PSD propõe agravamento das penas para ‘okupas’

Para os casos onde seja utilizada violência ou se verifique em habitações permanentes, os sociais-democratas propõem uma pena de prisão até três anos. Proposta prevê ainda a punibilidade da tentativa.

O PSD quer criminalizar a ocupação ilegal de imóveis e agravar a pena aplicada aos ‘okupas’. Para os casos onde seja utilizada violência ou se verifique em habitações permanentes, os sociais-democratas propõem uma pena de prisão até três anos, enquanto para quem o atua profissionalmente a pena de prisão proposta chega aos quatro anos.

Na proposta que deu entrada esta sexta-feira no Parlamento, o grupo parlamentar do PSD explica que quer “reforçar a tutela penal de modo a prevenir estas situações ilegítimas”, que diz têm vindo a crescer.

Neste sentido, propõe “a criminalização da conduta de quem invadir ou ocupar coisa imóvel alheia, com intenção de exercer direito de propriedade, posse, uso ou servidão não tutelados por lei, sentença ou ato administrativo, punindo-a com pena de prisão até dois anos ou pena de multa até 240 dias”.

Paralelamente, prevê uma “agravação da pena, com pena de prisão até três anos ou pena de multa, quando os factos forem exercidos por meio de violência ou incidirem sobre imóvel destinado à habitação própria e permanente”, bem como “a agravação da pena, com pena de prisão de um a quatro anos, quando o agente atuar profissionalmente ou com intenção lucrativa”.

A proposta estipula ainda que as alterações ao Código Penal passam a incluir “a punibilidade da tentativa” e “o poder-dever de o juiz de instrução criminal, se houver fortes indícios da prática do crime de usurpação de coisa imóvel, impor ao arguido a obrigação de restituição imediata do imóvel ao respetivo proprietário”.

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UE investe 852 milhões de euros em projetos de baterias para carros elétricos

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

A Comissão vai apoiar um total de 852 milhões de euros seis projetos "pioneiros na produção de baterias para veículos elétricos

A União Europeia vai investir 852 milhões de euros em seis projetos relacionados com baterias para veículos elétricos, com o propósito de “apoiar a inovação”, parte da estratégia de competitividade do bloco comunitário.

Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a Comissão Europeia anunciou que vai apoiar com um total de 852 milhões de euros seis projetos “pioneiros na produção de baterias para veículos elétricos”. Os acordos para financiamento têm de ser assinados nos últimos três meses de 2025.

O valor vem do Fundo para a Inovação com base num projeto lançado em dezembro do ano passado, com o propósito de estimular o investimento na UE neste mercado, reforçando a competitividade dos países europeus.

As propostas apoiadas não são só para o fabrico específico de baterias, incluem outras técnicas de produção e tecnologias.

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Mais de 500 testemunhas na Operação Marquês. Sócrates chama Costa para quebrar silêncio

O testemunho do presidente do Conselho Europeu foi pedido por Sócrates, na Operação Marquês, por entender que há uma necessidade de repor a verdade sobre a forma como este conheceu Manuel Pinho.

“Convoco António Costa para que esta verdade seja clara, foi ele que me apresentou Manuel Pinho. É profundamente lamentável que António Costa estivesse calado durante todos estes anos sobre essa verdade. Podia ter dito imediatamente, tudo isto que o Ministério Público disse não é verdadeiro”. As palavras são de José Sócrates, o principal arguido da Operação Marquês e que, na quinta-feira, à saída da primeira sessão de julgamento, explicava as razões de António Costa, ex-primeiro ministro e ex-secretário geral do PS – tal como Sócrates – ter sido arrolado como testemunha.

Vocês sabem a razão, porque foi Costa quem me apresentou a Manuel Pinho e não foi o Ricardo Salgado nem nenhuma destas personalidades que estão neste processo. A nossa relação começou quando Costa mo apresentou”, concluiu.

“E António Costa podia ter dito isso durante este tempo todo. Mas isso são águas passadas, talvez me tivesse causado algum sofrimento mas passou, isso já foi há dez anos”, referindo-se ao afastamento de António Costa desde que Sócrates foi detido no aeroporto de Lisboa, em novembro de 2014. Para terça-feira está marcada a segunda sessão de julgamento em que está previsto que Sócrates preste declarações.

O ex-primeiro-ministro José Sócrates, à chegada ao Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, no dia do início do julgamento do processo Operação Marques, mais de uma década depois de ter vindo a público o caso que acusa o ex-primeiro-ministro de corrupção.Hugo Amaral/ECO

No total, são mais de 500 as testemunhas que irão estar na sala de julgamento – a prestar declarações perante a juíza presidente do coletivo, Susana Seca. José Sócrates justificou ainda a presença nessa lista de uma das mais mediáticas testemunhas, António Costa, a quem acusou de “covardia”.

Em 2005, com o governo de Santana Lopes demitido pelo presidente, à data, Jorge Sampaio, José Sócrates conseguiu a primeira maioria absoluta para o PS. Seguia-se apenas a maioria de António Costa, mas o primeiro político a consegui-la, e logo em dose dupla, foi Cavaco Silva, nos anos 90.

Assim, o ex-líder do PS leva pelo menos 42 testemunhas a tribunal. Além de António Costa, haverá mais figuras mediáticas a falar na lista que contempla ainda outros ex-ministros e ex-secretários de Estado. Dessas quase 500, 229 foram arroladas pelo Ministério Público,

Sócrates também arrolou como testemunha Vítor Escária, antigo chefe do gabinete do atual presidente do Conselho Europeu e arguido na Operação Influencer. Sócrates chama ainda a tribunal Manuel Pinho, que foi seu ministro da Economia e Inovação e que, segundo o ex-primeiro-ministro, só conheceu por intermédio de António Costa.

Para além de Escária, Fernando Teixeira dos Santos, antigo ministro das Finanças; Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação; Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas; António Mendonça, também das Obras Públicas; Jorge Lacão, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares fazem parte da lista.

Mas é Zeinal Bava que pede o maior número de testemunhas de todos os 21 arguidos. Estão arroladas 48 como Rodrigo Araújo Costa, atual presidente da REN e ex-presidente da PT Multimédia; Jorge Tomé, ex-administrador da PT e ex-presidente do BANIF, Joaquim Goes, ex-administrador do BES; e Duarte Paulo Azevedo, ex-presidente da Sonae.

O ex-diretor da extinta Portugal Telecom, Zeinal Bava (D), chega ao Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus de Justiça, em Lisboa, Portugal, a 3 de julho de 2025. EPA/MIGUEL A. LOPESEPA/MIGUEL A. LOPES

A detenção que surpreendeu o país: já lá vão mais de 10 anos

Mais de dez anos depois da detenção que surpreendeu o País, arrancou na quinta-feira, no Campus de Justiça, o julgamento do processo Operação Marquês que tem como principal arguido o antigo primeiro-ministro José Sócrates, que está acusado de 22 crimes – três de corrupção, 13 de branqueamento de capitais e seis de fraude fiscal.

Estão em causa 117 crimes, incluindo corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal, pelos quais serão julgados os 21 arguidos neste processo. Para já, estão marcadas 53 sessões que se estendem até ao final deste ano, devendo no futuro ser feita a marcação das seguintes. Durante este julgamento serão ouvidas 225 testemunhas chamadas pelo Ministério Público e cerca de 20 chamadas pela defesa de cada um dos 21 arguidos.

O empresário e amigo do antigo primeiro-ministro, Carlos Santos Silva, é o arguido com mais crimes imputados pela acusação do Ministério Público, respondendo por 23 crimes, contra os 33 iniciais, entre eles um de corrupção passiva de titular de cargo político, um de corrupção ativa, 14 de branqueamento de capitais e sete de fraude fiscal qualificada.

Entre o rol de arguidos estão ainda o ex-banqueiro do extinto Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, que responde por três crimes de corrupção ativa, um dos quais de titular de cargo político, e oito crimes de branqueamento de capitais. Ricardo Salgado já respondeu em tribunal num processo extraído da Operação Marquês, tendo sido condenado por abuso de confiança a oito anos de prisão efetiva, uma pena cujo cumprimento ficou condicionado à avaliação da condição de saúde do ex-banqueiro, diagnosticado com Alzheimer.

Outro dos arguidos já condenados em processos extraídos do processo principal é Armando Vara, ex-ministro de António Guterres e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, que no processo principal vai responder por um crime de corrupção passiva de titular de cargo político e um crime de branqueamento de capitais.

Vão ainda responder perante o coletivo, liderado por Susana Seca, dois ex-administradores da extinta Portugal Telecom, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, Rui Horta e Costa, ex-administrador do empreendimento de luxo no Algarve Vale de Lobo, o empresário luso-angolano Helder Bataglia, o primo de Sócrates, José Pinto de Sousa, a ex-mulher do antigo primeiro-ministro, Sofia Fava, assim como o ex-motorista do antigo governante, João Perna.

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Ex-administrador despedido por justa causa põe Novobanco em tribunal

Carlos Brandão foi demitido do Novobanco no início do ano por conta de operações financeiras suspeitas na "esfera pessoal" que motivaram participação ao Ministério Público.

O ex-administrador do Novobanco Carlos Brandão avançou para tribunal para contestar o seu despedimento por justa causa no início do ano, na sequência de operações financeiras suspeitas realizadas na “esfera pessoal” e que motivaram uma participação do banco junto do Ministério Público.

Carlos Brandão colocou uma ação de impugnação da regularidade e licitude do despedimento no Tribunal da Comarca de Lisboa no início do mês, avança o jornal Público e confirmou o ECO no portal Citius.

O Novobanco anunciou a 7 de janeiro a destituição com justa causa de Carlos Brandão do cargo de membro do conselho de administração, depois de ter tido conhecimento de “operações financeiras suspeitas realizadas na sua esfera pessoal, as quais deram origem a uma denúncia às autoridades”.

Essas operações haviam sido detetadas três meses antes, mas o banco optou por manter o gestor em funções “para não interferir com a investigação do Ministério Público”.

O Ministério Público esclareceu posteriormente que estão em causa factos que podem constituir a prática de crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação por parte do agora ex-administrador do Novobanco. Carlos Brandão e a mulher foram constituídos arguidos.

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José Luís Carneiro vai terminar mandato que ficou vago com saída de Pedro Nuno

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

 Eurico Brilhante Dias explica que "o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, terminará o mandato que ficou vago aquando da saída de Pedro Nuno Santos".

O líder parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias, afirmou esta sexta-feira que o novo líder do PS, José Luís Carneiro, vai terminar o mandato de dois anos que ficou vago aquando da demissão do seu antecessor, Pedro Nuno Santos.

Esta posição foi transmitida por Eurico Brilhante Dias, em conferência de imprensa, depois de confrontado com a notícia do semanário Expresso, segundo a qual o PS estará “num imbróglio estatutário”, já que José Luís Carneiro é apenas líder intercalar e “terá de ser novamente eleito – e desta vez sendo o processo acompanhado de um congresso”.

O presidente do Grupo Parlamentar do PS manifestou surpresa por essa notícia ter sido “primeira página” no jornal, “porque essa foi a decisão que a Comissão Nacional do PS tomou”.

A Comissão Nacional do PS tomou uma decisão de abrir um processo eleitoral para a vacatura do [anterior] secretário-geral”, Pedro Nuno Santos, que se demitiu do cargo na sequência da derrota nas últimas eleições legislativas. De acordo com Eurico Brilhante Dias, essa vacatura, resultante da demissão do anterior líder, “terminou com a eleição do secretário-geral do PS – e só isso”.

“Portanto, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, terminará o mandato que ficou vago aquando da saída de Pedro Nuno Santos. Para nós, é uma questão que não é sequer notícia. Essa é a decisão da Comissão Nacional do PS que levou à convocação de eleições” diretas para a liderança, acentuou.

Ou seja, de acordo com Eurico Brilhante Dias, o secretário-geral do PS vai terminar o mandato de dois anos “que estava em curso”.

“É simples. Para nós, é claro e transparente”, acrescentou. Pedro Nuno Santos foi eleito secretário-geral do PS em dezembro de 2023, sucedendo a António Costa, e o congresso que se seguiu realizou-se em janeiro de 2024. Pelos estatutos do PS, o próximo congresso do PS deverá realizar-se nos primeiros meses de 2026.

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PGR garante estar “a fazer tudo” para evitar greve dos magistrados do Ministério Público

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

O Procurador-Geral da República garantiu que, juntamente com o Ministério da Justiça, está "a fazer tudo" para tentar evitar a greve de procuradores com início marcado para 9 de julho.

O Procurador-Geral da República garantiu esta sexta-feira que, juntamente com o Ministério da Justiça, está “a fazer tudo” para tentar evitar a greve de procuradores com início marcado para 9 de julho. Amadeu Guerra falava durante e após uma visita ao Tribunal Judicial de Almada, no distrito de Setúbal.

Na reunião com os magistrados e outros agentes de Justiça presentes, o procurador-geral da República disse que existe um problema grande de falta de magistrados do Ministério Público (MP) que deve ser resolvido em termos estratégicos, uma vez que é esperado que se jubilem 50 magistrados este ano e 70 em 2026.

“Fiz diligências para evitar a greve do Ministério Público numa reunião com a ministra. Estamos ambos empenhados em fazer o que é possível, mas a falta de magistrados do MP é um problema crónico que deve ser resolvido em termos estratégicos”, disse.

Amadeu Guerra disse que é necessário ver de forma realista quantos magistrados se vão jubilar nos próximos quatro ou cinco anos e fazer uma programação com tempo.

Em declarações aos jornalistas sobre a questão da greve, o PGR acrescentou que concorda com o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público de que há falta de magistrados. “Eles entendem isso, eu também entendo, portanto, estamos eventualmente do mesmo lado”, disse.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) anunciou uma paralisação nacional para os dias 9 e 10 de julho e paralisações regionais para 11, 14 e 15 de julho, para contestar o movimento de magistrados.

O sindicato acusa o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) de criar “uma magistratura ‘multitask‘ e generalista, espetando o último prego na tão almejada e apregoada especialização”, com agregações como execução e cível em municípios diferentes, ou família e menores, cível e crime num só lugar.

O sindicato admite também recorrer a outras formas de luta a partir de 1 de setembro, data em que se efetiva o movimento anual de magistrados.

Questionado sobre a questão do movimento anual dos magistrados, Amadeu Guerra disse ser defensor da especialização, tendo esta sido criada por si, juntamente com a antiga Procuradora-Geral da República Joana Marques Vidal, quando ambos estavam no Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

Comigo não vai terminar especialização absolutamente nenhuma. Que estejam descansados quanto a isso. Também não vamos deixar de pagar as acumulações, que isso que seja claro”, frisou Amadeu Guerra em declarações aos jornalistas.

Na Assembleia-Geral Extraordinária que decidiu a greve foi ainda recomendada à direção “a instauração de uma ação de impugnação judicial da deliberação do movimento, bem como da respetiva providência cautelar”.

O aviso para o próximo movimento de magistrados do Ministério Público, que produz efeitos a partir de setembro, foi contestado pelo SMMP.

Em causa está o aviso publicado em 4 de junho em Diário da República que inclui lugares a ocupar pelos procuradores a partir de setembro em vários departamentos e tribunais em simultâneo.

Depois de uma reunião com o SMMP, que contestou o diploma, Amadeu Guerra comprometeu-se a levar o tema ao CSMP, a que preside, e adiantou ter sido por proposta sua que o Conselho decidiu manter o movimento, mas introduzindo algumas alterações para evitar arbitrariedade e sobrecarga na distribuição de serviço aos procuradores.

Segundo as alterações aprovadas, qualquer acréscimo de funções aos procuradores decidido por um coordenador de comarca tem que passar por uma hierarquia de aprovação até ser ratificado, devendo ser comunicado pela comarca ao procurador-geral regional respetivo e por este ao CSMP, tendo sido um dos pedidos do sindicato que Amadeu Guerra disse ter sido considerado relevante pelo CSMP.

Em reação, o SMMP, que exigia a anulação do movimento de magistrados deste ano e das regras que lhe estão subjacentes, “lamentou profundamente” a decisão de o manter, declarando-se “forçado a recorrer a formas de luta” para travar esta decisão.

 

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Nescafé mostra que “também sabe ser fresco” com novos produtos e campanha

  • + M
  • 4 Julho 2025

A Nescafé quer colocar os portugueses a beber café frio, assinalando o arranque de um novo território estratégico para a marca. O lançamento do Cold Coffe é alavancado com uma campanha de comunicação.

Dando início a uma “nova etapa estratégica“, a Nescafé lançou a campanha Cold Coffee, “marcada pelo compromisso de criar, construir e liderar um novo hábito de consumo em Portugal: beber café a frio, em casa“.

A marca pretende assim “desafiar perceções ainda enraizadas“, como a ideia de que o café deve ser sempre quente, e criar novos momentos de consumo, “mais leves, descontraídos e adaptados ao estilo de vida atual”. Procura ainda reforçar o seu investimento na aproximação a públicos mais jovens, que “procuram formas mais criativas, sensoriais e versáteis de viver o café”, refere-se em nota de imprensa.

Para reforçar esse posicionamento, a marca lança três referências de café solúvel — Nescafé Avelã, Nescafé Caramelo e Nescafé Dolce Gusto Iced Frappé — desenvolvidas para que se dissolvam facilmente tanto em água como leite, quentes ou frios.

Esta é assim a primeira vez que a Nescafé traz para o mercado português cafés puros solúveis prontos para uma preparação “a frio” — o Cold Coffee –, assinalando o arranque de um novo território estratégico para a marca “alinhado com uma tendência de consumo em crescimento, especialmente entre públicos mais jovens”.

“Com Nescafé Cold Coffee respondemos a uma tendência crescente de procura por bebidas refrescantes, sem comprometer a autenticidade do sabor do café. Sabemos que o consumo de café a frio já está amplamente enraizado fora de casa, e queremos agora estender essa experiência ao contexto doméstico, oferecendo uma solução prática, acessível e alinhada com as expectativas do consumidor atual. Este é um passo importante para reposicionar a categoria junto de um público mais jovem e exigente, que valoriza conveniência, mas também qualidade e diferenciação sensorial”, diz Carmo Grangeio, brand manager de Nescafé, citada em comunicado.

O lançamento destes produtos é alavancado com uma campanha de comunicação desenvolvida pelas agências Burson Portugal, Publicis Groupe e Addiction. A campanha combina ações digitais, experiências de marca e colaborações criativas para amplificar o universo de Nescafé Cold Coffee.

A estratégia inclui comunicação em ponto de venda e retalho, com materiais de visibilidade em loja e dinâmicas de prova em grande distribuição. Contempla ainda ativações de rua e conteúdos dedicados no podcast Palácio da Ajuda (de Guilherme Ludovice, Luana do Bem e Tiago Almeida) e em vlogs.

A marca aposta ainda em marketing de influência, com parcerias com criadores de conteúdo ligados ao lifestyle e ao humor, que, “através de ativações criativas, ajudam a mostrar a versatilidade, praticidade e frescura desta nova forma de consumir café”, lê-se ainda em nota de imprensa.

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EUA ameaçam UE com tarifas de 17% sobre exportações de alimentos

  • ECO
  • 4 Julho 2025

Os EUA ameaçaram impor tarifas de 17% às exportações agrícolas da União Europeia numa escalada do conflito comercial com Bruxelas. Prazo final das negociações está previsto para a próxima semana.

Os EUA ameaçaram impor tarifas de 17% às exportações agrícolas da União Europeia, numa escalada do conflito comercial com Bruxelas, avança o Financial Times (acesso pago), citando três fontes próximas.

A notícia sobre a ameaça de tarifas de 17% às exportações agrícolas e de alimentos chega dias antes do prazo final de 9 de julho para fechar um acordo comercial, após o qual o presidente americano, Donald Trump, prometeu que irão avançar com tarifas de 20% sobre todos os produtos da UE se nenhum acordo for alcançado.

Os negociadores da União Europeia não conseguiram, até o momento, obter um avanço nas negociações comerciais com o governo Trump e procuram agora continuar a negociar, segundo a Reuters. Uma fonte descreveu a situação à agência noticiosa após as negociações em Washington como “ainda muito instável e difícil de prever”, enquanto outra fonte descreveu a perspetiva como “sombria”.

No entanto, de acordo com um porta-voz da Comissão Europeia, citado pela Reuters, “houve progresso em direção a um acordo em princípio durante a última ronda de negociações, que ocorreu esta semana”.

“Após discutir a situação atual com nossos Estados-membros, a Comissão agora irá retomar as negociações com os EUA sobre o conteúdo durante o fim de semana”, disse.

O presidente Donald Trump quer que Bruxelas conceda às empresas americanas amplas isenções de regulamentações e reduza o excedente comercial com os EUA. Maroš Šefčovič, comissário de comércio da UE, terá tido conhecimento da questão na quinta-feira em reuniões em Washington, tendo passado a mensagem aos embaixadores dos 27 Estados-membros esta sexta-feira.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse na quinta-feira que esperava um “acordo de princípio” que permitisse às partes continuarem a conversar até um acordo final. Contudo, os EUA estão a pressionar os países a fecharem acordos vinculativos dentro do prazo estabelecido por Trump.

Atualmente, os Estados Unidos aplicam tarifas de 10% a todos os produtos da UE e de mais 25% às importações de aço, alumínio e veículos, mas o Presidente norte-americano ameaçou aumentar estas sobretaxas para 50%. Tendo em conta a possibilidade de as negociações com os Estados Unidos não resultarem num acordo, a Comissão lançou uma consulta sobre uma lista de reequilíbrio com produtos norte-americanos que podem ser tarifados.

(Notícia atualizada às 17h56)

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UEFA multa FC Porto em 750 mil euros por incumprimento de regra financeira

Clube liderado por André Villas-Boas arrisca multa de 4,25 milhões caso não cumpra o indicador de estabilidade financeira.

O FC Porto foi multado pela UEFA em 750 mil euros por incumprimento de um indicador de estabilidade financeira, com os portistas a arriscarem uma coima de 4,25 milhões caso não corrijam a falha, segundo anunciou a SAD dos dragões esta sexta-feira.

Em causa está o facto de o FC Porto ter apresentado um desvio negativo acumulado de 50 milhões de euros no que toca ao “football earnings” face ao limite regulamentar, nos últimos dois exercícios completos, terminados em junho de 2024.

Esta situação levou o Comité de Controlo Financeiro da UEFA a abrir um procedimento ao clube liderado por André Villas-Boas, no âmbito do qual os portistas apresentaram medidas de correção e um plano de sustentabilidade financeira a médio prazo que “possibilite o cumprimento deste indicador de forma consistente já a partir do exercício 2024/25”, conta a SAD no comunicado enviado ao mercado.

A SAD realça que já conseguiu demonstrar à UEFA que vai reduzir “de forma substancial o desvio negativo dos dois exercícios anteriores”, citando os resultados positivos no primeiro semestre do exercício 2024/25 – terminado em dezembro, a melhoria dos resultados operacionais e ainda a venda de passes dos jogadores.

Neste contexto, a SAD lembra que o incumprimento das regras de fair-play financeiro poderia dar lugar a sanções desportivas ou restrições de gastos por um período relativamente longo.

Não foi esse o caso, com a UEFA a aplicar “apenas” uma multa efetiva de 750 mil euros e uma multa condicional de 4,25 milhões, “a qual nunca será devida caso o FC Porto cumpra o indicador de estabilidade no período de monitorização de 2025/2026, correspondendo aos exercícios 2022/2023, 2023/2024 e 2024/2025”.

“O FC Porto reitera a sua determinação para que as regras e regulamentos a que o clube está sujeito, em particular as que dizem respeito ao regulamento Financial Sustainability da UEFA, sejam sempre rigorosamente cumpridas”, adianta ainda.

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Governo procura consensos na imigração

Diplomas da nacionalidade e imigração desceram à fase de especialidade sem serem votados no parlamento. "Queremos fazer a nossa parte, esperando que façam a vossa", diz Leitão Amaro aos partidos.

“Queremos fazer a nossa parte, esperando que façam a vossa parte”. É desta forma que o ministro da Presidência resume o que pretende do arco da governação para a imigração, o que se pode sintetizar em consensos políticos. As propostas do Governo de alteração às leis da nacionalidade, imigração e reagrupamento familiar baixaram esta sexta-feira à especialidade sem votação.

António Leitão Amaro explica que é uma oportunidade para aqueles que, “de alguma maneira parecem querer melhorar a lei da nacionalidade”, possam contribuir e haja “uma discussão em que possamos encontrar aquilo que una o país” rapidamente.

O ministro da Presidência afirma que o Governo cumpre os limites da União Europeia para o reagrupamento familiar e está a cumprir com a Constituição da República Portuguesa. “Ajustamos prazos e procedimentos e fixamos um prazo mínimo de dois anos quando se trata de reagrupar maiores. Os menores refugiados e os altamente qualificados preservam a possibilidade de reagrupamento imediato”, elencou.

São “medidas equilibradas, constitucionais e preservam o essencial“, classificou, horas depois de o semanário Expresso revelar que principais mudanças na lei da nacionalidade são inconstitucionais, de acordo com um parecer de Jorge Miranda, considerado o ‘pai’ da Constituição.

O ministro da Presidência indicou que o número de pedidos de nacionalização de estrangeiros triplicou face a 2021, sendo que em 2022 houve 362 mil pedidos de nacionalidade, dos quais apenas 160 mil filhos de portugueses. “Cresceram os pedidos de nacionalidade especialmente por naturalização. O aumento seria maior se não apertássemos as regras”, antecipou, acabando de seguida por ser contrariado pelo deputado Paulo Muacho, deputado e membro fundador do partido Livre.

Mas o momento de maior tensão parlamentar durante as mais de cinco horas no plenário aconteceu após André Ventura ter apresentado uma lista de nomes de crianças estrangeiras de uma escola em Lisboa. Apesar de o líder do Chega não as ter identificado concretamente, o gesto foi suficiente para provocar vários protestos nas bancadas e inclusive levou a deputada do Livre Isabel Mendes Lopes a emocionar-se, pedindo, em lágrimas, para não o fazer.

Mini-SEF aprovado com OK do Chega

Com ‘luz verde’ no parlamento saiu a proposta de criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras na Polícia de Segurança Pública (PSP) graças ao Chega, que mudou o sentido de voto. PSD, Iniciativa Liberal (IL) e CDS também votaram a favor do chamado “mini-SEF”, o PS, PCP e JPP abstiveram-se e o Livre, o Bloco de Esquerda (BE) e o PAN votaram contra.

“A criação desta unidade é absolutamente necessária para que os portugueses possam recuperar do descalabro trazido pelas políticas do PS”, assinalou o deputado Rui Rocha, ex-líder da IL e anunciado candidato à Câmara de Braga.

A oposição de esquerda considera que o PSD estendeu o tapete ao Chega ao avançar com estas propostas. “Deviam ter vergonha da lei que aqui apresentam. Venderam a alma. Já perderam só que ainda não sabem”, referiu a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, para quem o “humanismo” é incompatível com estas restrições no acesso à cidadania, que restringe o reagrupamento familiar.

Tanto que a deputada única do Pessoas–Animais–Natureza (PAN) acusou o Governo de Luís Montenegro de “ir atrás” da “agenda da extrema-direita” e de ignorar que, em 2024, as contribuições dos imigrantes para a Segurança Social ultrapassaram os 3,6 mil milhões de euros, o que representou um aumento de 65% em três anos. “Ainda assim continuamos a discriminar estas pessoas no acesso às prestações sociais”, lamentou Inês de Sousa Real.

O deputado socialista Pedro Delgado Alves advertiu que Governo “confunde” imigração com segurança e interrogou-se sobre o motivo pelo qual Portugal não seguiu o exemplo de outros países que optaram por com fazer um “estudo comparado” antes de propor mudanças desta natureza. “Comece a maioria por dar um exemplo: apresente uma proposta que não viole a Constituição, esforce-se por fazer melhor e não vá atrás dos que querem acabar com a República”, atirou.

Já a deputada comunista Paula Santos denotou que o PSD, o CDS, a IL e o Chega são as “forças políticas responsáveis pela venda da nacionalidade” por quem não tem ligações a Portugal, nomeadamente “milionários dos vistos gold”. Sobre a nova polícia de fronteiras, questionou: “Se não dispõe hoje de meios, a atribuição de competências vai introduzir ainda mais dificuldades. Como é que a PSP vai assumir estas responsabilidades sem que haja um aumento dos recursos?”.

Mas o Chega acredita que é possível ir mais além no tópico das penas criminais, “independentemente do tempo que [o imigrante] cá esteja [em Portugal], quem comete crimes deve perder a nacionalidade”.

Por outro lado, o líder do grupo parlamentar do CDS-PP garantiu que “apoia convictamente as restrições” criadas pela reforma na lei da nacionalidade proposta pelo Governo de Luís Montenegro. “É uma causa do CDS há 20 anos. Nessa altura estávamos sozinhos neste parlamento. Tivemos razão antes do tempo”, afirmou o deputado Paulo Núncio.

Uma posição intermédia pediu o deputado único do Juntos pelo Povo (JPP). Filipe Sousa diz que o seu partido “tenderá a valorizar uma abordagem ponderada”, até porque a cidadania portuguesa “não pode ser trampolim ou passaporte para fixação noutros países”. O deputado madeirense, que se estreou este ano na Assembleia da República, pede clareza nos requisitos de residência, evitando mudanças abruptas para quem está em processo de integração, proteção das crianças e aposta no idioma. Ou seja, “integração com critério, tolerância e respeito”.

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Polónia “fecha” fronteiras com Alemanha e Lituânia a partir de segunda

  • Lusa
  • 4 Julho 2025

Até 5 de agosto, regressam os controlos fronteiriços na Polónia. Na fronteira com a Alemanha foram selecionados 52 postos de controlo, somando-se a 12 com a Lituânia, dois permanentes.

A Polónia vai destacar cinco mil militares para os controlos fronteiriços com a Alemanha e a Lituânia, a partir de segunda-feira até pelo menos até 5 de agosto, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Do contingente militar, quatro mil militares serão destacados para a fronteira com a Alemanha e os restantes para as passagens com a Lituânia, como parte do restabelecimento temporário dos controlos fronteiriços para impedir a entrada de migrantes irregulares, segundo disse esta sexta-feira o porta-voz da diplomacia de Varsóvia, Jacek Dobrzyński.

Na fronteira com a Alemanha foram selecionados 52 postos de controlo, 16 dos quais permanentes, somando-se a 12 com a Lituânia, dois permanentes. Para atravessar a fronteira polaca será obrigatória a apresentação de um documento de identidade de um país da União Europeia ou de um passaporte, sendo que a entrada só será permitida nos locais descritos nos regulamentos.

A travessia por caminhos ou trilhos florestais, ciclovias e rios é expressamente proibida. Os postos de controlo serão realizados sobretudo por agentes da Guarda de Fronteira, que serão apoiados por militares das Forças de Defesa Territorial e da Polícia Militar em postos de controlo permanentes.

Estes postos utilizarão contentores especiais e os chamados “autocarros Schengen”, veículos adaptados para o trabalho administrativo móvel. Nas estradas, será implementada uma organização especial, reduzindo as vias para uma única faixa e encaminhando o tráfego para áreas de serviço designadas para verificações seletivas de veículos.

Segundo as autoridades, o objetivo é “minimizar os inconvenientes para os polacos, sobretudo os que trabalham na fronteira ocidental”, uma vez que “o Espaço Schengen é uma grande comodidade conquistada nos últimos anos”, segundo Dobrzyński. A decisão de restabelecer os controlos fronteiriços foi anunciada por Varsóvia esta semana.

O primeiro-ministro, Donald Tusk, explicou na quinta-feira que, há cerca de um mês, “o lado alemão, ao contrário dos últimos dez anos, recusa-se a permitir a entrada no seu território de migrantes, em busca por exemplo de asilo”, e nestes casos, os são expulsos “a todo o vapor” para a Polónia.

De acordo com dados da Guarda de Fronteira, a Polónia registou 15.022 tentativas de travessia irregular na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia entre 1 de janeiro e 29 de junho de 2025, com 412 detenções este ano até junho, um número semelhante ao de todo o ano passado.

A pressão também aumentou significativamente na Lituânia e na Letónia, com aumentos de mais de três e duas vezes, respetivamente, no número de tentativas de entrada. Mais de seis mil militares foram destacados para a fronteira leste com a Bielorrússia durante mais de um ano, além de 4.000 polícias e guardas de fronteira adicionais.

Esta medida foi justificada por Varsóvia com uma vaga migratória proveniente de países orientais orquestrada deliberadamente por Minsk e Moscovo com o objetivo de desestabilizar o leste europeu.

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Alegro Montijo passa a Fórum Montijo com rebranding desenvolvido em parceria com o estúdio Labdesign

  • + M
  • 4 Julho 2025

A nova identidade visual será gradualmente implementada no centro comercial até ao final de agosto, estando o relançamento oficial agendado para o início de setembro.

O centro comercial Alegro Montijo alterou o seu nome para Fórum Montijo, através de um rebranding desenvolvido em parceria com o estúdio Labdesign. A mudança acontece na sequência da aquisição do ativo pela Lighthouse Properties.

A Nhood, que gere o ativo desde 2019, vai continuar a assegurar a sua gestão e comercialização, liderando agora o processo de rebranding, desde o desenvolvimento da marca à sua gestão estratégica, com o objetivo de garantir a “uniformização de todos os pontos de comunicação com clientes e lojistas, englobando quer a experiência física como o ecossistema digital”.

A nova identidade visual será agora gradualmente implementada no centro até ao final de agosto, estando o relançamento oficial agendado para o início de setembro. O novo logótipo, é “inspirado pela tradição local” e reinterpreta o moinho de vento, com elementos que evocam também as flores, o rio, o sol e o sal. Comunidade, inovação e autenticidade são “alguns dos valores que reforçam o posicionamento próximo e orientado para o futuro” do espaço, aponta-se em nota de imprensa.

Este rebranding representa muito mais do que uma mudança de nome ou imagem, é uma tomada de posição estratégica sobre o papel que o centro desempenha na vida da comunidade e no ecossistema comercial da região. O Forum Montijo regressa com uma identidade renovada, alinhada com as raízes locais e com a ambição de reforçar o seu posicionamento enquanto espaço de encontro, partilha e experiência“, diz Maura Teixeira, marketing & innovation Iberian director da Nhood, citada em comunicado.

“Na Nhood, acreditamos no poder das marcas para transformar espaços em destinos com alma. Liderar este processo, no qual alinhámos visão estratégica, identidade de marca e experiência do consumidor é para nós uma oportunidade de reforçar o compromisso com a inovação, a proximidade e o desenvolvimento sustentável das comunidades onde atuamos”, acrescenta.

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