Metodologia do mercado de carbono em consulta pública no segundo semestre

Um portal informativo também estará disponível "muito em breve", indica a Agência Portuguesa do Ambiente.

O mercado voluntário de carbono português mantém-se em desenvolvimento. Um “revés” na plataforma de registo pode levar a um atraso na sua implementação, que fica adiada para o final do ano, mas a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) espera conseguir lançar no segundo semestre uma consulta pública em relação a uma metodologia de carbono, isto é, as condições em que irá operar um projeto específico, neste caso um projeto florestal.

Estas atualizações foram avançadas por Ana Teresa Perez, vogal do Conselho Diretivo da APA, na conferência com o tema “Mercado Voluntário de Carbono em Portugal”, organizada pela Abreu Advogados, esta terça-feira.

Estão de momento a ser desenvolvidas metodologias de carbono adequadas a duas tipologias de projeto, embora qualquer entidade possa submeter uma metodologia para ser aprovada. “Uma das metodologias já está numa fase muito adiantada”, indicou a representante da APA. De forma a consolidá-la, espera avançar com discussões bilaterais com algumas das partes envolvidas no mercado de carbono até ao final deste mês.

Ana Paula Rodrigues adianta que a metodologia que de momento está mais avançada foi desenvolvida no âmbito do setor da floresta, aquele que tem demonstrado maior interesse no mercado de carbono. Afirma que, tendo em conta a conjugação do objetivo de sequestro de carbono com o da promoção da biodiversidade, fez sentido apostar em criar a metodologia para um projeto de florestação. Outro benefício, reiterado durante a conferência, é a promoção da preservação da floresta, num país fustigado pelo problema dos incêndios.

Segundo a responsável da APA, entre os interessados, além de empresas que querem investir nestes projetos estão também empresas de consultoria, que se propõem como ajuda para desenvolver as metodologias.

À margem da conferência, tanto Ana Teresa Perez como Ana Paula Rodrigues, vice-presidente da ADENE, apontaram como data provável de lançamento da plataforma de registo o final deste ano ou início do próximo. Mas além da disponibilização da plataforma, para a sua operacionalização é necessária a publicação de legislação complementar, ressalva a ADENE.

Em paralelo, o portal informativo que está a ser desenvolvido pela ADENE deverá ser lançado “muito em breve”. “É através dele que vamos disponibilizar toda a informação ao mercado”, permitindo aos interessados que se manifestem e coloquem questões, explicou Ana Teresa Perez. Nesta sede, deverão estar disponíveis “Questões frequentemente colocadas”, e um documento com a informação base que uma proposta de metodologia deve contemplar.

Durante a respetiva apresentação, a vogal da APA sublinhou o intuito de o mercado incluir apenas projetos que garantam adicionalidade. Isto é, a redução e sequestro apenas ocorre porque este projeto é concretizado, não ocorrendo por outras circunstâncias. E insistiu na importância da monitorização, verificação, reporte e transparência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro da Defesa confirma que visita de Zelensky a Portugal está a ser preparada

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

Nuno Melo não adiantou pormenores sobre a data ou o programa da visita do Presidente ucraniano, mas já se sabe que Zelensky se desloca a Espanha na sexta-feira.

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, confirmou esta terça-feira em Lisboa que a visita do Presidente da Ucrânia a Portugal “está a ser preparada”, sem adiantar mais pormenores sobre a data ou programa da deslocação.

A visita está a ser preparada com a reserva que é suposto ter e já se verá, a muito curto trecho, como tudo acontecerá“, disse aos jornalistas. Nuno Melo falava à margem da visita que realizou esta terça-feira à sede da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em Lisboa, onde inaugurou a exposição “Guerra Colonial – Uma História por Contar”.

A visita de Volodymyr Zelensky a Portugal foi avançada na segunda-feira pela SIC, que referiu que o chefe de Estado ucraniano também deverá deslocar-se a Espanha para assinar acordos bilaterais de segurança.

Fontes do governo espanhol disseram à agência Efe que Zelensky visitará o país “nos próximos dias” para assinar um acordo com o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

Zelensky pede aos EUA mais sistemas de mísseis para defender Kharkiv

Também esta terça-feira, o Presidente ucraniano pediu aos Estados Unidos mais dois sistemas de mísseis “Patriot” para defender a cidade de Kharkiv, durante uma reunião em Kiev com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

Zelensky disse a Blinken que a Ucrânia tem um enorme défice de sistemas antiaéreos. “Este é o nosso maior défice. Penso que este é o maior problema”, disse Zelensky, citado pela agência ucraniana Ukrinform.

A Rússia lançou na sexta-feira uma ofensiva junto a Kharkiv, a segunda cidade da Ucrânia, no nordeste do país, conseguindo assumir o controlo de cinco aldeias naquela região e na de Donetsk. De acordo com o Estado-Maior ucraniano, a Rússia está a obter “sucessos táticos” e três dezenas de aldeias têm estado sob fogo inimigo, o que obrigou a retirar cerca de 7.000 pessoas da região.

A operação suscitou o receio de um avanço russo contra um exército ucraniano sem recursos e já sob forte pressão nas frentes leste e sul. “As pessoas estão sob fogo. Estão preocupadas, estão a ser alvo de ataques russos”, insistiu Zelensky.

O líder ucraniano disse também ser fundamental para a Ucrânia que a ajuda militar aprovada há três semanas pelos Estados Unidos — um pacote de ajuda no valor de 61 mil milhões de dólares (56,5 mil milhões de euros, ao câmbio atual) — “chegue o mais rapidamente possível”.

Grande parte dessa ajuda, alguma da qual já chegou à Ucrânia, destina-se a repor a artilharia e os sistemas de defesa aérea, que se encontram muito esgotados. “A ajuda está a caminho e fará uma verdadeira diferença no campo de batalha”, prometeu Blinken no início do encontro com Zelensky, citado pela agência France Presse.

Blinken chegou a Kiev na madrugada desta terça-feira, numa visita não anunciada, para garantir o apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, que luta para se defender dos ataques russos cada vez mais intensos.

“Sabemos que este é um momento difícil”, reconheceu Blinken, segundo a agência norte-americana Associated Press. O chefe da diplomacia dos Estados Unidos acrescentou que Washington fará tudo o que for possível para ajudar a Ucrânia a ultrapassar os desafios críticos que vai enfrentar nos próximos meses.

Trata-se da quarta viagem de Blinken a Kiev desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. A invasão desencadeou uma guerra que destruiu parte do país e cujo balanço de vítimas se desconhece.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caixa de Previdência dos advogados alarga prazo de pagamento de dívidas para 15 anos

No total, os advogados e solicitadores devem 165 milhões à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), mais 15 milhões do que o valor em março do ano passado

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) alargou para 15 anos o prazo em que os beneficiários com dívidas possam pagar esses valores em atraso. O prazo até aqui era de 12 anos e meio. O mesmo foi avançado ao ECO/Advocatus pelo presidente, Victor Alves Coelho, que garante que a decisão “nada tem a ver com a posição da OA sobre o assunto, aliás, muito criticada pela classe”.

No total, os advogados e solicitadores devem 165 milhões à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), mais 15 milhões do que o valor em março do ano passado. Os valores reportam a final de março deste ano. Desta, uma parte é suscetível de prescrição, entre 60 e 70 milhões.

O pagamento coercivo de dívidas à CPAS vai começar a ser feita pela Segurança Social (SS) em junho. No mesmo mês do ano passado, estavam cerca de 150 milhões em dívida, relativos a contribuições mensais que um advogado ou solicitador tem de pagar para ter acesso aos benefícios. Esta taxa de incumprimento situa-se à volta dos 21% do total dos beneficiários, que são cerca de 37 mil. Por mês, um advogado tem de pagar um valor mínimo de quase 300 euros por mês para poder contar com o apoio do sistema assistencialista da CPAS.

Mas, antes de serem acionadas as execuções, os beneficiários com contribuições em dívida continuarão a poder regularizar voluntariamente a sua situação contributiva junto da CPAS, através dos meios atualmente existentes, designadamente a celebração de acordos de pagamento prestacionais, que até agora tinham o prazo máximo de 150 prestações e agora de 180, continuando, também, disponível uma Linha Especial de Crédito Pessoal em condições especiais, com os respetivos juros de mora.

“Tendo concluído que o prosseguimento da via de sustentabilidade do regime da CPAS e de melhoria dos apoios prestados não será afetado, a Direção deliberou alargar o prazo máximo dos acordos de pagamento em prestações mensais para 180 (15 anos), mantendo o valor mínimo de cada prestação em 25 euros“, segundo comunicado publicado no site da instituição.

“Importa reiterar que, após o envio das participações de dívida à Segurança Social, já não será possível a celebração de acordos de pagamento prestacionais com a CPAS, mas tão só com a própria Segurança Social, nos moldes aplicáveis àquela Instituição que, como é sabido, são menos favoráveis que os praticados pela CPAS. Por um incontestável princípio de igualdade de tratamento, todos os Beneficiários que tenham em curso um acordo de pagamento celebrado com base em 150 prestações mensais poderão, querendo, requerer, a partir do próximo mês de Junho, a reformulação desse plano para um novo plano, até 180 prestações mensais”, concluiu o mesmo comunicado.

Bastonária abre guerra à CPAS

Da parte do Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA), a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro “está disponível para apoiar, nas ações judiciais de cobrança de contribuições, todos os colegas que comprovadamente não tenham condições financeiras para pagar as contribuições que lhes são exigidas”. Explicando que “os colegas que, reunindo as condições acima descritas, pretendam beneficiar deste apoio, devem contactar a Ordem dos Advogados para mais pormenores”.

Assim, a Bastonária e o Conselho Geral “não se podem conformar que se avance para uma situação de cobrança coerciva sem se averiguar primeiro se os colegas têm ou não capacidade financeira para pagar as suas contribuições, não se acautelando uma solução alternativa e mais justa para aqueles que comprovadamente não possuam essa capacidade”.

Relembrando que a bastonária e os membros deste Conselho Geral com assento no Conselho Geral da CPAS já propuseram à Direção da CPAS, “por diversas vezes”, que a fixação das contribuições seja realizada de acordo com o rendimento de cada um, “uma vez que tal solução não só seria mais justa e igualitária para os advogados, como inclusivamente seria mais benéfica para a própria CPAS. Contudo, a Direção permanece irredutível nesse ponto, dizendo que tal alteração não constava do seu programa eleitoral, pelo que não a fará durante o seu mandato, ainda que resulte evidente que tal solução era mais sustentável e justa para todos (contribuintes e instituição)”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caso BES: Processo que envolve Ricardo Salgado em risco de paralisar

  • ADVOCATUS
  • 14 Maio 2024

O Tribunal da Relação de Lisboa revogou uma decisão do juiz de instrução que, em agosto de 2023, declarou como prescritos crimes de infidelidade imputados a dois ex-quadros do BES.

O Tribunal da Relação de Lisboa revogou uma decisão do juiz de instrução que, em agosto de 2023, declarou como prescritos crimes de infidelidade imputados a dois ex-quadros do BES. Assim, ou processo que implica Ricardo Salgado volta à fase de instrução para uma nova decisão ou o tribunal de julgamento separa os crimes imputados a Cláudia Faria e Pedro Costa, avança a revista Visão.

Em março, o Tribunal da Relação ordenou a reformulação do despacho de pronúncia que considerou estarem prescritos os crimes. Já a procuradora Sofia Gaspar considerou que o processo está perante um problema. O Ministério Público sugeriu ao coletivo de juízes que seja ordenada a separação processual apenas e exclusivamente na parte que respeita aos crimes de infidelidade imputados aos arguidos Pedro Costa e Cláudia Faria e que esta parte decorra num novo processo, refere a Visão.

No início de maio, o julgamento de Ricardo Salgado e restantes arguidos do caso do BES voltou a ser adiado para dia 10 de setembro, mas o início ainda é incerto. As razões prenderam-se com atrasos relativos à notificação de dois dos arguidos.

Foi a 31 de julho de 2023 que o juiz de instrução do processo BES/GES decidiu que Ricardo Salgado, ex-homem forte do BES, iria a julgamento. Uma decisão que surgiu nove anos depois da queda do banco que Salgado liderou durante décadas e que terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros. Todos os arguidos vão a julgamentos nos exatos termos da acusação, à exceção de cinco. No caso são imputados 65 crimes ao ex-banqueiro, nomeadamente associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada, branqueamento, infidelidade e manipulação de mercado.

Este adiamento desta quinta-feira acontece no dia em que se soube que 42 crimes de falsificação de documento e de infidelidade imputados a Ricardo Salgado e a mais 12 arguidos do caso Universo Espírito Santo não vão ser punidos. Em causa a prescrição destes crimes – até janeiro de 2025, avançou o Observador.

Tal como os crimes relacionados com a alegada falsificação da contabilidade da holding Espírito Santo (ES) Services entre 2009 e 2014, facto que está na origem da derrocada do Grupo Espírito Santo (GES) e da resolução do Banco Espírito Santo (BES) decretada pelo Banco de Portugal em agosto de 2014, que deverão prescrever já entre outubro e dezembro deste ano.

Sendo esta uma das mais graves imputações que o Ministério Público (MP) faz a Ricardo Salgado na acusação. Em risco de prescrever estão ainda os crimes de infidelidade imputados a 10 dos 13 arguidos. Atos de gestão que, segundo o MP, prejudicaram patrimonialmente o BES em cerca de 933 milhões de euros. Neste último caso, a prescrição de um dos cinco crimes de infidelidade imputados a Ricardo Salgado e outros arguidos, como Amílcar Morais Pires (ex-CFO do BES), Isabel Almeida (ex-diretora financeira do BES) ou Francisco Machado da Cruz (ex-chefe de contabilidade do GES), deverá acontecer já no próximo mês de junho de 2024.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo dá luz verde ao alargamento do prazo de reembolso do PT2020 para “evitar perda de fundos”

  • ECO
  • 14 Maio 2024

Chefe de Estado promulga o diploma que permitirá financiar despesas de projetos do Portugal 2020 até agosto deste ano. Objetivo do Governo é "evitar a perda de fundos europeus".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já promulgou o diploma que permitirá financiar despesas de projetos do Portugal 2020 (PT2020) até agosto deste ano, segundo uma nota publicada esta terça-feira no site da Presidência.

Em causa está um decreto-lei que alarga “o prazo de reembolso ao beneficiário, para efeitos de elegibilidade da despesa, no âmbito dos programas operacionais e dos programas de desenvolvimento rural financiados pelos fundos europeus estruturais e de investimento, para o período de programação 2014-2020, em conformidade com o Regulamento (EU) nº 2024/795”.

O objetivo é evitar a perda de fundos europeus, uma vez que nos vários instrumentos existentes — PT2020, PRR e PT2030 — estão “muito mais atrasados do que o país tinha conhecimento”, como referiu o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, aquando da aprovação do diploma.

As regras em vigor até ao momento ditavam que, para financiamento do Portugal 2020, apenas eram elegíveis faturas de projetos até dezembro de 2023, ainda que as autoridades de gestão disponham de sete meses até solicitarem o último pedido de pagamento a Bruxelas.

Ou seja, até 31 de julho deste ano, os beneficiários do PT2020 ainda podem apresentar pedidos de reembolso às autoridades de gestão. Estas, por sua vez, ainda podem fazer verificações de gestão, validar despesas e pagá-las e, finalmente, endereçar o último pedido de pagamento à Comissão Europeia. Foi por isso que, no final do ano passado, a Comissão ainda não tinha transferido a totalidade das verbas para Portugal, mas apenas 90%, com Manuel Castro Almeida a sublinhar que o PT2020 ainda não está encerrado.

De acordo com as regras europeias, o encerramento final do PT2020 só acontecerá a 31 de maio de 2025 já depois da realização de auditorias e relatórios finais e, aí sim, será definida a taxa final de execução do Portugal 2020.

Segundo avançou ao ECO fonte oficial da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, na semana passada, “de um universo total de cerca de 170 mil projetos aprovados do Portugal 2020, existem apenas cerca de 28 mil projetos por encerrar no Portugal 2020”,

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Situação na AIMA vai ter de ser resolvida “muito brevemente”, promete ministra

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

Ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, assegura que "o Governo vai, com toda a certeza, o mais breve possível, resolver a situação" na Agência para a Integração, Migrações e Asilo.

A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, disse esta terça-feira que a situação na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), em Lisboa, junto à qual imigrantes fazem fila desde madrugada, vai ter de ser resolvida “muito brevemente”.

“Estamos atentos e a situação vai ter de ser resolvida e muito brevemente”, afirmou Margarida Blasco aos jornalistas em Ourém (Santarém), onde esteve na apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais para 2024.

Questionada sobre a forma como o Governo vai resolver esta situação, a governante reconheceu tratar-se de uma “questão humana”, que preocupa a todos. “E, por isso, o Governo vai, com toda a certeza, o mais breve possível, resolver esta situação. Depois a maneira como o fará, assim vos dirá”, declarou.

Confrontada com a notícia da Rádio Renascença de que um menino nepalês de 9 anos foi “vítima de linchamento” numa escola de Lisboa, Margarida Blasco declarou que os “todos os crimes, e sobretudo os crimes de ódio, são de uma gravidade imensa”.

“Aquilo que eu posso adiantar é que, em conjunto com as autoridades policiais, vamos reforçar quer o policiamento junto das escolas, quer o policiamento de proximidade, no sentido de recolocar o dispositivo de forma a prevenir, que é uma primeira fase”, garantiu a governante.

A ministra considerou ainda que “todos os portugueses legitimam aquilo que se está a fazer”. “Como Governo, e nós, no Ministério da Administração Interna em conjunto com o Ministério da Educação, com o Ministério da Saúde, estamos na intenção de fazer programas mais céleres, mais eficazes, para obviar estas situações”, adiantou Margarida Blasco.

Segundo a Renascença, um menino de 9 anos, de nacionalidade nepalesa, foi agredido com violência por outros colegas numa escola de Lisboa, no início deste ano. A denúncia foi feita pela diretora executiva de uma instituição da Igreja, o Centro Padre Alves Correia, que considerou “as motivações dos outros menores foram xenófobas e racistas”.

Já na madrugada de dia 4 de maio vários imigrantes foram atacados em três locais distintos da cidade do Porto. Num dos casos, o ataque deu-se na casa de 10 imigrantes, na Rua do Bonfim, que foi invadida por um grupo de 10 homens.

Pelo menos dois dos agredidos receberam assistência no Hospital de São João. Seis homens foram identificados e um foi detido por posse de arma ilegal, tendo sido presente a tribunal e ficado em prisão preventiva.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Antiga têxtil de Felgueiras transformada em retail park de 50 milhões com 300 empregos

Empreendimento imobiliário vai incluir retail park e zona destinada a habitação com 104 apartamentos. Investimento de 50 milhões é do grupo brasileiro Europar, que já detém parques em Évora e Moita.

O grupo brasileiro Europar, que já detém o Retail Moita e o Retail Évora em Portugal, vai converter as antigas instalações da têxtil Belcor com um investimento de 50 milhões de euros que irá garantir 300 empregos. As obras já arrancaram e a inauguração está prevista para o primeiro trimestre do próximo ano.

Nas antigas instalações da têxtil felgueirense irá nascer um projeto de utilização mista, que compreenderá um retail park com cerca de sete mil metros quadrados de área bruta locável, um posto de abastecimento, com diversos serviços, um stand alone e uma zona destinada a habitação, com 104 apartamentos.

O Felgueiras Retail Park contará com um supermercado da cadeia alemã Aldi, uma Max Mat, uma Rádio Popular, o Espaço Casa e uma Fábrica dos Óculos, “sendo que estão previstas outras grandes marcas para os restantes espaços, que serão anunciadas em breve”, sinaliza a a Retail Mind Group, responsável pelo desenvolvimento, comercialização e masterplan do projeto. O empreendimento “irá dispor de painéis fotovoltaicos e postos de carregamento elétricos.

É com grande satisfação que vejo este projeto sair do papel e começar a ganhar forma. Representa o culminar de mais de dois anos de trabalho, foco e dedicação de toda uma equipa, mas também a visão e confiança, que muito agradecemos, de investidores, parceiros e marcas que acreditam nestes projetos e que por si só são reveladores da grande dinâmica do mercado de retalho atual”, afirma Vitor Rocha, CEO, Retail Mind Group.

Em comunicado, a Retail Mind assinala que “o evento oficial de lançamento da primeira pedra está simbolicamente previsto para o próximo dia 13 de julho, dia em que se celebra a Cidade de Felgueiras”.

“O Felgueiras Retail Park será um projeto de singular importância para a cidade de Felgueiras e um ponto de referência e interesse para toda a região. Um empreendimento que trará nova vida às históricas instalações da Belcor, com uma abordagem inovadora, de utilização mista, com características de transversal interesse. Abrangendo uma componente fortemente comercial,
com grandes marcas nacionais e internacionais de diferentes setores, serviços e uma área residencial considerável. Será um destino de compras, trabalho, lazer e vida por excelência”, descreve Marcos Matrowitz, CEO da Europar.

Além do Felgueiras Retail Park, a Retail Mind adianta ainda na mesma nota que “três novos empreendimentos comerciais que serão desenvolvidos em Portugal continental e ilhas serão anunciados em breve”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo anuncia já esta tarde novo aeroporto em Alcochete e reforço da Portela

O Governo vai confirmar hoje à tarde a escolha de Alcochete como localização do novo aeroporto da região de Lisboa. Decisão será aprovado em Conselho de Ministros e anunciada no final da reunião.

O Governo anunciou a realização de um Conselho de Ministros para a tarde desta terça-feira. Na agenda vai estar a escolha do Campo de Tiro de Alcochete como localização do novo aeroporto da região de Lisboa, apurou o ECO. Vai também ser aprovada a realização de obras no Humberto Delgado para reforço da capacidade. Decisões vão ser comunicadas ao país no briefing que se realiza no final da reunião, com a participação do primeiro-ministro, previsto para as 20h.

Tal com o ECO tinha revelado em primeira mão, o Executivo vai seguir a recomendação plasmada na Avaliação Ambiental Estratégica conduzida pela Comissão Técnica Independente (CTI). O Campo de Tiro e Vendas Novas foram as localizações apontadas no estudo como “mais favoráveis em termos globais”, sendo que esta última apresenta menos “vantagem em termos de proximidade à Área Metropolitana de Lisboa, bem como de tempo de implementação”.

O relatório da Avaliação Ambiental Estratégica apontou 2030 como ano para ter uma pista operacional no Campo de Tiro de Alcochete, mas o Governo admite que deverá demorar pelo menos 12 anos. Por isso, a alternativa viável, para o Governo, é explorar o reforço do número de voos no Humberto Delgado, revelam ao ECO duas fontes que mantém contactos permanentes com o Executivo. A infraestrutura de Lisboa comporta uma média diária de 38 movimentos por hora, podendo chegar, no máximo, a 40 movimentos. Aumentar a capacidade exigirá um investimento avultado por parte da ANA e ultrapassar barreiras ambientais.

O anterior Governo tinha aprovado em dezembro de 2023 uma resolução que determina a realização de obras no aeroporto Humberto Delgado pela ANA. São elas a ampliação do terminal 1 do aeroporto, com a instalação de mais mangas, a melhoria operacional do sistema de pista e a implementação e um novo sistema de navegação aérea pela NAV. Intervenções que exigem a desafetação do aeródromo de Figo Maduro do uso militar e a transferência de grande parte dos jatos privados para o Aeródromo Municipal de Cascais e outros.

Naquele momento, o então secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, reagiu à posição da concessionária dos aeroportos nacionais, a ANA, sobre a necessidade de dinheiros públicos caso a solução para o reforço da capacidade aeroportuária não seja o Montijo. “É da natureza dos contratos de concessão que não cabe ao concessionário decidir que investimentos é que faz. Ou eles estão explicitamente previstos no contrato de concessão ou existem mecanismos no contrato de concessão para que o concedente, e não o concessionário, decida investimentos que têm de ser feitos”, respondeu o secretário de estado das infraestruturas.

(Notícia atualizadas às 16h40 como nova hora do briefing do Conselho de Ministros)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portuguesa AssetFloow avança para os EUA e planeia ronda de financiamento

Startup que desenvolve um modelo de IA preditivo tem planos de ainda este ano levantar mais capital no mercado para alimentar expansão.

A startup portuguesa AssetFloow, especialista em Inteligência Artificial Comportamental e Preditiva, avançou para os Estados Unidos e está a planear ainda para este ano uma nova ronda de financiamento para dar energia à expansão para novos mercados.

A entrada no mercado norte-americano decorre da parceria com a a Pompeian e Sodexo. “A AssetFloow planeia expandir a sua rede de clientes nos EUA para além da Pompeian (retalho) e da Sodexo (serviços de alimentação e gestão de instalações), explorando setores como finanças, energia, farmacêutico e cadeia de abastecimento, onde a aplicação da nossa solução de IA comportamental e preditiva pode gerar valor significativo”, adianta Katya Ivanova Santos, CEO da AssetFloow, ao ECO.

“Recentemente o nosso modelo de IA preditivo tornou-se o mais preciso do mundo. Os nossos clientes na Europa usam para otimizar as operações, mais precisamente em retalho para reduzir problemas de inventário e estudar o comportamento dos clientes em loja”, acrescenta.

A entrada nos EUA passa igualmente por encontrar uma liderança para este mercado. “Para apoiar esta expansão, a AssetFloow planeia contratar um country manager nos EUA, que terá a responsabilidade de gerir a integração da empresa no mercado local, estabelecer laços fortes com stakeholders chave e construir uma equipa de vendas direcionada ao mercado norte-americano”, adianta a CEO.

Portugal manter-se-á como a sede da empresa. A startup pretende “manter a sua sede e uma equipa de I&D em Portugal, pequena até 15 pessoas, ao mesmo tempo em que forma parcerias estratégicas comerciais para entrada em novos mercados”, assegura Katya Ivanova Santos.

Depois de em março do ano passado a startup ter obtido um investimento de 1,5 milhões da GED Ventures Portugal, está “a planear uma nova ronda de investimento para o final deste ano”, adianta a CEO, sem revelar valores.

“Este investimento pretende não apenas fortalecer a equipa, mas também possibilitar a entrada em novas indústrias, reforçar a presença europeia e impulsionar a expansão nos EUA.

“A AssetFloow não vê esta expansão apenas como um crescimento geográfico, mas como uma oportunidade para liderar na inovação de IA em escala global. A entrada nos Estados Unidos é vista como um passo crucial para alcançar um impacto significativo em várias indústrias e consolidar a posição da empresa como líder em tecnologia de inteligência artificial preditiva e comportamental no cenário internacional”, refere a cofundadora.

Hoje, a startup atua na Europa (Portugal, Espanha, Reino Unido, Itália) e no Brasil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cristiano Ronaldo faz “investimento significativo” na americana Whoop

Cristiano Ronaldo torna-se embaixador e investidor da Whoop, uma empresa americana de performance desportiva que desde 2012 angariou investimento de mais de 400 milhões de dólares de venture capital.

Cristiano Ronaldo anunciou uma nova parceria estratégica com a Whoop, uma empresa de performance desportiva, tornando-se embaixador global e investidor nesta empresa norte-americana fundada em 2012 e que até à data conta com mais de 400 milhões de euros de investimentos de venture capital.

A parceria foi anunciada pelo atleta numa transmissão ao vivo no Instagram e, segundo a Whoop, “este é um dos investimentos mais significativos de Ronaldo até à data”, refere a empresa em comunicado sem avançar valores.

“O sucesso de Cristiano tem sido construído com base numa obsessão por desempenhar ao mais alto nível”, afirmou Will Ahmed, fundador e CEO da Whoop. “Estamos entusiasmados por colaborar com ele para partilhar insights inéditos sobre os seus métodos de treino e recuperação, e para desenvolver produtos que melhorem a experiência Whoop para os nossos membros”.

Ronaldo, que já era utilizador dos aparelhos da Whoop há vários anos, expressou também o seu entusiasmo em fortalecer esta relação com a empresa. “A Whoop teve um impacto transformador na minha vida, tanto dentro como fora do campo”, afirmou o jogador do Al-Nassr, da Arábia Saudita, e capitão da seleção de Portugal.

“Estou ansioso por trabalhar com a Whoop para continuar a elevar o nível das suas funcionalidades e do seu coaching”, destacou ainda o futebolista que se junta agora como embaixador da marca a outros atletas, como Patrick Mahomes, Michael Phelps, Eli Manning e Rory McIlroy.

Esta parceria com a Whoop coincide com a expansão da Whoop para novos mercados, incluindo a região do Golfo e países como Hong Kong, Israel, Coreia e Taiwan. Além disso, a empresa revela que vai começar a comercializar os seus produtos na Índia, México e Brasil, ampliando significativamente o seu alcance global.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UE aprova plano para pagamentos regulares à Ucrânia até 2027 num total de 50 mil milhões

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

O Mecanismo de Apoio à Ucrânia, que entrou em vigor a 1 de março de 2024, prevê até 50 mil milhões de euros em financiamento estável, sob a forma de subvenções e empréstimos.

Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram hoje um plano com 69 reformas e 10 investimentos na Ucrânia até 2027, no âmbito do Mecanismo de Apoio de 50 mil milhões de euros, prevendo “pagamentos regulares” ao país.

“O Conselho adotou hoje uma decisão de execução que avalia positivamente o Plano para a Ucrânia, que define as intenções do Governo da Ucrânia no que se refere à recuperação, reconstrução e modernização do país, bem como as reformas que tenciona empreender no âmbito do seu processo de adesão à UE nos próximos quatro anos”, indica, em comunicado, a instituição os países comunitários.

A ‘luz verde’ foi dada na reunião dos ministros das Finanças da UE, hoje em Bruxelas e na qual Portugal esteve representado pelo governante da tutela, Joaquim Miranda Sarmento, estando em causa o plano previamente aceite pela Comissão Europeia com 69 reformas e 10 investimentos na Ucrânia até 2027, que obrigam ao cumprimento de 146 indicadores para apoio financeiro da UE.

“O Conselho considerou, em especial, que, graças a este plano, a Ucrânia preenche a condição prévia para a concessão de apoio ao abrigo do Mecanismo de Apoio à Ucrânia – até 50 mil milhões de euros -, e que agora podem começar a ser executados pagamentos regulares“, assinala.

Sublinhando que “os pagamentos europeus à Ucrânia serão efetuados sob reserva da implementação das reformas”, o Conselho da UE destaca “um potencial significativo” para reforçar o crescimento, manter a estabilidade macroeconómica, melhorar a situação orçamental e apoiar a maior integração da Ucrânia na UE.

Com este aval de hoje dos ministros, a Comissão Europeia pode avançar 1,89 mil milhões de euros em pré-financiamento até ao início dos desembolsos regulares associados à aplicação dos indicadores de reforma e investimento no âmbito do Plano para a Ucrânia.

Em causa está o novo Plano para a Ucrânia para os próximos quatro anos, ao abrigo do Mecanismo de Apoio à Ucrânia da UE, que visa uma ajuda financeira regular ao país para manter a administração em funcionamento, pagar salários e pensões, prestar serviços públicos e para se reconstruir, enquanto se continua a defender da invasão russa.

O Mecanismo de Apoio à Ucrânia, que entrou em vigor em 01 de março de 2024, prevê até 50 mil milhões de euros em financiamento estável, sob a forma de subvenções e empréstimos, para apoiar a recuperação, a reconstrução e a modernização da Ucrânia no período de 2024 a 2027.

Deste montante, 32 mil milhões de euros do Mecanismo de Apoio à Ucrânia destinam-se, a título indicativo, a apoiar as reformas e os investimentos previstos no Plano para a Ucrânia, estando os desembolsos condicionados ao cumprimento dos indicadores identificados.

Desde a sua entrada em vigor, o Mecanismo de Apoio à Ucrânia já permitiu mobilizar seis mil milhões de euros a título de financiamento intercalar, após o cumprimento das condições políticas acordadas.

Cálculos de Bruxelas estimam que, se todas as reformas e investimentos propostos forem aplicados, o Produto Interno Bruto (PIB) da Ucrânia poderá registar um aumento de 6,2% até 2027 e de 14,2% até 2040.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor desce a três, a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

A taxa Euribor desceu nos três prazos: a três meses para 3,824%; a seis meses para 3,799%; e a 12 meses para 3,638%.

A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira. Com estas alterações, a Euribor a três meses, que baixou para 3,824%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,799%) e da taxa a 12 meses (3,638%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, recuou esta terça-feira para 3,799%, menos 0,001 pontos, depois de ter subido em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,3% e 24,9%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, caiu esta terça-feira, para 3,638%, menos 0,016 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,824%, menos 0,004 pontos, depois de ter avançado em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 6 de junho em Frankfurt.

A média da Euribor em abril desceu nos três prazos, designadamente 0,037 pontos para 3,886% a três meses (contra 3,923% em março), 0,056 pontos para 3,839% a seis meses (contra 3,895%) e 0,016 pontos para 3,702% a 12 meses (contra 3,718%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.