Porto Business School lança observatório para analisar impacto dos imigrantes no turismo

Escola de negócios quer estabelecer parceiras com empresas e instituições de ensino para promover a inclusão e qualificação dos trabalhadores migrantes que representam 10% da população total.

A Porto Business School (PBS) acaba de lançar o Observatório do Talento Migratório no Turismo para destacar a importância do talento oriundo da migração para a competitividade da economia portuguesa, particularmente no setor do turismo. Com 120 mil dos 785 mil imigrantes em Portugal a trabalhar no turismo, esta iniciativa pretende identificar os desafios, as oportunidades e as práticas de integração e gestão dos talentos imigrantes no setor.

Em 2023, e pelo oitavo ano consecutivo, registou-se um aumento da população estrangeira residente em Portugal. Com um crescimento de 33% em relação a 2022, o número de estrangeiros residentes em Portugal aumentou de 781.247 para 1.040.000 em 2023, representando agora mais do que 10% da população total.

Em comunicado, a Porto Business School destaca que mais de 20% dos trabalhadores estrangeiros em Portugal estão empregados nas atividades de alojamento, restauração e similares. Perante estes números, a escola de negócio afirma que “é crucial entender como os talentos imigrantes têm sido valorizados e qualificados em comparação com os talentos nacionais”.

É essencial capacitar todos aqueles que estão envolvidos no setor de turismo, sejam imigrantes ou não. Ao focar na qualificação e inclusão dos migrantes, que representam já 20% da força de trabalho no turismo, o observatório contribuirá para o crescimento económico sustentável do setor e para a promoção de práticas inclusivas e alinhadas aos princípios de responsabilidade social corporativa e ESG”, nota Rita Marques, coordenadora do Tourism Futures Center da Porto Business School.

José Esteves, dean da Porto Business School, acrescenta: “A Porto Business School está empenhada em promover a inclusão e a qualificação dos talentos migrantes no turismo. O lançamento deste observatório é um passo crucial para garantir que Portugal continue a ser um destino acolhedor e competitivo, onde todos os profissionais têm a oportunidade de prosperar e contribuir para o desenvolvimento económico e social do país.”

No âmbito do Tourism Futures Center, o Observatório do Talento Migratório no Turismo visa identificar desafios, oportunidades e melhores práticas de gestão dos talentos imigrantes no setor do turismo em Portugal. O observatório visa também estabelecer colaborações com empresas, instituições de ensino e outras entidades para promoção da inclusão e qualificação dos trabalhadores migrantes.

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Governo admite rever modelo de atestados de residência para imigrantes

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

Ministro da Presidência reconheceu problemas na fiscalização e afirmou que a ACT e a ASAE devem ser "parceiros na investigação” de casos como o aluguer de colchões a imigrantes.

O ministro da Presidência admitiu esta quarta-feira a necessidade de rever os atestados de residência, considerando que o sistema de fiscalização da situação de muitos imigrantes tem muitas falhas.

As regras devem ser revistas” no que diz respeito aos “atestados de residência“, afirmou António Leitão Amaro durante uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, respondendo a questões sobre os problemas de fiscalização, a existência de microempresas com dezenas de trabalhadores imigrantes ou moradas “onde se alugam colchões”.

“Tudo isto são indicadores de abuso e por isso envolvemos o trabalho da ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho] e da ASAE [Autoridade de Segurança Alimentar e Económica], que devem ser parceiros na investigação” desses casos, afirmou Leitão Amaro, admitindo os problemas de fiscalização.

O ministro adiantou que o Governo tem tentado limitar o impacto também do “efeito de chamada” de novos imigrantes que existia com a figura da manifestação de interesse, um recurso jurídico que permitia a um imigrante com visto de turista iniciar os procedimentos de legalização em Portugal, com um mínimo de 12 meses de descontos.

Em 3 de junho, o Governo apresentou ao final da tarde o Plano de Ação para as Migrações e anunciou o fim das manifestações de interesse, o procedimento que causava mais congestionamento nos serviços da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que tem 410 mil casos pendentes.

“Entre o anúncio do primeiro-ministro e a meia-noite [daquele dia] entraram três mil processos”, recordou Leitão Amaro, salientando que essas manifestações de interesse se resumiam à “mera submissão de um documento”, que atribuía um número processual, mesmo que esse anexo fosse “uma folha em branco”.

“Olhando para o sistema, como ele existia, estava muita coisa errada”, afirmou o governante, que reafirmou uma “visão humanista” nesta área e rejeitou qualquer proposta de quotas de entrada.

No diálogo com os deputados, para justificar a posição do Executivo, Leitão Amaro citou a tese de doutoramento de André Ventura, líder do Chega, que afirmou que “Portugal não deve esquecer o seu passado recente e deve acolher o maior número de migrantes”.

O ministro reafirmou a abertura do Executivo para negociar com o Parlamento a regulamentação dos casos de imigrantes que já se encontram em Portugal, mas que não preenchem os requisitos para completar os seus processos. “Sinalizando a necessidade de regular em sede parlamentar o regime transitório”, o Governo está aberto a uma “revisão da lei dos estrangeiros que não regule apenas o regime transitório, mas todas as situações para o futuro”, afirmou Leitão Amaro.

Nos últimos dias, os mediadores culturais, um grupo de funcionários de associações destacados na AIMA, têm-se queixado da precariedade laboral, por desempenharem funções permanentes, em muitos casos equiparadas a elementos do quadro da instituição. “O modelo dos mediadores culturais é o modelo adequado como foi criado”, disse Leitão Amaro, que admitiu a possibilidade de “abusos de forma”. É uma “matéria que merece a atenção e avaliação no quadro da verificação e de reforço dos quadros da AIMA”, adiantou.

Respondendo aos deputados sobre o facto de vários magistrados estarem a ser chamados a processos judiciais de imigrantes, Leitão Amaro não quis comentar, mas admitiu que estão a ser criadas, no sistema judiciário, “equipas para tramitar os processos judiciais pendentes”. No entanto, esclareceu, esta questão nada tem a ver com a AIMA e a recente criação de uma estrutura de missão que responda aos atrasos pendentes.

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Agricultores submeteram quase 186.000 candidaturas ao Pedido Único

  • Lusa e ECO
  • 26 Junho 2024

Os pagamentos ao setor agrícola, no âmbito do PRR, estão em perto de 21 milhões de euros até junho. Lisboa surge a liderar com 31,6 milhões de investimento aprovado, seguido pelo Porto (8,1 milhões).

Os agricultores submeteram quase 186.000 candidaturas ao pedido único até terça-feira, a data limite definida pelo Governo após várias extensões. Segundo dados publicados pelo Ministério da Agricultura, até terça-feira, foram recebidas 185.841 candidaturas ao Pedido Único (PU).

O PU é um pedido de pagamento direto das ajudas que fazem parte dos regimes sujeitos ao SIGC – Sistema Integrado de Gestão e Controlo.

Este pedido abrange os pagamentos diretos, os apoios associados, ecorregimes, desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.

Por distrito, destacam-se Bragança (28.925 candidaturas), Vila Real (21.897) e Guarda (14.737). No sentido inverso, encontram-se, entre outros, Leiria (3.978), Faro (5.203) e Portalegre (5.922).

Na semana passada, o Ministério da Agricultura e da Alimentação prolongou até esta terça-feira as candidaturas ao PU, mas com uma penalização de 1% por cada dia útil, devido às candidaturas de maior complexidade.

O prazo terminava na sexta-feira, depois de já ter sofrido várias extensões. No passado fim de semana, os agricultores puderam submeter as suas candidaturas sem penalização. Até quinta-feira tinham sido submetidas 179.270 candidaturas ao PU.

Pagamentos do PRR perto de 21 milhões

Os pagamentos ao setor agrícola, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estão em perto de 21 milhões de euros até junho, segundo dados divulgados pelo Governo. No total, os pagamentos ascenderam a 20.891.649,32 euros até 7 de junho, enquanto o investimento aprovado se situou em 94.307.328,30 euros.

Por aviso, estão aprovados 26 projetos para a adaptação às alterações climáticas, 23 para a Agricultura 4.0 e 22 para os territórios sustentáveis e 21 para alimentação sustentável. Seguem-se os avisos uma só saúde (18 projetos aprovados), revitalização das zonas rurais (18), agricultura circular (15), mitigação das alterações climáticas (14) e projetos estruturantes (seis).

No que diz respeito ao investimento aprovado por aviso, destacam-se os Polos – Rede Inovação (33,61 milhões de euros) e os Projetos Estruturantes (13,5 milhões de euros).

Depois seguem-se os avisos da adaptação às alterações climáticas (4,49 milhões de euros), mitigação das alterações climáticas (4,22 milhões de euros), promoção dos produtos agroalimentares portugueses (4,20 milhões de euros), excelência da organização da produção (4,13 milhões de euros) e alimentação sustentável (3,65 milhões de euros).

Por distrito, Lisboa surge a liderar com 31,6 milhões de euros de investimento aprovado, seguido pelo Porto (8,1 milhões de euros).

O PRR conta com 93 milhões de euros de dotação para a Agricultura – Agenda de Investigação e Inovação para a Sustentabilidade da Agricultura. Após a reprogramação do PRR, aprovada em setembro de 2023, a dotação total do programa ascendeu a 22.216 milhões de euros.

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Eletrónica de Águeda aumenta velocidade da Internet nas casas e empresas americanas

Após comprar equipamentos de produção especializados na área da microeletrónica, a HFA está a fornecer um componente de fibra ótica para a gigante americana de telecomunicações Verizon.

A HFA – Henrique, Fernando & Alves começou a produzir em Águeda um componente da área da fibra ótica para a gigante de telecomunicações Verizon. Colocado nos routers domésticos e empresariais, permite multiplicar por 16 a largura de banda e aumentar a velocidade de Internet das casas e empresas dos EUA.

O fabrico do XFP NG-PON2 ONU, o nome técnico deste componente desenvolvido pela também portuguesa PICadvanced, instalada em Ílhavo, arrancou depois de a empresa criada há 29 anos ter comprado novos equipamentos de produção altamente especializados na área da microeletrónica, financiados através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Além da aquisição de máquinas, a empresa cofundada e liderada por Henrique Ferreira, especializada na assemblagem e teste de equipamento eletrónico e de telecomunicações, aproveitou este investimento de cerca de cinco milhões de euros para alterar processos, metodologias e construir um novo pavilhão, que estará concluído em 2025.

A HFA – Henrique, Fernando & Alves é uma das 17 entidades envolvidas na chamada Agenda da Microeletrónica, enquadrada na bazuca europeia. Liderada pela gigante americana Amkor Technology, que está a expandir a fábrica de Vila do Conde com novos equipamentos para aumentar a capacidade de produção, tem como objetivo reforçar a capacidade produtiva e de inovação da indústria nacional de semicondutores e microeletrónica.

Com 68 milhões de euros contratualizados e um período de execução que se estende até 31 de dezembro de 2024, esta agenda mobilizadora prevê também o desenvolvimento de 25 novos produtos, processos ou serviços (PPS) por parte das empresas participantes, como é o caso também da Exatronic, especializada em serviços de inovação, investigação, engenharia e fabricação no setor da eletrónica.

“O apoio da Agenda da Microeletrónica é essencial para aumentarmos a nossa capacidade de trabalhar novos produtos e prestar, por exemplo, serviços de assemblagem e teste de placas de eletrónica”, explica Carlos Alves, administrador da HFA, citado num comunicado enviado esta quarta-feira às redações.

Nos próximos dias, igualmente no âmbito deste consórcio, a empresa de Águeda vai integrar uma visita de prospeção à feira alemã SMTConnect, em Nuremberga, descrita como a única feira de produção eletrónica na Europa, e participar também no Fórum MiNaPAD, em Grenoble (França).

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Défice do primeiro trimestre “é da exclusiva responsabilidade do anterior Governo”, atira Montenegro

Do défice às portagens e à semana de quatro dias, o primeiro-ministro foi ao Parlamento responder aos deputados e reiterou total apoio à candidatura de António Costa à liderança do Conselho Europeu.

Pela segunda vez, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, foi ao Parlamento responder às questões dos deputados. O debate quinzenal, desta quarta-feira, arrancou com o tema quente do dia: o défice em contabilidade pública (250 milhões de euros) e nacional (0,2% do PIB), registado no primeiro trimestre, com o chefe do Executivo a atirar a culpa para o Governo anterior de António Costa.

Montenegro quis tranquilizar os portugueses, prometendo manter as contas equilibradas e até positivas no final do ano. Mas lembrou que PS e Chega também têm responsabilidade nesta matéria, uma vez que têm aprovado medidas à revelia do Governo e dos partidos que o suportam, como o fim das portagens das ex-SCUT ou o alargamento da taxa reduzida do IVA (6%) na eletricidade.

Apesar das críticas ao PS, o primeiro-ministro reiterou o total apoio do Governo à candidatura de António Costa a presidente do Conselho Europeu, decisão que deverá ser tomada esta quinta-feira.

O debate aqueceu com a troca de galhardetes entre André Ventura, líder do Chega, e o primeiro-ministro. Montenegro acusou o deputado de “oportunismo” e “populismo” por se juntar em coligação com o PS para aprovar o fim das portagens da ex-SCUT quando os condutores das áreas de Lisboa e do Porto são obrigados a pagar. As críticas levaram Ventura a assumir que o partido quer mesmo acabara com todas as portagens.

Em matéria laboral, Montenegro anunciou que o Governo vai aprovar uma medida que vai permiti acumular subsídio de desemprego com salário para garantir que quem trabalha não fica a ganhar menos. Esta legislação também irá fiscalizar abusos nos apoios sociais.

O teste da semana de quatro dias poderá ser alargado à Função Pública mas sem redução da carga horária. E o alargamento do passe ferroviário nacional aos inter-regionais, intercidades e urbanos vai mesmo avançar mas depois de junho, ou seja, fora do prazo previsto na lei. Leia abaixo os principais momentos do debate:

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Jovens vão ter isenção do IMT na compra da primeira casa já em agosto

O Governo reviu o decreto-Lei que prevê isenção de IMT e IS e acelerou a produção de efeitos da medida. Jovens podem beneficiar da isenção já a partir de 1 agosto.

Afinal, a medida que estabelece a isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto do Selo (IS) na compra da sua primeira casa por parte dos jovens até aos 35 anos entrará em vigor nos próximos dias e produzirá efeitos a 1 de agosto.

O Governo decidiu acelerar os efeitos práticos da medida, ao alterar esta terça-feira, em Conselho de Ministros, o decreto-Lei que previa inicialmente uma produção de efeitos no prazo de 60 dias após a entrada em vigor, avançou ao ECO a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes.

“Efetivamente, o decreto-Lei que acompanhou a autorização legislativa apontava para a produção de efeitos no prazo de 60 dias” após a entrada em vigor documento, refere o Ministério da Juventude e Modernização ao ECO. No entanto, “o decreto-Lei aprovado ontem em Conselho de Ministros consagra a entrada em vigor no dia a seguir à sua publicação (que está prevista para os próximos dias) e a produção de efeitos a partir de 1 agosto”, revela o ministério liderado por Margarida Balseiro Lopes.

Esta situação não é referida no comunicado do Conselho de Ministros publicado esta quarta-feira que levou o ECO a noticiar que a isenção de IMT e IS para os jovens produziria efeitos apenas em outubro. No comunicado, o Governo destacou apenas que “a medida entrará em vigor a 1 de agosto” e não fazendo qualquer menção à alteração produzida ou à data em que deveria produzir efeitos, como é referido na proposta da Lei aprovado em Conselho de Ministros de 23 de maio. No entanto, depois dos contactos do ECO, o Governo mudou o comunicado do Conselho de Ministros, para alterar o final do ponto 4 dizendo que “o decreto-lei produz efeitos a 1 de agosto”.

Desta forma, os jovens até aos 35 anos que comprem a primeira casa a partir de 1 de agosto poderão contar com a isenção de IMT e IS, poupando assim várias centenas de euros.

A isenção de IMT e IS será aplicada na compra da primeira habitação própria e permanente por jovens até aos 35 anos, para imóveis até aos 316.272 euros. Para imóveis acima desse montante até 633.453 euros, mantém-se a isenção máxima do escalão anterior, não havendo qualquer isenção para imóveis de valor superior.

Segundo cálculos do ECO, na carteira dos jovens, esta medida traduz-se, por exemplo, numa poupança de 13.378 euros de IMT e IS na compra de uma casa de 300 mil euros.

Adicionalmente, haverá ainda a isenção dos emolumentos devidos pelo registo de aquisição, por transmissão a título oneroso entre pessoas vivas, de imóvel com valor patrimonial tributário até 316.772 euros (o que inclui isenção de emolumentos devidos pelo registo de mútuo e hipoteca).

Estas medidas orientadas para os jovens são ainda acompanhadas por um mecanismo de compensação para os municípios, para colmatar a perda de receita fiscal relacionada com esta isenção de IMT.

Notícia atualizada com a alteração a posteriori do comunicado do Conselho de Ministros.

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Ana Catarina Mendes eleita vice-presidente da bancada socialista no Parlamento Europeu

A eurodeputada do PS vai ser a vice-presidente da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas no Parlamento Europeu na próxima legislatura.

Ana Catarina Mendes, eurodeputada eleita pelo PS, vai ser vice-presidente da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D) no Parlamento Europeu na próxima legislatura. “Estou convicta de que os socialistas serão um voz ativa nas políticas mais progressistas, humanistas e solidárias para continuarmos a afirmar o projeto europeu com os valores de sempre“, afirmou aos jornalistas esta quarta-feira, em Bruxelas.

Segundo a eurodeputada, que toma posse a 16 de julho, juntamente com os restantes 719 eurodeputados eleitos nas últimas eleições, “estamos num momento chave do projeto europeu“, fazendo referência aos resultados das eleições europeias em Estados-Membros como França em Itália em que a extrema-direita saiu vencedora.

“Serão cinco anos desafiantes para que daqui a cinco anos possamos dizer que a voz dos socialistas conseguiu manter aquele que é, do meu ponto de vista, o melhor projeto político sonhado e conseguido nestes anos todos”, disse.

A eurodeputada, agora vice-presidente dos socialistas, foi ainda questionada sobre as negociações para os cargos de topo da próxima legislatura, entre os quais, o cargo de presidente do Conselho Europeu, que deverá ser ocupado por António Costa nos próximos cinco anos. Enquanto este último não necessita de ir a votos no Parlamento Europeu, sendo apenas necessário uma aprovação da maioria dos Estados-membros, o mesmo não se pode dizer sobre a reeleição de Ursula von der Leyen para o cargo de presidente da Comissão Europeia.

A candidata alemã pelo Partido Popular Europeu (família do PSD e CDS) precisa de 361 votos no Parlamento Europeu para ser reconduzida, e precisará do apoio dos socialistas. Este ainda não foi formalizado, uma vez que, durante a campanha eleitoral, Von der Leyen mostrou-se disponível para negociar com a bancada da direita radical no Parlamento Europeu algo que não agradou aos socialistas.

Estão a decorrer negociações para os mais altos cargos. Não julgo que seja este o momento para dizer [se os socialistas apoiarão Von der Leyen]”, disse Ana Catarina Mendes. “A extrema-direita é para ser combatida, e tem de ser combatida com respostas concretas aos problemas das pessoas”, frisou, não adiantando mais sobre o sentido de voto dos socialistas. A decisão sobre os cargos de topo será formalizada no próximo Conselho Europeu, entre 27 e 28 de junho.

Além de Ana Catarina Mendes, também João Cotrim de Figueiredo foi eleito vice-presidente da bancada liberal (Renovar Europa) para a próxima legislatura.

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Antiga fábrica de plásticos da Marinha Grande vai a leilão por 341 mil euros

Fabricante de plásticos da Marinha Grande entrou em insolvência em 2012. Leiloeira destaca potencial para reconverter o armazém em habitação.

O armazém industrial da falida Grandupla, localizado na Marinha Grande, está a ser leiloado, até 19 de julho, por 341,6 mil euros. Paralelamente, está a ser vendido em leilão um terreno, em São João das Lampas, Sintra, com o preço base de 36,6 mil euros.

“Localizado a apenas quatro minutos do centro da Marinha Grande, este é um investimento com potencial para reconversão em afetação habitacional. Com a crescente procura por habitações à qual o setor da construção ainda não conseguiu dar resposta, este processo de venda pode representar uma oportunidade com potencial para o mercado de investidores“, salienta a Leilosoc, responsável pelo leilão da insolvência.

O imóvel industrial é composto por armazém com superfície total de 7 mil metros quadrados e uma antiga fábrica de vidro composta por vários armazéns. A área edificada encontra-se distribuída por diversos corpos. Já o terreno rústico, com uma área total de aproximadamente 24 mil metros quadrados, ou seja, mais de 2,4 hectares, fica localizado a cinco minutos do centro da freguesia de São João das Lampas e a 13 minutos das praias de São Julião e Azenhas do Mar.

A Grandupla, fábrica de plásticos, foi fundada em 1997, com a fusão das empresas UPLA – Fábrica Universal de Plásticos e Fábrica de Plásticos GRANDARTE. A atividade era primordialmente focada no setor de plásticos e matérias-primas para apoio à indústria. Em 2012, a empresa entrou em processo de insolvência e, um ano depois, a Caixa Geral de Depósitos vendeu as antigas instalações da falida fábrica de plásticos Grandupla à Inipol, empresa portuguesa especializada em investimentos imobiliários e construção civil, com sede em Leiria.

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Exportações do Lidl com impacto de 286 milhões na economia nacional

Ao todo foram exportados 156 milhões de euros em produtos nacionais para lojas da cadeia em 29 mercados europeus onde está presente. Frutas e legumes lideram.

As exportações do Lidl de produtos nacionais para as lojas da cadeia na União Europeia (UE) tiveram um impacto direto e indireto de 289 milhões de euros no ano passado, uma subida de 18% face ao ano anterior, tendo criado 6.520 empregos (+32%), aponta um estudo da consultora Forvis Mazars para a cadeia alemã, conhecido esta quarta-feira.

No ano passado, o Lidl exportou para as lojas dos 29 países europeus — do total de 32 onde está presente — 156 milhões de euros, cerca de 2% das exportações portugueses de produtos alimentares para a UE. “Por cada euro em exportações facilitadas pelo Lidl em produtos destinados à exportação, foram gerados cerca de 1,85 euros na economia portuguesa”, destaca o estudo da consultora.

“Os dados deste estudo ilustram o nosso impacto cada vez mais acentuado na economia portuguesa, tanto na geração de riqueza para o país, como para a geração de emprego, a par do nosso empenho na promoção da qualidade dos produtos portugueses nos mercados internacionais, demonstrando um compromisso contínuo com o desenvolvimento sustentável e a criação de oportunidade. Desta forma, abrimos as portas da nossa rede de lojas em toda a Europa a fornecedores que, eventualmente, de outra forma teriam mais dificuldades na sua internacionalização”, aponta Bruno Pereira, administrador de compras do Lidl Portugal, citado em comunicado.

Produtos da agricultura, da produção animal e da caça e dos serviços relacionados (44%); Produtos alimentares (31%); Bebidas (18%) e Produtos da pesca e da aquacultura (7%) são os principais produtos exportados pela cadeia que, no ano passado impulsionou as vendas de mais de 100 fornecedores nacionais, exportando mais de uma centena de diferentes tipos de artigos para cerca de três dezenas de países com destaque para a Alemanha, Espanha e França.

O que exporta

Dos mais de 100 fornecedores nacionais — número em linha com o do ano anterior –, 80% são PME, representando estas empresas 82% das exportações da cadeia.

Um total de 156 milhões de produtos nacionais seguiram para as lojas do Lidl no mercado externo (uma subida de 19% face a 2022) com as categorias frutas e legumes (57,5 milhões de euros), vinho e licores (24,3 milhões de euros), peixe e conservas de peixe (13,1 milhões de euros), alimentos básicos como massas e arroz (12,2 milhões de euros) e legumes e leguminosas enlatados (11,4 milhões de euros) a serem as que mais contribuíram em termos de valor exportado.

Já em volume, frutas e legumes (25,2 mil toneladas), legumes e leguminosas enlatados (14.900 toneladas), padaria e pastelaria (40,8 milhões de unidades) e vinhos e licores (7,9 milhões de litros) foram as mais representativas, refere a cadeia ao ECO.

Fonte: Estudo da consultora Forvis Mazars para o Lidl

Categorias como laticínios frescos e secos (+227%), Café / Chá /Cacau / Instantâneo (+148%) e a de Alimentos Básicos (+50%) mais do que duplicaram o seu volume de exportação.

No ano passado, o número de mercados para os quais o Lidl faz chegar os produtos nacionais manteve-se face a 2022. “Os mercados que apresentaram um maior crescimento foram Letónia (175%), Suécia (118%) e Países Baixos (84%). No entanto, Alemanha, França e Espanha continuam a ser os principais mercados, representando no seu conjunto 60%”, adianta fonte oficial da cadeia ao ECO.

Novos produtos made in Portugal começaram também a ser escoados para o mercado externo. “Há produtos que entraram em novos mercados e a categoria de frutas e legumes – uma das nossas categorias estrela – é um exemplo disso. Em 2023, iniciámos a exportação de dióspiro para a Alemanha – assim como outros artigos nacionais a entrarem em países onde ainda não estavam presentes, nomeadamente: a exportação de tomate para Espanha ou de cenoura e abóbora para a Alemanha”, adianta fonte oficial da empresa ao ECO. No total, no seu ano fiscal de 2023, o Lidl Portugal exportou 25,2 mil toneladas de frutas e legumes, representando 57,5 milhões de euros.

Apesar da seca meteorológica sentida em 2022 e 2023 em todo o país e o número significativo de incêndios que dificultaram a exploração das terras agrícolas, em 2023, o Lidl Portugal ajudou a exportar quase 2,9 mil toneladas de Citrinos do Algarve IGP – a Laranja e o Limão – um aumento de 0,9 mil toneladas face a 2022″, revela ainda a empresa quando questionada pelo ECO sobre o impacto da seca na aposta de exportar mais citrinos da região do Algarve.

Criação de emprego

As exportações facilitadas pelo Lidl tiveram igualmente impacto no que toca ao emprego, tendo criado 6.520 empregos em Portugal. Ou seja, mais 32% face a 2022, representando mais 1.588 postos de trabalho, de forma direta, indireta e induzida, tendo impactado maioritariamente as áreas de produtos da agricultura, da produção animal e da caça e dos serviços relacionados (61%); produtos alimentares (19%); produtos da pesca e da aquacultura (11%) e bebidas (9%).

Há 29 anos em Portugal, o Lidl tem cerca de 9.000 colaboradores, distribuídos por mais de 270 lojas, de Norte a Sul do país, e 4 direções regionais e entrepostos. Segundo o Estudo de Impacto realizado pela KPMG, em 2022, o Lidl Portugal contribuiu com 3.100 milhões de euros a nível de geração de riqueza para o país, representando 1,3% do PIB nacional.

(Notícia atualizada às 15h18 com mais informação)

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Na nova campanha da Leroy Merlin “há sempre espaço para mais”

  • + M
  • 26 Junho 2024

A campanha conta com a criatividade da VML, produção da Garage e planeamento de meios da Arena Media. Está presente em televisão, rádio, loja, site, exterior e plataformas digitais.

“Há sempre espaço para mais”, diz a Leroy Merlin na sua nova campanha, lançada no mês em que a marca celebra o seu 21º aniversário e onde anuncia descontos até 35%.

“As campanhas de verão são sempre especiais, até porque coincidem com o nosso aniversário. Este ano, temos uma grande festa de descontos nesta nova campanha que vem mostrar que há sempre espaço para mais. Mais ideias, mais produtos e serviços, mais projetos para a casa…tudo quanto cabe num sonho que a Leroy Merlin quer ajudar a concretizar”, diz Ana André, diretora de marca, aquisição e growth da Leroy Merlin Portugal, citada em comunicado.

Ana André acrescenta que esta “é uma forma não só de celebrar as melhores oportunidades e a oferta cada vez mais ampla que temos, mas, sobretudo, de agradecer a todos os clientes que fazem parte da nossa história e que nos têm mostrado que há sempre espaço para fazer mais e melhor. É esse o nosso compromisso”, acrescenta.

No spot vê-se uma mulher a levar um vaso com uma planta para o carro – onde um homem tenta arrumar tudo o que já compraram – e a perguntar se ainda há espaço. Num plano mais amplo percebe-se depois que o carro está verdadeiramente “atulhado” de produtos, incluindo no tejadilho.

“Há sempre espaço para mais” conta com a criatividade da VML, produção da Garage e planeamento de meios da Arena Media. Está presente em televisão, rádio, loja, site, exterior e plataformas digitais.

A campanha estende-se até ao dia 23 de julho, contando com descontos até 35% aplicáveis numa série de produtos, com a marca a destacar as categorias de mobiliário de jardim, churrasqueiras, carpintaria exterior, climatização e ventilação, relva artificial, piscinas e vedação.

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Cotrim de Figueiredo eleito vice-presidente da bancada liberal do Parlamento Europeu

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

Depois de ter retirado candidatura à liderança da bancada liberal, eurodeputado da IL foi eleito esta quarta-feira um dos vice-presidentes com 48 votos em 71.

O eurodeputado da Iniciativa Liberal João Cotrim de Figueiredo foi eleito esta quarta-feira um dos oito vice-presidentes do Renovar a Europa, a bancada liberal do Parlamento Europeu, que agora tem 75 membros, incluindo dois portugueses.

Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), a Iniciativa Liberal anunciou que “João Cotrim Figueiredo foi hoje eleito vice-presidente do grupo parlamentar dos liberais europeus”, ao obter 48 votos em 71.

A informação foi confirmada à agência Lusa por fonte dos liberais europeus, que indicou que Cotrim de Figueiredo é um dos oito vice-presidentes eleitos, com o irlandês Billy Kelleherum a assumir o primeiro lugar na hierarquia das vice-presidências.

Em comunicado entretanto divulgado, o Renovar a Europa indica que o grupo “ficou hoje mais forte” com a nova constituição, contando agora com 75 membros, dois dos quais da Iniciativa Liberal, “esperando-se que continue a aumentar nos próximos dias”.

João Cotrim de Figueiredo chegou a apresentar a sua candidatura à presidência do Renovar a Europa, mas quatro horas depois retirou-se após “discussões francas e frutíferas” com a presidente do grupo político, a eurodeputada francesa Valérie Hayer.

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Bulgária falha adesão à Zona Euro devido a inflação demasiado elevada

  • Lusa
  • 26 Junho 2024

Legislação do país é "considerada compatível com as regras da União Económica e Monetária”, mas falta cumprir critério de estabilidade dos preços.

A Bulgária ainda não validou o seu ‘bilhete’ para aderir à Zona Euro, porque a inflação ainda é demasiado elevada, segundo dois relatórios publicados esta quarta-feira conjuntamente pelo Banco Central Europeu (BCE) e pela Comissão Europeia.

O país, que é membro da União Europeia (UE) desde 2007, tem sido apontado como o próximo a adotar a moeda única, uma vez que aderiu ao quadro regulamentar bancário da Zona Euro em 2020 e ao Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio (MTCII), um sistema de paridade fixa considerado a antecâmara do euro.

Mas, embora a Bulgária tenha agora uma legislação “considerada compatível com as regras da União Económica e Monetária”, cumpre “todos os critérios, exceto um” para aderir à Zona Euro, escreveu o Executivo comunitário num comunicado de imprensa, no final de uma análise semestral dos critérios de convergência de vários países com vista à adesão à moeda comum.

Em maio, a taxa de inflação média dos últimos 12 meses foi de 5,1% na Bulgária, “muito acima do valor de referência de 3,3% para o critério de estabilidade dos preços”, afirma o BCE no seu relatório.

É certo que a taxa de inflação só no mês de maio atingiu 2,7%, mas o BCE manifesta “preocupações” quanto à “sustentabilidade da convergência da inflação” na Bulgária para o objetivo de 2% que prevalece na Zona Euro, dado o “aumento acentuado dos custos unitários do trabalho e as tensões nos mercados de trabalho”.

A Bulgária, tal como os outros países estudados no relatório — Chéquia, Hungria, Polónia, Roménia e Suécia — tem de cumprir vários critérios de convergência do Tratado Europeu (estabilidade dos preços, taxas de juro, défice orçamental, dívida e estabilidade cambial) e realizar reformas internas.

A atual situação política na Bulgária, deixada de lado nos presentes relatórios, é suscetível de complicar ainda mais a situação. Na sequência das últimas eleições legislativas, no início de junho, o antigo primeiro-ministro Boïko Borissov, que foi destituído do poder em 2021 na sequência de protestos anticorrupção, regressou em força, mas terá dificuldade em formar uma maioria para governar.

O relatório de convergência é elaborado de dois em dois anos, mas a Bulgária tem a possibilidade de solicitar um relatório específico antes da próxima edição, em 2026, com o objetivo de acelerar a sua adesão ao euro.

A ‘luz verde’ depende, em última análise, do Conselho Europeu, com base na recomendação da Comissão, que, por sua vez, é informada pelos elementos fornecidos pelo BCE.

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