Greves, devolução de propinas e salários. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" leva até si, todas as quintas-feiras, tudo o que precisa saber sobre o que está a fazer mexer o mercado de trabalho nessa semana.

O que está a fazer mexer o mercado de trabalho? Todas as quintas-feiras, o podcast “Ao trabalho!” conta-lhe tudo o que precisa saber. Esta semana falamos sobre a devolução das propinas aos jovens portugueses, o disparo das greves no último ano, mas também sobre os empregos no setor tecnológico e sobre a insatisfação dos portugueses com os seus salários.

Ouça o episódio abaixo ou aqui.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Atenção, jovens. O prazo para pedir a devolução das propinas está mesmo a terminar. Destaque ainda para o crescimento do emprego no setor tecnológico e o agravamento da insatisfação dos portugueses quanto aos salários.

Por fim, é de realçar que não havia tantas greves desde os tempos da troika. De acordo com o relatório anual divulgado recentemente pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, no último ano foram comunicadas quase milhar e meio de paralisações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Temos bom saber em fazer produtos, falta-nos bom saber em fazer marcas”, diz Carlos Coelho

A ideia foi defendida no 3º Congresso das Marcas, organizado pela Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produto de Marca.

Uma marca é um sentimento interior, é algo que nós sentimos. Uma marca é um sonho de um homem perpetuado na economia. É alguém que tem como ideia fazer algo que vai para lá daquilo que é óbvio“, defendeu Carlos Coelho, presidente da Ivity Brand Corp, dando como exemplo o caso de Rui Nabeiro com a marca Delta.

A razão para não existirem muitas marcas fortes em Portugal é porque não existem muitas pessoas como o senhor Nabeiro, que decidiu que os seus produtos não teriam a possibilidade de existir no futuro se não tivessem marca“, afirmou também, recordando que o fundador da Delta lhe disse que sabia que não ia conseguir chegar onde chegou só com café, que precisava de uma marca.

Podemos ter uma fábrica de um produto mas precisamos de uma fábrica para a nossa marca. Precisamos de industrializar a maneira de levar a nossa convicção ao ponto de que um consumidor noutro país esteja disposto a comprar o nosso produto e não o do outro. E se possível por um preço mais elevado“, acrescentou numa conversa no 3º Congresso das Marcas, organizado pela Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produto de Marca.

Questionado por Luís Saramago, diretor de marketing da Renova, Carlos Coelho mostrou-se da opinião de que o clima de imprevisibilidade existe apenas para os produtos e não para as marcas, pelo que o que uma marca, na sombra da incerteza, tem de fazer é “contar uma história muito sedutora que não termina e que continua no dia seguinte”.

Neste campo deu exemplo do “fenómeno” Taylor Swift – que apelidou de “Xerazade contemporânea” -, cujo segredo passa por contar uma história ininterruptamente, regravando músicas, criando pulseiras ou envolvendo-se com os fãs.

Referindo que as marcas têm de ter agilidade e capacidade de adaptação aos diversos mercados em que vão operar, Luís Saramago questionou até que ponto a “marca Portugal” existe ou não existe e se ajuda ou não as marcas no cenário internacional. Antes de passar a palavra, disse desde logo que nos mercados internacionais em que a Renova está presente, a questão da nacionalidade portuguesa – e a “marca Portugal” – não acrescenta valor e que a Renova não vende “mais um rolo” por ser portuguesa.

Sobre esta questão, Carlos Coelho entende que a marca de um país é agregadora da história cultura e geografia expressa através da economia, pelo que existe enquanto “marca identitária”.

Segundo o especialista em marcas, um país com marcas mais fortes consegue que os produtos valham mais à partida, existindo o aspeto da “qualidade percebida“. Quando se vê que um produto é fabricado na Alemanha, o fator de qualidade percebida tende a aumentar, dá como exemplo.

“Temos que acreditar que temos um país extraordinário, mas não acreditamos. Efetivamente temos bom saber em fazer produtos. Falta-nos bom saber em fazer marcas”, disse ainda Carlos Coelho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Inflação na Zona Euro acelera em maio para 2,6% à boleia dos serviços. Portugal teve a maior subida

Estimativa rápida do Eurostat revela que a taxa de inflação na Zona Euro subiu em maio, em termos homólogos, para 2,6%. Acelerou duas décimas.

A inflação homóloga da Zona Euro acelerou para os 2,6% em maio, avançou esta sexta-feira o Eurostat, contra os 2,4% do mês anterior. É o primeiro aumento em cinco meses e acima das expectativas do mercado que apontava para uma aceleração de 2,5%. Os serviços terão sido a componente com a taxa de inflação mais elevada, segundo a estimativa rápida do gabinete de estatísticas europeu. Portugal foi o país com a maior aceleração da taxa de inflação, devido ao efeito base do IVA zero.

Olhando para os principais componentes da inflação na zona euro, o Eurostat antecipa que “os serviços apresentem a taxa anual mais elevada em maio (4,1%, face aos 3,7% de abril), seguidos pelos produtos alimentares, álcool e tabaco (2,6%, face a 2,8% em abril)”. A estimativa rápida aponta ainda para que os “bens industriais não energéticos tenham acelerado 0,8%, conta os 0,9% em abril).

Os preços da energia voltaram a acelerar (0,3%) em maio, depois de terem sofrido uma redução (-0,6%) no mês anterior.

A inflação anual acelerou em 11 Estados-membros, face a abril, manteve-se estável em dois e desacelerou em sete. Em Portugal, a variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor — o indicador utilizado para fazer a comparação com os restantes países europeus –, em maio, foi de 3,9%, a maior subida face ao mês anterior e a segunda mais elevada em toda a Zona Euro. Pior só os 4,9% da Bélgica, o mesmo valor já registado em abril. Um desempenho que é explicado pelo facto de em maio de 2023 ter entrado em vigor o IVA zero que ajudou a controlar a espiral inflacionista no país.

Em abril Portugal tinha a oitava menor taxa de inflação da Zona Euro ao ficar uma décima abaixo da média dos países da moeda única. Quando a leitura é feita em cadeia, face ao mês anterior, Portugal terá mantido a taxa de inflação nos 1,1%.

Numa base mensal, os preços no consumidor terão subido 0,2% em maio na Zona Euro, o que representa uma desaceleração face aos 0,6% no mês anterior.

A inflação homóloga na Alemanha (2,8%), França (2,7%), Espanha (3,8%) e Itália (0,8%) foi superior às estimativas. E a inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos, também aumentou de 2,7% em abril para 2,9% em maio, acima das expectativas.

Os analistas antecipam que esta aceleração da taxa de inflação pode refletir os aumentos salariais maiores do que o esperado no primeiro trimestre, que impulsionaram o rendimento disponível dos consumidores, após anos de aumentos salariais abaixo da inflação.

É pouco provável que o aumento maior do que o esperado da inflação impeça o Banco Central Europeu (BCE) de cortar os juros, na próxima semana, tendo em conta que estão num máximo histórico. Mas este desempenho da inflação poderá cimentar a necessidade de uma pausa em julho e de um ritmo mais lento de reduções das taxas de juro nos próximos meses.

Em reação a estes números o governador do Banco de Itália, Fabio Panetta, considera que a política demasiado restritiva do BCE se arrisca a não atingir a inflação. “Temos de evitar que a política monetária se torne demasiado restritiva, o que poderia empurrar a inflação para um nível inferior ao objetivo simétrico do BCE”, disse. Panetta, que é membro do conselho do BCE que na próxima quinta-feira tomará uma decisão sobre a política monetária para a Zona Euro, alerta para que “cortes rápidos e graduais do BCE evitam cortes tardios e precipitados mais tarde”.

Ainda assim, o euro subiu rumo à marca de 1,085 dólares, prolongando a recuperação face ao mínimo de duas semanas de 1,08 dólares atingido em 29 de maio, alimentando pelas incertezas relativas à trajetória de cortes do BCE este ano.

(Notícia atualizada com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco esclarece regras para investidores em fundos Sifide

  • ECO
  • 31 Maio 2024

Às contribuições feitas pelos fundos de investimento em empresas de I&D, entre 1 de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2023, aplicam-se as regras previstas na lei antes de esta ter sido alterada.

As empresas de Investigação e Desenvolvimento (I&D) financiadas por fundos devem concretizar em três anos, a contar de 1 janeiro deste ano, o investimento recebido antes de 1 de janeiro de 2021. Já às contribuições feitas pelos fundos entre 1 de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2023 aplicam-se as regras previstas na lei antes de esta ter sido alterada, segundo uma informação vinculativa publicada pela Autoridade Tributária no passado dia 20, e noticiada esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios.

O Fisco explica a forma como devem ser aplicadas no tempo as novas regras para quem investe em I&D através de fundos de investimento. As dúvidas surgiram na sequência das alterações introduzidas em maio do ano passado. As empresas passaram a ser obrigadas a deter as unidades de participação no fundo durante dez anos e não cinco como anteriormente. E foi aumentada a exigência da percentagem mínima do investimento do fundo em empresas dedicadas a I&D de 80% para 90%, mas reduzidos os prazos de investimento pelo fundo nestas empresas de cinco para três anos.

O Sifide tem uma taxa base para dedução fiscal ao lucro tributável de 32,5% das despesas de I&D. Além disso, aplica-se uma taxa incremental de 50% do aumento desta despesa em relação à média dos dois anos anteriores, até ao limite de 1,5 milhões de euros. Assim, este apoio pode significar a recuperação até 82,5% do investimento em I&D. Mas foram identificados abusos através da utilização de uma dupla dedução do benefício concedido, sobretudo no âmbito de investimentos indiretos (através de fundos), e por isso o Executivo de António Costa alterou a lei para tornar as regras mais apertadas. Na auditoria da Inspeção Geral de Finanças, no início de janeiro de 2023, foram identificados 3,19 milhões de euros de crédito fiscal indevido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa de inflação acelera em maio e volta a superar os 3%

Índice de Preços no Consumidor teve subida homóloga de 3,1% em maio, quase um ponto percentual a mais do que em abril, devido à entrada em vigor do "IVA zero" no ano passado.

A taxa de inflação homóloga em Portugal terá acelerado em maio e superado os 3%, de acordo com a estimativa rápida avançada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), devido ao “efeito de base” resultante da entrada em vigor do “IVA zero” no ano passado.

O instituto calcula que o Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 3,1% em maio face ao mesmo mês do ano passado, um ritmo superior em 0,9 pontos percentuais face à variação homóloga observada em abril (ver gráfico). Os dados definitivos serão divulgados no dia 14 de junho.

Taxas de variação do Índice de Preços no Consumidor

Fonte: INE

“Esta aceleração resulta essencialmente do efeito de base associado à redução mensal de preços registada em maio de 2023 (-0,7%), no seguimento da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais”, justifica o INE. A medida foi acordada pelo anterior Governo com produtores e distribuidores e esteve em vigor entre 18 de abril de 2023 e 4 de janeiro de 2024.

A última vez que Portugal registou uma inflação homóloga acima dos 3% tinha sido em setembro de 2023, quando o IPC subiu 3,58% face ao mesmo mês de 2022. Em novembro e dezembro chegaram-se a registar variações de, respetivamente, 1,54% e 1,42%. Ainda assim, em comparação com o mês anterior, a variação do IPC foi de 0,2%, uma desaceleração face aos 0,5% registados em abril.

Segundo a estimativa rápida que o INE divulgou esta sexta-feira, o indicador de inflação subjacente, que exclui componentes voláteis como os produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma subida de 2,7% em maio, em termos homólogos.

“A variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu para 7,8% (7,9% no mês precedente) enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou um aumento de 2,6% (variação nula em abril)”, aponta o INE.

Enquanto isso, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) registou uma subida homóloga de 3,9%, que compara com os 2,3% do mês anterior. Aumentos como este também foram registados noutros países da Zona Euro, como Alemanha, França e Espanha.

Estes dados económicos estão a ser divulgados na semana antes da reunião de política monetária do Banco Central Europeu, na qual se especula que seja decidido um primeiro corte nas taxas de juro. O encontro está marcado para 6 de junho.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h53)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IA generativa será uma oportunidade ou uma ameaça?

Para Rodrigo Moita de Deus o conteúdo gerado por IA é do Homem. Já Jacinto Bettencourt, sócio da Deloitte Legal, acredita que isto vai ser uma longa discussão que implica várias definições.

Será o conteúdo gerado por inteligência artificial (IA) inovador ou uma junção de ideias? Rodrigo Moita de Deus defendeu na 7ª edição da Advocatus Summit que máquina apenas pega em dados e faz “qualquer coisa que não estava lá antes”, logo inova.

“Se eu pedir ao ChatGPT para fazer um guião para um vídeo institucional do ECO, os direitos de autor são de quem? Do ChatGPT ou sou meus? São meus, eu é que mandei fazer”, exemplificou o diretor do Newsmuseum e consultor da Fundação Champalimaud, sublinhando que o produto não existe sem curadoria. Ou seja, defende que um conteúdo ou produto gerado por um algoritmo pertence ao Homem.

Jacinto Bettencourt, sócio da Deloitte Legal, acredita que esta vai ser uma longa discussão uma vez que coloca em causa a forma como pensamos o direito de autor. “Ou mudamos a definição e vai mexer com muita coisa. Ou então os próprios atores, produtores, usuários, fabricantes e designers vão ter que se acautelar e vão ter que se acautelar, por exemplo, criando mecanismos de intervenção na criação de avaliação, desempenho e correção que lhes permitam dizer que, no fundo, aquilo foi uma mera extensão, uma mera ferramenta, como um pincel”, acrescentou.

Para Rodrigo Moita de Deus a IA é uma ferramenta “absolutamente extraordinária”, pese embora a sociedade olhe com “receio”. “Entramos todos nesta psicose de que os computadores vão tomar conta do mundo. Os guionistas em Hollywood entraram em greve, porque os computadores vão tomar conta do mundo, e esquecemos nos que as coisas não são bem assim e que este é um instrumento absolutamente extraordinário de apoio ao homem”, sublinhou.

Questionado se a IA poderá levar a uma redução dos postos de trabalho, o consultor da Fundação Champalimaud considera que estas ferramentas vão apenas libertar os profissionais de tarefas mecanizadas e que antigamente qualquer economista chamaria de “evolução”.

“A ideia de que uma máquina pode substituir um guionista é a mesma que dizer que uma impressora 3D pode substituir um escultor. O problema é que os guionistas já não pensam neles próprios como artistas, pensam como máquinas substituíveis. Mas a máquina tem um limite e a criação não é esse limite”, referiu.

Rodrigo Moita de Deus, diretor do Newsmuseum e consultor da Fundação ChampalimaudHugo Amaral/ECO

Rodrigo Moita de Deus assegurou que no seu dia profissional a IA está presente. Por exemplo, na Fundação Champalimaud utilizam algoritmos para desenvolver uma plataforma de inteligência artificial para apoiar os médicos.

“A inteligência artificial é o passo seguinte da evolução da tecnologia, do software e dos algoritmos. Dar-lhes a capacidade de aprenderem a fazerem as coisas e de irem muito mais longe do que o ser humano podia ir, nomeadamente na escolha da informação e do conhecimento”, explicou.

Consciente de que as empresas já apostam em IA há algum tempo, Jacinto Bettencourt admite que agora há uma preocupação se o podem continuar a fazer e em que termos devem fazer face ao regulamento europeu. “Agora temos o problema que é o problema regulatório. Como é que nós vamos abordar? Como é que nós vamos navegar?”, questionou.

Jacinto Bettencourt, sócio da Deloitte LegalHugo Amaral/ECO

Sobre a regulação, o sócio da Deloitte Legal revelou que se está a meter um “travão” que é “decalcado” do regime de dispositivos médicos. “Portanto, todo o processo de conformidade é decalcado daquilo que nós temos para o sistema farmacêutico e para os dispositivos médicos”, revelou.

“Mas ao mesmo tempo, a regulação também cria oportunidades interessantes”, acrescentou. Segundo explicou, a preocupação do legislador europeu foca-se em dois pontos: qual é a amostra quando se desenvolve IA e se está em conformidade.

Jacinto Bettencourt acredita que as regras europeias deverão “aliviar o fardo regulatório” e deve haver uma preocupação com o utilizador, com o consumidor e com os negócios feitos com o consumidor e utilizador.

“A IA é uma ameaça para os direitos, liberdades e garantias, mas também é uma oportunidade para Tom Cruise, cedendo a sua imagem e as suas características biométricas, fazer quatro filmes por mês e não um por ano. E não há qualquer disposição neste momento sobre como é que se regula um contrato sobre imagem”, sublinhou.

Rodrigo Moita de Deus, diretor do Newsmuseum e consultor da Fundação Champalimaud, Jacinto Bettencourt, sócio da Deloitte Legal, e Frederico Pedreira, jornalista ECOHugo Amaral/ECO

Relativamente ao setor, Jacinto Bettencourt considerou que a inteligência artificial é algo que já faz parte da advocacia há algum tempo e que no caso da Deloitte possuem duas linhas de serviço: legal management services e legal management consulting que utilizam inteligência artificial.

“A Deloitte Legal é uma rede que investe neste tipo de soluções atempadamente e empenha-se e tem acesso a clientes, a parcerias e projetos bastante relevantes que permitem acelerar a curva de experiência”, disse, avançando que já estão a ser desenvolvidas ferramentas de inteligência artificial generativa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sem mãos a medir, AIMA vai perder em breve cerca de 100 funcionários

  • ECO
  • 31 Maio 2024

Escassez de recursos humanos no organismo que sucedeu ao SEF vem a agravar-se desde que entrou iniciou funções. Assiste agora à saída de uma centena de trabalhadores, que pediram transferência.

Desde que entrou em funcionamento, no final de outubro do ano passado, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) tem enfrentado um problema de falta de recursos humanos, que se tem agravado ao longo dos meses. Essa escassez de pessoas vai piorar em breve com a saída de cerca de 100 funcionários, que pediram transferência para outros serviços do Estado, noticia o Expresso esta sexta-feira.

Segundo o relatório sobre a Recuperação das Pendências do SEF, elaborado pela AIMA este mês, e ao qual o semanário teve acesso, este novo organismo tinha 174 funcionários em outubro. A partir daí, assistiu-se a uma “redução líquida do total de efetivos, devido à saída de vários trabalhadores, não compensada com as entradas entretanto ocorridas”. Segundo o Expresso, muitos funcionários pediram logo transferência, mas a AIMA travou-os, só que repetiram o pedido e a transferência não pode ser recusada uma segunda vez.

Ao défice de recursos acresce, segundo o documento, a existência de pelo menos 459.384 processos em curso a 29 de outubro de 2023 — um número que atualmente peca por defeito. A maioria (344.619) diz respeito a processos de legalização através de manifestações de interesse (para imigrantes que já se encontram em Portugal, sem necessidade de entrada legal no território), mas havia ainda mais de 3.200 processos de proteção humanitária (327 dos quais a menores), 4.000 pedidos de asilo e quase 15 mil relativos à obtenção de nacionalidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: AIMA, centros clínicos e Comporta

  • ECO
  • 31 Maio 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Cerca de uma centena de trabalhadores estão de saída da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), onde os processos pendentes chegam perto de meio milhão. A ministra da Saúde conta a anunciar em breve os primeiros centros de atendimento clínico em Lisboa e no Porto. Os maiores projetos em curso na Comporta mobilizam quatro mil milhões de euros de investimento. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional.

Debandada na agência para as migrações, com processos pendentes perto de meio milhão

Desde que entrou em funcionamento, em outubro do ano passado, persiste na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) uma escassez de recursos humanos que se tem agravado ao longo dos meses e que vai piorar em breve, com a saída de cerca de 100 funcionários, a pedido dos próprios. Segundo o relatório da agência sobre a Recuperação das Pendências do SEF, o novo organismo contava com 174 funcionários aquando da sua criação, o que corresponde a 41% do contingente dos organismos extintos que estaria à disposição. A partir daí, deu-se “uma redução líquida do total de efetivos, devido à saída de vários trabalhadores, não compensada com as entradas entretanto ocorridas”. Acresce que, de acordo com o mesmo documento, existiam, pelo menos, 459.384 processos em curso a 29 de outubro de 2023 — número que, atualmente, peca por defeito.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Lisboa e Porto vão ter centros clínicos para retirar doentes das urgências

A ministra da Saúde revelou, em entrevista ao Público e à Rádio Renascença, que conta anunciar em breve os primeiros centros de atendimento clínico “de proximidade”, em Lisboa e no Porto, por serem “as zonas mais pressionadas nesta fase”. Segundo a governante, trata-se de um novo modelo que visa ajudar a retirar dos hospitais os casos classificados como não urgentes. “Temos mesmo de conseguir separar o que é urgente e aí requalificar, humanizar e ter não só a especialidade de urgência que vai, com o acordo da Ordem dos Médicos, finalmente ser implementada, os centros de responsabilidade mais autónomos [CRI]”, disse.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago) e na Renascença (acesso livre).

Projetos em curso na Comporta mobilizam mais de quatro mil milhões

Está em marcha uma transformação acelerada da oferta turística da Comporta, com investimentos que ultrapassam os quatro mil milhões de euros se se considerar apenas os projetos de maior dimensão que estão a ser desenvolvidos, como os empreendimentos como o Pinheirinho e o Costa Terra. Destaca-se, porém, o investimento de três mil milhões de euros da Vanguard Properties, que liderou o consórcio vencedor do concurso lançado em 2018 para as terras que pertenciam ao antigo Grupo Espírito Santo (GES).

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Nunca se criaram tantas associações de moradores como na última década

Perto de um terço (286) das 861 associações de moradores atualmente existentes foram criadas a partir de 2010. Desde 1974, ano em que este associativismo começou a prosperar, o número de coletividades de vizinhança tem vindo a crescer consecutivamente de década para década. Entre as principais tarefas destes grupos, espalhados por todo o país, está o diálogo com o poder político e a dinamização da vida em sociedade.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Lucros da ANA atingem 417 milhões em 2023

O grupo ANA – Aeroportos de Portugal registou um resultado líquido de 416,7 milhões de euros no ano passado, mais 24,8% do que os 333,9 milhões registados em 2022. Face a 2019, o último ano que antecedeu a pandemia, os lucros obtidos em 2023 são superiores em 113 milhões. Como já se tinha sido revelado, as receitas da gestora aeroportuária atingiram 1.095 milhões de euros no último ano, aumentando 21,3% face ao ano anterior.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Proprietários têm até esta sexta-feira para pagar primeira prestação ou totalidade do IMI

  • Lusa
  • 31 Maio 2024

Os mais de 3,8 milhões de proprietários que receberam notas de cobrança de IMI têm até esta sexta-feira para pagar a primeira prestação ou a totalidade do imposto, consoante os casos.

Os mais de 3,8 milhões de proprietários que receberam notas de cobrança de IMI têm até esta sexta-feira para pagar a primeira prestação ou a totalidade do imposto.

De acordo com dados facultados à Lusa pelo Ministério das Finanças, este ano (para o IMI relativo a 2023) foram emitidas 946.759 notas de cobrança de imposto de valor inferior a 100 euros e que atingem esta sexta-feira o prazo limite de pagamento.

Já os 2.245.046 que receberam um valor de imposto entre 100 e 500 euros e os 686.504 que têm mais de 500 euros de IMI a pagar podem optar entre efetuar o pagamento apenas da primeira prestação ou a totalidade.

De acordo com a lei, o IMI é pago numa única vez, durante o mês de maio, quando o seu valor é inferior a 100 euros, sendo desdobrado em duas prestações pagas em maio e novembro quando oscila entre os 100 e os 500 euros.

Superando os 500 euros é dividido em três prestações de igual montante a serem pagas em maio, agosto e novembro. No entanto, há já vários anos que os proprietários têm a possibilidade de, querendo, efetuar o pagamento total do imposto com a liquidação de maio.

O IMI incide sobre o valor patrimonial tributário (VPT) dos imóveis, contemplando uma taxa única de 0,8% no caso dos prédios rústicos (terrenos) e uma taxa que oscila entre os 0,3% e os 0,45% sobre os prédios urbanos (construções e terrenos para construção).

O imposto é calculado e cobrado pela AT, mas são as autarquias que decidem, todos os anos, qual a taxa que pretendem aplicar no seu concelho, dentro dos referidos intervalos, cabendo-lhes também decidir sobre a adesão ao IMI familiar, mecanismo que dá um desconto às famílias residentes, ou sobre a aplicação das taxas agravadas nos prédios devolutos ou em ruínas.

O número de autarquias que este ano indicou à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) que quer aplicar a taxa agravada de IMI para prédios devolutos e em ruínas ascende a 64. No seu conjunto, estas 64 autarquias identificaram 5.729 imóveis devolutos e outros 7.047 devolutos localizados em zona de pressão urbanística.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Share walks”, a iniciativa pioneira no setor funerário em Terapia Assistida por Animais

  • Servimedia
  • 31 Maio 2024

O Grupo Albia promoveu uma inovadora atividade de apoio emocional assistida por cães na Funerária Torrejón de Ardoz para ajudar as famílias no seu luto.

A Casa Mortuária de Torrejón de Ardoz, pertencente ao Grupo Albia, apresentou esta semana o seu novo Programa de Terapia Assistida por Animais “Comparte paseos”, uma iniciativa pioneira no setor funerário em Espanha, concebida especialmente para crianças e adultos que se encontram em processo de luto pela perda de um ente querido. A atividade tem lugar todas as terças-feiras até 18 de junho e, a partir de setembro, será instalada de forma permanente na casa mortuária.

Este serviço é gratuito para as famílias e tem como objetivo facilitar a expressão emocional durante o velório, através do acompanhamento de um psicólogo especialista em luto e de um terapeuta especializado em terapia animal, juntamente com um cão treinado. Este acompanhamento proporciona múltiplos benefícios, entre eles, contribui para o bem-estar emocional, reduz a ansiedade e transmite serenidade no momento de lidar com a perda, especialmente em crianças e pessoas com deficiência.

Daniel Palacios, Diretor Geral do Grupo Albia, sublinhou que “esta iniciativa é um passo muito importante no nosso compromisso com o cuidado emocional, com o objetivo de garantir que as famílias recebem o melhor cuidado possível no momento da despedida. O nosso objetivo é alargar este projeto ao resto dos centros e consolidar a nossa posição como empresa funerária pioneira na gestão e acompanhamento psicológico das famílias”.

Por outro lado, Marian Carvajal, responsável pelo Cuidado Emocional do Grupo Albia, acrescentou que “o lançamento deste projeto é um passo muito importante no setor, que está cada vez mais focado em melhorar a experiência das famílias nas agências funerárias. O objetivo principal de “Comparte paseos” surge no momento certo, quando a consciência do bem-estar emocional e da importância de proteger a saúde mental aumentou”.

O projeto “Comparte paseos” é realizado em colaboração com a Growing Through Loss, uma equipa de profissionais do luto, e a Perruneando, especialista em educação canina e intervenções assistidas por cães.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O dia em direto nos mercados e na economia – 31 de maio

  • ECO
  • 31 Maio 2024

Ao longo desta sexta-feira, 31 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aumento dos casos de covid-19 em Espanha põe em evidência a vulnerabilidade dos doentes imunocomprometidos

  • Servimedia
  • 31 Maio 2024

A covid-19 manteve os seus números sob controlo nos primeiros meses do ano, no entanto, no mês de maio houve um aumento das infeções em Espanha atingindo uma taxa de 55,9 casos por 100.000 habitantes.

O último relatório do Instituto de Saúde Carlos III do Sistema de Vigilância das Infeções Respiratórias Agudas (SIVIRA), que analisa o período de 20 a 26 de maio, mostra que o número de casos duplicou em relação à semana anterior (27,8).

Esta tendência de crescimento também se reflete nos números da maioria das comunidades onde, por exemplo, vale a pena destacar a situação na Comunidade de Madrid, onde 985 novos casos de covid-19 foram notificados em pessoas com mais de 60 anos de idade de 20 a 26 de maio, o que representa mais do dobro do número de casos (119,9% mais) em comparação com a semana anterior.

Uma situação que, embora não seja motivo de alarme, “requer uma atenção especial naqueles pacientes mais vulneráveis em que a vacinação, por falta de resposta, falhou”, como explica o Dr. Javier Castrodeza, professor da Universidade de Valladolid e chefe do Serviço de Medicina Preventiva e Saúde Pública do Hospital Clínico Universitario de Valladolid. Atualmente, cerca de um terço das amostras respiratórias processadas pelos laboratórios de microbiologia são positivas para a covid, “sem dúvida um dado relevante para estar vigilante no momento atual”, como acrescenta.

Especificamente, o “Relatório sobre Infeções Respiratórias Agudas” da semana de 20 a 26 de maio reflete que em Castela e Leão se registou uma taxa de incidência de covid-19 de 68 casos por 100.000 habitantes, com uma maior afetação nas pessoas com mais de 75 anos. Isto representa um aumento de 240% em comparação com a semana anterior.

Além disso, como salienta o Dr. Castrodeza, o número de pacientes internados no Hospital Clínico Universitario de Valladolid aumentou de sete em março e abril para 33 em maio. A este respeito, sublinha que “embora se trate de um número reduzido, queremos transmitir a importância da vigilância para podermos avaliar corretamente a situação, porque isso ajuda-nos a conhecer melhor a doença sem minimizar a sua presença, mas também sem a aumentar”.

Javier Castrodeza explica que os dados mais impressionantes são os dos hospitais, “que são os que refletem o maior impacto desta doença”. Entre estes pacientes encontram-se “pacientes de risco, pacientes imunocomprometidos, pacientes com patologias graves (com processos oncológicos hematológicos, transplantes reais ou cardíacos…) pacientes que, no caso de sofrerem uma infeção por covid, poderiam complicar substancialmente o seu processo evolutivo”.

Nestes pacientes, conforme indicado pelo Hospital Clínico Universitario de Valladolid, é necessário efetuar um acompanhamento especial. Nas palavras do médico, “a covid está aqui, embora não na mesma escala que estava, e nestes pacientes é altamente recomendável que a vacinação seja apropriada. Atualmente, estão disponíveis tanto vacinas de RNA mensageiro como vacinas adaptadas com adjuvantes proteicos, que podem, sem dúvida, ajudar a proteger contra esta doença. Além disso, no caso de não haver uma resposta adequada da vacina ou mesmo de não haver resposta, podem ser consideradas outras alternativas para os proteger de um possível agravamento da sua doença em doentes imunocomprometidos, aplicando outros mecanismos de imunização passiva com anticorpos monoclonais, se necessário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.