Diretora admite que situação financeira da SATA “não está totalmente estável”

  • Lusa
  • 1 Julho 2024

"É necessário cash fresco, permitam-se a expressão. Para nós, a venda da SATA Internacional, é uma das únicas fontes de financiamento puro que pode haver no grupo de forma direta”, avisou Carla Neto.

A diretora financeira da companhia aérea SATA, Carla Neto, admitiu esta segunda-feira algumas “dificuldades” de tesouraria na empresa, reconhecendo que a situação financeira da transportadora aérea açoriana “não está totalmente estável” e que é necessário “cash fresco”.

“O grupo financeiramente não está totalmente estável, vai haver sempre momentos de maior aflição ou de menor aflição, digamos assim, mediante aquilo que são, efetivamente, as entradas de cash, aliado àquilo que são as saídas de cash significativas”, explicou Carla Neto, durante uma audição na comissão de Economia da Assembleia Regional dos Açores, reunida em Ponta Delgada.

A audição parlamentar ocorreu por proposta dos deputados do PS, para obter esclarecimentos sobre a situação financeira da companhia aérea açoriana e sobre as dificuldades operacionais registadas no início de junho, altura em que cerca de 70% da frota da SATA Air Açores (responsável pelos voos interilhas) esteve temporariamente parada.

Na audição, o deputado socialista Carlos Silva recordou que a comissão de Trabalhadores da SATA alertou que “a situação financeira do Grupo é grave e que terá dificuldades em pagar salários aos trabalhadores e de pagar também a fornecedores”. Contudo, Carla Neto garantiu que não antevê, nos próximos tempos, dificuldades de tesouraria que possam dificultar o pagamento de salários ou de impostos. “Relativamente aquilo que são as obrigações para com os trabalhadores, e obrigações fiscais, a SATA tem cumprido com as suas obrigações”, disse.

A diretora financeira da companhia aérea reconheceu, porém, que houve um “aumento substancial de custos, tanto na Azores Airlines (companhia aérea responsável pelas ligações entre os Açores e o exterior), como na SATA Air Açores”, nos últimos tempos, mas lembrou que “houve também um aumento de receitas”, apesar de ser necessário injetar capital na transportadora.

É necessário cash fresco, permitam-se a expressão. Para nós, a venda da SATA Internacional, é uma das únicas fontes de financiamento puro que pode haver no grupo de forma direta”, insistiu Carla Neto, referindo-se ao processo de privatização de 51% da Azores Airlines, que acabou por não se concretizar.

Segundo as explicações da responsável financeira do grupo SATA, um dos principais défices da companhia, que ascende a 100 milhões de euros, resulta da operação das denominadas “rotas deficitárias” entre Lisboa e os Açores (Lisboa/Horta, Lisboa/Pico e Lisboa/Santa Maria), que são realizadas ao obrigo de obrigações de serviço público (OSP’s), mas que não são financiadas pelo Estado desde 2015.

“Quando falamos de 100 milhões, estamos a falar de défice acumulado e o défice está, naturalmente, muito indexado aquilo que são os custos de estrutura”, justificou Carla Neto, adiantando que, sendo estas rotas deficitárias, acabam por ter anualmente um impacto financeiro negativo nas contas da empresa.

Apesar das justificações, os deputados do PS na comissão de Economia consideraram que os custos com as OSP’s estão longe dos 100 milhões de euros agora invocados pela administração da SATA.

A diretora financeira do grupo SATA foi ouvida pelos deputados, juntamente com José Roque, vogal do conselho de administração da transportadora regional, apenas três dias depois de o Governo Regional ter indigitado para futuro presidente do conselho de administração da companhia Rui Coutinho, que já desempenhou as funções de diretor regional da Mobilidade e irá substituir Teresa Gonçalves, que se demitiu em abril, alegando “motivos pessoais”.

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Ministério Público tem de concluir investigação a Mexia até 30 de setembro

Desde maio de 2018 até aos dias de hoje, já foram 23 pedidos de prorrogação do prazo, segundo consta no processo dos CMEC. Quer no mandato de Joana Marques Vidal, quer no mandato de Lucília Gago.

O Ministério Público (MP) tem de encerrar o inquérito do processo dos Custos de Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC) até 30 de setembro. Este foi o derradeiro prazo autorizado esta segunda-feira pela PGR para os magistrados responsáveis pela investigação a Manuel Pinho, António Mexia e Manso Neto.

No documento, a que o ECO teve acesso, o gabinete de Lucília Gago sublinha que se “encontra em curso uma avaliação sobre a validade de diversos elementos de prova recolhidos no decurso do inquérito, avaliação que se tem por relevante para o saneamento (probatório) do processo e precípua formulação do juízo indiciário a realizar”.

No dia 10 de julho de 2017 – era ainda Joana Marques Vidal procuradora-geral da República –, o processo dos CMEC ganhava o ‘estatuto’ de aceleração processual. A investigação já durava há cinco anos (desde 2012) e a titular da investigação criminal dava o prazo de dez meses para o encerramento do inquérito. Ou seja, para os procuradores do MP arquivarem a investigação ou acusarem os arguidos no processo, até maio de 2018. Mas, nesse mês, os magistrados pediram a prorrogação desse prazo por tempo indeterminado mas com a obrigação de, três meses depois, darem conta à PGR como estava o desenrolar da investigação.

E este foi o início de um longo calvário de adiamentos de uma acusação a António Mexia, João Manso Neto, João Conceição e Manuel Pinho. Desde maio de 2018 até aos dias de hoje, já foram 23 os pedidos de prorrogação do prazo, segundo consta no processo dos CMEC. E, desses 23 pedidos (que foram sempre atendidos pela Procuradoria-Geral da República), 13 foram feitos de maio de 2018 a novembro de 2022 sempre sem fixação de prazo para o encerramento. O caso começou a ser investigado há 12 anos mas entretanto foi dividido em dois. Nesse segundo, Manuel Pinho e Ricardo Salgado já foram condenados (dez anos para o ex-ministro da Economia e seis para o antigo banqueiro por crimes como corrupção e branqueamento de capitais).

“Consideramos que este inquérito que dura inexplicavelmente há mais de 12 anos, e que já conta com 23 pedidos de adiamento ou prorrogação, já há muito que deveria ter sido encerrado”, dizem os advogados de Mexia: João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa

A última data do prazo para encerramento do inquérito era precisamente o dia 1 de julho. Mas foi pedido novo adiamento. Isto porque, na sequência de um despacho do juiz de instrução Nuno Dias Costa, que ordenou a destruição de vários emails do processo, as defesas alegaram que essas comunicações contaminaram outras provas recolhidas posteriormente.

Os advogados de António Mexia, Manso Neto e João Conceição elencaram uma série de factos que também devem ser retirados do processo. Enquanto Nuno Dias Costa não decidir, o Ministério Público não irá acusar, sob pena de utilizar prova que, entretanto, foi retirada.

Logo em abril, os advogados de defesa de António Mexia e João Manso Neto pediam à Procuradoria-Geral da República que esclarecesse se os magistrados do caso EDP/CMEC , Carlos Casimiro e Hugo Neto, iam mesmo insistir em deduzir uma acusação ou se pediram uma nova prorrogação do prazo.

Em causa estão as decisões, quer do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), quer do juiz de instrução, que declararam nulos os emails apreendidos na investigação, mas que o MP insiste em usar como prova. Os advogados invocam a nulidade dos emails decretada pelo juiz de instrução a 17 de abril. Dizem então os advogados João Medeiros, Rui Costa Pereira e Inês Almeida Costa que – caso o faça – “o Ministério Público estaria dolosamente a frustrar e a violar, em toda a medida processual útil, uma decisão judicial a que deve obediência”.

Defendendo que “seria mesmo – e por isso não queremos acreditar que seja ou possa vir a ser – um golpe de Estado judiciário, através do qual o Ministério Público, achando-se acima de decisões jurisdicionais e lançando mão de manobras que, se acaso proviessem das defesas, seriam taxadas, no mínimo, como inadmissível chicana, agiria como se decisões não houvesse, que há, ou que não estivesse obrigado a cumpri-las, como está, Assim, aliás, pouco ou nada contribuindo para o prestígio da justiça em geral e do Ministério Público – prestígio, de resto, como é sabido, que bem preciso é, sempre, e agora em particular”.

Dizendo que, caso o MP o faça, estará a incorrer numa série de “ilícitos disciplinares”, bem como num crime de violação de correspondência e de prevaricação.

Dias antes, os advogados de João Conceição – Rui Patrício e Tiago Geraldo – enviaram um requerimento ao juiz de instrução do processo, alertando que, caso o MP insista em usar os emails considerados inválidos como prova para a acusação, estará a cometer o crime de desobediência à lei, de violação de correspondência e de prevaricação.

A 18 de abril, o juiz de instrução Nuno Dias Costa decidiu que a principal prova recolhida no caso do processo EDP/CMEC não é válida, já que a apreensão de emails tinha de ser feita com autorização de um juiz de instrução e não meramente por iniciativa do MP, como aconteceu. Assim, ordenou a destruição de centenas de milhares de emails apreendidos na sede de EDP, em junho de 2017, relativos a comunicações entre Mexia e Manso Neto.

Assim, o juiz de instrução ordenou a destruição da totalidade dos emails apreendidos em junho de 2017 na sede da EDP, discordando dos argumentos invocados pelo MP e recusou o pedido do MP para declarar a validade da utilização desses emails, socorrendo-se da decisão do STJ. O juiz ordena, assim, “a destruição de qualquer cópia digital ou impressão que conste do processo relativa aos 3.277 emails que foram objeto do despacho judicial”, mas também a destruição de “qualquer cópia digital ou impressão que conste do processo relativa aos restantes emails apreendidos aquando da apreensão daqueles 3.277”. E terão de ser os arguidos a dizer que emails consideram que têm de ser destruídos.

O que é o processo dos CMEC?

Foi há quase 12 anos que se deu a abertura de inquérito deste processo. O foco da investigação centrava-se nas suspeitas de favorecimento do Governo, na altura de José Sócrates, à EDP.

Com o decorrer da investigação, várias outras suspeitas foram nascendo, como a dos subornos superiores a cinco milhões de euros de Ricardo Salgado, ex-líder do BES, a Manuel Pinho, à data ministro da Economia de Sócrates. O processo acabou por ser dividido em dois: este relativo a Pinho, Manso Neto e Mexia, ainda sem acusação; e o segundo relativo a Pinho e Ricardo Salgado, ex-líder do BES, cujo julgamento já terminou e em que ambos foram condenados.

O caso está relacionado com os CMEC (Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual) e o eventual favorecimento da EDP, no qual Mexia e Manso Neto são suspeitos de corrupção e participação económica em negócio para a manutenção das rendas excessivas, no qual, segundo o Ministério Público, terão corrompido o ex-ministro da Economia Manuel Pinho e o ex-secretário de Estado da Energia Artur Trindade. Em causa estão benefícios de mais de 1,2 mil milhões de euros alegadamente concedidos por Manuel Pinho à EDP, entre outubro de 2006 e junho de 2012.

Mexia foi constituído arguido a 2 de junho de 2017, na sequência de buscas à EDP. Tal como Manso Neto, antigo administrador da elétrica, é suspeito de quatros crimes de corrupção ativa e de alegados subornos ao antigo ministro Manuel Pinho (Governo Sócrates), ao ex-diretor-geral da Energia Miguel Barreto e a João Conceição, antigo consultor de Pinho no Ministério da Economia e atual administrador da REN.

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UE reduz importações de energia em 10,4% no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 1 Julho 2024

A UE importou 183,8 milhões de toneladas de produtos energéticos, num total de 95,5 mil milhões de euros.

A União Europeia (UE) importou, no primeiro trimestre de 2024, cerca de 183,8 milhões de toneladas de gás, gás natural liquefeito e petróleo, uma redução de 10,4% face ao período homólogo de 2023, diversificando o abastecimento à Rússia.

Dados divulgados pelo gabinete estatístico comunitário, o Eurostat, indicam que, nos primeiros três meses deste ano, a UE importou 183,8 milhões de toneladas de produtos energéticos, num total de 95,5 mil milhões de euros.

Estes números representam uma diminuição de 10,4% em massa líquida e um decréscimo de 26,4% no valor, na comparação homóloga com o ano anterior.

No que toca ao gás natural importado em estado gasoso, registou-se uma descida de 11,7% no volume de importações e de 56,8% no valor. Já no gás natural liquefeito (GNL), a UE importou menos 11,4% e pagou menos 54,1%.

Em ambos os casos, “a diminuição significativa do valor refletiu a descida dos preços do gás natural após o aumento dos preços em 2022, enquanto a diminuição do volume deve ser vista no contexto do plano de redução da UE, em que os países da UE se comprometeram a reduzir o seu consumo de gás em, pelo menos, 15%”, explica o Eurostat.

Quanto aos óleos de petróleo importados, tanto o volume como o valor permaneceram estáveis ao registarem, respetivamente, uma diminuição de 0,9% e um aumento de 0,4% na variação homóloga entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.

Relativamente aos principais fornecedores de energia à UE nos primeiros três meses do ano, quase metade do gás natural em estado gasoso foi importado da Noruega (46,6%), seguindo-se a Argélia (19,7%) e só depois a Rússia (17,3%), dadas as medidas adotadas na UE para reduzir a dependência do abastecimento russo, que chegou a representar 40% antes da invasão russa da Ucrânia.

No GNL, os Estados Unidos forneceram quase metade das importações (47,4%), à frente da Rússia (17,7%) e da Argélia (9,9%). Ainda no primeiro trimestre de 2024, a maior parte das importações europeias de óleos de petróleo da UE provinha dos Estados Unidos (17,1%), da Noruega (13,6%) e do Cazaquistão (10,9%).

 

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Governo alarga apoio ao gasóleo profissional até 31 de agosto

Medida teria terminado a 30 de junho, mas o Executivo decidiu prolongar a ajuda ao setor do transporte de mercadorias, o que se traduz num subsídio médio mensal de cerca de oito milhões de euros.

O Governo alargou o apoio ao gasóleo profissional dirigido às empresas de transporte de mercadorias até 31 de agosto. A medida temporária, criada pelo anterior Governo, vai ser prolongada por mais dois meses, dado que tinha terminado no passado dia 30 de junho, segundo uma nota enviada esta segunda-feira às redações pelo Ministério das Infraestruturas e da Habitação.

“Esta medida traduz-se num apoio mensal de cerca de 8 milhões de euros”, refere a tutela liderada pelo ministro Miguel Pinto Luz.

“No quadro das medidas de mitigação do aumento do preço dos combustíveis, o Governo vai manter o mecanismo de devolução parcial do imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP), suportado pelas empresas de transporte de mercadorias por conta de outrem”, de acordo com o mesmo comunicado.

O Ministério lembra que “o mecanismo em questão, designado por ‘gasóleo profissional extraordinário’, foi criado, com caráter temporário, pelo Decreto-Lei n.º 43-A/2022, de 6 de julho, tendo sido objeto de prorrogação, até 30 de junho de 2024, nos termos do Decreto-Lei n.º 131/2023, de 27 de dezembro”.

O Executivo decidiu então prolongar o apoio “por se manterem, em parte, as razões justificativas da medida em apreço”. Assim, “será prorrogado o diploma que visa atender às condições específicas deste setor transportador, contemplando os abastecimentos elegíveis que ocorram entre 1 de julho e 31 de agosto de 2024“, lê-se na mesma nota.

“Trata-se de uma justa decisão que corresponde à expectativa do setor, apesar de estarmos todos conscientes da necessidade de phasing out no cumprimento das orientações comunitárias”, sublinha o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.

(Notícia atualizada às 17h58)

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Mercado automóvel cresce 7,8% no primeiro semestre

  • Lusa
  • 1 Julho 2024

No primeiro semestre do ano, "51,7% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente elétricos e híbridos".

O mercado automóvel em Portugal cresceu 7,8% no primeiro semestre de 2024, face ao mesmo período do ano anterior, divulgou esta segunda-feira a ACAP – Associação Automóvel de Portugal.

“De janeiro a junho de 2024, foram colocados em circulação 137.195 novos veículos, o que representou um aumento de 7,8% relativamente ao mesmo período do ano anterior”, sinaliza a ACAP, em comunicado. Todas as categorias de veículos registaram um aumento no número de matrículas nos primeiros seis meses do ano: os ligeiros de passageiros cresceram 5,7%, os ligeiros de mercadorias 22,9% e os pesados 14,7%.

Os dados mostram ainda que, no primeiro semestre do ano, “51,7% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos eram movidos a outros tipos de energia, nomeadamente elétricos e híbridos”, sendo que 16,5% dos veículos ligeiros de passageiros novos eram elétricos. Por outro lado, olhando para os dados mensais, é possível verificar que em junho “foram matriculados em Portugal 24.561 veículos automóveis, ou seja, menos 4,7% que no mesmo mês de 2023”, ainda que este ano tenha tido menos dois dias úteis do que em 2023.

Enquanto o número de automóveis ligeiros de passageiros novos matriculados em junho caiu 8,4% face ao período homólogo, o mercado de ligeiros de mercadorias cresceu 10,1% e os veículos pesados (de passageiros e de mercadorias) aumentaram 56,4%. A ACAP indica ainda que, no sexto mês do ano, o peso dos elétricos foi de 18,9% do mercado.

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No “jogo” da economia, a Eslovénia vence Portugal por 4-2

  • ECO
  • 1 Julho 2024

O país da Europa central leva a melhor na maioria dos indicadores económicos analisados. Veja a comparação.

Depois do desaire frente à Geórgia no último jogo da fase de grupos do Campeonato da Europa de 2024, Portugal procura esta segunda-feira bater a Eslovénia para chegar aos quartos-de-final da prova.

Segundo a análise realizada pelo Instituto Mais Liberdade, do qual o ECO é parceiro de media, Portugal só leva vantagem em dois indicadores: a riqueza per capita é mais elevada e o esforço para comprar casa ligeiramente menor. A Eslovénia chega à “goleada” com um salário médio líquido mais elevado, menos pobreza, um desemprego de longa duração menor e uma taxa de poupança substancialmente mais elevada.

Ao longo deste campeonato europeu de futebol que se realiza na Alemanha, o Instituto Mais Liberdade vai analisar o bem-estar económico das várias seleções participantes, avaliando vários indicadores. Pode acompanhar aqui.

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Espanha x Geórgia foi o jogo mais visto até agora dos oitavos-de-final

  • + M
  • 1 Julho 2024

Acompanhe as audiências de todos os jogos do Euro 2024, numa análise da agência de meios Dentsu/Carat para o +M/ECO, e confira os resultados desportivos.

Dos quatro jogos dos oitavos-de-final do Euro 2024 transmitidos até agora, o mais visto foi o que opôs a seleção de Espanha à da Geórgia e que foi transmitido na SIC e Sport TV. De acordo com a análise elaborada pela Dentsu/Carat para o +M, a partida foi acompanhada por cerca de 1,86 milhões (1.862.404) de telespectadores.

Sem contar com os jogos da seleção portuguesa, a partida que ditou o afastamento da Geórgia da competição, depois de ter perdido por quatro bolas a uma frente à seleção espanhola, foi o mais visto do Euro até agora, superando o confronto entre as seleções de Espanha e Itália que foi acompanhado por mais de 1,82 milhões (1.829.691) de telespectadores.

Entre os jogos dos oitavos-de-final, segue-se o confronto entre a Alemanha e Dinamarca como o segundo mais visto, cuja transmissão na TVI e Sport TV registou uma média de quase 1,3 milhões de telespectadores. Segue-se no “ranking” de jogos mais vistos dos oitavos, o Inglaterra x Eslováquia (217 mil) e o Suíça x Itália (187 mil), ambos transmitidos unicamente na Sport TV.

Os primeiros quatro jogos dos oitavos-de-final foram acompanhados por um total de 3 milhões e 557 mil telespectadores.

O jogo de estreia de Portugal, frente à Chéquia, continua a ser o jogo mais visto até agora da competição, depois de ter sido acompanhado por 3,6 milhões de pessoas nas transmissões da SIC e Sport TV. No top três, segue-se a derrota de Portugal frente à Geórgia, que foi acompanhada por cerca de 3,4 milhões de telespectadores na TVI e Sport TV, e a vitória da equipa das quinas frente à Turquia, que foi visto por 2,8 milhões de telespectadores na RTP1 e Sport TV.

Os 15 dias de Campeonato Europeu que decorreram até agora foram acompanhados por um total de 28 milhões e 594 mil telespectadores.

Audiência Jogo a Jogo – Oitavos-de-Final

Audiência Jogo a Jogo e Audiência Acumulada

Audiência por seleção

Audiência Fase a Fase

Espectadores nos estádios

Jogos e Resultados – Fase Final

Audiência por Marca

Espectadores por Estádio

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M Public Relations reforça direção. Adriano Nobre passa a diretor-geral

  • + M
  • 1 Julho 2024

Adriano Nobre, diretor adjunto, passa a diretor-geral, Telma Martins sobe a diretora e Nuno Abreu integra, também como diretor, a agência liderada por Daniel Vaz. 

A M Public Relations reforçou a direção. Adriano Nobre, diretor adjunto, passa a diretor-geral, Telma Martins sobe a diretora e Nuno Abreu integra, também como diretor, a agência liderada por Daniel Vaz.

“A entrega e a dedicação dos profissionais da MPR justificam que continuemos a apostar em progressões de carreira dentro da agência. Por outro lado, o crescimento contínuo da M Public Relations, fruto da confiança dos nossos clientes, implica também a contratação de novos elementos para a equipa”, justifica o CEO em comunicado.

Adriano Nobre, há seis anos na agência, foi jornalista durante 16 anos, com passagem por A Bola, Meios&Publicidade, Jornal de Negócios, diário i e Expresso, onde esteve sete anos. Já Telma Martins está na M Public Relations desde 2010, após uma passagem pela LPM, tendo ocupado até agora o cargo de coordenadora.

A equipa, e a direção, foi reforçada também com Nuno Abreu, media relations manager no Grupo Jerónimo Martins nos últimos seis anos. O profissional começou a carreira como jornalista freelancer, passou pela Imago e pela sociedade de advogados Cuatrecasas.

Este ano a agência já tinha contratado Alexandre Gomes Ferreira como consultor de marketing de influência, Inês Torrã como gestora de redes sociais e Sílvia Abreu como Consultora de Comunicação.

Millennium bcp, Galp, Fundação Calouste Gulbenkian, Amorim Luxury, Siemens, Century 21, Jaguar Land Rover, Oceanário de Lisboa, Teatro Tivoli, Heineken, H3 ou Janssen são os principais clientes da agência.

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Número de penhoras pelo Fisco sobe 24% em 2023

Penhoras aumentam, mas ficam ainda longe dos números registados na pré-pandemia. A rubrica "outros valores e rendimentos" assume a maior expressão, representando 61% das penhoras registadas.

O número de penhoras registadas pelo Fisco subiu 24% em 2023, totalizando 649.184, a grande maioria referente a outros valores e rendimentos. Os dados são da Autoridade Tributária e integram o relatório sobre o combate à fraude e evasão fiscais e aduaneiras de 2023, remetido ao parlamento.

No relatório, a Autoridade Tributária (AT) dá conta que, em 2023, foram registadas no sistema informático de penhoras eletrónicas (SIPE) 649.184 penhoras, o que traduz uma subida face às 522.727 registadas em 2022, mas ainda longe dos números registados em outros anos, como 2017 (1.383.131) ou 2019 (1.089.207).

Em 2023, a penhora de outros valores e rendimentos é a que assume maior expressão, representando 61% das penhoras registadas. Com menor peso, registaram-se as penhoras de vencimentos e salários e os créditos, com 16% e 15. Já os imóveis representam 3,5% do total das penhoras registadas.

Segundo o relatório, os vencimentos e salários, outros valores e rendimentos, Certificados de Aforro, pensões, créditos e rendas representam 95% da totalidade de penhoras. “Esta situação vem de encontro ao disposto na lei, nomeadamente no que respeita à seleção dos bens a penhorar prioritariamente, que são, também, os de mais fácil realização pecuniária”, assinala a Autoridade Tributária.

O Fisco recorda que o sistema de penhoras eletrónico foi implementado em 2016, ano a partir do qual “o número de penhoras tem vindo a decrescer sucessivamente”.

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SIC financia-se em 48 milhões de euros junto de 4.315 investidores

A operação pública de subscrição das obrigações SIC 2024-2028 registou uma procura 1,13 vezes superior à oferta junto dos pequenos investidores.

A SIC concluiu o empréstimo obrigacionista de 48 milhões de euros, que tinha a decorrer até à passada sexta-feira, e que envolvia uma operação pública de subscrição (OPS) das “Obrigações SIC 2024-2028” e uma operação pública de troca (OPT) das “Obrigações SIC 2021-2025”.

Segundo os resultados da operação divulgados esta segunda-feira pela Euronext Lisboa, a OPS e a OPT atraíram 4.315 investidores, que subscreveram 34,1 milhões de euros em novas obrigações e trocaram 13,9 milhões de títulos antigos por novos.

Dois dias antes do limite do prazo de subscrição das obrigações, a SIC aumentou em 60% o montante da emissão dos iniciais 30 milhões de euros para os 48 milhões de euros. Mesmo assim, a procura total superou os 54 milhões de euros, cerca de 1,13 vezes acima do montante disponibilizado.

As novas obrigações, com maturidade em 2028, oferecem uma taxa de juro anual de 5,95%, que comparam com a taxa de cupão de 3,95% das obrigações anteriores com vencimento em 2025 que estavam disponíveis para troca ao abrigo da OPT, além de estarem ligadas a metas de sustentabilidade.

Os dados da Euronext Lisboa revelam que 37% dos investidores, que acorreu à OPS e à OPT, investiram menos de 3.000 euros e que 30% emprestou mais de 10 mil euros à SIC.

No prospeto da operação, a SIC revela que vai utilizar o montante angariado para refinanciar a sua dívida e alongar a maturidade média do seu endividamento.

A admissão à negociação das novas obrigações na Euronext Lisboa está prevista para 3 de julho, podendo, a partir daí, ser negociadas na bolsa.

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Renováveis batem recorde no consumo de eletricidade

Em sentido oposto, o consumo de gás alcançou o valor mais baixo desde 2003. Já junho foi o mês com a maior importação de eletricidade de sempre.

A energia renovável abasteceu 82% do consumo de eletricidade nos primeiros seis meses do ano, a contribuição semestral mais alta dos últimos 45 anos. Em sentido oposto, o consumo de gás alcançou o valor mais baixo desde 2003. E no final do semestre registou-se outro recorde: nunca o país tinha importado tanta energia como neste sexto mês.

A energia hidroelétrica foi responsável por 39%, a eólica por 28%, a fotovoltaica por 9% e a biomassa 6%, detalha a REN – Redes Energéticas Nacionais, num comunicado enviado à imprensa. A produção via gás natural foi responsável por 8%, com os restantes 10% a corresponderem ao saldo importador.

No primeiro semestre, o consumo de energia elétrica ficou 1,6% acima do verificado no mesmo período do ano anterior, ou 2,5%, considerando efeitos de temperatura e dias úteis. O índice de produtibilidade hidroelétrica registou 1,33 (média histórica igual a 1), o de eólica 1,06 e o de solar 0,93.

Já o consumo acumulado anual de gás natural, até junho, registou uma descida de 19%, resultado de uma quebra de 66% no mercado elétrico, parcialmente compensada por uma evolução positiva de 3,4% no segmento convencional. Para o primeiro semestre tratou-se do consumo de gás mais baixo desde 2003.

Junho rico em energia importada

Em junho, em resultado das temperaturas abaixo dos valores normais, o consumo de energia elétrica baixou 1,7%, embora com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis se verifique um aumento de 0,7%.

Ainda em junho, a produção renovável abasteceu 57% do consumo, a produção não renovável 4% e a energia importada, que registou o saldo mensal mais elevado de sempre, os restantes 39%.

No mercado de gás natural registou-se em junho uma descida homóloga no consumo de 40%. Enquanto no segmento de produção de energia elétrica, a descida foi de 96%, no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, a redução foi de 3,2%.

Em junho, o abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar fortes exportações, equivalentes a cerca de 55% do consumo nacional.

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Livro de Reclamações Eletrónico recebe mais de um milhão de reclamações em sete anos

Livro de Reclamações Eletrónico tem entre as principais reclamações os serviços de comunicações eletrónicas e rede e serviços postais. Anacom é a entidade que lidera o tratamento de reclamações.

O Livro de Reclamações Eletrónico recebeu desde que entrou em funcionamento e até ao momento 1.091.866 reclamações, sendo os setores mais reclamados os serviços de comunicações eletrónicas e a rede e serviços postais, revelou esta segunda-feira, em comunicado, a Direção-Geral do Consumidor (DGC).

Em funcionamento desde 1 de julho de 2017, o Livro de Reclamações Eletrónico (LRE) tem entre as principais reclamações, além dos serviços de comunicações eletrónicas (com 313.576 reclamações) e rede e serviços postais (157.471), a eletricidade (70.122), serviços financeiros (46.350) e equipamentos elétricos e eletrónicos (45.106).

A Direção-Geral do Consumidor recorda que, no total, são 35 as entidades reguladoras/fiscalizadoras registadas no Livro de Reclamações Eletrónica, sendo a Anacom a entidade que lidera o tratamento de reclamações no formato eletrónico (476.413), seguindo-se a ASAE (242.981), a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (119.058), a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (55.506) e o Banco de Portugal (50.738).

Os dados da Direção-Geral do Consumidor indicam ainda que com mais de 400 empresas e profissionais de todas as áreas de atividade económica registadas, o Livro de Reclamações Eletrónica recebeu também 33.888 pedidos de informação dirigidos às entidades fiscalizadoras ou reguladoras, bem como 6.592 elogios e 3.245 sugestões dirigidos às empresas e profissionais.

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