Endesa tem a maior captação de clientes na eletricidade em junho, mas EDP mantém maior quota de mercado

Cerca de 28% do número de clientes que mudou de comercializador de eletricidade em junho, transitou para a Endesa. Ainda assim, EDP mantém maior quota de mercado, cerca de 70%.

A Endesa foi o comercializador de eletricidade que mais clientes captou no mercado livre da eletricidade, em junho. Ainda assim, a EDP Comercial mantém a liderança na quota de mercado, tanto em número de clientes (domésticos, industriais e pequenos negócios) como em abastecimento.

Em junho, cerca de 48,5 mil clientes mudaram de fornecedor no mercado liberalizado e de acordo com o boletim da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre a evolução do mercado liberalizado de eletricidade, referente ao mês de junho, a energética espanhola foi o comercializador que realizou uma maior captação de clientes, tendo ganho cerca de 28% do número de clientes que mudou de comercializador naquele mês. Segundo a ERSE, esta manobra representa um ganho líquido de 1% na carteira de clientes da Endesa face ao mês anterior.

Ao todo, a Endesa tem uma quota de mercado em termos de clientes que representa cerca de 11% do total do mercado, enquanto o abastecimento representa 17,4% de todo o consumo.

Já a Luzboa foi o comercializador com a segunda maior percentagem de captação de clientes face à sua carteira, tendo ganhado 17% dos clientes que mudaram de comercializador, o que se traduziu num ganho líquido de 13,2% na sua carteira face ao mês de maio.

Contudo, a EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre quer em número de clientes, quer em consumo, ainda que, face a maio, a sua quota tenha encolhido em 0,3 pontos percentuais (p.p), em número de clientes, e 0,1 p.p. em termos de consumo. Segundo a ERSE, a quota de mercado da energética portuguesa é de 70% no número de clientes e quase 40% em termos de consumo.

Quanto ao consumo, a Endesa e a Iberdrola ocupam a segunda e as terceiras posições em termos de quota de mercado, tendo a Endesa mantido a mesma quota e a Iberdrola aumentado 0,1 p.p. face ao mês precedente.

Os dados surgem num mês em que o mercado livre da eletricidade alcançou um número acumulado de cerca de 5,5 milhões de clientes, com um aumento líquido de cerca de 12,7 mil clientes face a maio de 2023 e um crescimento de aproximadamente 0,5% face ao mês homólogo.

Em termos de consumo, registou-se um aumento de 44 gigawatts-hora (GWh) face a maio de 2023, atingindo 42 528 GWh em junho. O consumo no mercado livre representa, em junho, mais de 93% do consumo total registado em Portugal continental.

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Euribor sobe a três, seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 16 Agosto 2023

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três meses, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.

A taxa Euribor subiu esta quarta-feira a três meses, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta quarta-feira para 4,116%, mais 0,025 pontos do que terça-feira, depois de ter subido até 4,193% em 7 de julho, um novo máximo desde novembro de 2008.
  • No mesmo sentido, no prazo a seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 07 de julho de 2022, subiu esta quarta-feira para 3,964%, mais 0,021 pontos do que no dia anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,972%, verificado em 21 de julho.
  • A Euribor a três meses subiu esta quarta-feira 0,011 pontos, em comparação com terça-feira, para 3,798%.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 27 de julho, o BCE voltou a subir os juros, pela nona sessão consecutiva, em 25 pontos base – tal como em 15 de junho e 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 14 de setembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

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Crédito ao consumo trava em junho para 633 milhões

Consumidores pediram 633,3 milhões de euros aos bancos em junho, menos 7% do que no mês anterior. O primeiro semestre fechou com valores recorde, mas o crédito ao consumo está a travar a fundo.

O crédito aos consumidores travou em junho. Os bancos e financeiras concederam 633,3 milhões de euros em empréstimos às famílias para o consumo naquele mês, o que representa uma queda de 6,9% em relação a maio.

Mesmo em comparação com junho do ano passado houve uma quebra de 3,8%, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Apesar do forte travão registado em junho, o primeiro semestre do ano fechou com um ligeiro aumento de 0,15% nos novos empréstimos ao consumo em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando os 3,82 mil milhões de euros, um valor recorde. Há dez anos, quando começa a série estatística do Banco de Portugal, os montantes de novos créditos ao consumo ascendiam a 1,75 mil milhões de euros nos seis primeiros meses do ano, tendo mais do que duplicado, entretanto.

Em junho, os três grandes segmentos do crédito aos consumidores tiveram quedas mensais expressivas, mas há quem consiga manter, ainda assim, um desempenho positivo desde o início do ano.

É o caso do crédito automóvel: sofreu um decréscimo de 7% em relação a maio, para 246,6 milhões de euros, mas continua a ser o motor do crescimento do crédito ao consumo este ano, com os empréstimos para a compra de carro novo ou usado a subirem 6% para 1,4 mil milhões de euros nos seis primeiros meses.

Quanto ao crédito pessoal caiu em junho 6,7% para 280 milhões e, em termos semestrais, regista uma queda de 6% para 1,75 mil milhões.

Por seu turno, o crédito concedido através de cartão cedeu 6,9% para 106,4 milhões de euros. Ainda assim, mantém um crescimento de 7% na primeira metade do ano, ascendendo a 655 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 12h02)

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Criação de emprego na Zona Euro volta a abrandar no primeiro trimestre

Apesar de ter registado um crescimento homólogo de 1,5% no segundo trimestre, o emprego ficou abaixo do nível do primeiro trimestre (1,6%) e longe do recorde de 3,1% no primeiro trimestre de 2022.

O abrandamento da economia da Zona Euro no primeiro trimestre refletiu-se também na criação de emprego no espaço da moeda única. De acordo com dados publicados esta quarta-feira pelo Eurostat, o emprego na Zona Euro abrandou de 0,3 pontos percentuais entre o primeiro e o segundo trimestre, com o número de pessoas empregadas a crescer 0,2% no segundo trimestre após crescer 0,5% nos primeiros três meses do ano.

O abrandamento sentido no mercado de trabalho entre abril e junho é também espelhado em termos anuais: apesar de no segundo trimestre ter registado uma taxa de crescimento homóloga de 1,5% face ao mesmo período do ano passado, ficou 0,1 pontos percentuais abaixo da taxa homóloga do primeiro trimestre (1,6%).

Esta tendência não é nova. Os números do Eurostat mostram que o emprego está a abrandar no espaço da moeda única desde o primeiro trimestre de 2022, quanto atingiu uma taxa de crescimento homóloga de 3,1%.

Entre os 11 países que já divulgaram os seus números do mercado de trabalho (Portugal não está incluído), a Estónia foi o país que mais carregou o pé no travão no segundo trimestre, com o mercado de emprego a registar uma contração entre abril e junho de 1,4% face a um crescimento de 4,1% no primeiro trimestre.

Em termos homólogos, o abrandamento do emprego no país báltico foi também sentido, passando de um crescimento homólogo de 5% no primeiro trimestre para um crescimento homólogo de 3,4%.

Destaque ainda para a Espanha que contrariou a tendência europeia, ao registar uma taxa de crescimento homóloga de 3,2% no segundo trimestre, depois de no primeiro trimestre ter-se ficado pelos 2,5%.

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Mercadão aposta na agência Novamedia para reforço na criatividade e comunicação

A Novamedia é agora responsável pela direção criativa, produção audiovisual e apoio diário à comunicação, ativação e melhoria do produto do Mercadão.

O Mercadão iniciou um reforço na sua criatividade e comunicação de marca, contando para isso com a Novamedia como agência criativa e produtora.

A Novamedia é assim responsável por este reforço de comunicação da marca, tendo desenvolvido uma estratégia de reposicionamento, através de ações de ativação e comunicação, estando algumas delas já a decorrer nos meios digitais da marca, onde se incluem dois spots iniciais que serviram para o lançamento do mote do “novo” Mercadão.

“O Mercadão é um serviço de entregas que atua no mercado português há mais de cinco anos. Contudo, ainda há uma parte significativa da população que reside em Portugal que não conhece o Mercadão. Queremos mudar isso e contamos com o apoio da Novamedia para trazer outras formas de chegar a novos clientes“, disse Alexandra Matos, head of content do Mercadão, ao +M.

Com este reforço, a marca pretende assim “estar cada vez mais presentes na mente dos portugueses“, acreditando que “o vídeo tem um poder muito relevante para a interpretação e memorização dos conteúdos”, pelo que “faz todo o sentido contar com uma equipa que nos ajude a trabalhar boas ideias e produzir bons vídeos”, explica a head of content da marca.

“Adicionalmente, para a comunicação ser eficaz, acreditamos que este novo olhar deve ser alargado a outros suportes de comunicação e, nesse sentido, queremos renovar o nosso estilo de comunicação para que fique tudo harmonioso e coerente“, acrescenta Alexandra Matos.

Neste âmbito, a marca decidiu apostar na Novamedia “essencialmente porque têm uma visão sobre que o Mercadão é e como deve ser comunicado, muito alinhada com a nossa. É fácil trabalhar com esta equipa, compreendem o nosso negócio, os nossos desafios e mais do que prestarem um serviço, sentimos que fazem parte da nossa equipa”, conclui Alexandra Matos.

Já para a agência, a oportunidade de trabalhar uma marca como o Mercadão, “é sem dúvida uma grande conquista”, pelo que “encaramos este desafio com bastante ambição e entusiasmo, que nos permitirá exponenciar a nossa experiência, mostrando a uma audiência maior a capacidade criativa e execução da nossa equipa“, explicou ao +M, Luís Novais, responsável da agência.

Em concreto, a Novamedia é assim responsável pela direção criativa, produção audiovisual e apoio diário à comunicação, ativação e melhoria do produto do Mercadão, adiantando Luís Novais que o trabalho será todo feito “in house, como é apanágio da agência, combinando a criatividade e capacidade de produção interna, que nos permite ser capazes de tornar mais eficiente o investimento dos nossos clientes e a rendibilidade do nosso tempo”.

“Um dos objetivos principais é darmos a conhecer o ‘Personal Shopper‘ do Mercadão, um serviço único em Portugal, que faz as compras de supermercado, sem termos de sair de casa e que faz a entrega à nossa porta, à hora combinada. Esta é a verdadeira diferenciação competitiva do Mercadão, e o nosso ponto de partida ao fazer este relançamento da marca”, afirma Luís Novais.

O responsável da agência adiantou ainda ao +M que está a ser preparado o lançamento de uma nova campanha em setembro, para “incremento de notoriedade realce na diferenciação do serviço que presta o Mercadão“. Entretanto a agência tem apostado numa “constante” produção de conteúdo (gráfico, fotográfico e em vídeo) de forma a “alimentar” de este novo conceito de comunicação da marca.

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PSD questiona se PS “quer baixar impostos ou continuar a usar política fiscal para engordar cofres do Estado”

PSD apresenta "reforma fiscal" e questiona se PS "quer baixar impostos ou se continua a usar política fiscal para engordar os cofres do Estado".

O PSD avançou com um conjunto de medidas que diz serem uma “reforma fiscal para Portugal”, que incluem uma redução de IRS e incentivos à permanência dos jovens, questionando se o PS “quer baixar impostos ou se continua a usar política fiscal para engordar os cofres do Estado”. Com o repto lançado, o vice-presidente do PSD, António Leitão Amaro, reitera que “o PS é o caminho de empobrecimento e governação decadente” e que “a alternativa é o PSD”.

O programa assenta em cinco grandes medidas, que contemplam a diminuição de 1.200 milhões de euros do IRS das famílias portuguesas já este ano, a criação do “IRS Jovem até aos 15%”, a atualização obrigatória dos escalões tendo por referência a taxa de inflação, a introdução na lei de um mecanismo para que a Assembleia da República debata o excedente de receita e a isenção de impostos dos rendimentos atribuídos a título de desempenho e produtividade.

Estas propostas foram traduzidas em iniciativas legislativas, sendo que o PSD já marcou um debate potestativo para dia 20 de setembro (três semanas antes do prazo para a apresentação do Orçamento do Estado para 2024) para apresentar, discutir e votar as medidas no Parlamento, adianta o presidente do grupo parlamentar social-democrata, Joaquim Miranda Sarmento, em conferência de imprensa para apresentar este programa fiscal.

Lança assim o apelo para que os restantes partidos acompanhem a medida, nomeadamente ao Governo: “veremos o que a maioria absoluta do PS decide fazer nesse dia”.

A principal medida é então a redução da taxa do IRS, em todos os escalões de rendimentos: começando em 1,5% (1º escalão), 2% (2º), 3% (no 3º 4º, 5º e 6º), e 0,5% e 0,25% nos dois escalões seguintes. Para uma família com duas pessoas que recebem o salário médio, existe uma redução anual de IRS de 235 euros, o que “é um aumento do rendimento disponível correspondente a 2%”, exemplifica Leitão Amaro.

O partido assegura também que as medidas são sustentáveis. Naquela que diz respeito à redução do IRS já para 2023, sinaliza que custará cerca de metade do excesso de receita fiscal estimado para este ano, enquanto as outras propostas “a partir de 2024, obrigam a que o Orçamento do Estado seja organizado prevendo essas medidas”.

O PSD está a preparar estas propostas fiscais já para “integrar o programa eleitoral”, tendo em conta objetivos como reduzir a carga fiscal, otimizar o sistema fiscal e também a reforma da infraestrutura tributária. Questionado sobre o timing deste anúncio, tendo em conta que há eleições no próximo ano, Miranda Sarmento explica que o programa eleitoral do PSD tinha sido feito em dezembro de 2021, altura em que a inflação era muito mais baixa. “As novas circunstâncias implicam alteração de medidas e políticas“, argumenta.

(Notícia atualizada às 11h45)

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Portugal é a terceira economia europeia que mais cresceu. Há três países em recessão

  • Joana Abrantes Gomes
  • 16 Agosto 2023

A taxa de crescimento homóloga do PIB nacional fixou-se em 2,3%, mas este valor representa um abrandamento em relação ao crescimento homólogo de 2,5% registado nos primeiros três meses de 2023.

Portugal está entre as economias da Zona Euro com melhor desempenho no segundo trimestre do ano: entre abril e junho, a economia nacional apresentou uma taxa de crescimento homólogo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3%, segundo a atualização de dados feita esta quarta-feira pelo Eurostat. A performance da economia portuguesa coloca-a em terceiro lugar em termos de crescimento homólogo, a par com Chipre; mas, na comparação com o trimestre anterior, em que cresceu 2,5% na variação homóloga, a economia nacional abrandou.

Em sentido inverso, há nove países cujo PIB contraiu face ao segundo trimestre do ano passado, sendo que três estão mesmo em recessão. Estónia, Hungria e Países Baixos registaram dois trimestres consecutivos de contração da economia, face aos três meses anteriores, o que os coloca em situação de recessão técnica. A Alemanha, o principal motor da economia europeia, escapou à justa, ao apresentar um crescimento nulo no segundo trimestre face ao período de janeiro a março, quando registou uma taxa de crescimento homólogo do PIB negativa de 0,1%.

Melhor desempenho que a economia nacional teve a Irlanda, que registou um crescimento homólogo de 2,8% entre abril e junho e, assim, acelerou em relação ao trimestre anterior — período em que o PIB aumentou 2%. Simultaneamente, é um dos sete países da moeda única a apresentar um crescimento homólogo acima do registado no primeiro trimestre; os outros seis foram a Alemanha, a Estónia, a Eslovénia, a Eslováquia, a Lituânia e a Finlândia.

Com um crescimento homólogo de 2,7% no segundo trimestre, também o PIB da Roménia aumentou mais que a economia portuguesa. Mas, tal como no caso nacional, estes números representam uma desaceleração face aos primeiros três meses do ano, em que a economia romena cresceu 2,9% na variação homóloga.

Espanha, o principal parceiro comercial de Portugal, está entre os países cuja economia mais travou: após crescer 4,8%, em termos homólogos, entre janeiro e março, fechou o segundo trimestre com um crescimento de 1,8%. Dos dados do Eurostat destaca-se também a Itália, que passou de uma taxa de crescimento homóloga de 2% para 0,6%, e ainda a Áustria, cujo PIB contraiu 0,3% no segundo trimestre depois de ter crescido 1,8% no trimestre anterior.

O gabinete europeu de estatísticas confirma ainda que o PIB da Zona Euro terminou o período de abril a junho com um crescimento em cadeia de 0,3%, o que compara com uma taxa de crescimento nula no primeiro trimestre e com uma contração de 0,1% no quarto trimestre. Em termos homólogos, as economias dos 20 países da moeda única cresceram 0,6% no segundo trimestre. Este valor, apesar de ficar acima das previsões dos analistas, situa-se abaixo da taxa de crescimento homólogo de 1,1% registada nos primeiros três meses do ano.

Fonte: Eurostat

Na União Europeia (UE), o crescimento do PIB foi de 1,3% na variação homóloga e de 0,2% na variação em cadeia — no primeiro trimestre, o conjunto das 27 economias europeias tinha crescido 1,6% em termos homólogos e 0,5% na comparação com o trimestre anterior.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h35)

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No que se refere à IA, deixemo-nos de futurologias e fatalismos

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  • 16 Agosto 2023

A IA tem estado na ordem do dia e ferramentas como o Chat GPT têm-se tornado protagonistas de conversas. Entre descobertas e até especulação, as opiniões quanto ao futuro do trabalho dividem-se.

Afinal, “os robôs vão mesmo substituir-nos?”, ou haverá outra forma de perspetivar o que aí vem? Perante estes desenvolvimentos tecnológicos que acontecem à velocidade da luz, devemos sentir-nos preocupados e ameaçados, ou entusiasmados e otimistas?

No contexto empresarial, o tópico da IA vai chegando a cada vez mais organizações, sendo que muitas optam por identificar aqui uma oportunidade para os seus negócios. Um estudo da IDC refere que, em Portugal, o investimento em processos de automação e analytics ultrapassou os 30 milhões de euros no ano passado, e que vai continuar a crescer em média 18% todos os anos, até 2025. Ora, isto dá-nos já algumas pistas sobre a relevância que este tema vai ter a curto e médio prazo.

Perante estes dados e com base no que fomos aprendendo no passado, também eu acredito que devemos abordar a Inteligência Artificial com uma visão positiva e otimista. Se, para as empresas, existe aqui uma oportunidade para potenciar a inovação e a diferenciação, maximizar a eficiência e diminuir os custos, enquanto profissionais, podemos, por exemplo, considerar a possibilidade de reduzir tarefas monótonas e rotineiras, às quais não é possível acrescentarmos verdadeiramente valor, e de orientar o nosso tempo e competências para outras tarefas mais atrativas, motivantes e desafiantes.

Afinal, não nos podemos esquecer que a questão da transformação digital – e, mais especificamente, da automatização – não é nova. Nas últimas duas ou três décadas, o mercado de trabalho sofreu mudanças profundas, transversais aos mais diversos setores e áreas de atividade. No entanto, a verdade é que, ainda que tenhamos assistido à extinção de algumas funções e profissões, que deram lugar à tecnologia e automatização, fomo-nos adaptando ao contexto e acabou por haver uma reorientação do talento para outras áreas, que permitiam acrescentar mais valor.

Neste momento, a grande diferença é que tudo está a acontecer e a evoluir de uma forma muito mais rápida. Quase todos os dias, conhecemos algum tipo de inovação que, há dois ou três anos, julgaríamos inconcebível e digno de um filme de ficção científica. Quase todos os dias, damos por nós a questionar que tipo de implicações é que determinada tecnologia ou ferramenta pode ter para o futuro.

Empresas e colaboradores colocam estas questões, mas também já vão começando a encontrar respostas. Muitos dos processos de transformação por que as organizações têm vindo e estão ainda a passar levam a que o tipo de perfis profissionais procurados também se transforme. A título de exemplo, identificamos já um foco crescente na procura por competências relacionadas com a IA, data science e data analytics, competências essas que poderão servir de base para se repensar e otimizar processos de negócio, tendo em conta as novas tecnologias disponíveis.

Há, portanto, aqui, uma porta que se abre – para a descoberta, para a inovação e, sobretudo, para importantes aprendizagens de parte a parte. Mesmo com a pressão do tempo, existe espaço de manobra para que empresas e profissionais se adaptem a esta nova realidade. A palavra-chave deverá ser “requalificação”, quer dos negócios, quer do próprio talento.

Rute Belo, National Senior Manager da área de Recrutamento e Seleção Especializado da Multipessoal

Rute Belo, National Senior Manager de Recrutamento e Seleção Especializado na Multipessoal

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Há julgados de paz que demoram mais de um ano a resolver conflitos

  • ECO
  • 16 Agosto 2023

O prazo médio de resolução de conflitos pelos julgados de paz aumentou 39 dias em 2022 face a 2017. Juiz que lidera conselho destes tribunais diz que demora "não é compatível" com a sua razão de ser.

Embora tenham sido criados para resolver litígios de menor gravidade mais depressa que a Justiça tradicional, há julgados de paz que estão a demorar mais de um ano a resolver conflitos, noticia o Público (acesso condicionado). O julgado de paz de Cascais é um dos exemplos, tendo demorado uma média de 418 dias a resolver cada processo no ano passado, quando em 2017 lhe bastavam 117 dias.

Os dados dos 25 julgados de paz, que abrangem 70 concelhos, constam no mais recente relatório anual destes tribunais, entregue recentemente no Parlamento. O cenário preocupa o Conselho dos Julgados de Paz, dirigido pelo juiz Vítor Gomes, que reconhece que “a demora não é compatível com a razão de ser dos julgados de paz“. Note-se que o prazo médio de resolução de conflitos chegou aos 238 dias (quase oito meses) em 2022 — cinco anos antes, um litígio demorava uma média de 199 dias a ser solucionado nestes tribunais.

De acordo com o relatório, alguns fatores para o atual estado do setor são “entraves estruturais à celeridade da marcha processual”, “dificuldade em proceder à citação” ou “limitações de acesso às bases de dados públicas para pesquisa da morada do citando”. O documento destaca também a redução da procura dos julgados de paz, que em 2022 tinham 6.577 processos findos contra 10.977 em 2012. Esta queda “aconselha medidas de divulgação, publicidade institucional e visibilidade” que o Conselho dos Julgados de Paz sugere que sejam desenvolvidas pelo Ministério da Justiça e autarquias.

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Kiev acusa Rússia de novo ataque a armazéns de cereais

  • Lusa
  • 16 Agosto 2023

Os armazéns e celeiros ficaram danificados, embora os serviços de emergência tenham conseguido apagar rapidamente os incêndios. Os ataques não provocaram vítimas ou feridos, de acordo com a Ukrinform.

As autoridades ucranianas acusaram esta quarta-feira a Rússia de novos ataques noturnos com drones na região de Odessa, que provocaram danos em armazéns de cereais num dos portos do Danúbio, na região do Mar Negro.

O exército russo atacou com drones por duas vezes o porto de Odeshchyna, disseram fontes regionais citadas pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.

Segundo esta fonte, os armazéns e celeiros ficaram danificados, embora os serviços de emergência tenham conseguido apagar rapidamente os incêndios. Os ataques não provocaram vítimas ou feridos, de acordo com a Ukrinform.

No início de agosto, Kiev já tinha acusado a Rússia por uma série de ataques contra um armazém de cereais em Izmail [região de Odessa], no Danúbio, o que viria a afetar o transporte destes produtos alimentares pela Roménia.

Segundo as autoridades ucranianas, os sucessivos ataques lançados pela Rússia contra as infraestruturas portuárias e industriais da região de Odessa começaram a afetar a rota alternativa através do Danúbio.

Os ataques russos na região sul da Ucrânia aumentaram com o fim do acordo de exportação de cereais ucranianos pelo Mar Negro, em julho, que é crucial para o abastecimento alimentar mundial.

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Sacrifícios exigidos pela crise, pandemia e guerra sobram sempre para os mesmos, diz PCP

  • Lusa
  • 16 Agosto 2023

"As opções políticas de partidos como PS e PSD têm sido “carimbadas pelas ameaças, pelas chantagens e ataques à soberania por parte da União Europeia”, diz Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP disse terça-feira, em Faro, que os sacrifícios exigidos nos últimos anos pela crise, pela pandemia e pela guerra na Ucrânia sobram sempre para uma imensa maioria, enquanto uma pequena minoria aproveita vantagens, oportunidades e lucros.

“Neste momento de profundas contradições em que vivemos, neste momento em que a ilusão, em que a propaganda se confronta com a realidade de todos os dias, com a vida dura de cada um de nós, já sabemos e até vamos antecipando as sempre existentes justificações para que, aos mesmos de sempre, recaiam as faturas dos diferentes acontecimentos”, disse Paulo Raimundo.

Falando num jantar/comício na capital algarvia, o dirigente comunista falou da crise, da pandemia de Covid-19 e da guerra como razões “que não explicam uma verdade absoluta”.

“Em cada drama, e em cada um destes acontecimentos, há sempre uma imensa maioria sobre a qual recaem os exigidos sacrifícios. E há sempre uma pequena minoria para quem sobra sempre as oportunidades, para quem sobra sempre as vantagens e para quem sobra sempre os chorudos lucros”, salientou o secretário-geral do PCP.

Paulo Raimundo destacou que “não há crise, não há epidemia ou não há guerra para os 5% mais ricos do país, que concentram 42% da riqueza criada com o esforço de quem trabalha” e que “não há efeitos da crise, epidemia ou guerra para os grupos económicos que, só no ano de 2022, tiveram 20 milhões de euros de lucro por dia”.

“Não há nada que belisque, nem a crise, nem a epidemia, nem a guerra, os dois mil milhões de euros de lucros que a banca teve só nos primeiros seis meses deste ano. Não há crise, não há epidemia, não há guerra para os 1.000 milhões de euros que saem, por ano, do país, para paraísos fiscais”, prosseguiu.

O dirigente comunista questionou depois: “Mas a crise, epidemia e a guerra só sobram para os três milhões de trabalhadores, 70% de toda a força de trabalho que recebem até 1.000 euros de salário bruto por mês ou só sobram para os 2 milhões de pessoas na pobreza, das quais 300 mil são crianças? Mas a crise, epidemia ou a guerra só têm consequências na vida dos 400 mil idosos que recebem até 551 euros por mês de pensão? Para as centenas de milhares de jovens que não conseguem sair de casa dos pais, ou emancipar-se, ou constituir família?”

Paulo Raimundo garantiu que o partido que lidera não menospreza as dificuldades e efeitos da crise, da pandemia e da guerra, notando que o caminho traçado nesses momentos tem sido “sempre ao serviço dos grupos económicos”, em detrimento do povo, dos trabalhadores e da maioria. “É por isso que estamos na miséria e eles estão com os bolsos cheios”, sublinhou.

O secretário-geral do PCP declarou que as opções políticas de partidos como PS e PSD têm sido “carimbadas pelas ameaças, pelas chantagens e ataques à soberania por parte da União Europeia”, lembrando, na sequência, o caso da empresa Efacec.

A 7 de julho, a Autoridade da Concorrência foi notificada da aquisição da Efacec pela Mutares. A Mutares anunciou, em 23 de junho, que já tinha assinado o acordo para a aquisição da Efacec ao Estado, por um valor não revelado, estando a conclusão da transação prevista para o terceiro trimestre de 2023.

Paulo Raimundo afirmou que o Governo e a UE vão procurar “concretizar a privatização da Efacec, perdoando, pasme-se, 113 milhões de euros de dívida à empresa Mutares”.

“Perdemos uma empresa de grande potencial, perdemos o dinheiro que o Estado já lá investiu e ainda se perdoam 113 milhões de euros de dívida. Vamos lá ver se, no final de todo este processo da Efacec, não vamos ter mais um negócio em que quem compra a empresa volta a comprá-la com o dinheiro da própria empresa, como assistimos com a TAP”, referiu.

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Candidaturas a novo apoio à eficiência energética dos edifícios residenciais abrem esta quarta-feira

  • Lusa
  • 16 Agosto 2023

Com uma verba de 100 milhões de euros, o novo programa de apoio à eficiência energética dos edifícios residenciais vai financiar a 85% a substituição de janelas e instalação de painéis fotovoltaicos.

O prazo para apresentação de candidaturas ao novo programa de apoio à eficiência energética dos edifícios residenciais, para financiar a 85% a substituição de janelas e instalação de painéis fotovoltaicos, abre esta quarta-feira.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, anunciou, em 18 de julho, um novo programa de apoio à eficiência energética dos edifícios residenciais, com dotação total de 100 milhões de euros, para financiar a 85% a substituição de janelas e instalação de painéis fotovoltaicos, entre outros.

O novo Programa de Apoio Edifícios Residenciais + Sustentáveis 2023 (3C 2023) terá uma dotação total de 100 milhões de euros, sendo que este primeiro aviso vai mobilizar 30 milhões de euros, para candidaturas a submeter entre esta quarta-feira e 31 de outubro.

Este apoio vai financiar a 85% a substituição de janelas, a instalação de painéis fotovoltaicos e isolamentos de base natural, entre outros, e só serão considerados elegíveis imóveis de habitação permanente.

De acordo com o aviso de abertura de concurso publicado na página do Fundo Ambiental na internet, podem ser apoiadas intervenções de substituição de janelas não eficientes por janelas eficientes, de classe energética igual a A+, a aplicação ou substituição de isolamento térmico em coberturas, paredes ou pavimentos, sistemas de aquecimento e/ou arrefecimento ambiente e de águas quentes sanitárias (AQS) que recorram a energia renovável, de classe energética A+ ou superior, a instalação de sistemas fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energia renovável para autoconsumo com ou sem armazenamento e ainda intervenções que visem a eficiência hídrica.

Cada beneficiário está limitado a um incentivo total máximo de 7.500 euros, por edifício unifamiliar ou fração autónoma, descontando-se os montantes apoiados na segunda fase do anterior Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis.

Adicionalmente, as candidaturas relativas a edifícios localizados fora dos distritos de Lisboa e Porto têm uma majoração de 10% no limite máximo de incentivo por tipologia de intervenção.

Segundo o aviso, caso o montante apoiado por beneficiário neste primeiro aviso seja igual ou superior a 5.000 euros, o candidato tem obrigatoriamente de apresentar o certificado energético do imóvel intervencionado, antes e após execução.

O Fundo Ambiental disponibiliza toda a informação sobre as condições do apoio em https://www.fundoambiental.pt/ficheiros/2023/aac-paes-iii-pdf.aspx.

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