Governo aumenta verbas para obras em casas ardidas e atribui apoio para segundas habitações

Vítimas dos incêndios de setembro recebem novos apoios financeiros e no âmbito da saúde. Agricultores com prejuízos não documentados apoiados até dez mil euros.

As populações do centro e norte do país afetadas pelos incêndios da semana de 15 de setembro são contemplados a partir desta quinta-feira com um pacote extra de apoios, em que se inclui um montante até 100 mil euros para reconstrução de casas de segunda habitação. Aos agricultores são assegurados de 100 a dez mil euros em prejuízos, “mesmo que indocumentados”, indica o diploma.

Além de ajuda financeira, há ainda novidades no âmbito do acesso gratuito a cuidados de saúde e ao transporte para as consultas e tratamentos, decidiu o Governo. As medidas, publicadas nesta quinta-feira na Lei 13/2025, incluem o reforço do apoio a 100% para reconstrução de casas, que passa de 150 mil para 250 mil euros. Outra das novidades é a atribuição de casa aos que residiam em imóveis de habitação permanente ilegais.

Cinco meses após a semana de graves e extensos incêndios, o Governo estabelece, neste diploma, outros reforços de direitos imobiliários para os cidadãos afetados. Entre outros, determina que “a reconstrução ou recuperação deve assegurar a recomposição das habitações nas condições existentes à data dos incêndios, bem como a melhoria das condições de habitabilidade, conforto e salubridade”. Por outro lado, “no caso de ser inviável a reconstrução ou manutenção da habitação própria e permanente dos beneficiários no mesmo local”, os cidadãos poderão aceder a um apoio para aquisição ou construção de nova habitação no seu concelho.

Têm direito a apoio para a reconstrução de casas de segunda habitação as vítimas que tenham efetiva ligação às localidades onde estas estavam implantadas, num montante de pelo menos 50%, até um máximo de 100 mil euros, podendo o restante ser suportado por uma linha de crédito com garantia estatal e taxa de juro máximo de 3%.

Passa ainda a vigorar um apoio à renda para alojamento permanente por um período de cinco anos, período que poderá ser estendido mediante avaliação do município e recorrendo ao programa 1.º Direito.

A verba consignada à reconstrução de imóveis de segunda habitação dirige-se a “vítimas que tenham efetiva ligação às localidades onde estas estavam implantadas”. As despesas serão asseguradas em pelo menos 50% até ao máximo de 100 mil euros. Para valores superiores, o Estado concede garantia para crédito bancário e assegura uma taxa de juro máxima de 3%.

Entre os vários tipos de apoios financeiros inclui-se um cheque de prestação única para as famílias que ficaram sem rendimento e uma pensão mensal complementar para pensionistas com duração mínima de um ano. O apoio pecuniário abrangerá ainda a aquisição de alimentação animal.

Os apoios na área da saúde servirão casos de doenças aguda, crónica e do foro mental, ficando assegurada a “isenção de taxas moderadoras para tratamentos, consultas e meios complementares de diagnóstico e terapêutica” e gratuitidade de medicamentos e de transporte para consultas e tratamentos.

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BCE com prejuízo recorde de 7,9 mil milhões em 2024

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Fevereiro 2025

Instituição liderada por Christine Lagarde "poderá ainda sofrer perdas nos próximos anos" e, "se for o caso, espera‑se que tais perdas sejam inferiores" às de 2023 e 2024.

O Banco Central Europeu (BCE) reportou esta quinta-feira mais um prejuízo anual recorde, no valor de 7,9 mil milhões de euros, devido a um aumento dos pagamentos de juros sobre os seus próprios passivos financeiros na sequência da sua decisão de aumentar as taxas diretoras em 2022 e 2023.

“As perdas registadas surgem após muitos anos de lucros substanciais e resultam das necessárias medidas em termos de políticas tomadas pelo Eurosistema para cumprir o seu mandato primordial de manter a estabilidade de preços”, justifica o banco, em comunicado.

Este prejuízo resulta dos aumentos das taxas de juro diretoras do BCE em 2022 e 2023, que visaram combater a inflação elevada na área do euro, que, por sua vez, conduziram a “subidas imediatas dos gastos com juros” sobre os passivos da instituição financeira.

Por outro lado, “os rendimentos de juros gerados pelos ativos do BCE, em particular os títulos adquiridos ao abrigo do programa de compra de ativos e do programa de compra de ativos devido a emergência pandémica, não aumentaram na mesma escala”, ressalva.

A instituição liderada por Christine Lagarde aponta, ainda assim, que as contas negativas não tiveram qualquer impacto na estabilidade do banco ou na sua política monetária, acrescentando que 2024 deverá marcar o pico das suas perdas e que estas “deverão ser compensadas com lucros futuros”.

Não obstante, o banco “poderá ainda sofrer perdas nos próximos anos” e, “se for o caso, espera‑se que tais perdas sejam inferiores” às de 2023 e 2024.

Com o prejuízo de 7.944 milhões de euros registado no último ano, a que se junta o de 2023, no montante de 7.886 milhões de euros (antes da transferência das provisões para riscos), os pagamentos subsequentes do BCE aos bancos centrais nacionais vão ser limitados, uma vez que os lucros futuros serão inicialmente utilizados para compensar as perdas passadas.

No que toca às menos‑valias, verificou-se um aumento de quase 608%, de 38 milhões de euros em 2023 para 269 milhões de euros em 2024, devido, principalmente, à “descida do valor de mercado de vários títulos detidos na carteira de ativos denominados em dólares dos Estados Unidos” e à “depreciação do iene japonês, que levou a uma redução do valor das posições nas moedas em causa”.

Os gastos com pessoal cresceram cerca de 25%, de 676 milhões de euros em 2023 para 844 milhões de euros no último ano, em resultado de “gastos mais elevados relacionados com benefícios pós‑emprego, decorrentes de uma alteração, em 2024, das regras que regem os planos de pensões do BCE”.

“A dimensão total do balanço do BCE diminuiu 33 mil milhões de euros, passando para 641 mil milhões de euros (673 mil milhões de euros, em 2023), o que reflete principalmente a redução gradual dos títulos detidos ao abrigo do APP, devido a reembolsos”, nota ainda o banco no comunicado.

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Governo dá mais um ano para receber linhas orientadoras do concurso de baixa tensão

O prazo fica adiado para 15 de dezembro deste ano, 12 meses após o prazo inicial.

A Comissão de Coordenação para a Baixa Tensão (CCBT) ganhou mais 12 meses para entregar ao Governo as linhas orientadoras para o concurso das redes de baixa tensão. O prazo fica adiado para 15 de dezembro deste ano.

A prorrogação deste prazo foi decretada esta quinta-feira, através da publicação de uma resolução de Conselho de Ministros em Diário da República, na qual o Governo recorda que o anterior prazo era 15 de dezembro de 2024.

A alteração do prazo, lê-se na resolução, justifica-se tendo em conta a necessidade detetada pela Comissão de aprofundar as conclusões, isto em função das mudanças ocorridas “no plano técnico, legislativo e regulamentar, tanto a nível nacional como no quadro jurídico europeu”. Além disso, o texto da resolução aponta a necessidade de atualizar os pressupostos e condições das concessões municipais atualmente em vigor, alinhando-os com os desafios e prioridades estratégicas do setor energético.

Até ao momento, os trabalhos da CCBT concentraram-se na análise da evolução do processo anteriormente conduzido e na conceção de possíveis procedimentos alternativos, com o objetivo de passar a considerar os impactos no desenvolvimento integrado das redes de distribuição elétrica.

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Governo investe 77 milhões no programa informático de gestão das finanças públicas

No âmbito da reforma da Administração Pública, a eSPap fica autorizada a realizar despesa até 2029 para adquirir um software que melhore a qualidade da gestão financeira e contabilística do Estado.

O Governo vai investir 76,9 milhões de euros até 2029 na modernização do programa de gestão contabilística e financeira do Estado, segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada esta quinta-feira em Diário da República. Esta é uma das peças-chave da reforma da Administração Pública, que está em curso, e é uma das medidas previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A despesa será concretizada pelo Ministério das Finanças, através da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (eSPap), em parceria com a Unidade de Implementação da Lei de Enquadramento Orçamental (UniLEO) e a Direção-Geral do Orçamento (DGO), indica o diploma.

A eSPap, que vai passar a gerir a contratação pública, incluindo a unidade ministerial de compras, de todas as secretarias-gerais, estará ao comando deste processo. Em causa está “a migração da atual versão de SAP para SAP S/4HANA RISE, do SAP – Gestão de Recursos Financeiros, no contexto da execução do PRR” e à compra “dos serviços complementares para a solução de suporte à nova Lei de Enquadramento Orçamental das Finanças Públicas”, determina a mesma resolução.

Assim, o Governo “autoriza a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública a proceder à realização da despesa relativa à aquisição de serviços de migração do atual programa de centralização de dados e serviços para a solução de suporte à nova Lei de Enquadramento Orçamental das Finanças Públicas”, “para os anos de 2025 a 2029, até ao montante máximo global de 76.851.719 euros, a que acresce o imposto sobre o valor acrescentado, à taxa legal em vigor”, estabelece o texto legal.

Os cerca de 77 milhões de euros serão repartidos da seguinte forma entre 2025 e 2029:

  • 2025: 14.993.167 euros;
  • 2026: 25.096.610 euros;
  • 2027: 13.392.621 euros;
  • 2028: 13.039.370 euros;
  • 2029: 10.329.951 euros.

O diploma refere que “montante fixado em cada ano económico pode ser acrescido do saldo apurado no ano anterior”. Os encargos decorrentes da aquisição e implementação do novo software de gestão do Estado será financiado pelo PRR, mediante subvenções a fundo perdido.

Numa fase posterior ao PRR, a despesa relativa a serviços e subscrição para manutenção da solução e consultoria serão suportados por verbas nacionais, designadamente de receitas de impostos não afetas a projetos cofinanciados, provenientes do orçamento da eSPap.

Este investimento “vem reforçar uma gestão integrada dos processos administrativos e financeiros das entidades que integram o universo das administrações públicas, promovendo, simultaneamente, a modernização da gestão global das finanças públicas”, de acordo com o diploma.

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Mais de metade das famílias com necessidades de saúde sem acesso a serviços profissionais pagos

Falta de acesso aos cuidados de saúde e apoio domiciliário profissionais remunerados resulta principalmente da incapacidade de pagamento e da indisponibilidade dos serviços.

Das famílias com necessidades de cuidados de saúde e serviços de apoio domiciliário devido a doença física ou mental prolongada, incapacidade ou idade avançada, 51,7% não tiveram acesso à prestação dos serviços necessários por profissionais remunerados, de acordo com dados publicados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados do organismo de estatística revelam ainda que esta percentagem sobe para 62,3% no caso da população em risco de pobreza. “A falta de acesso aos cuidados de saúde e apoio domiciliário profissionais remunerados resultava principalmente da incapacidade de pagamento (55,9% dos casos) e da indisponibilidade dos serviços (17,5%)”, explica o INE.

Dos 48,3% que tiveram acesso, 48,5% pagaram o total e 28,1% parcialmente a despesa com esses serviços (proporções que se verificou serem semelhantes no caso dos agregados em risco de pobreza, respetivamente 47,4% e 27,2%).

Em 2024, 6,1% das famílias, quase 272 milhares, tinham “pelo menos uma pessoa a necessitar de cuidados de saúde e serviços de apoio domiciliário devido a doença física ou mental prolongada, incapacidade ou idade avançada, afetando principalmente famílias com pelo menos um idoso (81,5%)”.

A necessidade de cuidados de saúde e de apoio domiciliário afetava 8,7% das famílias em risco de pobreza e 5,5% dos restantes agregados.

Entre as famílias que pagaram total ou parcialmente os serviços de cuidados de saúde e apoio domiciliário, 68,7% fizeram-no “com muita dificuldade, com dificuldade ou com alguma dificuldade, contrastando com os remanescentes 31,3% que o fizeram com alguma facilidade, com facilidade ou com muita facilidade”.

A proporção de famílias que tinham pessoas a necessitar de cuidados de saúde e serviços de apoio domiciliário devido a doença física ou mental prolongada, incapacidade ou idade avançada era de 7,8% nas áreas predominantemente rurais, mais elevada do que nas áreas mediamente urbanas e nas áreas predominantemente urbanas.

O INE indica ainda que, em 2024, para 94,7% das crianças até aos 12 anos, os pais consideravam que as necessidades de cuidados formais de acompanhamento estavam satisfeitas, o que inclui aqueles que não consideram a necessidade de cuidados formais de acompanhamento para além do tempo de educação pré-escolar e de ensino básico.

“Consequentemente, 5,3% das crianças até aos 12 anos precisariam de mais cuidados formais de acompanhamento em 2024, sendo a impossibilidade de pagar esses serviços o principal motivo para a insuficiência dos cuidados (46,9%)”, aponta.

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Portugal com terceiro maior aumento na produção na construção em dezembro

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Fevereiro 2025

No último mês de 2024, Portugal teve o terceiro maior aumento (+3,6%) do indicador na variação em cadeia, enquanto em termos homólogos registou a quarta maior subida (+5,1%) entre os 27 países da UE.

A produção na construção permaneceu estável na Zona Euro e cresceu 0,4% na União Europeia (UE) em dezembro face ao mês anterior, com Portugal a apresentar a terceira maior subida na comparação mensal (+3,6%), segundo a estimativa divulgada esta quinta-feira pelo Eurostat.

Fonte: Eurostat

Entre os países para os quais há dados disponíveis, a produção na construção teve os maiores aumentos em cadeia na Polónia (+5,7%), República Checa (+4,6%) e Portugal (+3,6%). Bulgária (-3,4%), Países Baixos (-2,0%) e Itália (-1,7%) tiveram as maiores quebras mensais.

Já na comparação homóloga, o indicador decresceu 0,1% na área da moeda única e 0,8% no conjunto dos 27 Estados-membros do bloco comunitário, de acordo com o serviço estatístico europeu.

Neste caso, a produção na construção teve os maiores aumentos em Espanha (+11,2%), República Checa (+9,7%) e Eslováquia (+5,8%), enquanto os recuos homólogos mais representativos foram observados na Roménia (-12,9%), Polónia (-9,9%) e Áustria (-9,3%).

Face a dezembro de 2023, Portugal terá registado um crescimento de 5,1% na produção na construção, o quarto maior aumento.

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Certificados de Aforro quebram barreira dos 35 mil milhões no arranque do ano

Há quatro meses seguidos que famílias estão a reforçar a aposta nos Certificados de Aforro, que em janeiro captaram mais 380 milhões em termos líquidos.

Os Certificados de Aforro quebraram pela primeira vez a barreira dos 35 mil milhões de euros. Aconteceu em janeiro, depois de as famílias terem aplicado mais 380 milhões em termos líquidos de resgates, no quarto mês seguido em que estes certificados registaram saldos de subscrição positivos.

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, as poupanças das famílias portuguesas aplicadas nos Certificados de Aforro atingiram os 35,1 mil milhões de euros, um montante recorde que confirma a popularidade deste produto do Estado junto dos pequenos investidores.

O forte interesse nos Certificados de Aforro tem sobretudo duas razões: por um lado, o facto de os bancos estarem a cortar a remuneração dos depósitos há vários meses tornou estes títulos mais atrativos; por outro, o aumento dos limites máximos para a subscrição de certificados dos 50 mil euros para os 100 mil euros está a impulsionar novamente a procura.

Com a descida da Euribor a três meses, que é usada no cálculo da taxa de juro base dos Certificados de Aforro, a remuneração destes certificados deverá baixar dos 2,5% brevemente, o que poderá levar a um afastamento das famílias por este produto de poupança.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Em janeiro, as subscrições líquidas de Certificados de Aforro totalizaram os 381 milhões de euros, que corresponde ao montante mais elevado desde julho de 2023, compensando as saídas de 154 milhões registadas nos Certificados do Tesouro.

Ao contrário dos Certificados de Aforro, os Certificados do Tesouro continuam a sofrer mais resgates do que subscrições há 39 meses seguidos e já só lá estão aplicados cerca de 9,5 mil milhões de euros — longe do pico de quase 18 mil milhões atingido em outubro de 2021.

No final de janeiro, as famílias tinham 44,7 mil milhões de euros investidos nos certificados (incluindo de Aforro e do Tesouro) — o máximo foi 45,7 mil milhões em agosto de 2023.

(Notícia atualizada às 11h31)

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Euribor desce a seis meses para novo mínimo de mais de dois anos

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2025

Com as alterações desta quinta-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,534%, continuou acima da taxa a seis meses (2,460%) e da taxa a 12 meses (2,446%).

A Euribor subiu esta quinta-feira a três meses e desceu a 12 e seis meses em relação a quarta-feira, neste último prazo para um mínimo desde dezembro de 2022.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,534%, continuou acima da taxa a seis meses (2,460%) e da taxa a 12 meses (2,446%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta quinta-feira para 2,460%, menos 0,014 pontos do que na quarta-feira e um mínimo desde 8 de dezembro de 2022. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também baixou esta quinta-feira, para 2,446%, menos 0,001 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses avançou esta quinta-feira, ao ser fixada em 2,534%, mais 0,005 pontos do que na quarta-feira.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.

Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Startups têm um novo sistema de incentivos. Veja como concorrer

São três tipos de vouchers de valor fixo de 60 mil, 30 mil e dez mil euros. O apoio é a fundo perdido.

O novo sistema de incentivos à competitividade das startups ainda não tem dotação definida mas os apoios serão atribuídos em três tipos de vouchers de valor fixo de 60 mil, 30 mil e dez mil euros. O apoio é a fundo perdido. Os destinatários são as micro, pequenas e médias empresas, incluindo startups do continente.

Este novo incentivo, uma das 60 medidas previstas no programa Acelerar a Economia, tem por objetivo “estimular a ignição, o reforço do investimento, o crescimento e a internacionalização do ecossistema de empresas nacionais mais inovadoras, tendo como foco as PME e startups”.

De acordo com a portaria publicada esta quinta-feira em Diário da República, estes 100 mil euros visam incentivar o “surgimento de novas empresas cujos fundadores sejam provenientes das Instituições de Ensino Superior, apoiando a fase de arranque de atividade e motivando que um maior número de startups surja no meio académico”.

Os apoios são atribuídos em três modalidades e alvo de concursos que são publicitados nas páginas da internet da ANI – Agência Nacional de Inovação, onde são definidas as condições de atribuição do financiamento, nomeadamente a natureza, montante e forma de apoio.

Voucher Deep Tech

São 60 mil euros para capacitar as empresas deep tech nacionais para participarem com sucesso em programas e iniciativas internacionais. O pagamento é feito através de um adiantamento de 70%, após validação do termo de aceitação submetido pelo beneficiário; e depois 30% como saldo final após validação, no prazo de 45 dias úteis, do relatório final pela equipa de apoio à Comissão Executiva do Fundo.

As verbas servem para apoiar a definição de estratégia, gestão e consolidação dos direitos de propriedade intelectual; apoiar processos regulatórios, incluindo custos com certificação; definir estratégia e apoio legal e negocial em processos de investimento; para apoio técnico e legal a acordos com grandes empresas; apoio a processos de prototipagem e system level demonstration, incluindo identificação de parceiros industriais; compra de serviços de product development; desenvolvimento de planos operacionais para a integração de critérios environmental societal governance (ESG) nos processos de negócio; apoio a processos de headhunting e recrutamento, bem como à implementação de processos de gestão de talento e RH; e ainda estudos de mercado para suportar estratégias de Go-to-market.

De fora deste voucher ficam as empresas que receberam apoios do piloto do Accelerator do European Innovation Council do Programa Horizonte 2020 e do Horizonte Europa; do Portugal 2020 e 2030, na tipologia de projetos Selos de Excelência do Horizonte 2020 ou Horizonte Europa; e do PT2030 na tipologia de projetos Internacionalização de I&D, em concreto, projetos que visem o apoio à preparação e submissão de candidaturas a programas de I&I financiados pela União Europeia. Além disso também não podem ter recebido um investimento superior a 500 mil euros através de instrumentos de capital de risco.

Voucher Go to EIC Accelerator

São dez mil euros para apoiar a apresentação de candidaturas à fase 2 – Step 2Full Application – do instrumento Accelerator do European Innovation Council. Os beneficiários ficam obrigados a apresentar a candidatura. O pagamento é feito através de um adiantamento de 100%, após submissão do termo de aceitação.

O apoio serve para financiar serviços para a elaboração desta candidatura, incluindo a produção dos elementos obrigatórios anexos à candidatura e serviços de design gráfico e produção vídeo, para realização do pitch deck e video pitch.

Programa Start from Knowledge

As empresas detidas por uma pessoa que está ou esteve nos dois anos anteriores, inscrita na universidade, ou seja, ou tenha sido nos dois anos anteriores, investigador ou docente podem candidatar-se a um apoio de 30 mil euros para as ajudar a criar uma startup. O pagamento é feito através de um adiantamento de 100%, após submissão do termo de aceitação.

O objetivo é estimular a criação de start-ups no meio académico e a “transmissão de conhecimento científico e tecnológico produzido nas Instituições de Ensino Superior para o tecido empresarial nacional”.

O apoio pode ser usado para participar em programas de ignição, incubação e aceleração; financiar o estudo, preparação e início de atividade empresarial; a participação em eventos e feiras comerciais, com o propósito de divulgar o modelo de negócio, serviço ou produto; a elaboração de uma estratégia de marketing, em que se inclua, designadamente, a produção de uma identidade, do pitch deck ou video pitch; o desenvolvimento de projetos-piloto destinados à demonstração do modelo de negócio, serviço ou produto; e os projetos de investigação e desenvolvimento.

Quando o financiamento é destinado ao estudo, preparação e início de atividade empresarial “são elegíveis as despesas já realizadas desde o início do ano civil anterior ao do prazo de submissão de candidatura do Programa”, detalha a portaria.

Para aceder a estes apoios as empresas têm de estar legalmente constituídas; ter uma situação tributária e contributiva regularizada; ter contabilidade organizada sempre que exigível por lei; não podem estar em dificuldades e devem apresentar uma situação líquida positiva; alem de apresentar o comprovativo do estatuto PME.

A apreciação das candidaturas é feita pela equipa técnica de apoio à comissão executiva do Fundo de Inovação, Tecnologia e Economia Circular, que será designada no concurso para apresentação de candidaturas. E o Executivo compromete-se a que as decisões de financiamento dos projetos sejam tomadas no “prazo máximo de 30 dias úteis contados a partir da data da apresentação da candidatura, sendo a mesma comunicada aos candidatos no prazo máximo de cinco dias úteis”.

A dotação global deste programa vai ser ainda definida por uma portaria posterior, explicou ao ECO, fonte oficial do Ministério da Economia, sublinhando que este é o primeiro passo no arranque do novo apoio.

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Contrato de concessão da RTP será assinado “no curto prazo”

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2025

O ministro disse que tem trabalhado conjuntamente e "intensamente" com a administração da RTP e explicou que o contrato ainda não está assinado porque há pareceres que estão a ser realizados.

O ministro dos Assuntos Parlamentares afirmou na quarta-feira que o novo contrato de concessão de serviço público da RTP será assinado “no curto prazo”, adiantando que gostaria que fosse a 07 de março.

Pedro Duarte, que falava na “Grande Entrevista”, na RTP3, disse que a assinatura do contrato de concessão do serviço público de rádio e de televisão “é uma questão de semanas, duas semanas”.

Aliás, “gostávamos, estamos a falar com o Conselho de Administração a esse respeito”, de no dia 07 de março, dia da televisão, “podermos simbolicamente assinar o contrato”, prosseguiu o governante. “Estamos mesmo a concluir”, reforçou o ministro.

Pedro Duarte recordou que quando assumiu a pasta encontrou um contrato de concessão de serviço público “que já poderia ter sido renovado duas vezes”. “E não é que os anteriores governos não tenham feito o trabalho de casa, aliás, nós beneficiámos desde logo com o Livro Branco do Serviço Público e com outro tipo de trabalhos e estudos“, agora “o problema é que não houve capacidade decisão porque é uma decisão difícil”, apontou.

O ministro disse que tem trabalhado conjuntamente e “intensamente” com a administração da RTP e explicou que o contrato ainda não está assinado porque há pareceres de consulta pública que estão a ser realizados e os prazos têm de ser cumpridos.

Uma das novidades do contrato diz respeito à recomendação de tendencialmente a RTP deixar de ser financiada por publicidade, mas é omisso quanto à compensação se esta medida for aplicada, o que o ministro apontou ser deliberado.

“O plano que queremos incentivar de modernização, de reestruturação, o caminho para o digital, de podermos chegar a mais públicos, não dependia” da medida do fim da publicidade, disse.

O governante adiantou que mantém o objetivo de “dar mais recursos à RTP, dar mais condições para fazer a tal modernização e reestruturação”. Aliás, “aprovámos um aumento de capital como era requerido há vários anos” para o orçamento deste ano, acrescentou, reiterando que é preciso dar mais músculo à RTP.

“Hoje, mais do que nunca, é essencial para a nossa democracia ter um serviço público de media, designadamente de televisão e rádio como a RTP porque aquilo que são as ameaças à democracia, a desinformação, a crise generalizada da comunicação social que a torna muitas vezes mais vulnerável”, no que diz respeito aos privados, “torna ainda mais imprescindível que tenhamos um serviço público forte, robusto e que de facto tenha impacto na nossa sociedade”, acrescentou.

No que diz respeito ao aumento de capital, tal tem a ver com a dívida de 14,290 milhões de euros do Estado à RTP. O processo de liquidação deste valor “já está a decorrer”, está nas Finanças a ser resolvido e “não vai demorar muito”.

Quando ao programa de saídas voluntárias da RTP, que pode envolver até 200 trabalhadores até final do ano, com um custo de cerca de 20 milhões de euros, Pedro Duarte disse que o processo de autorização também está a decorrer. “A proposta já foi apresentada pela administração da RTP, começou no início do ano”, referiu.

Questionado sobre a primeira fase de rescisões voluntárias, que prevê a saída de cerca 80 trabalhadores durante o primeiro trimestre, Pedro Duarte confirmou que ainda não avançou, mas “pode ser possível” isso acontecer. “Diria que na próxima semana provavelmente vamos ter novidades a esse respeito do lado da autorização que o Governo tem de dar” sobre esta primeira fase de rescisões voluntárias.

A proposta da administração da RTP prevê por cada dois trabalhadores que saiam que entre um com um perfil mais digital, medida que vai ser autorizada pelo Governo.

Precisamos dentro da RTP de (…) refrescar o seu quadro de pessoal” porque “a empresa já tem muitos anos, criando um legado de colaboradores que tornou a média de idades bastante elevada” e também precisa ter quadro mais jovens com conhecimentos do digital, concluiu.

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Turismo tem nova linha de 30 milhões para desenvolvimento sustentável

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Fevereiro 2025

Verbas provêm exclusivamente do Turismo de Portugal. Metade é a fundo perdido e a outra metade a título reembolsável.

O programa “Crescer com o Turismo” vai disponibilizar 30 milhões de euros, através, exclusivamente, de verbas próprias do Turismo de Portugal, para promover o desenvolvimento sustentável do setor em território nacional.

Segundo a portaria que regulamenta este programa, publicada esta quinta-feira em Diário da República, dos 30 milhões de euros, 15 milhões são a fundo perdido e a outra metade a título reembolsável.

A dotação orçamental “pode ser aumentada, por recurso exclusivamente a verbas próprias do Turismo de Portugal e em função das necessidades que vierem a registar-se durante a utilização da presente linha de apoio financeiro”, refere o diploma, assinado pelo secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.

“O limite máximo de apoio, a título não reembolsável, é de 400 mil euros por projeto ou, no caso de uma candidatura conjunta, por entidade, com exceção dos casos em que a entidade beneficiária revista a natureza de empresa, circunstância em que o valor máximo do apoio, a título não reembolsável, é de 200 mil euros”.

Entre as entidades beneficiárias constam “entidades públicas, incluindo aquelas em cuja gestão as entidades da administração central do Estado, regional e local tenham posição dominante”, assim como “entidades privadas sem fins lucrativos, nomeadamente aquelas que tenham por missão o desenvolvimento dos territórios e das comunidades locais”.

Também as “entidades nacionais da economia social que sejam instituições particulares de solidariedade social ou entidades equiparadas sem fins lucrativos, em funcionamento há mais de três anos”, e micro, pequenas ou médias empresas (PME), desde que integradas em projetos de inovação social, podem candidatar-se a apoios no âmbito deste programa.

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As tendências do TikTok para este ano, segundo a própria rede social

  • + M
  • 20 Fevereiro 2025

Foco na autenticidade, com recurso a mais criadores de conteúdo, a integração dos valores dos utilizadores ou o uso de novas ferramentas criativas baseadas em IA, são alguns conselhos do TikTok.

“Fusão de marca”, “osmose das identidades” e “catalisadores de criatividade”. São estes os três grandes temas identificados no “What’s Next Report 2025“, o quinto relatório anual do TikTok que identifica as tendências que irão moldar o marketing na plataforma chinesa e influenciar a ligação entre marcas e comunidades na rede social em 2025.

Em 2024, as marcas tentaram ser mais criativas e preencher a lacuna de confiança entre consumidores e marcas através de criadores de conteúdo. À medida que se avança em 2025, o novo relatório visa assim dar orientações para que as marcas se tornem mais culturalmente ressonantes, mostrando como o público está a responder às rápidas alterações e como as marcas se estão a adaptar.

Fusão de marca

A plataforma começa por avançar que este ano a autenticidade será “mais essencial do que nunca” no TikTok, com as marcas a “descobrir cada vez mais o valor de colaborar com diversos criadores“, desde os influenciadores de nicho até aos “perfis mais conhecidos e dinâmicos”.

Neste sentido, sublinha-se no relatório a disponibilidade de ferramentas como o Creator Marketplace, a plataforma oficial do TikTok para colaborações entre marcas e criadores, que facilitam estas parcerias.

Em vez de depender de um único criador, as marcas podem agora conectar-se às suas comunidades em larga escala, alcançando públicos únicos e criando um storytelling autêntico“, refere-se em nota de imprensa. Segundo o estudo, dois em cada três utilizadores do TikTok dizem gostar quando as marcas colaboram com uma variedade de criadores, sendo que a integração de códigos personalizados e ofertas exclusivas amplifica ainda mais o alcance.

Osmose das Identidades

As marcas estão a integrar, de forma orgânica, os valores em evolução dos consumidores, permitindo que esses ideais em mudança redefinem a sua identidade“, lê-se no relatório. A ideia baseia-se desde logo no facto de 81% dos utilizadores considerarem que o TikTok os ajuda a descobrir novos temas e tendências de que não sabiam que gostavam.

“Para além da autenticidade dos conteúdos, para criar uma relação genuína, as marcas devem encontrar as suas comunidades onde estas estão e partilhar conteúdos reais e não ‘alterados‘, como entrevistas de rua, bastidores ou conteúdos que fomentem a reflexão”, o que permite às marcas inspirar mais confiança e envolvimento com a comunidade.

Além disso, o TikTok está também a ajudar redefinir as conversas sobre temas como o feminismo, as finanças ou o bem-estar. Entre as utilizadoras do género feminino da plataforma, por exemplo, 72% confessa que é fácil criar ligação e partilhar experiências de vida comuns na rede social chinesa, mesmo entre desconhecidos, o que pode abrir oportunidades para as marcas.

Catalisadores de Criatividade

Outra das tendências para este ano passa pela adoção de ferramentas ainda por explorar por parte dos profissionais de marketing para “idealizarem, construírem, aprenderem e assumirem riscos criativos mais emocionantes do que nunca”, lê-se no relatório.

Isto é desde logo importante tendo em conta que “a inovação criativa está no centro da experiência TikTok”. No caso da inteligência artificial (IA), os utilizadores e as marcas adotam esta tecnologia para tarefas como personalizar roupas, visualizar reformulações de divisões da casa ou gerar ideias para guiões, recorrendo a ferramentas como o Symphony Assistant. “Essa abordagem lúdica e criativa faz com que a IA pareça menos ficção científica e mais uma ferramenta divertida e útil para a vida diária”, refere-se no documento.

Os utilizadores do TikTok mostram também uma probabilidade 1,4 vezes maior de se dizerem “entusiasmados” em ver IA generativa usada em anúncios, quando em comparação com utilizadores de outras plataformas.

Estas novas ferramentas permitem assim às marcas “inovar em conjunto com os consumidores, transformando-os em participantes ativos no desenvolvimento de produtos e no storytelling e não só em meros espectadores”.

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