“Aumento da pressão” sobre Taiwan na agenda da visita de representante da Casa Branca a Pequim

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Nas conversações da próxima semana, Jake Sullivan irá manifestar “preocupações” sobre o “aumento da pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan”.

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, desloca-se a Pequim na próxima semana para se reunir com altos funcionários, levando uma mensagem conciliatória, mas também preocupação com o aumento da pressão sobre Taiwan. Um alto funcionário da Casa Branca afirmou à imprensa que, nas conversações da próxima semana, serão manifestadas “preocupações” sobre o “aumento da pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan”.

Essas são atividades “desestabilizadoras” e coloca-se o “risco de uma escalada”, pelo que os norte-americanos vão continuar a instar Pequim a “encetar um diálogo significativo com Taipé”, afirmou a mesma fonte, reiterando que Washington continua a seguir a “política de uma só China”.

“Opomo-nos a alterações unilaterais do ‘status quo’ por qualquer das partes. Não apoiamos a independência de Taiwan e esperamos que as diferenças entre as duas margens do Estreito sejam resolvidas facilmente”, acrescentou.

Desde maio, após a tomada de posse do Presidente taiwanês, William Lai (Lai Ching-te) – descrito como um agitador por Pequim -, a China tem apertado ainda mais o cerco militar em torno da ilha, um território governado autonomamente desde 1949 e considerado pelas autoridades de Pequim como uma “província rebelde” e cuja “reunificação” não exclui o uso da força.

A viagem de Sullivan a Pequim decorre entre 27 e 29 de agosto e deverá incluir uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, naquele que será o quinto encontro entre os dois. A viagem foi programada há meses e integra uma série de reuniões entre altos funcionários dos dois países para reforçar as relações, depois de momentos turbulentos após a visita a Taipé, em agosto de 2022, da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

“A diplomacia e os canais de comunicação dos EUA não indicam uma mudança de abordagem em relação à República Popular da China. Esta é uma relação intensamente competitiva (…) mas estamos empenhados em gerir esta competição de forma responsável e evitar que se transforme em conflito”, acrescentou hoje o alto funcionário. Além de Taiwan, outros pontos da reunião passam por “questões-chave” como o tráfico de droga, a segurança e a inteligência artificial.

Sullivan irá também abordar o apoio da China à base industrial de defesa da Rússia, as tensões no Mar do Sul da China, o Irão e a crise no Médio Oriente. Desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, Washington impôs sanções específicas, incluindo a empresas chinesas que vendem semicondutores a Moscovo, como parte de um esforço para enfraquecer a máquina militar russa.

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Afinal, passe ferroviário não é “para todos os comboios urbanos”. Áreas metropolitanas de Lisboa e Porto excluídas

Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas esclarece que os comboios urbanos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto não serão abrangidos pela novo passe ferroviário.

O novo passe ferroviário anunciado pelo primeiro-ministro, afinal, não vai abranger “todos os comboios urbanos” tal como sugerido por Luís Montenegro. Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH) confirma ao ECO que a revisão deste passe ferroviário vai deixar de fora os comboios urbanos da Área Metropolitana de Lisboa e do Porto (AML e AMP), uma vez que estes utentes já beneficiam do passe intermodal.

O passe ferroviário não se destina a deslocações dentro das Áreas Metropolitanas, onde existem títulos intermodais, que asseguram a mobilidade a todos os meios de transporte público coletivo disponíveis, a baixo custo”, informa ao ECO fonte oficial do gabinete de Miguel Pinto Luz.

Assim, os utentes que paguem o passe mensal combinado de 30 euros (Navegante Municipal) ou de 40 euros (Navegante Metropolitano) para as deslocações dentro da AML e AMP não poderão beneficiar do novo passe ferroviário, que passará a ter um custo de 20 euros por mês, dado que estas duas zonas não serão abrangidas pela nova modalidade. Até porque, este novo passe ferroviário não permitirá acumular viagens de metro e de autocarro, ao contrário do passe intermodal, tal como já tinha avançado o Jornal de Notícias.

“Os passes intermodais permitem que os utentes possam deslocar-se nas respetivas áreas metropolitanas em vários transportes, nomeadamente em empresas privadas. Nesse sentido, o passe ferroviário aplica-se aos comboios da CP, em todo o país, exceto no Alfa Pendular e nos passes intermodais”, explica fonte oficial do MIH.

“Nós vamos decidir a criação de um passe ferroviário que tem um custo de 20 euros mensais e dará a possibilidade de acesso, durante um mês, a todos os comboios urbanos, a todos os comboios regionais, a todos os comboios inter-regionais e também à rede do intercidades“, anunciou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a 14 de agosto, na festa do Pontal. “Não é uma benesse. É um investimento nas pessoas, no ambiente, no futuro”, acrescentou o chefe do Governo.

As informações sobre este novo passe ferroviário são escassas, para já, mas deverão ser conhecidas “em breve” quando o Governo apresentar “um pacote de medidas sobre mobilidade” que está, neste momento, “em preparação”.

Do pouco que se sabe, é que quando entrar em vigor (não se sabe se será já este ano), esta medida revogará o passe ferroviário de 49 euros, que passa a ser de 20 euros, e abrangerá, além dos comboios regionais, os comboios inter-regionais, urbanos e intercidades, com exceção do Alfa Pendular. O serviço será “alargado a algumas zonas atualmente não abrangidas pelos passes intermodais”, mas ao ECO, fonte oficial do MIH não avançou mais detalhes. Atualmente, o passe ferroviário nacional conta com cerca de 13 mil passageiros.

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Lucro do setor empresarial do Estado sobe 69% no segundo trimestre

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Os resultados são suportados, sobretudo, pelas empresas do setor financeiro, sendo que as não financeiras registaram, no segundo trimestre, prejuízos agregados de 350 milhões de euros.

O setor empresarial do Estado registou, no segundo trimestre deste ano, resultados líquidos de 582,5 milhões de euros, um aumento homólogo de 69%, segundo dados divulgados pela Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM).

Os resultados são suportados, sobretudo, pelas empresas do setor financeiro, sendo que as não financeiras registaram, no segundo trimestre, prejuízos agregados de 350 milhões de euros, um agravamento de 13% em relação a 2023. As sociedades da área financeira, por sua vez, obtiveram lucros de 932,6 milhões de euros, um crescimento de 43%, detalhou a UTAM.

O organismo, que analisou, no segundo trimestre, 108 empresas financeiras e não financeiras, face às 117 que tinha analisado no trimestre anterior, devido a problemas com a informação das restantes, deu ainda conta de uma receita total de 9,7 mil milhões de euros, um aumento de 33% em relação ao segundo trimestre de 2023.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu 1,5 mil milhões de euros, crescendo 25% em relação ao período homólogo. Segundo a UTAM, o endividamento destas sociedades desceu 17%, para 19,3 mil milhões de euros, sendo que as empresas não financeiras são responsáveis pela maior parte deste valor, que, ainda assim, desceu 21%, para 16,5 mil milhões de euros.

No caso das financeiras, o endividamento aumentou 24%, para 2,7 mil milhões de euros. A UTAM revelou ainda os resultados do primeiro trimestre, no qual analisou 117 sociedades, com um lucro agregado de 461,6 milhões de euros, quase o quádruplo face ao registado no primeiro trimestre de 2023.

Nos primeiros três meses do ano, o setor não financeiro conseguiu obter lucros, de 33,7 milhões de euros, recuperando face aos prejuízos de mais de 200 milhões de euros do trimestre homólogo. A área financeira, por sua vez, registou lucros, no primeiro trimestre, de 427,8 milhões de euros, um aumento de 31%.

A informação usada pela UTAM é a que consta do Sistema de Recolha de Informação Económica e Financeira (SiRIEF), da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), que cobre a totalidade das empresas do setor empresarial do Estado, em que este “tem influência dominante e o acionista é a DGTF ou uma empresa por si detida, direta ou indiretamente”, tendo sido atualizada em 19 de agosto de 2024, segundo o site da UTAM.

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Travessia entre Trafaria e Porto Brandão suspensa por dois meses a partir de sábado

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

A Transtejo Soflusa explica que a suspensão do serviço até 22 de outubro se prende com obras de requalificação da Estação Fluvial da Trafaria.

A travessia fluvial entre a Trafaria e o Porto Brandão, concelho de Almada, vai estar suspensa a partir de sábado, durante dois meses, ficando assegurada a travessia de passageiros e veículos entre Porto Brandão e Belém (Lisboa).

Em comunicado, a transportadora Transtejo Soflusa (TTSL) explica que a suspensão do serviço até 22 de outubro se prende com obras de requalificação da Estação Fluvial da Trafaria, infraestrutura que a empresa considera “fundamental no garante da operacionalidade da ligação fluvial Trafaria – Porto Brandão – Belém”, e que tiveram início no dia 5 de agosto.

Para minimizar o impacto desta alteração será ativada uma rede de transportes alternativos – o transfer rodoviário entre a Trafaria e Porto Brandão, com capacidade para 50 passageiros e com partida 30 minutos antes de cada carreira fluvial de Porto Brandão-Belém.

Entre Porto Brandão e a Trafaria o transfer terá partida após o desembarque de cada carreira fluvial Belém – Porto Brandão. A empresa adianta que existem ainda o serviço regular da Carris Metropolitana (linhas 3034 e 3038) e a ligação fluvial Cacilhas (concelho de Almada) – Cais do Sodré (Lisboa).

O título de transporte válido na ligação fluvial Trafaria- Porto Brandão-Belém é igualmente válido na ligação fluvial de Cacilhas. A Transtejo Soflusa é responsável pelas ligações fluviais no Tejo entre os distritos de Lisboa e Setúbal.

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Reunião do BCE em setembro será “fácil”, já a de outubro será “engraçada”, diz Centeno

Governador do Banco de Portugal considerou que a próxima decisão do BCE sobre o corte dos juros será "fácil" e destacou que a economia da zona euro não está a crescer.

O governador do Banco de Portugal (BCE) disse esta sexta-feira que a reunião do Banco Central Europeu (BCE) de setembro será “fácil” e a de outubro “engraçada”. Em declarações à Bloomberg TV, à margem do simpósio anual de Jackson Hole, nos EUA, Mário Centeno garantiu ainda que o banco central está a trabalhar para evitar que se regresse a taxas de juro negativas no futuro.

“É claro que o movimento mais provável em termos de política monetária é continuar a cortar as taxas, disse, momentos antes do discurso do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell. Para Centeno, “setembro é fácil, outubro será uma reunião engraçada”, disse, realçando que o BCE “olha sempre para os dados como um todo”, avaliando “tendências” e não apenas um dado isolado, mas realçou, ainda assim, que “a economia europeia não está a crescer”.

Para Centeno, o banco central deve procurar reduzir a inflação com “o menor sacrifício possível” e considerou que é necessária maior coordenação entre política monetária e orçamental. Questionado sobre se no futuro a zona euro irá voltar a ter taxas de juro negativas, o governador garantiu que o BCE não o quer e que está “a trabalhar seriamente para o evitar”.

As declarações de Centeno ocorreram minutos antes do aguardado discurso de Powell esta sexta-feira no simpósio anual da Fed, em Jackson Hole, na qual afirmou que “chegou o momento para a política ajustar”. “A direção a seguir é clara e o momento e o ritmo dos cortes nas taxas dependerão dos dados recebidos, da evolução das perspetivas e do equilíbrio dos riscos”, disse.

O BCE decidiu manter as taxas diretoras inalteradas na reunião de julho, após em junho ter efetuado o primeiro corte das taxas de juro em quase cinco anos. A decisão não foi uma surpresa pelo mercado que já antecipava esta decisão. Desta forma, a taxa de facilidade permanente de depósito mantém-se nos 3,75% enquanto a taxa de juro aplicada às operações principais de refinanciamento e a taxa de juro aplicada à facilidade permanente de cedência de liquidez permanecem nos 4,25% e 4,50%, respetivamente.

As atas da última reunião do BCE, divulgadas na quinta-feira, indicam que o Conselho de Governadores considerou que a reunião de setembro irá ser “um bom momento para reavaliar o nível de restrição da política monetária”, abrindo assim a possibilidade a um corte de juros. Contudo, têm vindo a salientar a decisão será tomada com base em dados e o banco central irá manter os juros “suficientemente restritivos durante o tempo necessário”.

Os dados mais recentes sobre os aumentos salariais também deram confiança aos analistas que o banco central irá avançar com um corte nos juros. No segundo trimestre, o aumento homólogo dos salários negociados no euro foi de 3,55%, o mais baixo desde o último trimestre de 2022, depois de terem subido 4,74% no primeiro trimestre.

(Notícia atualizada às 15h34)

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Powell abre porta à descida dos juros: “Chegou o momento” de ajustar a política monetária

Presidente da Fed anuncia descida das taxas de juro: "Chegou o momento". Timing e ritmo dos cortes nas taxas dependerão dos dados, defendeu Jerome Powell em Jackson Hole.

Mais claro não podia ser: o presidente da Reserva Federal (Fed) abriu definitivamente a porta à descida dos juros. “Chegou o momento de a política ajustar”, afirmou Jerome Powell no aguardado discurso desta sexta-feira no simpósio anual de Jackson Hole. “A direção a seguir é clara e o momento e o ritmo dos cortes nas taxas dependerão dos dados recebidos, da evolução das perspetivas e do equilíbrio dos riscos”, acrescentou Powell.

Powell deixou uma perspetiva sobre o atual estado da economia americana. “Continua a crescer a um ritmo sólido”. Mas os dados da inflação e do mercado de trabalho mostram uma situação em evolução, detalhou logo a seguir. Enquanto a pressão inflacionista aliviou, os riscos no mercado de trabalho aumentaram. E foi precisamente em relação a este último ponto que o presidente da Fed foi mais assertivo.

“Parece pouco provável que o mercado de trabalho seja uma fonte de pressões inflacionistas elevadas num futuro próximo. Não procuramos nem acolhemos com satisfação um maior arrefecimento das condições do mercado de trabalho“, avisou numa intervenção que durou cerca de 15 minutos.

Chegou o momento de a política ajustar. A direção a seguir é clara e o momento e o ritmo dos cortes nas taxas dependerão dos dados recebidos, da evolução das perspetivas e do equilíbrio dos riscos.

Jerome Powell

Presidente da Fed

Inflação e emprego são as duas metas da Fed. Em relação à inflação, Powell disse que “desceu significativamente” e mostrou-se agora mais confiante de que está “num caminho sustentável de volta aos 2%”, depois de ter escalado para cerca de 7% no período que se seguiu à pandemia.

Já a deterioração do mercado de trabalho deixou a taxa de desemprego perto ao nível que as autoridades da Fed consideram consistente com uma inflação estável a longo prazo.

“Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para apoiar um mercado de trabalho forte à medida que progredimos em direção à estabilidade de preços. Com uma redução adequada da contenção política, há boas razões para pensar que a economia voltará a uma inflação de 2%, mantendo ao mesmo tempo um mercado de trabalho forte.”

Após as palavras iniciais do presidente da Fed, Wall Street reforçou os ganhos da abertura, com o S&P 500 a somar 1% e o Nasdaq a subir 1,5%, sendo que o mercado já estava a antecipar uma redução das taxas na ordem dos 25 pontos base na reunião marcada para 17 e 18 de setembro. Aumentaram as apostas para um corte de 50 depois do discurso do alto responsável da Fed.

Atualmente, as taxas das Fed funds estão no nível mais elevado dos últimos 23 anos, no intervalo entre 5,25% e 5,5%. Outros bancos centrais já deram início à descida dos juros, incluindo o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco de Inglaterra.

(Notícia atualizada às 15h52)

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#17 As férias de Rita Nabeiro. Pensar só no vinho

CEO da Adega Mayor e administradora do Grupo Nabeiro sabe que nas férias de verão não pode desligar tanto por causa das vindimas, mas conta aproveitar o descanso para ganhar energia e novas ideias.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Rita Nabeiro aproveita as férias para “desconectar ainda mais dos ecrãs”, mas a música “nunca pode faltar” neste período de pausa. Que, por coincidir com as vindimas na Adega Mayor, faz com que a gestora tenha de esta atenta ao que se está a passar no terreno e “disponível para o que for necessário”. Nas férias de verão, a administradora executiva do grupo que detém a Delta tenta não pensar em trabalho ou refletir sobre decisões estratégicas, mas reconhece que “é nas alturas em que estamos mais serenos e disponíveis, que nos tornamos mais recetivos a estímulos”.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Estou a acabar de ler o livro “Let my people go surfing”, do Yvon Chouinard, fundador da Patagonia. Fala da história e filosofia desta marca inspiradora e é uma espécie de bíblia para uma gestão mais ética, inovadora e sustentável. Em paralelo, vou levar comigo a “Viagem do Elefante” do José Saramago e “Hans – Sob o peso das rodas”, do Herman Hesse.

Nos podcasts destaco o “What Now?” do Trevor Noah, o “Geração 80” e o “Fala com Ela”, que já está no ar há muitos anos. Não vejo muitas séries e, nas férias, aproveito para me desconectar ainda mais dos ecrãs, mas a música nunca pode faltar.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Se viajar para lugares mais longínquos e noutras alturas do ano, torna-se mais fácil desligar devido à diferença do fuso horário. Mas o verão coincide com o período de vindima na Adega Mayor, pelo que tento acompanhar o que se está a passar no terreno, mantendo-me atenta e disponível para o que for necessário, por parte da minha equipa.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Acredito que os períodos de descanso e recuperação são fundamentais. Nas férias procuro não pensar em trabalho ou refletir sobre decisões estratégicas. Não obstante, é nas alturas em que estamos mais serenos e disponíveis, que nos tornamos mais recetivos a estímulos. Por isso, não sendo intencional, costumo regressar com mais energia, novas ideias e, consequentemente, um olhar renovado sobre a minha realidade e os projetos em que estou envolvida.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Tendo em conta que em setembro o setor do vinho ainda estará em vindima, acredito que os temas mais marcantes serão as quantidades de produção. Estima-se que poderá haver um excedente e isso poderá marcar o ano. Mas sendo um setor muito exposto às condições meteorológicas, tudo pode mudar quando menos esperamos. Por isso, como diz o ditado, “até ao lavar dos cestos é vindima”.

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Incêndio na Madeira com apenas uma frente de fogo ativa e situação é “mais calma”

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, considera que situação está "mais calma". Persiste um pequeno foco de incêndio na zona norte do Pico Ruivo.

O incêndio que lavra na ilha da Madeira há dez dias regista apenas uma frente ativa, a norte do Pico Ruivo, indicou hoje de manhã o presidente do Governo Regional, sublinhando que a situação está “mais calma”.

Só temos neste momento um pequeno foco na zona norte do Pico Ruivo [concelho de Santana], na zona alta do Caldeirão do Inferno, e o que estamos a averiguar é se existem condições para o helicóptero atacar esse núcleo de fogo”, afirmou Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas no Pico do Areeiro, um dos mais altos da ilha.

Caso o helicóptero não possa atuar, devido ao vento forte que se faz sentir, prosseguirão as descargas dos Canadair “logo que as condições atmosféricas permitirem”, acrescentou.

Será mantida naquele local vigilância ativa para não haver propagação deste “núcleo” de fogo, assegurou.

Ainda de acordo com o presidente do Governo da Madeira, os Canadair que começaram a operar na quinta-feira na região, ao abrigo da ativação do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, efetuaram hoje de manhã quatro descargas, “duas junto ao Pico da Torre e ao Pico Ruivo e duas na zona alta da Lombada”.

Na zona da Lombada, concelho da Ponta do Sol, foram efetuadas hoje de manhã descargas “para arrefecer a zona, para não haver reacendimentos e, neste momento, não há focos ativos”, acrescentou.

Miguel Albuquerque frisou que a “situação está mais calma, a evolução do vento norte é também favorável neste momento”, acrescentando que os operacionais manter-se-ão no terreno nos próximos dias, “em zonas estratégicas”, de modo a evitar reacendimentos.

“Estamos num quadro, neste momento, muito mais favorável e vamos continuar a fazer o trabalho, a operação tem de ser sempre desencadeada com condições de segurança, portanto a operação tem de ser feita em função das condições atmosféricas”, realçou.

“O aumento do vento leva a alguma limitação, mas estamos com boas perspetivas neste momento”, reforçou o presidente do Governo Regional.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.002 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.

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40% dos pedidos de orçamento para obras ficam sem resposta. Setor fala em falta de mão-de-obra

  • ECO
  • 23 Agosto 2024

O aumento da procura por estes serviços, aliado à falta de mão-de-obra e ao encerramento das empresas para férias, faz com que muitos portugueses não consigam encontrar solução para as obras em casa.

Durante a época de verão, quatro em cada dez clientes que procuram empresas para obras em casa durante o verão não conseguem encontrar profissionais disponíveis. À elevada procura por estes serviços e ao encerramento das empresas para férias, junta-se o problema da falta de mão-de-obra.

As conclusões são de um estudo da Fixando, que aponta para um aumento de 19% na procura por serviços de obras em julho de 2024, face ao mês anterior, bem como para um crescimento estimado na ordem dos 15% para o terceiro trimestre, comparativamente ao segundo. No entanto, entre as empresas registadas na Fixando, apenas 16% estão a aceitar novos pedidos de orçamento.

Segundo o inquérito feito pela Fixando a 6.752 especialistas do setor, 62% dos profissionais justificam a escassez de oferta com a falta de mão-de-obra, naquele que é um problema crónico que se intensifica nos meses de verão.

A falta de mão-de-obra no setor da construção não é um problema novo, mas é agravada pela migração sazonal de trabalhadores para países como França e Suíça, onde os salários são mais atrativos”, explica Alice Nunes, diretora de novos negócios da Fixando, citada em comunicado.

Os clientes deparam-se ainda com a agravante do encerramento das empresas para férias. Entre as empresas inquiridas no estudo, 37% revelou encerrar para férias em agosto. Além disso, 19% observaram também que o encerramento de fornecedores na época de verão limita a sua capacidade de resposta.

A crescente imprevisibilidade climática é outro desafio destacado por alguns profissionais do setor, conforme refere Alice Nunes, que explica que as “temperaturas extremas e precipitação inesperada” prolongam os prazos das obras, o que inevitavelmente causa “atrasos em projetos subsequentes”.

Apoios à formação de mão-de-obra qualificada (65%) ou incentivos governamentais à contratação (40%) são as medidas apontadas pelos inquiridos que poderiam ajudar a reverter o cenário atual.

Na verdade, estas empresas fazem um apelo ao investimento na formação em ofícios como a carpintaria e alvenaria, bem como à promoção de estágios profissionais que possam atrair jovens para estas áreas. Sem um “esforço concertado, o desfasamento entre a oferta e a procura durante o verão poderá continuar a aumentar”, alertam.

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Combustíveis mais baratos na segunda. Gasóleo cai 3,5 cêntimos, gasolina baixa 4 cêntimos

  • ECO
  • 23 Agosto 2024

Litro do gasóleo vai cair para o valor mais baixo em mais de um ano. Já a gasolina baixa para mínimos de janeiro. Se puder, espere por segunda para encher o depósito do carro.

Se vai abastecer o depósito do carro e puder aguardar, espere por segunda-feira. Os preços dos combustíveis deverão ter uma forte baixa. O gasóleo deverá cair 3,5 cêntimos e a gasolina terá uma baixa de 4 cêntimos, segundo adiantou fonte do setor ao ECO.

Confirmando-se esta evolução, e tendo em conta os preços médios na passada segunda-feira divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o preço do gasóleo passar a custar 1,4947 euros por litro, o valor mais baixo em mais de um ano.

No caso da gasolina, o preço do litro cairá para 1,6491 euros, o valor mais baixo desde a primeira semana de janeiro.

Os preços ao consumidor final podem diferir de posto de abastecimento para posto de abastecimento.

A evolução dos preços dos combustíveis tem por base o comportamento da cotação do barril de petróleo e derivados nos mercados internacionais. A cotação do Brent caiu 2% esta semana, com o barril a custar 77,99 dólares ao final da manhã desta sexta, o valor mais baixo desde janeiro.

Dados fracos do mercado de trabalho nos EUA aumentaram as preocupações em relação à saúde do maior consumidor mundial de energia, perspetivando-se uma menor procura, segundo os analistas. Adicionalmente, o regresso das negociações de cessar-fogo em Gaza aliviou os receios no lado da oferta.

(Notícia atualizada às 13h18 com informação adiantada por fonte do setor ao ECO)

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Rádios cumprem quotas de música portuguesa confirma a ERC

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Na Rádio Comercial, Rádio Renascença e RFM verifica-se na generalidade a ultrapassagem da quota mínima de 25% ou 30% de música portuguesa.

A generalidade rádios de âmbito nacional, regional e local cumpriu ou ultrapassou as quotas de difusão de música portuguesa previstas na Lei da Rádio em 2023, de acordo com a análise do regulador dos media ERC hoje divulgada.

Em 2023, a generalidade dos serviços de programas de radiodifusão sonora de cobertura de âmbito nacional, regional e local cumpriu ou superou as quotas de difusão de música portuguesa previstas na Lei da Rádio”, refere a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), numa nota divulgada no seu ‘site’.

A análise “incidiu sobre os serviços de programas que estão ativos e inscritos na plataforma Portal das Rádios da ERC e considerou uma amostra mensal de cerca de 150 serviços de programas de cobertura local cuja comunicação de dados é regular, bem como a monitorização mensal do serviço de âmbito regional de cobertura sul (M80) e dos cinco serviços de âmbito nacional (Antena 1, Antena 3, Rádio Comercial, Rádio Renascença e RFM)”.

Segundo o regulador, nos serviços de programas radiofónicos de serviço público Antena 1 e Antena 3 “observou-se o cumprimento das obrigações legais a que estão sujeitos”. A Antena 1 “apresentou um cumprimento não inferior a 60%, quer no apuramento nas 24 horas de emissão, quer no período entre as 07:00 e as 20:00”, adianta.

“A difusão de música composta ou interpretada em língua portuguesa por cidadãos da União Europeia foi superior a 90% no total da emissão e uma média de 80% no período da emissão de maior audiência. No que se refere à obrigatoriedade de difusão de uma quota mínima de 35% de música recente, ou seja, editada nos últimos 12 meses, os apuramentos de 2023 evidenciam uma quota mensal quase sempre superior a 40%”, refere a ERC, na sua análise.

Na Antena 3, “os valores apurados indicam que, tanto no período das 24 horas de emissão como no período diário de maior audiência, são registados valores de difusão de música portuguesa superiores a 50%”.

“Em matéria de difusão de música composta ou interpretada em língua portuguesa por cidadãos da União Europeia, a Antena 3 apresentou valores que na generalidade cumprem ou superam a subquota de 60% nos dois períodos horários” e no que “diz respeito à difusão de música recente, a estação de rádio pública registou uma quebra face à observada em anos anteriores, recuperando a partir do mês de agosto, onde foi apurado o valor mais alto, 66,4%”.

Nos serviços de programas nacionais privados “Rádio Comercial, Rádio Renascença e RFM verifica-se na generalidade a ultrapassagem da quota mínima de 25% ou 30% de música portuguesa, tanto nas 24 horas de emissão, como no período das 7 às 20 horas, embora com alguns desvios”.

Relativamente à subquota de 60%, “os valores apurados para as 24 horas de emissão são amplamente cumpridos, tal como no período das 7 às 20 horas, registando a Rádio Renascença, mais uma vez, a percentagem mais elevada, 91,1%”.

A ERC salienta que “também se observou a difusão, em valores elevados, de música recente pela RFM e Rádio Comercial”, tendo a Rádio Renascença registado “a subida mais acentuada de sempre no valor de difusão de música recente, com uma média anual de 37,2%”.

Os dados apurados nos serviços de cobertura local “revelam percentagens de música portuguesa acima dos 90%, portanto, superiores aos 25% ou, desde setembro de 2023, 30% legalmente previstos”.

Mais de 90% das rádios locais “respeita a subquota de 60% dedicada a temas em língua portuguesa compostos ou interpretados por cidadãos dos Estados-membros da União Europeia”.

No serviço de programas de âmbito regional M80, “a ERC apurou percentagens superiores à quota mínima de música portuguesa nas 24 horas de emissão e no período das 7 às 20 horas, com valores acima de 30%”.

O regulador dos media recorda que este serviço de programas, “dadas as características do seu projeto programático, centrado essencialmente na divulgação de temas musicais dos anos 70, 80 e 90, encontra-se isento do cumprimento da quota de 35% de música recente”.

Encontram-se isentos do cumprimento integral das quotas de música 32 serviços de programas temáticos musicais, cuja programação musical assenta nos géneros Hip-hop/Rap/Urbana; Infantil, Jazz/Blues, Dance e Clássica, adianta.

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Portugal tem quase 14 mil bombeiros profissionais. Está em nono lugar na tabela europeia

No conjunto da União Europeia, há mais de 362 mil bombeiros profissionais, dos quais cerca de 14 mil estão em Portugal. É na Alemanha, França e Espanha que se encontram mais destes profissionais.

O número de bombeiros profissionais na União Europeia aumentou no último ano, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. Em causa estão cerca de 362 mil profissionais, o equivalente a 0,18% do total de pessoas empregadas nos países do bloco comunitário. Portugal conta com 13,7 mil bombeiros profissionais, estando em nono lugar entre os vários Estados-membros.

“Em 2023, havia 362.400 bombeiros profissionais na União Europeia, que representam 0,18% do emprego total. Em comparação com 2022, o número de bombeiros aumentou em 3.200 indivíduos“, explica o gabinete de estatísticas, numa nota publicada esta manhã.

Desse total de bombeiros profissionais, mais de sete em cada dez (61%) têm entre 30 e 49 anos. “Entre eles, o maior subgrupo é aquele que reúne os bombeiros com 40 a 44 anos (65.600 indivíduos), seguido daqueles têm entre 35 e 39 anos (59.100 bombeiros).

Já entre os vários Estados-membros, é a Alemanha que conta com o maior número de bombeiros profissionais: 61,7 mil. Segue-se França (47,7 mil bombeiros) e Espanha (42,1 mil bombeiros). Portugal, com 13,7 mil bombeiros profissionais, aparece em nono lugar nessa tabela.

Alemanha é o país da UE com mais bombeiros profissionais

Fonte: Eurostat

Por outro lado, se tivermos em conta não o total de bombeiros, mas o seu peso no emprego total dos países, é a Croácia que se destaca: 0,49% dos trabalhadores desse país são bombeiros profissionais, a fatia mais expressiva entre os Estados-membros para os quais há dados. A completar o pódio estão a Estónia e a Grécia (ambos com 0,39% do total do emprego).

Já na Holanda só 0,05% das pessoas empregadas são bombeiros profissionais, sendo essa a fatia mais magra da União Europeia. Na base da tabela, estão ainda a Finlândia, a Eslovénia e a Suécia (todos com 0,13% do total do emprego).

Nesse indicador, Portugal consegue o oitavo lugar da tabela, já que 0,27% dos trabalhadores registados no mercado de trabalho nacional são bombeiros profissionais.

Só 0,3% dos gastos do Estado português são com proteção contra o fogo

A nota divulgada esta manhã pelo Eurostat dá conta também dos gastos dos diversos governos dos países da UE com serviços de proteção contra o fogo, sendo que, no total dos 27 Estados-membros, foram despendidos 37,8 mil milhões de euros em 2022, mais 7,8% do que no ano anterior.

“A fatia dos gastos totais dos governos dedicados aos serviços de proteção contra o fogo foi de 0,5%. De modo global, esse peso tem estado estável desde 2016”, salienta o Eurostat.

Mas há diferenças importantes entre os países. Enquanto na Roménia, 0,7% dos gastos totais do governo foram dedicados à proteção contra o fogo, na Dinamarca a fatia foi de apenas 0,1%.

Também na base da tabela, com 0,3% dos gastos totais dedicados a estes serviços, aparecem Malta, Eslovénia, Áustria e Portugal.

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