Justiça russa emite mandado de captura de juiz do Tribunal Penal Internacional

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

O juiz Ben Mahfudh foi colocado na lista internacional dos mais procurados da Rússia após ter emitido mandados de captura para Shoigu e Gerasimov em junho por possíveis crimes de guerra.

Um tribunal de Moscovo ordenou a detenção do juiz do Tribunal Penal Internacional (TPI) Haikel Ben Mahfudh, responsável pelos mandados de detenção contra o antigo ministro da Defesa Sergei Shoigu e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Valeri Gerasimov.

A justiça russa aprovou o pedido anteriormente apresentado pelas autoridades do país, que solicitaram a “investigação preliminar e a detenção” de Ben Mahfudh, acusado de violar o artigo do Código Penal russo relativo aos crimes de “detenção ilegal”, segundo a imprensa russa.

O juiz Ben Mahfudh foi colocado na lista internacional dos mais procurados da Rússia após ter emitido mandados de captura para Shoigu e Gerasimov em junho por possíveis crimes de guerra relacionados com a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Ben Mahfudh, nascido em 1971 na Tunísia, é juiz do TPI desde março de 2024.

O juiz é conhecido pela sua investigação sobre a proteção do ambiente em conflitos armados, os direitos das vítimas, os direitos humanos e as transições democráticas no mundo árabe, como detalhado pela organização.

Os mandados de captura contra Shoigu e Gerasimov somam-se aos emitidos em março de 2023 contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e a sua comissária para os Direitos da Criança, Maria Lvova Belova. Tanto Putin como Belova são acusados de deportar à força crianças ucranianas das zonas ocupadas do país europeu.

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Diretora do Centro Nacional de Pensões demite-se

Prestes a completar um ano de comissão de serviço, Susana Rosa pede para sair do cargo de diretora do CNP, segundo despacho assinado pelo secretário de Estado da Segurança Social.

Susana Rosa demitiu-se do cargo de diretora do Centro Nacional de Pensões (CNP), de acordo com um despacho assinado pelo secretário de Estado da Segurança Social, que foi publicado esta segunda-feira em Diário da República. Assumira esse lugar em 2023, pelo que tinha à sua frente ainda quatro anos da comissão de serviço.

“No uso da competência que me foi delegada pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, autorizo a cessação, a seu pedido, da comissão de serviço de Susana Teresa Rego da Silva Santos Rosa no cargo de diretora de Segurança Social do Centro Nacional de Pensões do Instituto da Segurança Social”, lê-se no diploma que foi publicado esta manhã, e que tem efeitos a 5 de novembro.

Licenciada em Direito e mestre em Administração Pública, Susana Rosa fora escolhida em 2023 pelo anterior secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, para o cargo que agora deixa. Isto depois de o ter ocupado em regime de substituição durante vários meses em 2023.

A 6 de novembro deste ano faria um ano da comissão de serviço, mas o despacho publicado esta segunda-feira deixa claro que tal não chegou a acontecer.

Esta saída segue-se a várias demissões na Segurança Social. Em maio, a presidente do Instituto da Segurança Social demitiu-se, face à “falta de confiança” do Governo, conforme escreveu o ECO. Já em setembro, saiu a vice-presidente do mesmo instituto, Catarina Marcelino, depois de terem sido feitas mudanças na distribuição de pelouros entre os membros do Conselho Diretivo.

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João Lamy da Fontoura regressa à equipa de Direito Público da Sérvulo

Com mais de 20 anos de experiência na área do Direito Público, João Lamy da Fontoura transita da PLMJ, onde estava desde 2019.

João Lamy da Fontoura acaba de integrar a Sérvulo & Associados, como consultor do departamento de Direito Público. Com mais de 20 anos de experiência na área do Direito Público, o advogado tem assessorado entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, nas mais diversas matérias. João Lamy da Fontoura transita da PLMJ, onde estava desde 2019.

“Estamos muito satisfeitos com a reintegração do João Lamy da Fontoura na equipa de Direito Público da Sérvulo, a qual reflete o reconhecimento do seu trabalho ao longo destas duas décadas. Esta integração vem reforçar o núcleo em áreas-chave da nossa atividade, em particular, nos contratos públicos, projetos de infraestruturas e arbitragens”, destaca Manuel Magalhães, managing partner da Sérvulo & Associados.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2002) e pós-graduado em Direito do Contencioso Administrativo pela Universidade Católica Portuguesa (2004), João Lamy da Fontoura tem centrado a sua atividade na área do Direito Público, nomeadamente nas áreas do Direito Administrativo, contratos públicos, contratação pública e da resolução de litígios, designadamente em contexto arbitral. Integra a lista de árbitros do Centro de Arbitragem Administrativa, desde 2015, e é autor de diversas publicações em matéria de Direito Público e de Contratação Pública.

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Reino Unido descarta que EUA de Trump abandonem NATO

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

“Creio que as nações europeias que fazem parte da NATO têm de fazer mais pela Aliança”, sublinhou ainda o ministro da Defesa britânico.

O ministro da Defesa britânico descartou esta segunda-feira que o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vá “retirar o país” da NATO, admitindo ser necessário os Estados-membros aumentarem o financiamento da organização, como tem defendido o magnata nova-iorquino.

John Healey considerou que Trump “está comprometido” com a NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), apesar dos rumores em contrário, e afirmou que em Washington “é reconhecida a importância da Aliança e de evitar mais conflitos na Europa”.

“Creio que as nações europeias que fazem parte da NATO têm de fazer mais pela Aliança”, sublinhou, acrescentando que Trump tem razão em exigir que esses países “façam mais para financiar melhor a NATO”, como indicou em declarações à estação televisiva Sky News.

O ministro britânico referiu que o compromisso dos EUA se manteve ao longo dos diversos Governos do país e sustentou que, de momento, “não há motivos” que façam suspeitar de uma queda desse apoio durante o segundo mandato de Trump, que já foi inquilino da Casa Branca entre 2017 e 2021.

No entanto, Trump já anteriormente criticou a NATO e pressionou os Estados-membros a aumentarem o financiamento: na sua campanha eleitoral, afirmou que os EUA só ajudarão a organização a defender-se de um futuro ataque da Rússia se esta cumprir as suas obrigações orçamentais. Até à data, os Estados-membros comprometeram-se a gastar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa até 2024 e espera-se que 23 dos 32 Estados-membros o façam até ao final do ano.

A Polónia, que faz fronteira com a Ucrânia e a Rússia (com Kaliningrado), é o maior contribuinte para a aliança, com 4,1% do PIB, seguida da Estónia, com 3,4%, e dos Estados Unidos, também com 3,4%. O Reino Unido, que atingiu 2,3% do PIB durante o anterior Governo conservador, é o nono da lista.

Embora Londres não tenha definido uma data exata para tornar efetivo o aumento da contribuição, o ministro reconheceu que o Governo “compreende que existe o dever de defender o país e de manter os seus cidadãos em segurança”.

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Valorização das carreiras no Estado ainda deixa de fora trabalhadores das escolas e da saúde

Técnicos do INEM, do diagnóstico e pessoal não docente exigem aumentos salariais e ameaçam com protestos se o Governo não lhes der um tratamento igual a outras profissões da Função Pública.

Professores, funcionários judiciais, forças de segurança (Polícia de Segurança Pública e Guarda Nacional Republicana), guardas prisionais, forças armadas e enfermeiros já alcançaram acordos com o Governo de Luís Montenegro para a valorização das suas carreias. Mas não basta. Outras classes menos ouvidas da Função Pública continuam a fechar escolas e a perturbar o funcionamento de hospitais e centros de saúde com manifestações e greves.

Estabelecimentos de ensino não abrem sem auxiliares de educação, o socorro pode estar em risco sem técnicos do INEM. Análises clínicas e vários tipos de tratamento deixam de se realizar se não houver técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.

Já foi assinado o acordo plurianual para a valorização da Administração Pública 2025-2028, que prevê um aumento, para 2025, de 56,58 euros para quem ganha, neste momento, 2.620,23 euros mensais brutos e de 2,15% para quem tem vencimentos superiores. Os incrementos remuneratórios vão beneficiar todas as carreiras, no entanto, há classes profissionais do Estado que também querem ver reconhecidas as suas especificidades e reivindicam valorizações extraordinárias à semelhança das que o Governo de Luís Montenegro aprovou para docentes, polícias, militares, enfermeiros ou médicos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o representante da Frente de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, e a representante da Frente Sindical, Maria Helena Rodrigues, durante a cerimónia de assinatura do acordo plurianual 2025-2028 de valorização dos trabalhadores da Administração Pública, em Lisboa, 6 de Novembro de 2024RODRIGO ANTUNES/LUSA 6 de Novembro de 2024

Técnicos do INEM exigem um aumento superior a 500 euros no ordenado de entrada

Recentemente, o Executivo acabou por ceder à pressão do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), mas foram precisos nove dias de greve às horas extraordinária e mortes para que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, se sentasse à mesa com a estrutura sindical para iniciar a revisão da carreira.

Neste momento, o salário de entrada começa nos 922,47 euros brutos mensais, estando equiparado à base remuneratória dos assistentes técnicos das carreiras gerais, e o presidente do STEPH, Rui Lázaro, não irá aceitar uma proposta que avance apenas dois ou três níveis remuneratórios, como já afirmou. Ao ECO, o dirigente sindical revelou que a proposta que entregou ao ministério passa pela fixação da base remuneratória “acima dos 1.400 euros” mensais brutos. Isto significa um aumento, no mínimo, de 516,15 euros para o nível 17 da Tabela Remuneratória Única (TRU) que corresponde a um salário bruto mensal de 1.438,62 euros.

A reivindicação está mais ou menos em linha com o que foi negociado com os enfermeiros, uma vez que a tutela acordou uma valorização destas carreiras que passa pela subida do salário mínimo desta profissão dos 1.333,35 euros mensais brutos (nível 15) para os 1.491,25 euros (nível 18). Para o presidente do STEPH, “é natural este alinhamento até porque os enfermeiros que trabalham no INEM têm um nível de exigência semelhante aos técnicos de emergência pré-hospitalar”. “Apesar disso, a nossa estrutura remuneratória está muito afastada”, lamenta.

Há abertura para negociar com o Governo patamares mais baixos de valorização, mas Lázaro lembra que o BE já entregou uma iniciativa no Parlamento que coloca a base remuneratória no nível 13 da TRU, isto é, nos 1.228,09 euros. “Por isso, nunca aceitaremos uma proposta do Governo abaixo dos 1.200 euros”, avisa.

Esta é uma profissão muito desvalorizada. Os técnicos de emergência pré-hospitalar têm uma abnegação extrema à missão por 922 euro por mês. A greve foi um grito de revolta.

Rui Lázaro

Presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH)

“Esta é uma profissão muito desvalorizada. Os técnicos de emergência pré-hospitalar têm uma abnegação extrema à missão por 922 euros por mês. A greve foi um grito de revolta”, frisou.

Para além dos aumentos salariais, a estrutura sindical defende ainda uma reformulação da carreira que deverá passar a designar-se “técnico de emergência médica como nos outros países da Europa em vez de técnico de emergência pré-hospitalar”. As três categorias de técnico, coordenador operacional e coordenador geral devem ser eliminadas, sendo criadas outras cinco: “técnico de emergência médica estagiário, técnico de emergência médica, técnico de emergência especialista, técnico de emergência supervisor e técnico de emergência gestor”, de acordo com a proposta que o sindicato remeteu à tutela.

A formação, que é da exclusiva responsabilidade do INEM, “tem de passar para as instituições de ensino superior de forma a permitir a obtenção de grau académico com vista a chegar à carreira de medicina”, indica Rui Lázaro que exige ainda “um novo sistema de avaliação, específico para a carreira”.

Face à carência de trabalhadores, uma vez que existem “pouco mais de 700 face aos 1.480 que deveriam estar no quadro”, o Ministério já se comprometeu “a contratar 200 funcionários e, no futuro, abrir um novo aviso para recrutar mais 200”, referiu. O dirigente sindical explicou que “não é possível admitir, no imediato, os 400 trabalhadores, porque o INEM não tem capacidade para formar tanta gente ao mesmo tempo”, explicou. Na próxima reunião com o Ministério da Saúde, marcada para dia 21, o sindicato espera obter uma contraproposta da tutela ao caderno reivindicativo que foi apresentado.

Técnicos de diagnóstico e terapêutica querem valorização idêntica à dos enfermeiros

Depois de greves em várias Unidades Locais de Saúde (ULS) em julho e agosto, por não contarem corretamente os pontos de avaliação, e de quatro dias de paralisação a nível nacional, em setembro, os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica esperam que, “até ao final do mês de novembro, o Ministério da Saúde arranque com as negociações para a valorização da carreira à semelhança do que já fez para outras carreiras especiais como a dos enfermeiros”, indicou ao ECO o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Luís Dupont. Caso contrário, o dirigente sindical admite “novas formas de luta, incluindo manifestações e greves”.

Apesar desta carreira ter sido revista em 2022, através de uma iniciativa do Parlamento, “a tabela remuneratória encontra-se desatualizada comparativamente com a de técnico superior da carreira geral e com a de enfermeiro”, refere Dupont. O salário de entrada de um técnico superior de diagnóstico começa no nível 15, o que corresponde a um vencimento mensal ilíquido de 1.333,35 euros, enquanto o ordenado mínimo de um técnico superior da carreira geral arranca no patamar 16, o que dá 1.385,99 euros por mês, de acordo com o sistema remuneratório da Administração Pública para 2024.

Os enfermeiros também estavam no nível remuneratório 15, mas a recente assinatura de acordo para a valorização da carreira permitiu elevar esse patamar, já com efeitos em novembro, para o número 18 da Tabela Remuneratória Única (TRU), o que fez crescer a base salarial desta profissão em 157,9 euros para 1.491,25 euros face aos 1.333,35 euros que estavam em vigor. Nos próximo anos e até ao final da legislatura, a carreira de enfermagem terá novas valorizações, de forma faseada, até o ordenado de entrada desta profissão atingir o nível 21, isto é, os 1.649,15 euros da TRU atual.

Exigimos ver uma atualização da tabela remuneratória da nossa carreira à luz dos princípios das carreiras especiais da saúde, nomeadamente a dos enfermeiros.

Luís Dupont

Presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS)

“Exigimos ver uma atualização da tabela remuneratória da nossa carreira à luz dos princípios das carreiras especiais da saúde, nomeadamente a dos enfermeiros”, defende o dirigente sindical. Mas o objetivo não é ficar nos 1.649,15 euros (nível remuneratório 21) para o salário de entrada, mas sim “chegar ao nível 23”, o que se traduz num vencimento de 1.754,41 euros, “tal como reivindicaram os enfermeiros”, salienta Luís Dupont. “Vamos ver até onde conseguimos nas negociações”, assinalou.

Outra das matérias que o sindicato pretende ver “rapidamente resolvida” é “a correta contagem dos pontos para avaliação de desempenho dos técnicos pelas várias instituições do Serviço Nacional de Saúde e do setor empresarial do Estado, designadamente os hospitais”, referiu o líder do STSS.

Em 2018, quando houve o descongelamento das carreiras da Função Pública, “o Ministério das Finanças e a DGAEP – Direção-Geral da Administração e do Emprego Público consideraram que o sistema de avaliação dos técnicos superiores de diagnóstico, que dá 1,5 pontos com satisfaz e -1 com não satisfaz, tinha caducado”, relata o sindicalista. “Desde então, várias instituições não têm dado o ponto e meio a quem teria direito, atribuindo só um ponto ou nenhum”, denuncia, exigindo que, no âmbito das negociações com a tutela, “esta matéria seja clarificada”. “Temos inclusivamente vários tribunais a dar razão aos trabalhadores, por isso, queremos que todos os pontos sejam contados com efeitos retroativos a 2018″, sublinha.

Mas o sindicato quer passar a ser “avaliado pelo novo SIADAP, porque é muito mais vantajoso”. Enquanto o regime dos técnicos de diagnóstico é trianual, exige 10 pontos para progredir na carreira e apenas tem duas menções (satisfaz que dá 1,5 pontos e não satisfaz que dá -1), o novo sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP) é anual, requer oito pontos para subir uma posição remuneratória e tem cinco classificações: excelente que dá três pontos; muito bom que atribui dois; bom com 1,5 pontos; regular com um ponto; e, na menção adequado, o trabalhador tem zero pontos, deixando de existir pontos negativos.

Pessoal não docente pede carreira especial como na saúde

O pessoal não docente das escolas públicas do ensino básico e secundário é outra das classes profissionais da Função Pública que têm sido pouco ouvidas pelo Executivo de Luís Montenegro. A 4 de outubro, realizou uma greve nacional convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), afeta à CGTP.

“Até agora, só tivemos uma reunião como o Ministério da Educação no dia 3 de julho, onde entregámos o nosso caderno reivindicativo. Estava marcada uma outra para 28 de agosto, mas o ministro demarcou e não tivemos mais reposta da tutela”, lamenta Artur Sequeira, dirigente da FNSTFPS com a coordenação da pasta da educação.

A federação sindical exige a criação de carreiras especiais, com melhores salários, para os assistentes operacionais, que passariam a auxiliares de ação educativa, e para os assistentes técnicos que iriam integrar a carreira de assistente administrativo de administração escolar, à semelhança do que já aconteceu na saúde, com a implementação da carreira de técnico auxiliar de saúde, para onde transitaram os assistentes operacionais, e da de técnico auxiliar de saúde principal, que absorveu os assistentes operacionais na categoria de encarregado, que trabalham nos hospitais e centros de saúde.

De lembrar que, até 2008, estes trabalhadores tinham carreiras especiais, sendo designados de auxiliares de ação educativa, nos estabelecimentos de ensino, tal como havia a carreira de auxiliar de ação médica, no SNS. Mas a reforma do Governo socialista de José Sócrates extinguiu estas categorias e os funcionários passaram para as carreiras gerais em 2009, perdendo as valorizações específicas das suas funções.

A reposição destas carreiras é uma reivindicação antiga dos sindicatos. Com o anterior Governo socialista, de António Costa, foi possível criar a carreira especial para os auxiliares de saúde, mas, no caso da educação, não houve avanços.

Assim, o salário de entrada dos assistentes operacionais do SNS, que correspondia ao ordenado mínimo do Estado, de 821,83 euros, passou para 869,84 euros, com a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde. No caso dos assistentes operacionais na categoria de encarregado, o vencimento, que começava nos 961,40 euros, subiu para 1.228,09 euros mensais brutos com o estabelecimento da nova carreira de técnico auxiliar de saúde principal.

Mas não foram atendidas todas as reivindicações do pessoal da saúde, uma vez que os sindicatos também defendem uma carreira especial para os assistentes técnicos do SNS. Com a criação desta carreira, estes trabalhadores passariam a designar-se de técnicos secretários clínicos. A este respeito, foi lançada uma petição pelo Sindicato dos Profissionais Administrativos da Saúde que vai ser discutida na Assembleia da República, depois do debate do OE2025 na especialidade, uma vez que ultrapassou as 7.500 assinaturas necessárias para poder ser apreciada em plenário.

A 29 de novembro, dia da votação final global do Orçamento do Estado, a federação vai entregar no Parlamento uma petição pela criação de carreiras especiais para os trabalhadores não docentes.

Artur Sequeira

Dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS)

É este tipo de valorização que a FNSTFPS pretende ver refletida nos assistentes operacionais das escolas e nos assistentes técnicos. Mas Artur Sequeira está pessimista, indicando que, na reunião de julho, com o ministro da Educação, Fernando Alexandre, “não houve abertura para criar novas carreiras especiais”.

O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, tem outra visão. “No acordo plurianual para a valorização da Administração Pública que assinámos com o Governo, há uma cláusula que determina a análise dos conteúdos funcionais das carreiras com especificidades que justifiquem a densificação e/ou especialização”, indica o dirigente da estrutura sindical afeta à UGT. É neste âmbito que se poderá “negociar uma carreira especial” para o pessoal não docente, defende.

Na proposta que entregou ao Governo, a Fesap exige a criação da carreira de técnico auxiliar de educação, que irá absorver os assistentes operacionais, a de técnico administrativo de educação para os assistentes técnicos, e a de técnico superior de educação para onde deverão passar os técnicos superiores.

A federação sindical ligada à CGTP tem ainda outras reivindicações que colocou em cima da mesa, designadamente “o fim da precariedade, o aumento do número de trabalhadores e a exclusividade de funções nos estabelecimentos de ensino”, matérias que o ministro admitiu analisar. O dirigente da FNSTFPS revela que, “com a passagem destes trabalhadores para as autarquias, no âmbito da descentralização de competências, aumentaram os recibos verdes e o recurso a desempregados do IEFP através de contratos emprego inserção que dão uma bolsa mínima e ajudas de custo para os transportes”. Perante esta realidade, “nem o Ministério sabe quantos trabalhadores não docentes têm as escolas”, critica.

Outra das práticas que o sindicalista quer combater é “o uso abusivo destes trabalhadores por parte das câmaras”. “Nos períodos não letivos, alguns municípios costumam requisitar os funcionários para outras tarefas que, assim, andam a pulular de um sítio para o outro, por isso, defendemos a exclusividade de funções nas escolas”, acrescentou.

A federação sindical tem enviado várias missivas à tutela para marcar uma reunião e avançar com as negociações, mas, até ao momento, não obteve resposta. “Caso se mantenha em silêncio, vamos ao Ministério da Educação, informando com antecedência que queremos reunir. Se não formos recebidos, vamos apresentar uma queixa à comissão de educação do Parlamento contra o ministro, acusando-o de colocar em causa a negociação coletiva”, ameaçou Artur Sequeira.

Para já, estão afastadas novas greves, mas, caso a tutela vire completamente as costas, o sindicato admite novos protestos. O dirigente sindical lembra ainda que, “a 29 de novembro, dia da votação final global do Orçamento do Estado, a federação vai entregar no Parlamento uma petição pela criação de carreiras especiais para os trabalhadores não docentes”.

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PGR confirma sete processos de investigação à gestão da Santa Casa de Lisboa

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

A procuradoria-geral da República confirmou, num ofício enviado à Assembleia da República em outubro, a existência de sete processos relativos à gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML).

A procuradoria-geral da República confirmou, num ofício enviado à Assembleia da República em outubro, a existência de sete processos relativos à gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), três dos quais em segredo de justiça.

Num ofício a que a Lusa teve hoje acesso, dirigido ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, a anterior PGR Lucília Gago confirma a sinalização de sete processos “potencialmente relacionados com algumas das matérias objeto da resolução relativa à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão estratégica e financeira e à tutela política da SCML”.

Sem adiantar pormenores, a procuradora-geral refere apenas que foram sinalizados cinco processos em fase de inquérito, dois dos quais a correr no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e três no Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Lisboa.

Dois desses processos estão sujeitos ao regime do segredo de justiça, à semelhança de um outro inquérito sinalizado no Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

Lucília Gago referia ainda a existência de um outro processo, que se encontra em fase de recurso da decisão instrutória de não pronúncia.

Em junho, a Assembleia da República aprovou as propostas do Chega, da IL e do BE para constituir uma parlamentar de inquérito à gestão SCML, e que tomou posse no dia 18 de setembro, presidida pelo deputado do PS Tiago Barbosa Ribeiro.

A comissão parlamentar de inquérito à SCML vai investigar as decisões de gestão estratégica e financeira da instituição nos últimos 13 anos, começando com a provedoria de Santana Lopes, e procurar “apurar responsabilidades políticas”.

O início dos trabalhos da comissão foi entretanto adiado para depois da discussão do Orçamento do Estado para 2025.

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Lufthansa prolonga suspensão das rotas para Telavive até 15 de dezembro

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

Para a Lufthansa Airlines, uma das companhias do principal grupo europeu de transporte aéreo que opera a partir da Alemanha, a suspensão é válida até 31 de dezembro.

O grupo de transporte aéreo alemão Lufthansa anunciou esta que irá prolongar a suspensão das suas ligações com Telavive até 15 de dezembro devido ao conflito no Médio Oriente. Os voos para o aeroporto israelita foram suspensos em setembro devido ao agravamento da situação de segurança no país.

Para a Lufthansa Airlines, uma das companhias do principal grupo europeu de transporte aéreo que opera a partir da Alemanha, a suspensão é válida até 31 de dezembro, informou a Lufthansa num comunicado de imprensa.

Israel está em guerra com o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 e intensificou as suas operações militares contra o Líbano desde setembro, para combater o grupo xiita libanês Hezbollah.

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Ministério da Justiça abre 225 vagas para guardas prisionais

Candidaturas às 225 vagas no Corpo da Guarda Prisional terminam 2ª feira, avisa o Ministério da Justiça.

Até à próxima segunda-feira estão abertas candidaturas para o ingresso imediato na carreira de guarda prisional do Corpo da GP da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP). O Ministério da Justiça abriu 225 vagas para a admissão ao curso de formação inicial destinado a formar os novos profissionais na categoria de Guarda do Corpo da Guarda Prisional.

Os novos guardas prisionais vão ser integrados nos 49 Estabelecimentos Prisionais de Portugal continental, Açores e Madeira.

Os candidatos devem ter nacionalidade portuguesa, idade entre 21 e 28 anos (com exceções para militares), altura mínima de 1,60m (feminino) ou 1,65m (masculino) e o 12.º ano de escolaridade ou equivalente.

Durante o curso de formação, a remuneração iguala a prevista para a categoria de agente provisório (870 euros/mês, equivalente ao SMN para 2025). Após a conclusão do curso com sucesso, é atribuída aos novos a primeira posição remuneratória da carreira (mínimo de 1717 euros/mês).

O processo de candidatura é feito exclusivamente online através do portal da DGRSP em Guarda 06/CGP/2024, onde também se encontram os formulários e requisitos específicos de apresentação. A seleção inclui provas físicas, de conhecimentos, exame médico e avaliação psicológica, todas de caráter eliminatório.

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Miguel Esperança Pina junta-se à CS’Associados para co-liderar a área de Contencioso e Arbitragem

Miguel Esperança Pina é dos principais especialistas em Resolução de Litígios e Arbitragem em Portugal, sendo um dos fundadores da Associação Portuguesa de Arbitragem.

A CS’Associados anunciou a integração de Miguel Esperança Pina como sócio da sociedade, reforçando assim a área do Contencioso e Arbitragem.

Com mais de 30 anos de experiência, Miguel Esperança Pina é dos principais especialistas em Resolução de Litígios e Arbitragem em Portugal, sendo um dos fundadores da Associação Portuguesa de Arbitragem (APA), distinguido como líder (tier 1) por todos os diretórios internacionais da especialidade.

A integração de Miguel Esperança Pina “solidifica a estratégia da CS’Associados nesta área, aumentando a capacidade de assistência jurídica de excelência em litígios complexos. A sua vasta experiência em Resolução de Litígios e Arbitragens, tanto a nível nacional como internacional, incluindo a sua atuação como árbitro, é uma mais-valia para a sociedade e para os seus clientes”, segundo comunicado do escritório.

Acompanhando o Miguel Esperança Pina, juntam-se também à equipa a associada sénior Carolina Botelho Sampaio e o associado António Castro e Solla.

João Maria Pimentel, Sócio da CS’Associados, refere que “o Contencioso e a Arbitragem é uma área central na estratégia da sociedade. Investimos continuamente no crescimento, com uma equipa de advogados experientes, como já tínhamos feito com o Prof. Rui Pinto Duarte, um dos mais prestigiados árbitros em Portugal. A chegada de Miguel Esperança Pina reforça este compromisso e a procura pela excelência, colocando esta área ao nível das que até agora eram percecionadas como o core da sociedade. A escolha do Miguel de integrar a CS’Associados confirma a atração do nosso modelo diferenciado, baseado numa cultura de paridade interna e de parceria externa com os nossos clientes. Pelo lado da CS’Associados, não podíamos desperdiçar a oportunidade de ter o Miguel na nossa equipa”.

Miguel Esperança Pina é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa e tem intervindo em casos de grande complexidade, nomeadamente litígios contratuais nos setores financeiro, da construção e energético, bem como em arbitragens internacionais envolvendo empresas de aviação, indústria alimentar e media. A sua experiência como árbitro inclui mais de 50 arbitragens administradas pela Câmara de Comércio Internacional e pelo Centro de Arbitragem Comercial de Lisboa, tendo sido nomeado árbitro por entidades como o Estado Português e os Estados Unidos da América.

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Nova zona empresarial de Vila Real custa 10 milhões de euros

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

Autarca de Vila Real antecipa para setembro de 2025 a conclusão de uma nova zona empresarial que não está pronta devido à demora de um processo judicial.

A Câmara Municipal de Vila Real está a investir 10 milhões de euros na construção de uma nova zona empresarial, que vai recandidatar a fundos comunitários depois de perder financiamento devido à demora de um processo judicial.

Este processo tem um atraso de um ano e meio. Já devia estar concluído. Como se sabe, a litigância em tribunal hoje é enorme; houve uma providência cautelar, essa providência para ser despachada demorou cerca de um ano e meio”, afirmou esta segunda-feira o presidente da autarquia, Rui Santos.

O autarca do PS referia-se à área de acolhimento empresarial Vila Real – Polo II – zona industrial de Constantim, que está a ser construída e vai ser concretizada em duas fases, uma primeira com 34 hectares, cerca de 80 lotes e os acessos que servirão depois os cerca de 50 lotes a construir na segunda fase do projeto.

Rui Santos fez um ponto de situação sobre o empreendimento que está em curso, cujos trabalhos tiveram início no verão e onde já foram feitas desmatações e se verificam movimentações de terrenos. O investimento na primeira fase é de 10 milhões de euros.

“Esta obra hoje podia estar a ser inaugurada. Não está; está em obra, mas mais vale tarde do que nunca. Tínhamos um objetivo e é esse objetivo, com duas empreitadas, estará concluído, se tudo correr bem, até setembro do próximo ano”, referiu.

O autarca explicou que uma das empresas que participou no concurso público e que foi excluída apresentou uma providência cautelar, tendo perdido o processo tanto no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela como no Tribunal Central Administrativo do Norte, para onde apresentou recurso.

Entretanto, o município perdeu o dinheiro da candidatura a fundos comunitários no valor de 1,5 milhões de euros, tendo já submetido uma nova candidatura de valor idêntico.

“Com esta resposta, todas as empresas que se queiram instalar em Vila Real, e que nós procuraremos ativamente que se instalem em Vila Real, terão espaço para o fazer num local absolutamente privilegiado, perto das autoestradas A24 e A4, num nó estratégico”, salientou Rui Santos.

Lembrou que esta é uma “ideia antiga”, que até teve um financiamento comunitário de 10 milhões de euros assegurado, mas que o anterior executivo social-democrata deixou cair. “Nós conseguimos reerguer este objetivo e estamos a concretizá-lo”, frisou.

Nuno Augusto, diretor-executivo do Regia Douro Park, referiu que este foi também “um processo complicado de aquisição” de terrenos, tendo sido necessário negociar com 300 proprietários a compra de cerca de 200 parcelas de terreno. Segundo este responsável, os lotes deverão estar disponíveis daqui a nove meses.

Nuno Augusto disse ainda que a segunda fase do projeto ainda não está orçamentada, mas perspetiva um investimento a rondar os quatro milhões de euros.

Para além da nova área, Rui Santos apontou ainda a obra de ampliação da antiga zona industrial, que já está concluída, num investimento de dois milhões de euros, mais 18 lotes e sete hectares de terreno.

“Destes, nove já estão escriturados, já foram entregues às empresas para que o mais depressa possível possam aqui iniciar a edificação dos seus espaços, essa edificação estará associada à criação de novos postos de trabalho”, frisou. Segundo Nuno Augusto, vão instalar-se empresas das áreas logística, transportes, distribuição, mecânicas e oficinas.

“Temos o exemplo de uma das maiores distribuidoras do mundo de medicamentos que aqui criou a sua localização para a distribuição de medicamentos para toda a região Norte, num investimento avultado e que criou 20 postos de trabalho”, salientou.

Rui Santos destacou a procura dos lotes por empresas de diferentes setores e realçou a concretização destes dois compromissos assumidos pelo executivo socialista: o alargamento da atual zona industrial, que está concluído, e uma nova zona empresarial, que está em concretização.

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Estado deve deixar de ser visto como empecilho da economia, diz Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 11 Novembro 2024

O secretário-geral do PS defende que a flexibilização das regras de auxílio do Estado são "um pau de dois bicos. São uma oportunidade, mas também podem ser um problema".

O secretário-geral do PS defendeu esta segunda-feira que é preciso deixar de olhar para o Estado como uma espécie de empecilho no desenvolvimento económico e que a economia portuguesa tem potencial basta que se saibam fazer boas escolhas. “Olhamos muitas vezes para o Estado como uma espécie de empecilho no desenvolvimento económico. Nós temos de mudar a forma de como olhamos para o Estado no seu papel de transformação das economias. Os Estados com boas políticas são mesmo uns dos principais instrumentos de transformação de uma economia”, disse Pedro Nuno Santos.

O líder socialista participou, por videoconferência, na conferência “Reindustrialização” que decorre em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, sessão na qual disse que Portugal deve concentrar melhor os seus investimentos e apostas. “Acredito no potencial da economia portuguesa, saibamos nós fazer escolhas, tomar decisões, concentrar os recursos nas áreas, nos setores com futuro e que já têm competências científicas e tecnológicas e empresariais instaladas em Portugal”, referiu.

Antes, Pedro Nuno Santos apontou que a União Europeia (UE) “percebeu finalmente” que “precisava de se reindustrializar e ter uma indústria para travar a contínua perda para outras zonas do globo, modernizando a sua economia” e daí a criação dos instrumentos de flexibilização das regras de auxílio do Estado.

“É um pau de dois bicos. São uma oportunidade, mas também podem ser um problema (…). Portugal não tem capacidade para competir com as grandes economias e por isso é que há riscos nesta flexibilização. No entanto temos de explorar os graus de liberdade que as novas regras de auxílio de Estado vêm conferir”, considerou.

A este propósito, Pedro Nuno Santos defendeu que o Governo português tem de se dotar de uma equipa totalmente especializada nas regras da concorrência europeia que permita desenhar políticas públicas que explorem ao máximo os graus de liberdade que as regras de auxílio de Estado permitem ter.

“Esse trabalho não tem sido feito como é necessário em Portugal”, apontou. Na conferência organizada pela Rádio Renascença e pela Câmara Municipal de Gaia, o secretário-geral do PS também defendeu que “só uma economia mais sofisticada pode reter os jovens qualificados”, acrescentando que os jovens portugueses emigram não só pelos salários mais altos do Norte da Europa, por exemplo, mas porque em Portugal não conseguem ter saídas.

Somos dos países que mais forma engenheiros, mas não temos uma economia que absorva os engenheiros”, exemplificou. Pedro Nuno Santos também considerou que Portugal deve mudar de estratégia no que diz respeito à política de incentivos porque a sua é “muito mais abrangente” e dirige-se “a muitas mais áreas do que o que acontece no resto da UE”.

“Quando a nossa politica de incentivos não é suficientemente seletiva, não conseguimos ter poder de fogo em nenhuma área”, considerou. A energia, a industria automóvel, os transportes, nomeadamente a ferrovia, a metalomecânica e equipamentos industriais, bem como a agricultura sustentável e a saúde (medicamentos e equipamentos) foram as áreas elencadas pelo líder dos socialistas.

Pedro Nuno Santo também considerou que Portugal deve “passar da lógica de apoio à exportação para uma lógica de apoio à internacionalização”.

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Juliana Vasconcelos Senra integra a MFA Legal

A MFA Legal acaba de anunciar o reforço da sua equipa de Direito Penal, Contraordenacional e Compliance, com a integração de Juliana Vasconcelos Senra.

A MFA Legal acaba de anunciar o reforço da sua equipa de Direito Penal, Contraordenacional e Compliance, com a integração de Juliana Vasconcelos Senra. A advogada, que transita do departamento de Criminal, Contraordenacional e Compliance da Morais Leitão, ingressa na sociedade na qualidade de associada.

De acordo com João Medeiros, sócio Fundador da MFA Legal e responsável pela área de Direito Penal, Contraordenacional e Compliance da Sociedade, “apesar da sua curta carreira, a Juliana possui já uma experiência relevante na assessoria a empresas e a clientes individuais, nomeadamente em matéria de direito criminal e proteção de dados”. E acrescenta: “A integração da Juliana reflete aquela que é a nossa estratégia desde o primeiro dia: atrair para o nosso Projeto o melhor talento disponível, reforçando o nosso compromisso com a qualidade, a eficiência e a inovação, num mercado que se apresenta cada vez mais competitivo”.

Samuel Fernandes de Almeida, managing partner da MFA Legal, sublinha: “Tendo completado recentemente um ano de atividade, constatamos com enorme satisfação o crescimento da equipa e, sobretudo das nossas valências e capacidade de resposta aos desafios que nos são colocados pelos nossos clientes”. E acrescenta: “Temos uma equipa de excelência, o que reforça a atratividade do nosso escritório. Esta é uma atividade em que o talento individual faz a diferença”. Samuel Fernandes de Almeida termina, referindo: “A integração da Juliana é mais um passo no reforço do nosso compromisso com a excelência e com o futuro do nosso escritório”.

Juliana Vasconcelos Senra é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. No âmbito da sua licenciatura, integrou o Programa Erasmus+, tendo completado um ano letivo na Faculdade de Criminologia da Universidade de Ghent, Bélgica. É Mestre em Sociologia do Direito pela Universidade de Lund, Suécia e possui o Curso JurisNova – “Inteligência Artificial: Desbravando o quadro legal europeu”.

Ao longo do seu percurso enquanto estagiária, Juliana Vasconcelos Senra acompanhou diversos processos em regime pro-bono – incluindo processos de abuso sexual de menores e execução de penas -, tendo ainda prestado assessoria jurídica em matéria de proteção de dados a diversas organizações de cariz social e colaborado com várias ONG’s, nacionais e internacionais, em projetos relacionados com o direito penal e os direitos humanos. É Membro da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas.

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