Avaliação bancária das casas dá maior salto de sempre e atinge novo recorde

Banca voltou a rever em alta os preços das casas pelo oitavo mês seguido, com a avaliação bancária das habitações a atingir um novo valor recorde de 1.356 euros por metro quadrado.

O valor das casas calculado pelos bancos na hora de conceder crédito deu o maior salto de sempre em abril. O valor médio de avaliação bancária na habitação para o total do país aumentou 25 euros no mês passado, fixando-se em 1.356 euros por metro quadrado, naquele que também é o registo mais elevado desde janeiro de 2011, quando começa a série do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O valor médio da avaliação bancária tem como base inquéritos aos bancos no âmbito da concessão de crédito à habitação às famílias.

Ao estar a subir de forma ininterrupta desde agosto do ano passado (oito meses de subidas), os dados demonstram a grande confiança das instituições financeiras nos empréstimos para a compra de casa, apesar das eventuais preocupações com a guerra da Rússia contra a Ucrânia e com o apertar dos juros por parte do Banco Central Europeu (BCE).

Com este valor, uma casa com 100 metros quadrados estará avaliada pelos bancos em 135.600 euros em termos médios nacionais (e por referência), havendo diferenças de valores de região para região.

O valor atribuído pelos bancos tem acompanhado a trajetória de valorização das casas nas transações nos últimos anos — geralmente, a avaliação dos bancos é feita acima do preço a que as habitações são efetivamente vendidas — e também o aumento dos financiamentos para a aquisição de casa — havendo mais procura, os preços tendem a subir.

A subida dos custos das matérias-primas, nomeadamente para construção e obras nas casas, também poderá ajudar a explicar a evolução da avaliação dos bancos.

Avaliação das casas continua a subir

Fonte: INE

As cinco regiões de Portugal Continental registaram subidas mensais, com os maiores avanços a serem observados na Área Metropolitana de Lisboa (+28 euros para 1.806 euros por metro quadrado), Norte (+18 euros para 1.156 euros por metro quadrado) e Centro (+16 euros para 962 euros por metro quadrado).

Alentejo e Algarve registaram aumentos de 10 euros e 11 euros para 938 euros e 1.811 euros por metro quadrado, respetivamente, enquanto a Madeira e Açores tiveram descidas de quatro e cinco euros.

Por tipologia de habitação, avaliação média bancária das moradias no país decresceu 16 euros para 1.083 euros por metro quadrado, os apartamentos dispararam 31 euros para 1.507 euros por metro quadrado.

(Notícia atualizada às 11h40)

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Coreia do Norte reporta mais de 100 mil casos de “febre”. Procura coronavírus em rios e lagos

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Agência de notícias estatal norte-coreana fala em "escrupulosa operação" para atualizar a "política profilática" do Estado, tendo reportado mais de 100 mil casos de "febre" esta sexta-feira.

A Coreia do Norte está a rastrear o coronavírus em rios e lagos, a promover a desinfeção de aterros e esgotos e a monitorar animais selvagens que podem ser portadores do vírus, noticiou esta sexta-feira a “comunicação social” local.

A agência de notícias estatal KCNA publicou uma notícia a relatar a “escrupulosa operação” que está a ser realizada para atualizar a “política profilática” do Estado após a deteção, em 12 de maio, do coronavírus no país, pela primeira vez desde o início da pandemia.

A notícia adianta que foram instalados “postos anti-epidemia” em 1.840 pontos “para intensificar a desinfeção de peões e veículos” e que existem outros 1.830 postos para “vigilância apertada” de animais selvagens.

As autoridades norte-coreanas relataram cerca de 100.460 novos casos de pessoas com “febre” (um termo usado pelo regime para casos suspeitos, devido à falta de capacidade de teste).

Desta forma, mais de 3,27 milhões já contraíram a “febre” desde o final de abril, com 3,03 milhões já recuperados, cerca de 233.090 ainda em tratamento e 69 óbitos possivelmente ligados à Covid-19.

Os números que foram publicados apontam para uma propagação surpreendentemente rápida do novo coronavírus (13,2% da população nacional já teria sido infetada) e uma mortalidade invulgarmente baixa num país que não tem vacinas.

No entanto, os serviços de inteligência sul-coreanos acreditam que muitas dessas “febres” podem ser outras doenças, como sarampo ou febre tifoide.

Especialistas acreditam que a Coreia do Norte, que não administrou uma única vacina e teve as suas fronteiras fechadas desde o início de 2020, não está disposta a aceitar doações de vacinas contra a Covid-19.

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Bruxelas prepara plano contra risco de “rutura total” do fornecimento de gás russo à UE

A comissária europeia da Energia considera que qualquer Estado-membro está em risco de ver uma rutura total nas importações de gás a partir de Moscovo.

A Comissão Europeia está a desenvolver planos de contingência para responder à eventualidade de a Rússia cortar o abastecimento de gás natural ao continente. O alerta feito pela comissária europeia da Energia sublinha que qualquer Estado-membro está em risco de ver o acesso ao gás russo ser comprometido.

De acordo com o Financial Times (FT), estão a ser concentrados esforços para armazenar o máximo de gás russo possível, numa altura em que Kadri Simson considera que o bloco está em condições de substituir a maioria das entregas da Rússia ainda este ano. No entanto, frisa que mais teria que ser feito caso Moscovo avance com uma “interrupção total” do fornecimento de gás.

A publicação britânica avança com base em fontes próximas do processo que os planos deverão incluir medidas para racionar o fornecimento de gás para a indústria, poupando as famílias. De referir que 27% do gás russo na União Europeia tem como destino a indústria, sendo que a produção de produtos químicos, cerâmica, alimentos e a produção de vidro são os maiores consumidores.

Recorde-se que na sequência da invasão da Ucrânia pelas tropas russas e da aplicação de sanções, o Kremlin aprovou um decreto que obriga aos clientes do Ocidente a efetuar pagamentos do gás em rublos em vez de euros ou dólares, caso contrário esse fornecimento seria interrompido. No entanto, esse decreto foi alterado

Até ao momento, o fornecedor de gás estatal russo Gazprom já avançou com cortes na Polónia, Bulgária e Finlândia por não cumprirem com essa condição, ainda que o decreto tenha sofrido alterações mais tarde por ser uma “clara violação das sanções”, explicou Simson. As novas orientações permitem que os compradores de gás russo abram uma conta no Gazprombank e paguem em euros ou dólares, que serão depois convertidos em rublos pelo banco.

“Estamos perante uma situação em que qualquer Estado-membro pode ser o próximo [a ser cortado]”, referiu Simson em entrevista ao FT. “Até agora, conseguimos dar resposta às preocupações de segurança do abastecimento desses três Estados-membros, principalmente com a ajuda da solidariedade dos [países] vizinhos”, garantiu.

Na mesma entrevista, a governante garantiu que a Comissão Europeia fará esforços para proteger as principais cadeias de abastecimento de alimentos, segurança e produtos de saúde e segurança, insistindo que é “possível” substituir dois terços do gás russo ainda este ano.

Só este ano, os 27 Estados-membros receberam entregas recorde de gás natural liquefeito permitindo-lhes começar a reabastecer os reservatórios subterrâneos. Segundo o FT, a 25 de maio, os reservatórios estavam 44% cheios, em comparação com 36% no ano anterior.

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Deco quer apoio de 60 euros para cabaz alimentar alargado até dezembro

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor considera que apoio de 60 euros “é claramente insuficiente” face ao valor que uma família gasta em média por mês.

A associação Deco pediu ao Governo que aumente o apoio de 60 euros ao cabaz alimentar das famílias, acompanhando a inflação, o mantenha mensalmente até dezembro e alargue a famílias numerosas e com quebras de rendimento.

O apoio ao cabaz alimentar das famílias mais vulneráveis, que pretende atenuar o aumento dos preços dos bens alimentares, foi criado para ser pago uma só vez pela Segurança Social, em abril, aos beneficiários da tarifa social de eletricidade, registados em março (762.320 famílias), mas acabou alargado aos beneficiários de prestações sociais mínimas que não estão abrangidos pela tarifa social.

Segundo fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o alargamento da medida resultará no pagamento do apoio a “mais de 280 mil famílias”. No total, o apoio irá chegar assim a mais de um milhão de famílias.

O primeiro apoio foi pago em 29 de abril e esta sexta-feira é pago pela segunda vez a todas as famílias em que pelo menos um dos membros do agregado familiar é beneficiário de uma das prestações sociais mínimas – como subsídio social de desemprego, pensão social de velhice, Complemento Solidário para Idosos (CSI) e Rendimento Social de Inserção (RSI) e ainda aos agregados em que uma das crianças é titular de abono de família do 1.º ou 2.º escalão ou que o rendimento de referência apurado corresponde a situações de pobreza extrema.

A Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor considera positivo a criação deste apoio de 60 euros e o seu alargamento a mais famílias, mas lembra que as previsões não apontam para um aliviar dos preços, muito pelo contrário, e que à previsão de inflação acresce a incerteza da duração temporal desta medida, que se desconhece se será prolongada.

Tendo em conta a incerteza da duração temporal desta medida, consideramos que fica um bocadinho aquém das expectativas das famílias portuguesas”, afirmou a jurista do gabinete de apoio ao consumidor da Deco, Ingride Pereira, em declarações à Lusa.

A associação diz notar já um “acréscimo” de pedidos de ajuda de consumidores com dificuldade em fazer face aos aumentos de preços, famílias a recuperar da pandemia da Covid-19, que ainda não acabou, e que estão a ser confrontadas com aumentos nos preços da energia, dos combustíveis e, mais recentemente, dos bens alimentares.

A associação defende que esta medida deveria ser prorrogada, pelo menos enquanto se mantiver a atual situação inflacionista e defende que o apoio ao cabaz alimentar não pode ser retirado “nunca antes do final de 2022”.

Além disso, a associação defende que o apoio tem de começar a abranger, por exemplo, famílias que têm sofrido com a crise e que registam quebras no seu rendimento superior a 20%, devido a desemprego ou encerramento de negócios, e ainda famílias numerosas também muito afetadas com os aumentos de preços.

Quanto ao valor do apoio, de 60 euros, a associação diz que tem de ser ajustado face às previsões de inflação, porque “é claramente insuficiente” face ao valor que uma família em média gasta por mês, não só em compras no supermercado mas também em bens essenciais, como a energia e os transportes, que subiram de preço.

“Enviámos [na quinta-feira] uma missiva ao Governo […] esperamos que as nossas reivindicações sejam acolhidas”, afirmou Ingride Pereira, reforçando que é insuficiente apoiar famílias com 60 euros por mês porque “chega para muito pouco”.

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Digitalizar processos de uma seguradora com foco nas pessoas

  • ECOSeguros + Cleva Inetum
  • 27 Maio 2022

A digitalização dos processos de negócio é essencial para uma companhia de seguros conseguir vingar no mercado, mas esta não pode excluir a componente de humanização: as pessoas.

Uma conversa pode ser definida como uma troca de palavras, de opiniões ou de ideias entre duas ou mais pessoas sobre um tema abstrato ou definido. Na prática, as conversas fazem parte do nosso dia-a-dia e são uma experiência única enquanto seres humanos.

Num mundo em que as mudanças são uma constante, fortemente motivadas pelas novas necessidades dos clientes, é expectável que muitas conversas ocorram com o propósito de debater estas mudanças e de como as empresas estão a reagir ou a impulsionar às mesmas. Neste sentido, no passado mês de abril de 2022, realizou-se uma webtalk promovida pelo ECOseguros, onde participou a Cleva Inetum, cujo principal tema de debate foi a digitalização ágil dos processos de uma seguradora.

Nesta conversa, foi possível explorar vários assuntos transversais às seguradoras e relacionados com os processos de negócio, nomeadamente a modernização e a digitalização dos processos de negócio, os canais de comercialização, a gestão das pessoas e a tecnologia.

A modernização dos processos de negócio é essencial para uma companhia de seguros conseguir vingar no mercado. Esta modernização não passa apenas por uma revisão das operações executadas internamente nas seguradoras. Há, naturalmente, o forte envolvimento dos canais de comercialização e das pessoas. Sem uma gestão equilibrada destes intervenientes, a modernização pretendida pela seguradora pode não ser bem conseguida.

"A tecnologia é a base para o processo de digitalização de uma seguradora, impactando tanto no relacionamento com o cliente como na otimização dos processos de negócio.”

Efetivamente, os mediadores de seguros representam uma companhia de seguros e são o primeiro contacto do cliente. Assim, os mediadores de seguros são parte integrante dos processos de negócio e são primordiais para a respetiva modernização. Naturalmente que a modernização inclui automatização e, consequentemente, menos intervenção humana. Mas também é um facto que esta realidade permite ao mediador de seguro focar a sua área de atuação noutros aspetos, como sejam conhecer melhor o cliente e ajudá-lo na escolha de soluções.

Por outro lado, as pessoas estão no centro da digitalização. Não há dúvidas de que os processos de negócio têm de ser ajustados, mas a introdução de tecnologias não é suficiente. É fundamental considerar o aspeto humano neste novo paradigma, até porque a transformação digital tem o poder de potencializar características humanas como a inspiração. Há uma tendência mundial que coloca a transformação digital em paralelo com a humanização da tecnologia. Isto é, dar relevância ao aspeto humano em toda a cadeia de valor de uma seguradora, desde que o cliente contacta a seguradora para a subscrição de um produto até à reclamação de um sinistro, que muito provavelmente vai envolver novos clientes – os sinistrados.

"O uso adequado de tecnologia significa uma melhor seguradora. Contudo, este uso tecnológico deve ser acompanhado da dimensão humana”

Estes clientes estão fortemente impulsionados pelo uso da tecnologia, em que assumem uma postura altamente interativa com as seguradoras. A tecnologia é a base para o processo de digitalização de uma seguradora, impactando tanto no relacionamento com o cliente como na otimização dos processos de negócio. Procura-se que a customer journey seja realizada maioritariamente por meios digitais e que a comunicação com o cliente seja feita quase em tempo real, principalmente quando estamos a falar em sinistros.

Assim, pode-se dizer que o uso adequado de tecnologia significa uma melhor seguradora. Contudo, este uso tecnológico deve ser acompanhado da dimensão humana, no sentido de criar engagement com os clientes. De facto, a inteligência emocional será considerada como uma competência pessoal muito apreciada no futuro. E é aqui onde as companhias de seguros devem apostar: usar a tecnologia sim, mas com uma forte componente de humanização.

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As contas do PS: OE teve 119 propostas de alteração, 66 da oposição. Siga aqui

Deputados terminam a discussão do Orçamento do Estado para 2022 e avançam para a votação final global do documento.

Depois de quatro dias em que os deputados debateram e votaram todos os artigos do Orçamento do Estado, bem como todas as propostas de alteração, chega finalmente o dia da votação final global. O documento, que já tem aprovação garantida, sai do Parlamento com alguns contributos dos partidos, nomeadamente propostas do PAN e Livre que o PS viabilizou.

Os deputados vão começar por discutir normas avocadas, que foram votadas na especialidade e chamadas ao plenário, seguindo-se depois a votação final do OE. A aprovação é o culminar de um longo processo, depois de a proposta anterior ter sido chumbada em outubro, levando à dissolução da Assembleia da República.

Acompanhe aqui:

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Pandemia aumenta desigualdade e reforça urgência de baixar dívida

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Estudo da FFMS concluiu que a pandemia de Covid-19 teve um impacto maior nos trabalhadores com relações de trabalho mais precárias.

A pandemia de covid-19 reforçou a urgência da redução do endividamento, bem como as desigualdades já existentes, penalizando os mais jovens, menos experientes, com menor escolaridade e os que têm “relações de trabalho mais precárias”, segundo um estudo.

“A pandemia parece assim ter reforçado desigualdades anteriores. Penalizou os mais jovens, menos experientes, e os menos escolarizados. Teve um impacto maior nos trabalhadores com relações de trabalho mais precárias”, concluiu a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) no estudo “Um novo normal? Impactos e lições de dois anos de pandemia em Portugal”.

De forma geral, a covid-19 veio assim expor e acentuar problemas que já existiam, associados “à segmentação do mercado do trabalho português”, levando à convivência de “um elevado grau de rigidez e proteção no emprego de trabalhadores mais velhos e qualificados com mecanismos compensatórios de flexibilidade que afastam sobretudo os mais jovens de relações duradouras de trabalho”.

Segundo a fundação, confirmando-se a natureza estrutural da recomposição da atividade económica, surge um “potencial desajustamento” entre o stock de capital humano e a procura de qualificações e competências.

Em Portugal poderá implicar um “difícil trade-off” entre o aumento da produtividade e a diminuição da exclusão, situação que pode ser atenuada caso se mantenham “artificialmente” empresas e empregos “pouco produtivos”, contudo isto acarreta o risco de “deprimir” o crescimento da economia nacional.

Neste sentido, tanto o desenho dos apoios públicos como o seu timing têm que negociar esse trade-off.

“Deste modo, o reforço da capacidade para reconverter carreiras e competências parece, ao fim de dois anos, um aspeto decisivo para assegurar que a economia portuguesa não se veja confrontada com uma escolha entre produtividade e igualdade”, acrescentou.

Por outro lado, a crise provocada pela pandemia veio reforçar a urgência da contração do nível de endividamento da economia portuguesa, bem como o seu respetivo crescimento.

A isto, conforme apontou, acresce a dúvida sobre a persistência ou a transitoriedade dos aumentos de preços.

No que se refere à recuperação económica a nível europeu, a FFMS disse que o facto de esta ainda estar incompleta sugere que a implementação das agendas de crescimento, que orientam os programas de recuperação e resiliência, permanece relevante.

Adicionalmente, estas podem levar ao aumento do dinamismo no mercado do trabalho, o que classificou como um objetivo desejável ao longo prazo.

Porém, a perspetiva de uma subida das taxas de juro tem “riscos substanciais” para a sustentabilidade da dívida dos países periféricos e para a recuperação do impacto económico gerado durante a pandemia.

“Para todos estes desafios, a capacidade de agência da economia portuguesa é muito limitada”, referiu, notando que a guerra na Ucrânia cria um novo “foco de incerteza” que vai influenciar, diretamente, estes desafios e reforçar a “tal falta de capacidade de agência”.

Este estudo tem por base, entre outras fontes, um inquérito de opinião, que foi aplicado em duas vagas.

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Sindicatos dos trabalhadores da TAP querem reunião com administração até 3 de junho

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Além do pedido de uma reunião com a administração da companhia, os nove sindicatos alegam que os trabalhadores continuam a financiar a TAP.

Os principais sindicatos representativos dos trabalhadores da TAP decidiram na quinta-feira pedir uma reunião presencial com a administração da empresa, para decorrer até 3 de junho, e marcar nova reunião para dia 6 para “deliberar novas medidas”.

Num comunicado conjunto, os nove sindicatos, que se reuniram na quinta-feira em Lisboa, além de anunciarem o pedido de reunião com a administração, tecem várias críticas às políticas que estão a ser seguidas pela empresa.

Afirmando que “os trabalhadores não estão em saldo e exigem respeito”, os sindicatos dizem que os trabalhadores “continuam a financiar a companhia”.

Os sindicatos, que representam “a esmagadora maioria dos trabalhadores” do grupo TAP, lembram que no Plano de Reestruturação todos os trabalhadores viram “os seus salários drasticamente reduzidos”.

Mas recordam também palavras da administração de que a TAP “está a caminho de atingir este verão 90% da sua operação de 2019, algo previsto pelo Governo apenas em 2024”.

Dizem os sindicatos que o Plano de Reestruturação foi justificado pela emergência da pandemia de Covid-19, que os acordos temporários com os trabalhadores devem ser “adaptados à realidade” e que “os trabalhadores da TAP continuam a financiar a companhia numa altura em que a empresa atinge índices operacionais muito positivos, com níveis pré-pandemia” da Covid-19.

“Ao mesmo tempo, a administração mantém injustificadamente em curso um processo de reestruturação, completamente desajustado da realidade, com graves prejuízos para os trabalhadores”, acusam os sindicatos.

Entre os nove sindicatos que assinam o documento estão o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).

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Efacec conclui projeto de 50 milhões de euros na Dinamarca

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Empresa portuguesa anunciou conclusão do projeto do metro ligeiro de Odense, na Dinamarca, que será inaugurado este sábado. Diz ser "um dos maiores projetos de engenharia nacional".

A Efacec anunciou esta sexta-feira a conclusão do projeto do metro ligeiro de Odense, na Dinamarca, cuja componente eletromecânica desenvolveu integralmente num contrato de 50 milhões de euros, apresentado como “um dos maiores de engenharia portuguesa na mobilidade sustentável”.

A inaugurar no sábado, cinco anos após a adjudicação a um consórcio constituído pela Efacec e pelas espanhola COMSA e dinamarquesa MUNCK, o metro ligeiro de Odense é destacado pela empresa portuguesa como “um dos maiores projetos de engenharia nacional, bem como o mais complexo e abrangente ao nível de aplicação de valências, realizado a nível internacional na área da mobilidade pela Efacec”.

“A Efacec foi responsável por desenvolver e instalar a componente eletromecânica do projeto, tendo a sua tecnologia sido integrada em todos os sistemas de energia, telecomunicações, sinalização e centros de comando”, precisa a empresa portuguesa num comunicado hoje divulgado.

Segundo salienta, “adicionalmente às exigências típicas de um projeto com as características das do metro ligeiro de Odense, de elevada complexidade e sofisticação tecnológica, a Efacec teve de dar resposta aos mais diversos desafios durante a fase de implementação do projeto”, desde “a execução em plena crise pandémica a Covid-19, até à resolução de condicionantes de circulação de pessoas e de trânsito (viaturas e bicicletas) no decurso da obra, numa cidade sem experiência de convivência com um sistema de metro”.

Iniciado em junho de 2017, o projeto do metro de Odense contempla 14 quilómetros de linha, 26 estações de superfície, um centro de comando, 16 veículos e 56 cruzamentos, num orçamento global de 3.000 milhões de coroas (a preços de 2014), prevendo-se que transporte diariamente 35.000 passageiros.

“É um projeto notável e emblemático que moldará o futuro de Odense, com soluções integradas nos campos da energia, mobilidade e ambiente, com a conectividade digital presente, áreas ‘core’ [centrais] da Efacec”, enfatiza a empresa.

Já para a Efacec, sublinha, assume-se como “uma montra dos produtos e soluções de mobilidade sustentável” da empresa e “um projeto referência que potenciará novas oportunidades, nomeadamente ao nível da participação em outros concursos internacionais”.

“Tal como projetos anteriores foram impulsionadores para a conquista deste projeto, outros projetos surgirão pelo sucesso e participação da Efacec no metro ligeiro de Odense”, acredita.

Citado no comunicado, o chairman e presidente executivo (CEO) da Efacec, Ângelo Ramalho, considera que “a inauguração do metro ligeiro de Odense é mais uma evidência da competitividade tecnológica da Efacec e da capacidade de execução das suas equipas, nos mais diversos ambientes”.

“O metro ligeiro de Odense é um projeto emblemático na área da mobilidade e é um ‘showroom’ vivo das diversas competências tecnológicas necessárias à execução de um projeto desta natureza. Todas desenvolvidas e entregues pela Efacec”, sublinha.

Ramalho acrescenta que “a importância do projeto, a grande diversidade e integração de soluções tecnológicas fornecidas e a execução eficiente permitem à Efacec reforçar a sua competitividade e consolidar o seu lugar referência no setor mundial metro ferroviário”.

De acordo com a empresa portuguesa, o projeto do metro ligeiro de Odense é o que, em todo o seu portfólio, “integra o maior número de sistemas e valências made by Efacec”, desde as subestações de tração à catenária, sinalização ferroviária, comunicações, informação ao público, videovigilância, telefonia, sistema de localização de veículos e centro de controlo.

A equipa da Efacec envolvida no projeto contou com mais de 150 colaboradores das unidades de negócio de ‘Transportes’, ‘Automação’ e ‘Transformadores e Aparelhagem’. No total, estiveram envolvidas, entre parceiros e fornecedores, 214 empresas de 16 países.

Também citado no comunicado, o diretor da Unidade de Transportes da Efacec, Pedro Pinto, reforça que a empresa é, “a nível nacional, a única com as competências em todas as vertentes tecnológicas exigidas pelo projeto”, salientando que “para a sua conquista foi essencial o sucesso no metro de Dublin e de Bergen, assim como de outros projetos emblemáticos na área da mobilidade inteligente e sustentável desenvolvidos pela Efacec no mercado nacional e internacional”.

A experiência da Efacec no fornecimento de sistemas eletromecânicos para metros e metros ligeiros remonta há mais de 25 anos, tendo-se iniciado com o fornecimento de subestações para o metro de Lisboa.

“Dessa data até ao momento, os projetos foram-se sucedendo”, refere a empresa, recordando que, “em 1997, teve uma participação muito significativa na construção da rede do metro do Porto, a que se seguiram múltiplos projetos semelhantes em diversas geografias: Messina (Itália), Tenerife e Cádiz (Espanha), Argel, Oran e Constantine (Argélia), Nottingham (Reino Unido), Rio de Janeiro (Brasil), Dublin (Irlanda) e Bergen (Noruega)”.

Atualmente, a Efacec está a participar na construção da fase 4 do Metro de Bergen (Noruega), da Linha Sydavnen do metro de Copenhaga (Dinamarca) e da extensão da Linha Amarela e nova linha circular do metro do Porto (Portugal).

Com atividade nos setores da energia, mobilidade e ambiente, a Efacec atua como fornecedor de soluções e de sistemas integrados EPC (Engineering, Procurement and Construction) e parceiro de serviços O&M (Operations & Maintenance), estando presente em mercados estratégicos como a Europa, EUA, América Latina, Ásia, Médio Oriente, Magrebe e África Subsariana.

A Efacec está em pleno processo de venda à portuguesa DST SPGS, tendo o ministro da Economia, António Costa Silva, dito recentemente que esperava finalizar o negócio até ao final de junho, no âmbito da reprivatização da empresa.

Entretanto, a Autoridade da Concorrência (AdC) adotou uma decisão “de não oposição” à operação, depois de, em 29 de abril, o grupo DST ter notificado o regulador da aquisição do controlo exclusivo da Efacec.

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Futuro do mutualismo passa pelo alargamento de serviços e benefícios

  • Lusa
  • 27 Maio 2022

Estudo do ISCTE concluiu que o futuro do movimento mutualista tem de passar pelo alargamento de serviços e benefícios e mudar o foco das ofertas tradicionais para um modelo flexível e diversificado.

O futuro do movimento mutualista tem de passar pelo alargamento de serviços e benefícios e mudar o foco das ofertas tradicionais para um modelo flexível e diversificado, conclui um estudo do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE).

Segundo o relatório final do Estudo de Caracterização do Movimento Mutualista em Portugal, elaborado para a União das Mutualidades Portuguesas, e coordenado por Luís Capucha, a saúde, as pensões complementares, as respostas sociais, a literacia e formação, os seguros e as iniciativas de integração comunitária destacam-se entre as áreas de crescimento.

“O desenvolvimento destas áreas é fundamental para a sustentabilidade financeira das instituições e para a captação de associados”, refere o estudo a que a Lusa teve acesso.

Os serviços na área da saúde, as farmácias sociais e a comparticipação de medicamentos têm vindo a “crescer exponencialmente” no associativismo mutualista, mas “revelam ainda um potencial muito grande de crescimento”, embora seja realçado que a sustentabilidade depende de um trabalho em rede e de estruturas profissionalizadas.

A exploração de nichos com reduzida oferta pública, como a saúde oral ou a fisioterapia e reabilitação são apontadas como vertentes onde o mutualismo “pode ser competitivo e ter um papel relevante”.

De acordo com o mesmo documento, a promoção de produtos como cartões de acesso a cuidados de saúde “pode ser reforçada” e o projeto do seguro de saúde mutualista “mantém a sua pertinência”, mas precisa de dimensão e volume de negócios.

As caixas económicas e os seguros são valências que têm vindo a perder espaço e o estudo sugere que “áreas como o microcrédito e os seguros de cobertura de risco social podem ser vias para a manutenção da presença mutualista nestes setores”.

Outras das áreas de expansão apontadas são os serviços sociais e culturais, nomeadamente na terceira idade, o turismo social e serviços de apoio às famílias, como creches, escolas ou espaços de ocupação dos tempos livres.

Potenciar um cluster, através da criação de residências para associados na terceira idade, complementadas com seguros, serviços de saúde e atividades sociais e culturais são soluções indicadas pelo relatório como um “exemplo inovador neste campo”.

“O desenvolvimento destas áreas também pode ser uma forma de captação de associados mais jovens, que querem beneficiar de serviços de qualidade no imediato e antecipar necessidades futuras”, é referido.

Para que isso aconteça, “a qualidade dos produtos é fundamental”, para se distinguirem positivamente das ofertas públicas existentes, a um custo competitivo relativamente ao setor privado.

“O futuro do mutualismo passa ainda, forçosamente, pela introdução de elementos de inovação nos produtos e projetos desenvolvidos”, defende o estudo, que acrescenta a importância do trabalho em rede (como 69% já trabalham), da partilha de boas práticas entre associações, da aposta na qualificação dos recursos humanos, da flexibilização e destacou a capacidade de adaptação das mutualistas ao longo dos tempos, para responderem às necessidades emergentes.

Embora a diversificação das ofertas de serviços e produtos sociais seja mencionado como “um caminho inevitável”, o documento alerta que este processo não pode perder de vista “a orientação primeira das associações para os seus associados”.

O mutualismo, movimento civil de solidariedade e previdência, que visa promover os valores da reciprocidade, da proteção e do desenvolvimento integral dos sujeitos, existe há 200 anos e contava em 2018 com 101 associações, com maior presença nos distritos do Porto e Lisboa.

O mesmo estudo frisou este é “um setor dinâmico, com uma capacidade instalada ao nível dos equipamentos e serviços por todo o território nacional, que disponibiliza benefícios e serviços sociais a mais de um milhão de associados e 2,5 milhões de beneficiários” e que ao nível da previdência desenvolve-se numa lógica de complementaridade à ação do Estado, “em concorrência com as empresas de mercado”, e que tem nas quotizações dos sócios metade da receita do seu financiamento.

A atividade principal desenvolvida pelas associações mutualistas são os serviços sociais, que concentram 70% das entidades.

A dificuldade em captar jovens e mulheres associados, a falta de visibilidade e reconhecimento, que se traduz, por exemplo, na ausência de referência ao setor no Plano de Recuperação e Resiliência, e as “dificuldade de competitividade das ofertas mutualistas perante a concorrência agressiva do setor privado” são obstáculos sublinhados no documento.

A implantação nos territórios, tendo um papel de “desenvolvimento económico e social”, a capacidade instalada e a crescente necessidade de ofertas sociais complementares são vistas como oportunidades do movimento mutualista.

O estudo acrescenta que o crescimento estratégico e sustentado, a ampliação de valências e alargamento da rede, a modernização de instrumentos de gestão e implementação de instrumentos de planeamento e a aposta na divulgação do mutualismo são as áreas de intervenção prioritária.

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Cinco empresas têm de nomear administradoras para evitar multa

  • ECO
  • 27 Maio 2022

CMVM identificou cinco cotadas em Lisboa que não cumprem as regras de equilíbrio de género nas administrações, que arriscam multas se não promoverem alterações nos seus órgãos sociais.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) diz que há cinco empresas cotadas na bolsa de Lisboa que não cumprem a lei sobre o equilíbrio de género nas administrações, avança o Expresso (sem link).

Assim, se não promoverem alterações nos seus órgãos sociais ao longo do próximo ano, estas cotadas arriscam multas da parte do regulador financeiro, que não identifica as empresas sobre as quais emitiu uma declaração de incumprimento “do limiar mínimo de proporção de pessoas de cada sexo num desses órgãos ou em ambos”.

Ainda assim, o jornal avança que empresas como a Lisgráfica, a Orey e a Reditus que não têm qualquer mulher na administração, sendo que a SAD do Sporting também já esteve em incumprimento.

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Nas notícias lá fora: Gás russo, BP e Lula da Silva

  • ECO
  • 27 Maio 2022

A Comissão Europeia está a desenvolver um plano de contingência para prevenir um corte total do fornecimento de gás russo. Sondagem dá vitória a Lula da Silva nas Presidenciais no Brasil.

A Comissão Europeia está a desenvolver um plano de contingência para prevenir um corte total do fornecimento de gás russo. A BP prepara-se para rever os seus planos de investimento no Reino Unido, depois de o Governo britânico ter anunciado um imposto sobre os lucros extraordinários das companhias petrolíferas. Uma sondagem dá a vitória a Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro nas Presidenciais brasileiras de outubro. Estas notícias estão em destaque na imprensa internacional.

Financial Times

Bruxelas estuda plano contra risco de Moscovo fechar o gás

Bruxelas está a desenvolver planos de contingência para o caso de a Rússia cortar o fornecimento de gás natural à União Europeia (UE), anunciou a comissária europeia da Energia, Kadri Simson, advertindo que qualquer país corre o risco de uma rutura total nas importações de gás a partir de Moscovo. Os planos incluem medidas para racionar os fornecimentos de gás à indústria, poupando ao mesmo tempo as famílias, estando a UE neste momento a armazenar o máximo de gás possível.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Novo imposto britânico leva BP a rever planos de investimento

A BP vai reanalisar os seus planos de investimento no Reino Unido, questionando se o imposto de 25% sobre os lucros extraordinários das energéticas, anunciado esta semana pelo Governo britânico, inclui incentivos suficientes para preservar o investimento das empresas. O anúncio da maior petrolífera sediada em Londres levanta a possibilidade de reverter os seus planos no país, apesar de, anteriormente, ter afirmado que os investimentos previstos de 18 mil milhões de libras no Reino Unido até 2030 não estavam dependentes do facto de o Governo aumentar ou não os impostos.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Falhas da EDF no nuclear ameaçam esforço da UE para deixar gás russo

As falhas da elétrica francesa EDF na geração de energia nuclear estão a causar problemas nos mercados de energia europeus e ameaçam o esforço da UE para reduzir a importação de gás da Rússia. O maior produtor de energia atómica da Europa, que geralmente exporta energia barata durante o inverno, pode ser forçado a importar eletricidade este ano, depois de cortar as previsões de produção pela terceira vez. Não só a França como também a Alemanha poderão ser afetados, pois terão de consumir outro tipo de energia para “manter as luzes acesas”, apesar das tentativas para reduzir a dependência de Moscovo. “O problema francês acontece na hora errada, dada a situação geopolítica”, diz um analista.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

The Wall Street Journal

Justin Timberlake vende catálogo a fundo por 100 milhões

O artista Justin Timberlake vendeu o seu catálogo de músicas a um fundo gerido pela Blackstone. Os termos do negócio, realizado em parceria com a empresa de investimento no setor da música Hipgnosis Song Management, não foram revelados. Mas fontes próximas adiantam que a operação (que inclui cerca de 200 canções, incluindo os êxitos “Sexyback” e “Cry Me a River”) realizou-se por valores acima dos 100 milhões de dólares.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Folha de S. Paulo

Lula lidera primeiro turno com 48% e Bolsonaro tem 27%

O Brasil vai a eleições este ano e, segundo uma sondagem, Lula da Silva tem uma vantagem de 21 pontos sobre Jair Bolsonaro na primeira volta das presidenciais. O candidato do PT e antigo presidente do país reúne 48% das intenções de voto, contra 27% de intenções de voto no atual Presidente brasileiro, de acordo com uma sondagem. Os brasileiros vão às urnas para escolher o próximo chefe de Estado no dia 2 de outubro.

Leia a notícia completa na Folha de S. Paulo (acesso condicionado)

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