Financiamento, dedicação exclusiva e autonomia. O que os partidos propõem para a Saúde

A maioria dos partidos quer mais autonomia para a contratação e assegurar que os portugueses têm um médico de família, mas surgem divergências noutros temas da saúde.

Se já antes era um dos temas mais debatidos entre os partidos, com a pandemia a saúde tomou um lugar ainda mais central na discussão política. Na campanha para as eleições legislativas, as diferenças entre os partidos, nomeadamente entre a esquerda e a direita, sobre que medidas o Serviço Nacional de Saúde necessita têm-se evidenciado, sendo que o tema levou mesmo a uma escalada de tensão entre o PS e o PSD.

Quase todas as forças políticas querem mais autonomia para a contratação e assegurar que todos os portugueses têm um médico de família, mas acabam por divergir noutras abordagens dentro da saúde, nomeadamente o regime a aplicar aos profissionais e a relação entre o público e o privado.

Do lado do PS, o partido defende que se deve “continuar a avançar”, dotando os “cuidados de saúde primários de meios complementares de diagnóstico”, tornando mais atrativa carreira de medicina geral e familiar ou repondo “a carreira de técnico auxiliar de saúde”, como exemplificou António Costa, no debate com os restantes partidos com assento parlamentar.

No programa socialista estão contempladas várias medidas para a área da saúde, como “reforçar a autonomia na gestão hospitalar, nomeadamente em matéria de contratação de profissionais de saúde, com maior responsabilização e avaliação da satisfação pelos utentes e profissionais”, bem como “rever o modelo de financiamento dos hospitais, tendo em conta os cuidados prestados e a população de referência”.

Nos debates, para além de destacar as medidas do PS, o secretário-geral do partido atacou também as propostas do PSD, nomeadamente um “projeto de revisão constitucional para que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deixe de ser tendencialmente gratuito”. “O PSD deseja que a classe média passe a pagar os cuidados de saúde”, atirou Costa, no debate com Rui Rio.

No projeto que o PSD apresentou em Coimbra no ano passado, apenas existe uma referência que dita que o “acesso a cuidados de saúde do serviço nacional de saúde não pode em caso algum ser recusado por insuficiência de meios económicos”.

No entanto, o líder social-democrata refutou esta ideia, reiterando que Costa agitou um “papão”, de que o PSD vai “pôr a classe média a pagar o SNS”. “Não está escrito em nenhum lado, nunca disse isso. O PSD é, por natureza, um grande defensor da classe média, é justamente isso que o caracteriza”, salientou Rui Rio, em declarações aos jornalistas no final do debate com António Costa.

“O que queremos é um serviço de saúde melhor e não que os portugueses paguem a saúde em dobro — pelos impostos e quando vão ao hospital”, explicou o líder do PSD, defendendo também que o partido quer “um SNS tendencialmente gratuito”. “Dizemos em duas páginas [do programa eleitoral] que queremos um SNS tendencialmente gratuito. Por aí, não há duvidas”, acrescentou Rio.

De facto, no programa do PSD está expressa uma proposta para a “instituição de um Sistema Nacional de Saúde compreensivo e complementar, que deverá assentar em três pilares — público, privado e social — passando de um SNS fechado, em que o Estado desempenha todos os papeis – maior produtor, empregador, financiador e fiscalizador – para um Sistema em que o Estado continua a ser o elemento central e maioritário, mas cuja função primeira é o cumprimento da Constituição, ou seja, garantir o acesso de todos os portugueses aos cuidados de saúde, de forma justa e equitativa e tendencialmente gratuita”.

O PSD tem também outras propostas como “alargar o sistema SIGIC das listas de espera para cirurgias às consultas de especialidades médicas hospitalares e aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica”, bem como “promover um novo modelo de financiamento que premeie os ganhos em saúde, reforçar a autonomia da gestão das unidades de saúde e incrementar o modelo das Unidades Locais de Saúde”.

Bloco e PCP querem mais profissionais e dedicação exclusiva

O Bloco de Esquerda tem como uma das principais propostas um “aumento do orçamento do SNS em percentagem do PIB, acabando com o subfinanciamento crónico e proporcionando margem para um efetivo investimento”. Além disso, defende também medidas para aumentar o número de profissionais e fixá-los no SNS.

No debate entre todos, a coordenadora do Bloco, Catarina Martins, reiterou que Portugal tem profissionais de saúde, mas que estes “não têm condições para trabalhar no SNS”. Apontando que muitos médicos não se fixam no SNS, a líder bloquista voltou também a insistir na concretização da dedicação exclusiva.

No programa, o partido tem medidas como a criação de novas Unidades de Saúde Familiar (USF) e a “modificação do paradigma de financiamento hospitalar”, para “integrar dimensões associadas a outras classes profissionais e mais componentes de qualidade dos cuidados além da produção”.

O PCP também destaca os recursos humanos, com João Oliveira a defender, no debate, que é necessário “contratar profissionais”, valorizar carreiras e “assegurar uma capacidade de resposta em função da articulação dos vários cuidados de saúde”.

Entre as medidas do compromisso eleitoral do PCP, encontra-se ainda “estabelecer o direito dos estabelecimentos e unidades do SNS à autonomia para a contratação de profissionais de saúde, no quadro da gestão dos seus orçamentos e planos de atividade”, bem como “instituir a opção de dedicação exclusiva dos médicos e enfermeiros – com a majoração de 50% da sua remuneração base, o acréscimo de 25% na contagem do tempo de serviço para progressão na carreira e outros benefícios”.

Quanto ao PAN, as medidas destacadas pelo partido no resumo do programa incluem “revitalizar o SNS, estabelecendo condições de trabalho de qualidade, gratificantes e atrativas para todos/as os/as profissionais de saúde” e “garantir igualdade no acesso à saúde a todos os grupos sociais, através de respostas de proximidade, transporte gratuito e comunicação inclusiva para grupos de risco específicos”.

Além disso, o partido defende também a criação de um “Fundo Público de Saúde, financiado através de uma taxa de compensação proveniente de indústrias poluentes com impactos comprovados na saúde humana (ex: suiniculturas, indústria celulose, etc) e também da atual taxação feita a produtos nocivos para a saúde humana (ex: álcool, tabaco, etc)”.

O Livre, por sua vez, quer “reforçar e reorganizar o Serviço Nacional de Saúde com base em comunidades locais, assegurando a sua gestão pública e não renovando os contratos das Parcerias Público-Privadas atualmente ainda em curso”, propondo medidas como dotar as comunidades locais de saúde de autonomia administrativa e financeira e reforçando o planeamento e a avaliação da qualidade, a nível regional, segundo o programa.

CDS e IL defendem liberdade para público e privado

O CDS tem no compromisso eleitoral uma medida denominada “Via Verde Saúde”, que dá aos portugueses “a liberdade de fazer sem custos, no setor particular ou social, os exames, consultas ou cirurgias que o Estado não proporcionou no prazo razoável”.

Francisco Rodrigues dos Santos traçou um cenário para explicar a visão do partido usando o “Manel, que está há quatro anos à espera de uma consulta de oncologia e não a tem no SNS”. “A esquerda o que lhe diz é: tens de continuar a esperar porque a única opção que tens é ter essa consulta no SNS, porque o Manel é pobre e não tem outras opções de escolha”, apontou o líder do CDS.

Já a Iniciativa Liberal defende um modelo de saúde misto. No sumário do programa do partido, é expressa a intenção de “reformar o SNS, passando a ter um sistema onde o financiamento é público, mas a prestação é pública e privada, tal como acontece em metade dos países europeus de modo a acabar com as listas de espera nas consultas e cirurgias”.

Quanto ao Chega, o partido propõe medidas como reformar o SNS “guiado por razões de eficiência, qualidade, análise de custo-benefício e melhores práticas através de compromissos e concorrência equilibrados entre os setores público, privado e social”. O partido diz querer incentivar “a contratualização, Parcerias Público-Privadas ou modelos de gestão por objetivos, bem como a possibilidade da generalização do modelo da ADSE”.

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PRO.VAR reitera pedido de audiência ao PR e quer gabinete de gestão de crise

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

A PRO.VAR – Associação Nacional de Restaurantes pede a descida do IVA da restauração até ao final de 2023, tal como propõe o PSD.

A PRO.VAR – Associação Nacional de Restaurantes reiterou esta segunda-feira um pedido urgente de audiência ao Presidente da República para dar a conhecer o resultado das reuniões com os partidos, defendendo a criação de um gabinete de gestão de crise.

“A PRO.VAR […] vem reiterar o pedido de audiência para dar a conhecer a vossa excelência o resultado das reuniões de trabalho que tivemos com os partidos. Em resultado, concluímos que existe uma convergência entre os partidos, estando agora criadas todas as condições para que seja criado um gabinete de gestão de crise para acompanhamento das empresas afetadas pela pandemia”, lê-se numa carta aberta enviada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Conforme sugeriu, o gabinete de gestão de crise deve ser composto pelo Presidente da República, enquanto “promotor e garante”, Governo (função executiva), partidos com assento parlamentar (função fiscalizadora), associações setoriais (função consultiva) e cidadãos representantes dos setores mais afetados durante a pandemia (função consultiva).

A associação disse ainda que, no âmbito das reuniões com os partidos, encontrou convergência face a algumas matérias que devem ser priorizadas no desenvolvimento do trabalho de recuperação das empresas.

Uma das principais preocupações tem a ver com a situação de sobre endividamento da maioria das empresas do setor, uma consequência de decisões que começaram a ser tomadas em 2020, aquando do recebimento de apoios, que vieram sob condição, a manutenção das empresas e dos postos de trabalho”, apontou.

A PRO.VAR notou também que os apoios dados às empresas para mitigar o impacto da pandemia de covid-19 deram para cobrir “apenas parte dos prejuízos da primeira metade da pandemia”, sendo que, durante o segundo período, estas tiveram que recorrer ao crédito.

Os empresários assumiram, nestes últimos dois anos, responsabilidades que, no ponto de vista de uma gestão responsável, não o poderiam ter feito, mas fizeram-no por indicação expressa do Governo, afinal o que estava em causa era o bem maior, manter a economia a funcionar e assegurar os postos de trabalho, tudo isto, feito com plena consciência das perdas contínuas a que estão sujeitos”, sublinhou.

De acordo com esta associação, desde 22 de março de 2020, quando entrou em vigor o estado de emergência, a restauração foi alvo de quebras “significativas” face a restrições como o encerramento dos estabelecimentos, redução da lotação, distanciamento entre mesas e apresentação de teste negativo à covid-19.

Acresce ainda o regime do teletrabalho, que “afastou os clientes dos restaurantes”, bem como a não vacinação prioritária dos setores mais afetados. Esta associação destacou também a importância da restauração para a economia, alertando para as “dezenas de milhares” de famílias que vivem, em exclusivo, deste setor.

Adicionalmente, elencou um conjunto de sete medidas para salvar o setor, nomeadamente, a criação de um novo programa Apoiar, a conversão das dívidas resultantes de empréstimos de apoio à tesouraria em fundo perdido, e o ressarcimento das perdas, “independentemente da dimensão e do momento em que constituem as suas empresas”.

O setor defende também que seja dada uma “segunda oportunidade” aos que tiveram que encerrar as suas empresas, a isenção da TSU (Taxa Social Única) no acréscimo dos salários acima da média do setor e a regulamentação das gorjetas.

Soma-se, ao nível da capitalização das empresas, a descida do IVA da restauração até ao final de 2023. A covid-19 provocou 5.593.747 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

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O que os programas dos partidos propõem para os seguros

  • ECO Seguros
  • 24 Janeiro 2022

Uniformização em baixa das taxas sobre seguros, mais ação na agricultura, saúde e construção, papel do Banco de Fomento e ainda a história de como a Fidelidade tramou inquilinos e... inquilinas.

Quando existem, os programas dos partidos políticos concorrentes às eleições legislativas de 30 de janeiro foram pesquisados por ECOseguros através das palavras “seguro”, “seguradora”, “ASF” e “fundos de pensões”. Os resultados indicam posições que não colocam o setor segurador e de fundos de pensões com protagonismo na solução de problemas de poupança ou sociais.

Embora todos dediquem espaço a medidas nas áreas da saúde e da segurança social, dos partidos com deputados eleitos em 2019, apenas PS, PSD, BE, Chega e IL se referem à indústria seguradora de forma mais ou menos desenvolvida. CDU, PAN, CDS e Livre não se referem ao setor.

O Iniciativa Liberal é o partido que mais se explica quanto ao papel das seguradoras no xadrez económico, mas também é concreto quanto diz pretender “uniformizar as taxas de tributação sobre apólices de seguro, passando as diferentes modalidades a serem tributadas à taxa mais baixa atualmente aplicável às apólices de seguros”.

Em relação ao setor agrícola sugere “criar e desenvolver mecanismos de mutualização de risco que garantam a estabilização do rendimento e protejam os produtores”. Para a IL esses mecanismos poderão passar por alteração do modelo de seguros, revisão e alargamento de um fundo de catástrofe climatérica, criação de mercados futuros nacionais e ou regionais, comunicação cuidada dos indicadores de preço, promoção de seguradoras e/ ou mútuas verticais e ou regionais…”

Em relação a seguros de saúde considera que deve existir “regulação prudencial e comportamental adequada, e um regime de supervisão intrusivo e independente”. Propondo uma nova organização de financiamento e prestação de serviços do Serviço Nacional de Saúde o IL considera que “as seguradoras privadas terão de se adaptar à nova realidade do SNS”, por que “é expectável que as seguradoras tendam a oferecer serviços complementares ao sistema universal de saúde, ligados a pequenos aspetos de conforto”, permitindo que algumas empresas de seguros possam oferecer coberturas de risco adicionais, em regime livre, “onde considerem que exista uma oportunidade”, afirma.

O IL adianta que “poder-se-á exigir que a ADSE (que considera falida) cumpra, pelo menos, os deveres das seguradoras cativas (seguradoras internas de grandes grupos e que fazem autosseguro). As cativas têm requisitos mais leves, mas são obrigados a respeitar requisitos de capital e deveres de transparência”.

Por outro lado, afirma que “se obrigássemos os seguros privados a admitir todas as pessoas, compensando no fim os riscos entre seguradoras, alguém teria de pagar essa fatura”, rematando que “não podemos colocar nos prestadores o controlo da despesa”.

Por esses motivos a IL “Não quer a solução de assegurar um seguro de saúde privado para cada residente”, considerando que “há sistemas de seguros coletivos privados (ou semiprivados) que resolvem o problema das condições pré-existentes – obrigando a que entre a família como um todo ou a empresa entrem”. Porém, lembra o partido, “não sendo seguros obrigatórios, corre-se o risco de seleção adversa: Os que acreditam que são mais saudáveis não entram, dificultando o financiamento do risco – isto é da prestação de cuidados”, refere o programa.

O Partido Social Democrata quer “tornar obrigatório a contratação de seguros de colheita a todos os agricultores que beneficiem de apoios públicos e/ou de financiamentos bancários mutualizados acima de determinados montantes e promover a criação de seguros que possam estar associados a ris­cos de preços ou de rendimento, valorizando a sua adoção no acesso a medidas de apoio público”.

Refere ainda que “o Banco de Fo­mento deve também centralizar a atividade de sistema de crédito e de sistema de seguros para as exportações”.

Também propõe que “o Estado deve trabalhar junto das atividades reguladoras do se­tor financeiro, nomeadamente o Banco de Portugal, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e a Auto­ridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões no sentido de efetivar as diretivas europeias relativas à taxonomia, corporate sustainability e obrigações verdes”.

O Partido Socialista diz que no setor agrícola quer “assegurar uma gestão eficiente do risco, alargando a contratação do seguro de colheitas de acordo com o regulamento dos seguros de colheita, no âmbito do sistema integrado de proteção contra as aleatoriedades climáticas, e criando veículos financeiros voluntariamente contratados por conjuntos de agricultores com interesses comuns a nível setorial ou regional de modo a assegurar uma resposta preventiva ou por compensações a posteriori”.

Na área da construção e imobiliário afirma que vai “criar um mecanismo de seguro ou garantia da construção, em articulação com os setores da construção e imobiliário, dos seguros, dos consumidores e dos proprietários, que cubra a responsabilidade por defeitos de construção em caso de insolvência do construtor”.

O Bloco de esquerda afirma que a “extraordinária resposta que o SNS deu a pandemia deixou claro que a democracia não sobrevive sem ele. Ficou também claro que não podemos contar com o setor privado quando está em causa a proteção da saúde de todos. As seguradoras não cobrem epidemias e os hospitais privados fecham portas ou correm a exigir que o Estado financie as suas perdas”.

Critica ainda o controlo privado do setor financeiro, entre outros motivos refere que “no caso do setor segurador, depois da venda da Fidelidade e da Tranquilidade, 86% do capital e estrangeiro. Esta opção é errada”, considera o BE.

Ainda tem um capítulo próprio com título “Como a Fidelidade tramou os inquilinos e as inquilinas” onde apenas refere que “em 2014, o governo Passos Coelho vendeu a Fidelidade à chinesa Fosun, que depois revendeu 271 dos seus prédios ao fundo americano Apollo”, desenvolvendo a partir daí criticas à forma como evoluiu este negócio imobiliário.

O Chega quer “garantir a implementação de um novo modelo para as reformas baseado na criação de uma reforma mínima garantida, equivalente ao salário mínimo nacional e garantir o direito dos cidadãos a terem as suas próprias economias no final da vida profissional que possam complementar as suas aposentadorias, nomeadamente na forma de um PPR ou Seguro”.

Em relação aos problemas suscitados pelo setor, nem o Fundo Sísmico, ou mesmo Fundo para Catástrofes Naturais, mereceu a atenção de qualquer partido.

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UNA e Banco CTT lançam parceria com seguro de rendimento garantido

  • ECO Seguros
  • 24 Janeiro 2022

A nova parceria estreia-se com o lançamento de um produto a 5 anos com capital e juros de 3% garantidos. O banco indica que tem 212 balcões e mais de 600 mil clientes em todo o país.

Nuno David, CEO da UNA, e Luis Pereira Coutinho, presidente da comissão executiva do Banco CTT iniciam mais uma parceira bancassurance.

A Una Seguros e o Banco CTT acabam de lançar o produto Seguro Banco CTT Rendimento Fixo, um seguro de de capitalização a cinco anos com capital garantido e com uma remuneração no final do prazo de 3%, ou seja, 0,6% ao ano. O lançamento dá início à parceria entre UNA e Banco CTT.

O produto tem uma subscrição única a partir de 250 euros, não tem encargos de subscrição ou de gestão, e tem como objetivo para os clientes a valorização de poupanças a médio prazo. Adicionalmente, este seguro poderá ser resgatado a qualquer momento, tendo proteção total do valor inicialmente investido.

O produto prevê ainda a garantia dos juros no vencimento do contrato (após 5 anos e um dia) e também garantia de juros em caso de sinistro resultante em morte ou incapacidade. Nesta situação são calculados os juros até à data da ocorrência. Apenas não há garantia de rentabilidade em caso de resgate (levantamento do capital antes dos 5 anos).

O Banco CTT, dispõe de 212 lojas espalhadas por 18 distritos de Portugal e tem forte presença nos canais digitais através do serviço homebanking e da de app do banco.

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Cardif e grupo VW criam empresa conjunta para extensão de garantias de manutenção automóvel

  • ECO Seguros
  • 24 Janeiro 2022

Autorizada a operar em Portugal em seguros de ramos Vida e riscos diversos, a BNP Paribas Cardif criou um empresa conjunta com a Volkswagen Financial Services AG.

A seguradora BNP Paribas Cardiff selou nova parceria com a Volkswagen (VW). O entendimento resulta na criação de uma empresa conjunta (joint venture) entre a Icare SA, filial a 100% do BNP Paribas Cardif especializada em garantias alargadas e manutenção de veículos automóveis, a financeira da VW. Em resultado, a Icare fornecerá soluções de extensão de assistência em toda a Europa através da recém-formada joint venture (jv) cujo foco principal reside no negócio multimarcas, ou seja, em marcas de veículos fora do grupo Volkswagen (VW).

Em Portugal, a Cardif também disponibiliza os seguros de GAP (guarantee asset protection), uma proteção adicional de bens que a companhia disponibiliza junto de diversificados parceiros de retail. No ramo auto (GAP auto), este seguro adicional acompanha o seguro automóvel ou o pacote de financiamento dos veículos e, assegurando assistência prolongada, funciona como um complemento às coberturas comuns do seguro automóvel.

“Como parte da nossa estratégia de crescimento, estabelecemos o objetivo de nos tornarmos o principal fornecedor mundial de frotas,” explica Anthony Bandman, membro do Conselho de Administração da Volkswagen Financial Services AG, com responsabilidade pelas Vendas e Marketing. A empresa conjunta é detida pela financeira da VW em 51%, enquanto da Cardif detém os remanescentes 49%. A criação da jv depende ainda da necessária aprovação por organismos reguladores.

O lançamento do negócio conjunto acontece em França. Além desta nova jv, BNP Paribas Cardif e Volkswagen Financial Services renovaram um acordo existente de parceria mundial para o fornecimento de soluções de seguros em 16 países, refere um comunicado.

“Como parceiro da Volkswagen Financial Services em todo o mundo há mais de 20 anos, temos orgulho em prosseguir a nossa cooperação. Continuaremos a tornar os seguros mais acessíveis aos clientes graças a produtos mais fáceis de adquirir, aliados a uma experiência digital otimizada. A nossa parceria assume uma nova dimensão com a criação da nossa nova joint venture que fornecerá soluções de manutenção a clientes da Volkswagen Financial Services em toda a Europa,” refere Jean-Bertrand Laroche, vice-Presidente Executivo da BNP Paribas Cardif, Mercados Internacionais.

Lançada em 1983, a Icare é atualmente detida a 100% pelo grupo BNP Paribas Cardif e tornou-se marca reconhecida em garantias de avarias mecânicas e contratos de manutenção para o conjunto de filiais internacionais da seguradora.

 

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Administrador do Santander admite que práticas do ‘cartel da banca’ seriam hoje “impensáveis”

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

Manuel Preto, ouvido no Tribunal da Concorrência, disse que a “malha é hoje mais apertada”, admitindo que “o que se fez na altura não se coaduna com as melhores práticas”.

O representante do Santander admitiu esta segunda-feira, no Tribunal da Concorrência, que, atualmente, seria “impensável” a troca de informação entre bancos como a que originou coimas superiores a 225 milhões de euros a 12 bancos.

Manuel Preto, administrador executivo do Santander Totta com o pelouro financeiro, foi ouvido no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), em Santarém, que está a julgar os recursos interpostos pelos bancos condenados, em setembro de 2019, pela Autoridade da Concorrência, por troca de informação sensível, durante mais de 10 anos (de maio de 2002 a março de 2013) relativa aos preços a praticar nos créditos à habitação, ao consumo e às empresas, nomeadamente com a partilha de tabelas de spreads, o que consubstancia uma prática concertada entre concorrentes.

No seu depoimento, o administrador afirmou que a “malha é hoje mais apertada”, admitindo que “o que se fez na altura não se coaduna com as melhores práticas”, sem contudo, reconhecer que tivesse havido qualquer ilicitude ou risco financeiro para a instituição.

Reconhecendo que a diligência da AdC teve impacto nas práticas do banco, Manuel Preto afirmou que, “mesmo acreditando que nenhuma linha vermelha legal foi ultrapassada”, houve um “aprofundar das melhores práticas”.

Instado pelo procurador do Ministério Público, Paulo Vieira, a especificar que medidas foram adotadas pelo banco, o administrador do Santander referiu que os colaboradores passaram a frequentar ações de formação sobre concorrência, “para garantir que estão conscientes de qual deve ser o seu comportamento”, havendo auditorias e inspeções internas para detetar eventuais falhas.

Ao longo do julgamento, os mandatários dos bancos têm procurado demonstrar que a informação relativa aos spreads a aplicar nos créditos a conceder, bem como quanto a volumes de produção, entre outra, era pública e foi trocada entre funcionários que não tinham qualquer poder de decisão.

A juíza Mariana Machado leu vários dos emails apreendidos na fase administrativa, os quais, disse, revelam a existência de contactos regulares e institucionalizados, alguns indicando conhecimento das hierarquias, tendo Manuel Preto invocado o seu passado de analista para afirmar que, à época, era comum a troca de informação sobre matérias que “não eram segredo” nem punham “em causa o negócio do banco”.

Sublinhando que na altura a que se reportam os factos era diretor financeiro, sem qualquer cargo na administração, o responsável disse conhecer apenas a realidade atual e o que resultou da discussão mantida no banco depois de se iniciar o processo na AdC, com a adoção de “melhores práticas”, que já não permitem a troca de informação com outras entidades, “por mais inócuas” que sejam.

Para esta segunda estava prevista a audição, de manhã, do representante legal do BPI, mas este pediu adiamento, alegando não estar concluída a produção de prova, já que, na sexta-feira passada, o Ministério Público pediu para ser ouvido um economista sénior da AdC, agendado para 9 de fevereiro, e o Tribunal marcou para dia 15 a audição da testemunha que foi convocada para uma perícia médica.

Com o reagendamento, os bancos que pediram para prestar declarações na fase final do julgamento falarão ao Tribunal nos dias 28 de janeiro (Montepio Geral), 15 de fevereiro (BPI) e 18 de fevereiro (BCP e CGD), ficando as alegações finais marcadas para os dias 21, 23, 24, 25 e 28 de fevereiro.

A Autoridade da Concorrência condenou a CGD ao pagamento de 82 milhões de euros, o BCP de 60 milhões, o Santander Totta de 35,65 milhões, o BPI em 30 milhões, a CEMG em 13 milhões (coima reduzida em metade por adesão ao pedido de clemência apresentado pelo Barclays, que esteve na origem do processo), o BBVA em 2,5 milhões, o BES em 700.000, o BIC em 500.000, o Deutsche Bank (cuja infração prescreveu em outubro de 2020) e a CCAM em 350.000 euros cada, a UCI em 150.000 e o Banif em 1.000 euros.

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Aposta em produtos Vida Risco fez Real crescer 75% em 2021

  • ECO Seguros
  • 24 Janeiro 2022

Sem canal bancário, a companhia portuguesa apostou nos produtos de Vida risco com foco na garantia de liquidez e capital. E ganhou quota de mercado utilizando essencialmente a rede de mediadores.

A Real Vida Seguros cresceu o seu volume de prémios em 75 % em 2021 atingindo 161 milhões de euros. Subiu para o 10º lugar na produção do ramo vida, com um crescimento de 77%, com especial incidência nos produtos vida risco, não ligados a fundos de investimento, em que cresceu 90% para 149 milhões de euros em prémios.

Nos produtos Não Vida, a Companhia atingiu cresceu 23% para 4,8 milhões de euros, essencialmente através dos seguros de saúde.

A Real refere que “para uma subida de 3 lugares no ranking, contribuiu também o segmento de poupanças com um crescimento de 108% nos produtos de capitalização, acompanhadas pelos PPR que cresceram 197%”.

Quanto a fundos de pensões a Companhia é a 10ª maior entidade gestora do país, com cerca de 240 milhões de euros sob sua gestão, relembrando que “nos últimos dois anos foi reconhecida pela APFIP através do seu fundo Real Reforma”.

A companhia acrescenta que se posiciona como “a terceira seguradora Vida no ranking, sem um canal bancário dedicado, com uma quota de mercado na ordem dos 12%, ao qual acresce o facto de ser a primeira de capital português”.

Ainda segundo a Real Vida, os resultados antes de impostos superaram os 8 milhões de euros, valor semelhante ao registado em 2020, proporcionando um ROE (rentabilidade dos capitais próprios) de 14% e a margem de solvência apresenta-se superior a 200%.

A Real Vida dispõe de produtos classificados como seguros de Vida, seguros de reforma, de saúde, de investimento e poupança e de acidentes pessoais.

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Reino Unido elimina testes para viajantes vacinados a partir de 11 de fevereiro

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

A 11 de fevereiro cai o teste para as pessoas vacinadas que viajem para o Reino Unido. Aos não vacinados continua a ser exigido um teste pré-embarque e um PCR nas primeiras 48 horas após a chegada.

O Governo britânico anunciou esta segunda-feira que vai deixar de exigir a pessoas vacinadas testes à covid-19 à chegada a Inglaterra e reduzir também os testes às pessoas não vacinadas, colocando o país “a um passo da normalidade”.

A partir de 11 de fevereiro, pessoas com duas doses de uma vacina covid-19, ou uma dose da Janssen, que cheguem do estrangeiro deixam de ser obrigadas a realizar um teste rápido nas primeiras 48 horas após a chegada ao país. A única formalidade que permanece é o preenchimento de um formulário de passageiro simplificado com os seus dados pessoais e médicos.

Aos não vacinados continua a ser exigido um teste pré-embarque e um PCR nas primeiras 48 horas após a chegada, mas deixam de estar obrigados a isolamento de 10 dias ou a um segundo teste PCR no oitavo dia após a chegada. Menores de 18 anos estão isentos de testes ou sujeitos às regras das pessoas vacinadas.

Numa intervenção no Parlamento, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, descreveu este como um “sistema proporcional que nos deixa a um passo da normalidade, mantendo as proteções vitais da saúde pública”.

O anúncio aplica-se por enquanto apenas a Inglaterra, mas os governos autónomos da Escócia, País de Gales e Irlanda têm-se alinhado geralmente com as decisões do Governo britânico nas regras de viagens internacionais.

“Estamos a entrar numa nova fase da luta contra a covid. Em vez de proteger o Reino Unido de uma pandemia, o nosso futuro depende de vivermos com covid endémica. Assim como vivemos com a gripe, por exemplo”, disse Shapps.

O presidente executivo da EasyJet, Johan Lundgren, saudou a notícia, dizendo que “os testes para viagens devem agora tornar-se firmemente uma coisa do passado”.

De acordo com os dados atualizados no Reino Unido, foram registadas 88.447 novas infeções de covid-19 nas últimas 24 horas. No conjunto dos últimos sete dias, o valor caiu 6,8% face aos sete dias anteriores. Hoje foram notificadas 56 mortes.

Nos hospitais, o número de pacientes de covid-19 era de 17.523 na sexta-feira, confirmando uma tendência de descida nos internamentos. Atualmente, 83,8% da população britânica acima de 12 anos anos recebeu duas doses de uma vacina covid-19 e 64,2% recebeu também uma terceira dose de reforço.

De acordo com os dados mais recentes, o Reino Unido contabilizou 152.916 mortes desde o início da pandemia, o balanço mais alto na Europa.

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Visto prévio do TdC “nunca é um obstáculo” ao financiamento das autarquias

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

"O visto do Tribunal de Contas demora em geral pouco tempo e é sempre certo", respondeu José Tavares à proposta da Euronext de alteração da lei para agilizar o financiamento das autarquias.

O presidente do Tribunal de Contas rejeita que a fiscalização prévia pela instituição seja um “obstáculo” ao financiamento das autarquias, defendendo que as condições são definidas por lei.

“A fiscalização prévia/visto do Tribunal de Contas nunca é um obstáculo. Quaisquer condições impostas a certos tipos de financiamento são sempre definidas por lei. O seu cumprimento é assegurado pela fiscalização do Tribunal”, disse José Tavares, em declarações à Lusa, quando questionado sobre a proposta da Euronext Lisbon para uma alteração ao regime de financiamento das autarquias.

A presidente da Euronext Lisbon, Isabel Ucha, revelou na semana passada que a entidade propôs no relatório entregue, em novembro do ano passado, pela task force para o desenvolvimento do mercado de capitais em Portugal, uma alteração à lei para que as autarquias “possam ter a flexibilidade de, a par do crédito bancário, poderem ir ao mercado de capitais fazer financiamento”.

A responsável da dona da bolsa de Lisboa frisou que “em Portugal, as autarquias não emitem obrigações, não se financiam no mercado de capitais e poderiam fazê-lo”, acrescentando que “não o fazem, em parte, porque há algumas regras do financiamento autárquico que as impedem de o fazer. Por exemplo, é preciso um visto prévio do Tribunal de Contas, que normalmente demora muito tempo e é muito incerto”.

Questionado sobre o tema, José Tavares refuta. “Não posso concordar com essa afirmação, pois o visto do Tribunal de Contas demora em geral pouco tempo e é sempre certo, no sentido de que é aprovado de acordo com a lei”, disse em declarações à Lusa.

José Tavares sublinha que “compete ao poder legislativo definir o regime de financiamento dos municípios”, enquanto “ao Tribunal de Contas compete assegurar o seu cumprimento”, defendendo que “é o que tem sido sempre feito”.

“Se essa possibilidade [de alteração à lei para que os municípios se possam financiar no mercado de capitais] for ponderada pelo legislador, é muito provável que o Tribunal seja chamado a emitir parecer. Vamos pois aguardar”, acrescenta.

Questionado sobre o papel do TdC caso a proposta avance, José Tavares afirma que “o Tribunal de Contas continuaria a assegurar o cumprimento da lei, podendo também posteriormente chamar a atenção do poder político e legislativo para os seus efeitos nas finanças públicas”.

A proposta faz, segundo Isabel Ucha, parte do relatório elaborado pela “task force” para a dinamização do mercado de capitais, com base nas recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), lançadas em 2020.

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Zurich lança academia de formação em Portugal

  • ECO Seguros
  • 24 Janeiro 2022

Com uma rede de 2.500 agentes a seguradora aposta no conceito b-learning com parceiros complementando formação presencial para facilitar a evolução de carreira dos seus parceiros comerciais.

Jorge Pinto, diretor comercial do Canal Agentes: “Os nossos parceiros passam a poder complementar os conteúdos e conhecimentos nos cursos que continuamos a realizar com os que estão online”.

A Zurich lançou em Portugal a Academia Zurich, uma plataforma de e-learning que disponibiliza um conjunto de cursos relacionados com o setor segurador e com as soluções comercializadas pela Zurich no país.

O acesso à Academia Zurich é realizado a partir de qualquer lugar e em qualquer momento, através do MyZurich, a plataforma onde os parceiros de negócio gerem a carteira de negócio que têm com a Zurich.

“A Academia Zurich vai contribuir para o aperfeiçoamento profissional contínuo e melhoria das qualificações dos nossos parceiros de negócio. Também é nosso papel sermos facilitadores da evolução de carreira dos nossos parceiros”, refere Ricardo Neves, diretor do Canal Corretores, Affinities e Bancos da seguradora.

Quando concluem a formação, é atribuído aos parceiros de negócio da Zurich um certificado que atesta os conhecimentos adquiridos no curso, bem como todas as evidências requeridas para a formação e aperfeiçoamento profissional contínuo.

“Sempre ministrámos muitas formações presenciais junto dos nossos parceiros, mas com a pandemia e o teletrabalho tivemos de passar a realizar formações virtuais”, afirma Jorge Pinto, diretor comercial do Canal Agentes da Zurich em Portugal, acrescentando que “agora estamos a adotar o conceito de b-learning à nossa formação, ou seja, os nossos parceiros passam a poder complementar os conteúdos e conhecimentos nos cursos que continuamos a realizar com os que estão online”.

A Zurich conta em Portugal com cerca de 500 colaboradores, 16 escritórios próprios organizados em quatro zonas de coordenação comercial – Norte e Ilhas, Norte Interior, Centro e Sul -, e uma rede de mais de 2.500 Agentes de Seguros que, segundo a companhia, servem mais de 620 mil clientes.

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Deutsche Bank antecipa subida da taxa de juro do BCE já este ano

O banco alemão antecipou a previsão do aumento das taxas de juro do BCE de dezembro de 2023 para dezembro de 2022, alegando fortes impulsos no mercado de trabalho para a subida de preços e salários.

O Deutsche Bank antecipou a previsão do aumento das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) para dezembro de 2022, sendo que os economistas do banco alegam que a inflação será mais rígida, avançou esta segunda-feira a Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

O banco alemão justificou esta atualização com as suas projeções mais recentes, onde ficou visível que a meta para a inflação será atingida mais rapidamente. Embora o BCE tenha referido no passado fim de semana que uma subida da taxa de juro seria improvável, os economistas do Deutsche Bank acreditam haver fortes impulsos no mercado de trabalho para a subida de preços e salários.

Os analistas do banco alemão esperam que o BCE suba as taxas a um ritmo superior, sendo que a taxa de depósito, atualmente em -0,50%, irá subir em 25 pontos base até aos 0,50% em setembro de 2023. Esta previsão vai de encontro com a previsão de subida anterior de 10 pontos base em dezembro de 2023, para 0% em dezembro de 2024. Caso se concretize, a subida da taxa de juro pelo BCE seria a primeira em mais de uma década.

O Deutsche Bank estima que irão ocorrer subidas menos frequentes nas taxas até o BCE atingir uma taxa de 1% em dezembro de 2024, dois anos antes do esperado. Esta atualização levou também os analistas a rever as suas previsões para o euro, esperando agora que o mesmo atinja um valor de 1,15 face ao dólar até ao final do ano, contra os 1,08 divulgados anteriormente.

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Eco do Dinheiro. Porque estão a desvalorizar tanto as bolsas?

As bolsas começaram a semana com fortes perdas, mas a tendência já vem de trás. Na Europa, o índice Stoxx600 acumula uma desvalorização de 6,3% em 2022 e nos Estados Unidos o Nasdaq afunda 15%.

  • Porque estão a desvalorizar tanto as bolsas? Veja o vídeo:

http://videos.sapo.pt/KyfGmiAbDySg1PoaEnwC

O ano está a ser difícil para os mercados acionistas, com as principais bolsas a registarem perdas elevadas. Na Europa, o índice Stoxx 600, um cabaz das 600 maiores empresas do continente, acumula uma desvalorização de 6,3% em 2022. Nos Estados Unidos, as quedas são bem maiores. O índice S&P500 já desce cerca de 10% o Nasdaq, conhecido pelo maior peso das tecnológicas, afunda à volta de 15%.

A principal razão para este comportamento é a inversão da política monetária nos Estados Unidos. Para moderar a inflação, que chegou em dezembro aos 7%, o valor mais elevado desde 1982, a Reserva Federal vai pôr fim à compra de ativos e começar em breve a subir as taxas de juro. O que significa que as famílias e empresas vão enfrentar custos de financiamento mais altos.

A perspetiva é que a Reserva Federal seja bastante agressiva, com quatro subidas dos juros ainda este ano. Mas alguns analistas receiam que venham a ser ainda mais. Na quarta-feira termina mais uma reunião mensal para definir a política monetária e alguns investidores preferem vender, em vez de esperar pelas conclusões do encontro.

Este não é o único fator. Os organismos internacionais têm vindo a baixar ligeiramente as previsões de crescimento para a economia este ano, como é o caso do Banco Mundial. Esta semana é a vez do FMI atualizar o seu World Economic Outlook.

Por último, o crescimento das tensões geopolíticas também contribui para aumentar o nervosismo. É o caso da possível invasão da Ucrânia pela Rússia, um cenário que parece cada vez mais próximo, com o Estados Unidos e o Reino Unido a retirarem o pessoal das suas embaixadas.

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