando-se em 227,34 euros, traduzindo um aumento de 2,14 euros. Face a igual período de 2023 o aumento foi de 15,40 euros.

Do conjunto de 63 produtos alimentares, os preços dos flocos de cereais (mais 0,52 euros), da polpa de tomate (0,21 euros) e do café (0,52 euros) registaram a maior subida de pontos percentuais, seguido pelo atum (0,26 euros).

Os dados da Deco Proteste revelam uma subida de 0,95% no preço do cabaz alimentar essencial, o correspondente a mais 2,14 euros, face à semana anterior e um aumento mais pronunciado face ao período homólogo. Entre o dia 9 de agosto de 2023 e o dia 7 de agosto de 2028 os portugueses passaram a pagar mais 15,4 euros, em média, pelo cabaz considerado. Entre os produtos com as maiores taxas de aumentos face ao período homólogo destacam-se ainda o atum posta em azeite (30%, 0,49 euros), o azeite virgem extra (26%, 1,74 euros), os cereais fibra (24%, 0,93 euros) e o iogurte líquido (22%, 0,36 euros).

A subida do preço do cabaz é ainda mais acentuada quando considerado o início da guerra na Ucrânia, altura em que o mesmo cabaz custava menos 43,71 euros. Considerando os produtos desde 23 de fevereiro de 2022 até 7 de agosto deste ano, as maiores taxas de crescimento de preço registaram-se nas mercearias (mais 33%) e na carne (mais 27,59%). Os portugueses estão a pagar, por exemplo, mais 86% e 84% pela pescada fresca e pelo azeite virgem extra, respetivamente, o correspondente a 5,21 euros e 3,83 euros.

No entanto, desde o início do ano, o preço do cabaz alimentar caiu 8,7 euros, sendo a dourada o que registou o menor crescimento (6%, 0,38 euros), contra o atum em posta de azeite como o produto com a maior taxa de variação (17%), um aumento nominal de 0,32 euros.

O cabaz considerado pela Deco Proteste inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga, entre outros.

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Portugal apela a acordo para cessar-fogo em Gaza a 15 de agosto

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

EUA, Egito e Qatar exigiram que Israel e o Hamas fechem definitivamente um acordo de cessar-fogo em Gaza, em reunião marcada para 15 de agosto. Alemanha e França juntam-se ao apelo.

Portugal associou-se esta sexta-feira “convicta e ativamente” ao apelo dos Estados Unidos, Egito e Qatar para a conclusão de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas. “O Governo português apoia convicta e ativamente o apelo conjunto do Presidente dos EUA, do Presidente do Egito e do Emir do Qatar para finalizar as negociações do acordo de cessar-fogo no conflito de Gaza”, afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa publicação na rede social X.

Na mesma mensagem, o Governo português, através do ministério tutelado por Paulo Rangel, insta as partes a retomarem negociações. Estados Unidos, Egito e Qatar exigiram na quinta-feira que Israel e o Hamas fechem definitivamente um acordo de cessar-fogo em Gaza, numa reunião marcada para 15 de agosto, com o objetivo de o implementar sem mais demoras.

“Pedimos a ambos os lados que retomem as discussões urgentes na quinta-feira, 15 de agosto, em Doha ou no Cairo, para colmatar todas as lacunas restantes e iniciar a implementação do acordo sem mais demoras”, realçaram os três mediadores, numa declaração conjunta. A nota, assinada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, pelo homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o Emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al Thani, sublinhou ainda que “é tempo de proporcionar alívio imediato tanto ao povo sofredor de Gaza como aos reféns sofredores e às suas famílias”.

Esta sexta, a União Europeia (UE) juntou-se a este apelo. “A União Europeia está com o Egito, Qatar e Estados Unidos da América (EUA) no apelo para a conclusão, sem demoras, do acordo para um cessar-fogo e libertação de reféns”, escreveu o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, na rede social X.

Os 27 países do bloco comunitário “reiteram o apoio total para a mediação que acabe com este ciclo de sofrimento insuportável”, acrescentou Josep Borrell. “O acordo vai abrir caminho para uma diminuição das tensões na região”, completou.

O Presidente de França, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, também manifestaram esta sexta o apoio aos esforços para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. “A guerra em Gaza deve parar. Isto deve ficar claro para todos (…) Todo o apoio da França aos mediadores norte-americanos, egípcios e qataris”, escreveu o Presidente francês numa publicação no seu perfil oficial na rede social X.

O chanceler alemão utilizou os mesmos meios para reiterar a sua “profunda preocupação” com a situação no Médio Oriente, razão pela qual apoia os esforços de Biden, Al Sisi e Al Zani para “iniciar a implementação de um cessar-fogo e de um acordo para a libertação dos reféns”.

Também o Governo espanhol disse estar em sintonia com os esforços de mediação de Estados Unidos, Egito e Qatar. Num comunicado oficial, a diplomacia espanhola reitera a sua exigência de um cessar-fogo que permita a entrada de ajuda humanitária e a libertação de reféns, que contribua para evitar uma escalada de violência regional e que facilite o progresso na aplicação da solução de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo em paz e segurança.

Em reação ao comunicado assinado por Washington, Cairo e Doha, o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, adiantou que uma delegação israelita vai viajar na próxima quinta-feira para se reunir com os mediadores, com o objetivo de chegar a acordo sobre os detalhes finais do acordo de cessar-fogo.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou quase 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

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Apoio de 300 milhões já era devido aos agricultores, critica a CAP

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

"Temos de sublinhar que isto não são dinheiros novos. É o pagamento dos compromissos assumidos e que o anterior Governo não tinha orçamentado", diz o presidente da CAP, Álvaro Mendonça e Moura.

O apoio de 300 milhões de euros, anunciado, na quinta-feira, pelo Governo, já era devido aos agricultores, uma vez que não tinha sido orçamentado pelo anterior executivo, esclareceu à Lusa a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

“Vemos com bons olhos este anúncio, mas temos de sublinhar que isto não são dinheiros novos. É o pagamento dos compromissos assumidos e que o anterior Governo não tinha orçamentado. O que este Governo vem fazer é aquilo a que estava obrigado, que é cumprir os compromissos para com os agricultores”, afirmou o presidente da CAP, Álvaro Mendonça e Moura, em declarações à Lusa.

O Conselho de Ministros aprovou, na quinta-feira, um apoio global de 300 milhões de euros para os agricultores. Inicialmente, foi anunciado que o apoio iria vigorar até 2030, mas o executivo de Luís Montenegro veio precisar que a respetiva vigência é até 2029. Em causa está um montante de cerca de 60 milhões de euros por ano.

O Governo disse, em comunicado, que esta verba se destina a compensar a “suborçamentação dos regimes ecológicos para o clima, o ambiente e o bem-estar dos animais em 2025 e aumentar o cofinanciamento do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) a partir de 2026″.

O presidente da CAP saudou ainda assim esta resolução, que disse introduzir “estabilidade e previsibilidade” ao setor. Conforme recordou o antigo embaixador, o anterior Governo (PS) não orçamentou estas verbas e depois “descobriu que não tinha dinheiro para pagar aos agricultores”.

Assim, a então ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, anunciou cortes de 25% e 35% nos compromissos com os agricultores, um dos motivos que fez o setor sair à rua, em várias manifestações, no início do ano. “Não existem aqui elementos novos. É um compromisso que o Governo tinha assumido”, insistiu.

A CAP sublinhou ainda que estas ajudas têm de ser vertidas nas várias leis dos orçamentos dos Estado, uma vez que o apoio se estende até 2029. Álvaro Mendonça e Moura referiu que o Governo tem ainda por cumprir o acordo de Concertação Social, assinado em outubro do ano passado, bem como o regresso das direções regionais de agricultura, compromissos já assumidos pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Não posso deixar de elogiar várias declarações do ministro [José Manuel Fernandes] e o empenho em estar próximo dos agricultores, mas ele precisa dessas direções regionais para poder atuar”, concluiu o líder da CAP.

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Sport TV contrata Costinha para o comentário televisivo e lança novo programa

  • + M
  • 9 Agosto 2024

Depois de passar pela Dazn, o ex-futebolista alinha agora pela Sport TV, ao nível do comentário televisivo. Já o novo programa vai colocar em destaque figuras do desporto nacional.

Depois de uma passagem pela Dazn, Costinha vai agora alinhar pela Sport TV, sendo a nova cara do comentário televisivo do canal desportivo. A Sport TV prepara-se também para estrear “Jogar em Casa”, um programa quinzenal que quer dar “uma perspetiva inovadora sobre as figuras do desporto nacional”.

“A chegada de Costinha à Sport TV, que muito nos honra, vem na sequência da nossa estratégia para esta época que agora começa e que temos muitas novidades, muitos reforços e trazemos de volta as equipas portuguesas na UEFA Champions League, a UEFA Europa League, a Ligue 1, a Süper Lig turca, a Championship Inglesa, o Campeonato do Mundo de Futsal, a contratação do Ukra, e muitas outras novidades”, diz Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV, citado em comunicado.

A chegada do ex-futebolista à estação “reforça a qualidade do painel de especialistas”, refere-se em comunicado. A estreia de Costinha “com as cores” da Sport TV acontece no jogo inaugural da Liga Portugal Betclic entre o campeão em título Sporting CP e o Rio Ave FC.

Já o programa “Jogar em Casa”, que conta com o apoio da marca ESC Online e com estreia marcada para dia 13 de agosto na Sport TV+, vai focar-se em entrevistas que vão colocar em destaque jogadores, ex-jogadores, treinadores e outras figuras de destaque do desporto nacional.

Com a duração de 25 minutos, cada episódio consiste numa “viagem no tempo” até à infância dos entrevistados, sendo que os primeiros três são Jéssica Silva (jogadora do SL Benfica e da seleção), Ukra (ex-jogador do Rio Ave) e Pedro Martins (ex-jogador e treinador de futebol).

Na Sport TV estamos constantemente tentar encontrar novas formas de aproximarmos os fãs dos seus ídolos. Este é mais um passo neste longo percurso, oferecendo um conteúdo exclusivo e uma experiência que todos os amantes de futebol vão querer ter“, diz Nuno Ferreira Pires, CEO da Sport TV.

Já Nuno Ferreira, diretor de programas e informação do canal, explica que o programa “foi pensado para ser muito mais do que um mero programa de futebol”, onde o objetivo passa por “aproximar os adeptos dos seus ídolos, mostrando o lado humano e pessoal das figuras do desporto”.

“No alinhamento, começamos na Rua de Infância, seguimos para a Escola Primária, e terminamos no Primeiro Clube. Exploramos a terra natal dos convidados, provamos a gastronomia local e visitamos as atrações turísticas e os locais, na companhia do presidente da câmara ou de outra figura popular”, adianta.

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Preço do cabaz de alimentos volta a subir

Do conjunto de 63 produtos alimentares, os cereais, polpa de tomate, café e atum registaram os maiores aumentos percentuais face à semana anterior.

O preço do cabaz alimentar voltou a subir depois de várias semanas em queda, fixando-se atualmente nos 227,34 euros, de acordo com dados da Deco Proteste divulgados esta sexta-feira.

Do conjunto de 63 produtos alimentares, os cereais, polpa de tomate, café e atum registaram os maiores aumentos percentuais face à semana anterior.

Os dados da Deco Proteste revelam uma subida de 0,95% no preço do cabaz alimentar essencial, o correspondente a mais 2,14 euros, face à semana anterior e um aumento mais pronunciado face ao período homólogo. Entre o dia 9 de agosto de 2023 e o dia 7 de agosto de 2028 os portugueses passaram a pagar mais 15,4 euros, em média, pelo cabaz considerado. A subida é ainda mais acentuada quando considerado o início da guerra na Ucrânia, altura em que o mesmo cabaz custava menos 43,71 euros.

Face à semana anterior, os preços dos flocos de cereais (mais 0,52 euros), da polpa de tomate (0,21 euros) e do café (0,52 euros) registaram a maior subida, seguido pelo atum (0,26 euros).

Considerando os produtos desde 23 de fevereiro de 2022 até 7 de agosto deste ano, as maiores taxas de crescimento de preço registaram-se nas mercearias (mais 33%) e na carne (mais 27,59%).

O cabaz considerado pela Deco Proteste inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga, entre outros.

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PLMJ e Morais Leitão assessoram green financing da Powerdot

A estrutura de financiamento assenta nos Green Loan Principles definidos pela Loan Market Association e incluiu um acordo de um senior facility no valor de 165 milhões de euros.

A PLMJ e a Morais Leitão assessoram a estruturação do green financing da Powerdot, no valor de 165 milhões de euros, que servirá para expandir a rede de pontos de carregamento de veículos elétricos da Powerdot para mais de 3.100 locais até 2026, melhorar a tecnologia e a experiência do utilizador e aumentar a sua equipa, em toda a Europa.

“Este financiamento permitirá desenvolver uma das maiores infraestruturas de carregamento de veículos elétricos e constitui um marco significativo no avanço das soluções de energia sustentável em várias áreas urbanas“, referem em comunicado

Segundo os escritórios de advogados, a estrutura de financiamento assenta nos Green Loan Principles definidos pela Loan Market Association e incluiu um acordo de um senior facility no valor de 165 milhões de euros – com um adicional de 60 milhões de euros num modelo de uncommitted accordion facility.

O sindicato de bancos foi composto pelo ABN Ambro, BNP Paribas, ING, MUFG Bank Societé Générale e Santander, que também desempenhou o papel de consultor financeiro e coordenador deste green financing.

A PLMJ, em conjunto com a Clifford Chance, assessorou a Powerdot e a ML, em conjunto com a Gibson Dunn, assessorou as entidades credoras do financiamento em todos os aspetos do desenvolvimento e financiamento deste projeto.

A equipa de PLMJ foi liderada por André Figueiredo, sócio e coordenador de Bancário e Financeiro e Mercado de Capitais, contou com o apoio dos sócios João Marques Mendes e Tomás Almeida Ribeiro e integrou ainda os advogados Nuno Morgado Pereira, Marta Spínola de Freitas e João Terrinha, da equipa de Bancário e Financeiro.

“Estamos muito satisfeitos por termos ajudado a Powerdot a atingir este importante marco financeiro. A capacidade da Powerdot de fornecer uma infraestrutura de carregamento otimizada e preparada para o futuro é um projeto inédito e os benefícios a longo prazo são enormes. Estamos confiantes de que o sucesso da Powerdot funcionará como um catalisador para demonstrar as possibilidades de descarbonização num setor que tende a resistir a esta transição”, sublinhou André Figueiredo.

Filipe Lowndes Marques, sócio e responsável pela área de Bancário e Financeiro, liderou a equipa da Morais Leitão, que incluiu ainda a consultora Filipa Morais Alçada e o associado Salvador Sampaio Fontes.

Estamos muito satisfeitos por poder apoiar o crescimento de uma história de sucesso portuguesa: a Powerdot é já um dos players europeus mais relevantes no setor das infraestruturas de carregamento de veículos elétricos e esta transação permitirá a continuação da sua expansão e desenvolvimento”, disse Filipe Lowndes Marques.

Na equipa de assessores da operação estiveram ainda a E&Y e a Mckinsey &Co.

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Nanossatélite português Aeros MH-1 recebe prémio “Missão do Ano” nos EUA

  • ECO e Lusa
  • 9 Agosto 2024

Enviado para o espaço em março, o nanossatélite Aeros MH-1 pesa 4,5 quilos e está posicionado a 510 quilómetros de altitude. Projeto de 2,8 milhões envolveu várias universidades e empresas nacionais.

O nanossatélite português Aeros MH-1 recebeu o prémio de “Missão do Ano” na Conferência de Pequenos Satélites 2024. O evento terminou esta quinta-feira na cidade de Logan (Utah), nos Estados Unidos, país que acolhe o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (IMT na sigla inglesa), parceiro internacional do projeto.

O nanossatélite Aeros MH-1 foi enviado para o espaço a 4 de março, a partir da base da SpaceX na Califórnia. Estabeleceu comunicações com a Terra a 19 de março através do teleporto de Santa Maria, nos Açores, operado pela empresa Thales Edisoft Portugal. A 2 de julho foram divulgadas as primeiras imagens captadas pelo engenho.

Posicionado a 510 quilómetros de altitude, ligeiramente acima da Estação Espacial Internacional, a “casa” e laboratório dos astronautas, o nanossatélite pesa 4,5 quilos vai observar durante três anos o oceano Atlântico, em particular.

O MH-1, designação que homenageia o antigo ministro da Ciência Manuel Heitor, considerado pelo consórcio como o impulsionador do projeto, foi o segundo satélite português a ser enviado para o espaço, depois do PoSAT-1, um microssatélite de 50 quilos que entrou na órbita terrestre em setembro de 1993, mas foi desativado ao fim de uma década.

Em julho deste ano foi a vez do ISTSat-1, construído por estudantes e professores do lisboeta Instituto Superior Técnico (IST) seguir a bordo do novo foguetão europeu Ariane 6, com a contribuição portuguesa a servir para testar a viabilidade dos nanossatélites para detetar aviões em zonas remotas.

Universidades e empresas envolvidas no projeto

Do consórcio nacional do Aeros MH-1 fazem parte várias instituições académicas portuguesas e empresas, às quais se associou o norte-americano MIT, através do programa de cooperação MIT-Portugal. O Aeros MH-1 está equipado com uma câmara hiperespectral da Spinworks e as comunicações da DST. A Thales foi responsável pelo software, ground station e pelos primeiros checks após o lançamento e o primeiro ciclo de operação.

Já o centro de engenharia CEiiA, em Matosinhos, que construiu o nanossatélite, irá processar os dados e as imagens para efeitos de estudos científicos. Finalmente, as Universidades do Minho, Porto e Algarve, o Instituto Superior Técnico e o IMAR – Instituto do Mar, entre outros, dão suporte científico à missão.

Lançamento do Aeros MH-1 trata-se, sem dúvida, de um marco histórico para Portugal e para o ecossistema de ciência e tecnologia nacional.

José Rui Felizardo

Presidente executivo do CEiiA

O nanossatélite começou a ser trabalhado em 2020 e representou um investimento de 2,78 milhões de euros, cofinanciado em 1,88 milhões de euros pelo FEDER — Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Em março, o fundador e presidente executivo do CEiiA, José Rui Felizardo, falou num “marco histórico para Portugal e para o ecossistema de ciência e tecnologia nacional”. “Este lançamento representa um pequeno passo de uma estratégia bastante mais alargada na área do Espaço, que envolve o desenvolvimento da primeira família de satélites de alta e muito alta resolução que está já em desenvolvimento em Portugal, a partir do CEiiA com a alemã OHB e a inglesa Open Cosmos”, salientou.

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Greve na CP poderá causar perturbações a partir de sábado

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

Greve incide sobre trabalho extraordinário, pelo que circulação de comboios não está a ser afetada de modo significativa neste momento. Sindicatos estimam, porém que situação se complique no sábado.

A circulação de comboios está a decorrer “dentro da normalidade”, segundo a CP, no primeiro dia de uma greve marcada até dia 31 por dois sindicatos, que preveem que a situação “se comece a complicar” a partir de sábado.

“Supressões, para já, não há. Há alguns atrasos, mas a partir de amanhã [sábado] é que as coisas se vão começar a complicar, porque vai ser necessário fazer a manutenção dos comboios“, afirmou António Pereira, do Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (Sinfb), em declarações à agência Lusa.

Prevendo que durante o dia de hoje a circulação ferroviária seja “praticamente normal”, o dirigente sindical explicou que “neste momento é muito prematuro fazer um balanço” da paralisação, cujo impacto, por se tratar de uma greve ao trabalho extraordinário, “só se vai refletir mais ao final do turno”.

“Aí os trabalhadores começam a deixar de fazer trabalho extraordinário, pode ficar já material circulante (comboios) com a revisão por fazer e começa a complicar-se a situação daí para a frente”, sustentou.

Convocada pelo Sinfb e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (Stmefe) para o período entre 09 e 31 de agosto, a greve irá afetar o trabalho das oficinas da CP – Comboios de Portugal e incide sobre o trabalho extraordinário, com exceção do dia 15 de agosto, em que será de 24 horas.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da CP disse que, neste momento, “a circulação está a decorrer dentro da normalidade”, não havendo registo de quaisquer supressões.

Num aviso publicado no seu site, a transportadora alerta, contudo, para a possibilidade de “perturbações pontuais na circulação” devido à greve, com especial incidência no dia 15 de agosto.

“Informamos que, por motivo de greve convocada pelos sindicatos Sinfb e Stmefe, entre os dias 09 e 31 de agosto de 2024, preveem-se perturbações pontuais na circulação, podendo ser mais acentuadas no dia 15 de agosto”, refere.

A CP chegou a acordo, no mês passado, com 11 sindicatos, tendo sido desconvocada uma greve prevista para essa altura, mas as duas estruturas sindicais que convocaram a greve em curso não concordam com o que foi apresentado.

Em declarações à Lusa, António Pereira, do Sinfb, disse que o acordo que os restantes sindicatos assinaram “foi praticamente [igual ao] apresentado dois dias antes”, indicando que, se não tinham acordado antes, também não o iam fazer naquela data.

“Estamos a lutar pela majoração das carreiras. A empresa quer dar-nos mais trabalho com o mesmo dinheiro e nós não aceitamos de maneira nenhuma”, assegurou.

Segundo o sindicalista, a paralisação “vai pôr em causa os comboios porque a manutenção vai deixar de ser feita”.

A greve dos trabalhadores da CP, no final de julho, foi suspensa depois de ter sido alcançado um acordo de princípio para aumentos salariais e regulamentação de carreiras, divulgou fonte sindical.

“Nos termos do acordo todos os índices salariais são atualizados em mais 1,5% a partir de 01 de agosto de 2024 e o valor do subsídio de refeição sobe para 9,20 euros”, pode ler-se num comunicado publicado pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), no dia 23 de julho.

Por sua vez, a CP deu conta, numa nota, que depois de uma reunião com representantes de vários sindicatos (ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINTTI, SIOFA, SNAQ, SNTSF e STF) foi possível alcançar um acordo.

A operadora também já tinha fechado acordo com o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) e o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).

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Cellnex vende operação em Áustria avaliada em 803 milhões

Grupo que explora as torres de telecomunicações decidiu abandonar o mercado austríaco com a venda da totalidade da operação a um consórcio de três fundos.

A Cellnex, empresa espanhola com mais de 6.300 torres de telecomunicações em Portugal, anunciou a venda da totalidade da sua operação na Áustria, num negócio que avalia esta subsidiária em 803 milhões de euros. O comprador é um consórcio composto pelos fundos Vauban Infrastructure Partners, EDF Invest e MEAG.

O acordo com estas empresas para a alienação da On Tower Austria inclui o pagamento “incondicional” de 272 milhões de euros à Cellnex em 2028, mas a transação ainda depende da aprovação dos reguladores. Segundo a Cellnex, a subsidiária austríaca gerou 83 milhões de euros em receitas no ano passado e possui 4.500 torres.

A empresa de aluguer de torres de telecomunicações às operadoras, que em Portugal também tem a Digi entre os seus clientes, avança que este negócio vai permitir que o grupo continue a reduzir o seu endividamento, depois de um forte período de crescimento inorgânico via aquisições, incluindo no mercado português.

No comunicado em que confirma a alienação, a Cellnex diz também que, após o fecho da transação, irá “reavaliar as suas prioridades de alocação de capital”. Segundo a Bloomberg, a declaração está a ser interpretada pelos investidores como uma referência a um prometido programa de recompra de ações próprias, o que está a contribuir também para o encarecimento de 2,66% das ações da Cellnex em Madrid, para 34,35 euros cada título.

A venda da operação na Áustria sucede-se ao desinvestimento da Cellnex no mercado Irlandês, em março, por 971 milhões de euros. Também nesse mês, a Cellnex conseguiu obter o rating de investimento atribuído pela Standard & Poor’s, uma conquista importante para a empresa que, em 2022, anunciou o novo foco na desalavancagem e no crescimento orgânico, o que coincidiu com o novo ciclo de subida das taxas de juro.

Além disso, a Cellnex vendeu uma participação minoritária de 49% do negócio à Stonepeak. Mas, em entrevista ao ECO em maio deste ano, o CEO da Cellnex Portugal, João Osório Mora, garantiu que não está “previsto” que o grupo venha a sair também do mercado português: “Portugal tem efetivamente um track record bastante grande de crescimento e acreditamos que tem aqui bastantes oportunidades pela frente de crescimento”, afirmou o gestor.

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Governo estabelece regime de apoio para grupos de ação local no âmbito do PEPAC

  • Lusa
  • 9 Agosto 2024

O Governo estabeleceu esta sexta-feira o regime de apoio aos Grupos de Ação Local, no âmbito do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum, com despesas elegíveis desde 1 de janeiro.

Segundo um diploma publicado, esta sexta-feira, em Diário da República, o executivo de Luís Montenegro vem estabelecer o “regime de aplicação do apoio a conceder” no que se refere à intervenção “gestão, acompanhamento e avaliação da estratégia e a sua animação do domínio desenvolvimento local de base comunitária“, que, por sua vez, está inserido no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) português. Os beneficiários são os Grupos de Ação Local (GAL) do continente.

Os apoios assumem a forma de subvenção não reembolsável e dizem respeito ao reembolso dos custos elegíveis ou taxa fixa.

No caso dos custos elegíveis por beneficiário incluem-se as despesas diretas com o pessoal, como as remunerações e encargos sociais. Os custos diretos com o pessoal têm um nível de apoio de 100%.

Ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes

O limite dos apoios, por seu turno, é apresentado em cada aviso para a apresentação de candidaturas.

As despesas são elegíveis a partir de 1 de janeiro de 2024 e a apresentação de candidaturas é feita por formulário eletrónico.

Os beneficiários ficam obrigados, por exemplo, a executar as operações nos termos aprovados, a evidenciar o apoio financeiro recebido e a permitir o acesso a locais de realização de operações. Assim como a manter as condições legais necessárias para o exercício da sua atividade, a ter um sistema de contabilidade organizada, a respeitar os princípios de transparência e concorrência, e a fornecer à autoridade de gestão do PEPAC todas as informações para o acompanhamento e avaliação.

A portaria ressalva que o prazo máximo para os beneficiários iniciarem a execução das operações é de seis meses após a data da submissão do termo de aceitação.

Os pagamentos são efetuados pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).

“A presente intervenção contribui para o objetivo específico de promover o emprego, o crescimento, a igualdade de género, nomeadamente a participação das mulheres no setor da agricultura, a inclusão social e o desenvolvimento local nas zonas rurais, incluindo a bioeconomia circular e uma silvicultura sustentável”, lê-se no diploma, assinado pelo ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes.

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