PGR admite que inquérito do processo Tutti Frutti demorou “muito tempo” a ser concluído

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Procurador-geral da República Amadeu Guerra reconhece que "oito anos é muito tempo", mas ressalva que a investigação acelerou depois de ter sido criada, em 2023, uma equipa especial para este caso.

O procurador-geral da República (PGR) admitiu esta sexta-feira que o inquérito do processo Tutti Frutti demorou “muito tempo” a ser concluído, ressalvando que a investigação acelerou depois de ter sido criada, em 2023, uma equipa especial para o caso.

“Oito anos é muito tempo, é verdade. Mas nós queremos que esses prazos acabem”, afirmou Amadeu Guerra, à saída de uma reunião de trabalho com magistrados do Supremo Tribunal Administrativo e do Tribunal Central Administrativo Sul, em Lisboa.

O PGR sustentou, ainda assim, que, após “uma fase inicial em que a Polícia Judiciária não tinha os meios que tem hoje”, o “processo andou de forma muito rápida” a partir do momento em que a sua antecessora, Lucília Gago, constituiu em 2023 uma equipa especial com procuradores e elementos daquele órgão de investigação criminal.

“Aí não há nada a dizer relativamente à Polícia Judiciária, antes pelo contrário. Fizeram um trabalho muito meritório e que contribuiu exatamente para conseguirmos em dois anos recuperar o tempo possível”, frisou.

O Ministério Público acusou 60 pessoas de, no global, 463 crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, tráfico de influência, branqueamento, burla qualificada, falsificação de documento, abuso de poder e recebimento indevido de vantagem.

Entre os arguidos, há deputados na Assembleia da República, presidentes de juntas de freguesia em Lisboa e vereadores na capital do PSD e do PS, suspeitos de adjudicações a empresas como contrapartida, sobretudo, à concessão de apoio político local.

Alguns dos acusados suspenderam ou renunciaram entretanto aos mandatos.

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Stellantis em aliança com empresa europeia de IA para ter assistente por voz nos carros

Fabricante de marcas como a Citroen, Fiat ou Peugeot aprofunda parceria com a Mistral, empresa francesa de Inteligência Artificial. Primeiro produto será um assistente a bordo controlado por voz.

A Stellantis está a reforçar a parceria estratégica com a Mistral, empresa francesa de Inteligência Artificial (IA), com o primeiro produto a chegar aos automóveis a ser um assistente de bordo virtual, acionado por voz e que funciona com recurso àquela tecnologia.

Em causa está um “assistente avançado para automóveis, concebido para fornecer apoio de conversação em tempo real aos condutores”, segundo um anúncio conjunto. “O assistente funciona como um manual do utilizador em tempo real, ativado por voz. Os clientes poderão fazer perguntas sobre as características do veículo, resolução de problemas ou indicadores de aviso e receber orientação imediata através de uma interação natural e conversacional”, acrescentam as empresas.

Este sistema “será continuamente atualizado e adaptado às marcas e modelos Stellantis para proporcionar uma experiência contínua e intuitiva”.

Esta será a face mais visível – para o consumidor – desta parceria que se estende a outras áreas, até ao próprio processo de fabrico dos automóveis. Entre as soluções que estão a ser implementadas contam-se a deteção de anomalias através de IA, melhorando o controlo de qualidade em fábrica, ou a análise de dados de feedback de veículos, com um acompanhamento em tempo real.

“Existem muitos intervenientes no espaço da IA, e estamos particularmente felizes com a parceria com a Mistral AI pela sua forte capacidade de se adaptar rapidamente e gerar resultados significativos de uma forma altamente colaborativa”, disse Ned Curic, diretor de Engenharia e Tecnologia da Stellantis. “Juntos, estamos a explorar o potencial da IA em vários domínios para melhorar o nosso desenvolvimento de produtos, a experiência do cliente e proporcionar benefícios reais”.

“Esta parceria é um passo importante no nosso compromisso de tornar a GenAI mais acessível e valiosa”, refere Arthur Mensch, CEO e cofundador da Mistral AI. “A abordagem ousada da Stellantis à tecnologia e a sua capacidade de integrar IA avançada em experiências no mundo real tornam-na um parceiro ideal para mostrar como as soluções versáteis da Mistral AI podem reinventar a mobilidade e capacitar os engenheiros no seu trabalho”.

Numa altura em que a atenção tem estado centrada na disputa entre empresas norte-americanas e chinesas no campo da IA generativa, esta aliança de um grande fabricante automóvel com uma empresa europeia pode ser vista como um exemplo de desenvolvimento no Velho Continente. Em maio de 2024, a Mistral completou uma ronda de financiamento de 600 milhões de euros, deixando-a com uma avaliação de perto de seis mil milhões de euros. A empresa tem sido vista como uma espécie de “campeão europeu” na IA e uma concorrente de chineses e norte-americanos. No entanto, a Microsoft é uma das primeiras investidoras no capital da empresa.

A Mistral AI tem sede em Paris, nasceu em 2023 e foi criada por Arthur Mensch, Guillaume Lample, and Timothée Lacroix, antigos estudantes da École Polytechnique e com posteriores passagens pela Meta e pela Google.

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Valor de um anúncio no Super Bowl atinge os oito milhões. Veja os spots já lançados

O preço para anunciar no intervalo da final da NFL tem vindo a subir paulatinamente, assim como o número de telespectadores, o que leva as marcas a pagar valores milionários para captar a sua atenção.

Pagar oito milhões de dólares (cerca de 7,6 milhões de euros) pela apresentação de um anúncio de 30 segundos? É este o valor que as marcas vão investir para marcar presença este ano no “intervalo milionário” do Super Bowl.

Este é assim um novo valor recorde para o evento desportivo — no ano passado o preço para anunciar era de sete milhões de dólares, — sendo que a Fox, responsável pela cobertura televisiva este ano, anunciava já em novembro a venda total de espaços publicitários para o intervalo da final da National Football League (NFL), que opõe este domingo os Philadelphia Eagles aos Kansas City Chiefs, e que vai ditar a campeã deste ano de futebol americano.

A Fox terá começado a vender os seus espaços para anúncios por sete milhões de dólares – à semelhança do ano passado — mas, com a procura, o valor acabou por subir para 7,5 milhões e depois para oito milhões, tendo pelo menos uma dezena de marcas adquirido o seu espaço ainda acima desse valor, segundo a Variety.

As marcas mostram-se assim dispostas a pagar valores milionários pela oportunidade de colocarem mais de 120 milhões de pares de olhos nos seus anúncios. No ano passado, recorde-se, a competição registou o número recorde de 123,4 milhões de telespectadores (entre televisão e streaming).

O valor do espaço publicitário, sublinhe-se, tem vindo a subir paulatinamente: enquanto em 2022 o valor se fixava em 6,5 milhões, há uma década este era de quatro milhões e há duas décadas de 2,4 milhões.

Fazendo uma comparação, o mesmo investimento feito pelas marcas para anuncicar no Super Bowl este ano permitiria comprar 1,35 mil milhões de impressões no TikTok, 1,6 mil milhões de impressões nos reels do Instagram, 700 milhões de impressões no Spotify ou 214 milhões de impressões na Amazon Prime Video, refere a Digiday.

Mas, mesmo o valor dos anúncios transmitidos antes ou depois da partida também aumentou. Enquanto 30 segundos de anúncio na cobertura antes do jogo custaram dois milhões de dólares no ano passado, este ano os valores atingiram os 4,5 milhões. De forma similar, o preço de um anúncio de 30 segundos na cobertura pós-jogo também passou de entre 2,5 a três milhões para quatro milhões de dólares, segundo a Variety.

Desta forma, é esperado que a Fox supere as receitas publicitárias geradas pela transmissão do ano passado Super Bowl, que ficou a cargo da CBS, e que quase atingiu os 600 milhões de dólares, no conjunto de todos os anúncios.

Este ano, o momento musical é protagonizado pelo rapper californiano Kendrick Lamar, com participação da cantora SZA, num espetáculo patrocinado pela Apple Music, que paga 50 milhões de dólares anualmente à NFL, mediante um acordo celebrado em 2022 e com validade de cinco anos. Já Jon Batiste é o responsável por cantar o hino nacional norte-americano enquanto Trombone Shorty e Lauren Daigle cantam “America the Beautiful”. Por último, Ledisi fará a voz de “Lift Every Voice and Sing”.

Em Portugal, o evento desportivo é transmitido a partir das 23h30 em streaming na DAZN, plataforma à qual se pode aceder através da compra do NFL Game Pass, disponível na DAZN a partir de 0,99 euros. Além de se poder acompanhar o Super Bowl LVIII, a transmissão vai também permitir ver todos os anúncios norte-americanos. É ainda possível escolher entre duas opções de transmissão, em português ou a transmissão dos EUA.

Entre as marcas que vão anunciar no evento encontram-se, por exemplo, a Hellmann’s, Doritos, Uber Eats, Pringles, Salesforce, Booking ou Stella Artois. Entretanto foram várias aquelas que já divulgaram os spots que vão transmitir no grande dia:

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IGCP volta ao mercado para tentar levantar até 1,5 mil milhões em Obrigações do Tesouro

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2025

IGCP vai realizar a 12 de fevereiro três leilões de OT com maturidade em 18 de abril de 2034, 11 de abril de 2042 e 12 de abril de 2052, com um montante indicativo global entre 1.250 e 1.500 milhões.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai voltar ao mercado na próxima quarta-feira para realizar três leilões de Obrigações do Tesouro (OT), com maturidade a dez, 20 e 38 anos e um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros.

Numa nota, o IGCP disse que “vai realizar no próximo dia 12 de fevereiro pelas 10h30 horas três leilões das OT com maturidade em 18 de abril de 2034, 11 de abril de 2042 e 12 de abril de 2052, com um montante indicativo global entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros”.

O IGCP tem mais duas operações previstas este trimestre, mas com Bilhetes do Tesouro (BT) uma a 19 de fevereiro e outra a 19 de março, segundo um calendário publicado no site da entidade.

Numa nota divulgada pelo IGCP, em 13 de dezembro, a instituição disse que o “montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2025 deverá situar-se em cerca de 18 mil milhões de euros”.

Em 2025, a entidade espera que “o financiamento líquido resultante da emissão” de Bilhetes do Tesouro produza “um impacto positivo de 4,6 mil milhões de euros”, destacou.

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PS quer ouvir Associação dos Municípios sobre reprogramação do PRR

ANMP revelou publicamente que não foi consultada sobre a reprogramação e solicitou uma reunião urgente com o Governo, porque há “muitas perguntas sem resposta”.

O Partido Socialista quer ouvir no Parlamento, com caráter de urgência, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), no âmbito da reprogramação do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) apresentada pelo Governo à Comissão Europeia, no sábado. O objetivo é ter a opinião da associação sobre as alterações introduzidas, porque o PS critica o Governo por ter feito este exercício “sem consulta ou debate público”.

“Esta forma de trabalhar contrasta com a do anterior Governo, que aquando da reprogramação ‘promoveu um debate público aberto e intenso, que recebeu contributos da sociedade civil e reuniu com parceiros económicos e sociais’ com o objetivo de promover uma reprogramação que fosse o mais participada, esclarecedora e transparente possível”, lê-se no requerimento entre no Parlamento pelo Grupo parlamentar do PS.

O requerimento é justificado “com o facto de o Governo não ter promovido um processo aberto, participado e transparente na reprogramação do PRR, não ter solicitado qualquer parecer, nem ter promovido qualquer diálogo com parceiros económicos e sociais, nem com os municípios, nomeadamente com a Associação Nacional dos Municípios Portugueses”.

A ANMP revelou publicamente que não foi consultada sobre a reprogramação e solicitou uma reunião urgente com o Governo, porque há “muitas perguntas sem resposta”.

Na audição de quarta-feira na comissão eventual de acompanhamento do PRR e do Portugal 203, o ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, explicou que a reprogramação “não foi uma opção do Governo”. “O Governo limitou-se a constatar que algumas das obras previstas no PRR não iriam ser executadas dentro do prazo, não iriam ser financiadas no final, a tempo e horas, e retirou-as do PRR, substituindo-as por outros investimentos que podem ser executados dentro do prazo”.

“Esta reprogramação não foi uma opção que tivemos, não foi uma opção política do Governo, nem nenhuma mudança política do Governo”, disse Castro Almeida perante as críticas dos deputados. “Esta reprogramação foi uma inevitabilidade. Fomos confrontados com um conjunto de projetos, foram aqueles e não outros. Deixámos cair aqueles cujo calendário não era compatível com o PRR. Não valia a pena virmos perguntar aos senhores deputados se acham bem ou achavam mal. A linha de metro não ia ser feita, tinha de cair, independentemente da opinião do Governo ou da oposição”, disse perentório.

O requerimento do PS será votado na terça-feira, no âmbito dos trabalhos da Comissão Eventual de Acompanhamento da Execução do Plano de Recuperação e Resiliência e Portugal 2030.

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Bruxelas aprova empresa comum entre Via Verde, Ascendi e alemã Yunex

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

A Comissão Europeia aprovou a criação de uma empresa comum entre as firmas portuguesas Via Verde e Ascendi e a alemã Yunex para concessões de autoestradas.

A Comissão Europeia aprovou a criação de uma empresa comum entre as firmas portuguesas Via Verde e Ascendi e a alemã Yunex para concessões de autoestradas, anunciou esta sexta-feira a instituição.

Em comunicado, o executivo comunitário indica que deu ‘luz verde’, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a criação de uma empresa comum entre a Yunex GmbH da Alemanha, a Via Verde Portugal – Gestão de Sistemas Eletrónicos de Cobrança e a Ascendi, ambas de Portugal.

“A operação diz respeito principalmente ao mercado das concessões de autoestradas com portagem e à distribuição de equipamento de bordo”, indica a instituição, sem precisar.

De acordo com Bruxelas, a operação notificada foi aprovada pois “não suscita preocupações em matéria de concorrência, dado que a empresa comum desenvolve atividades negligenciáveis no Espaço Económico Europeu e dada a limitada posição de mercado combinada das empresas resultante da operação proposta”.

A operação foi examinada no âmbito do procedimento simplificado de análise das concentrações.

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Davidson Kempner contrata João Talone para consultor sénior

O ex-presidente do BCP e EDP é o novo 'senior advisor' do fundo americano Davidson Kempner, conhecido pelos negócios no setor hoteleiro e de centros de dados em Portugal.

João Talone, ex-presidente do BCP e EDP, é o novo consultor sénior (senior advisor) da Davidson Kempner Capital Management, um dos maiores fundos de investimento com negócios de hotéis e centros de dados (Start Campus) em Portugal. A empresa norte-americana anunciou esta sexta-feira que contratou o gestor para dar apoio aos investimentos nos setores de energia, transformação digital e infraestruturas.

O plano é que se foque mais na Península Ibérica, mas o trabalho de consultoria abrangerá noutras zonas do mundo. “Talone traz uma vasta experiência para a Davidson Kempner, tendo sido presidente e diretor executivo do grupo EDP, uma empresa europeia de serviços públicos de energia com uma posição de liderança no mercado global de energias renováveis. Foi também cofundador da Magnum Capital, uma das maiores empresas ibéricas de private equity”, destaca a DK.

A Davidson Kempner tem cerca de 37 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros) em ativos sob gestão e mais de 500 trabalhadores nos sete escritórios de Nova Iorque, Filadélfia, Londres, Dublin, Hong Kong, Shenzhen e Mumbai. Em Portugal, esteve por detrás do maior negócio imobiliário de 2022, ao comprar os fundos ECS por aproximadamente 850 milhões de euros.

“A transição energética exigirá capital flexível e Davidson Kempner tem um histórico de apoiar o crescimento de futuros líderes de mercado neste espaço dinâmico. Além disso, Espanha e Portugal têm enormes oportunidades para atrair atividades intensivas em energia ansiosas por soluções verdes. Estou ansioso para fazer parceria com a Davidson Kempner e algumas das empresas do seu portefólio para procurar oportunidades atrativas de apoio a uma transição energética mais ampla”, afirmou João Talone.

João Talone foi CEO da EDP entre 2003 e 2006, mesmo antes de entregar a pasta a António Mexia, e voltou à empresa anos mais tarde. Em janeiro de 2024, saiu, no final do primeiro mandato enquanto líder do Conselho Geral e de Supervisão (CGD) da energética, depois de propor alterações ao modelo de governação da empresa – incluindo a redução do número de representantes da China Three Gorges (CTG) e do grupo Masaveu neste órgão de fiscalização – e não ter recebido resposta. O gestor esteve neste cargo entre 2021 e 2024 em substituição de Luís Amado.

Foi também vice-presidente do conselho de administração da HidroCantábrico, após a aquisição, em 2005, por parte da EDP. Antes deste percurso profissional na energética, esteve 14 anos (1987-2001) no BCP, onde foi presidente do conselho de administração e CEO, tendo-se destacado pela criação da área de seguros do banco agora liderado por Miguel Maya, que atingiu a liderança do mercado em apenas sete anos.

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Antigo presidente da Câmara de Elvas acusado de crime de prevaricação de titular de cargo político

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

O Ministério Público deduziu acusação contra o antigo presidente da Câmara de Elvas, Nuno Mocinha, pela prática de factos suscetíveis de um crime de prevaricação de titular de cargo político.

O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra o antigo presidente da Câmara de Elvas, distrito de Portalegre, Nuno Mocinha, pela prática de factos suscetíveis de consubstanciar um crime de prevaricação de titular de cargo político.

De acordo com uma nota publicada na página de Internet do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, consultada pela agência Lusa, além do antigo autarca socialista, a acusação também recai sobre um funcionário do município.

Segundo o DIAP de Évora, que dirigiu o inquérito, a acusação relata que entre junho de 2016 e fevereiro de 2018, e “mediante a influência” de um funcionário da autarquia, Nuno Mocinha celebrou quatro contratos de aquisição de serviços de limpeza, mediante procedimento de ajuste direto.

A acusação sublinha que a celebração desses contratos serviu “para benefício económico” da então companheira do referido funcionário, “com violação de normas” do procedimento administrativo e de contratação pública.

Ainda de acordo com a acusação, Nuno Mocinha e o referido funcionário “indicaram a mesma empresa” ao executivo da Junta de Freguesia da Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso, logrando dessa forma a celebração de mais um contrato com recurso ao procedimento de ajuste direto, em benefício da empresa detida pela companheira do funcionário do departamento financeiro do município.

“O Ministério Público contabilizou as vantagens pagas às sociedades beneficiárias que lesaram o município em 292.735,77 euros, tendo sido peticionado que as mesmas fossem declaradas a favor do Estado e condenando-se os arguidos no seu pagamento”, lê-se na nota.

De acordo com o documento, decorre agora o prazo para eventual abertura de instrução que, a não ser requerida, determinará a remessa do processo para julgamento.

Contactado pela Lusa, Nuno Mocinha disse estar de “consciência completamente tranquila”, sublinhando que todos os atos que praticou na gestão do município “são legais”. O antigo autarca disse ainda que está a ponderar apresentar instrução ao processo.

Depois vamos ficar à espera da decisão sobre a instrução e se tiver de ir a julgamento vou de consciência tranquila, porque estou convencido que nada fiz para além daquilo que era a minha função”, disse.

O antigo autarca explicou que esta acusação “partiu de quatro ou cinco denúncias anónimas”, das quais “constavam mais de 40 assuntos”.

De acordo com Nuno Mocinha, dos mais de 40 assuntos que constavam nas denúncias anónimas, “alguns foram analisados” pelo MP, tendo “sido tudo arquivado”, menos este caso em que está acusado.

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Instituições vão poder abrir muito mais vagas em cursos como Medicina ou Educação

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2025

Fernando Alexandre explicou que é preciso um sistema que garanta que a oferta formativa das instituições corresponde às preferências dos alunos, que à partida estão ajustadas à economia.

As instituições de ensino superior vão poder abrir mais vagas nos cursos mais procurados pelos alunos, revelou o ministro da Educação, dando como exemplo Medicina e a área de Educação, que terá um “aumento muito significativo”.

“Há um conjunto muito elevado de alunos em Portugal que desiste porque estão desajustados do curso que queriam tirar”, disse hoje o ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI), Fernando Alexandre, na abertura de uma conferência em Lisboa sobre sucesso académico e abandono escolar.

Segundo o ministro, “a percentagem de alunos que não entra na 1.ª opção é muito elevada e, por isso, chegam logo ao ensino superior com alguma desmotivação”.

Segundo Fernando Alexandre, há mais casos de desistência entre os estudantes que não ficam colocados no curso e instituição que tinham colocado como 1.ª opção na sua candidatura de acesso e, perante esta realidade, é preciso “ajustar a oferta à procura”.

“Não estou a dizer que se irá liberalizar o sistema”, garantiu o ministro, durante a sessão de abertura do III Encontro Intercalar de Provedores do Estudante, organizado pela Rede Portuguesa de Provedores do Estudante do Ensino Superior, cuja conferência principal se focou na “Promoção do sucesso académico e combate ao abandono no Ensino Superior”.

Fernando Alexandre explicou que é preciso um sistema que garanta que a oferta formativa das instituições corresponde às preferências dos alunos, que “à partida estão ajustadas às necessidades da economia e da sociedade”.

Em declarações aos jornalistas, explicou que a ideia é continuar o plano que, no atual ano letivo, já permitiu às instituições abrir mais vagas nos cursos mais procurados.

“Vamos ter um aumento muito significativo de vagas na área da Educação”, disse, garantindo que “será permitida uma maior flexibilização onde há mais procura, como na educação e na Medicina”, mas tal não significará acabar com os numerus clausus.

Outro projeto em curso é a revisão do regulamento das bolsas de estudo, que Fernando Alexandre diz ser “uma manta de retalhos”, uma vez que nem sempre é claro para os alunos quais são os apoios a que podem ter direito.

Resultado: “Não é óbvio que seja eficaz e garanta a equidade para que todos possam ter acesso ao ensino superior”, salientou.

A revisão do Regulamento das Bolsas de Estudo no âmbito da Ação Social no Ensino Superior (RABES) está já na sua fase final, devendo estar concluído em abril, para que possam entrar em vigor no próximo ano letivo.

Já sobre as críticas dos sindicatos ao processo de auscultação do Governo para a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), cuja proposta de lei foi aprovada na quinta-feira em Conselho de Ministros, Fernando Alexandre disse terem sido “feitas 25 auscultações”, tendo-se reunido “três ou quatro vezes com os sindicados do ensino superior”.

“Enviámos a todas as entidades a nossa proposta em dezembro”, recordou o ministro, defendendo que a atual equipa não queria repetir “o ritmo muito lento” da anterior, até porque o diploma já deveria ter sido revisto há vários anos.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) criticou o executivo por não ter realizado uma segunda reunião de auscultação com a federação e de ter aprovado a revisão do RJIES apenas dois dias após a aprovação do parecer do Conselho Nacional de Educação, um órgão consultivo do ministério.

Fernando Alexandre salientou hoje que o novo RJIES dá “mais autonomia” às instituições, no que toca à gestão orçamental, ao património ou à estratégia para definir os seus objetivos.

Uma das novidades do RJIES é o fim do monopólio da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), podendo as instituições recorrer a outras agências de acreditação nacionais dos estados-membros da União Europeia que desenvolvam atividade de avaliação dentro dos princípios adotados pelo sistema europeu.

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Santander fora da corrida ao Novobanco: “Não está no nosso radar fazer aquisições”

Castro e Almeida considera "estranho" se a Caixa avançar para a compra do Novobanco. "Os portugueses devem pronunciarem-se se querem um mercado com mais de um terço nas mãos de um banco público".

O Santander Totta está fora da corrida pelo Novobanco. “Não está no nosso radar fazer aquisições”, adiantou o CEO do banco. Pedro Castro Almeida acha “estranho” que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) possa vir a ficar com o quarto maior banco em Portugal e com um terço de quota de mercado, mas acredita nas autoridades da concorrência para avaliar a operação.

“Relativamente a poder haver um banco nacional público comprar um outro banco, as palavras do governador do Banco de Portugal falava em consequências sistémicas. Não sei muito bem o que quererá dizer, mas não deixa de ser estranho num panorama europeu um banco público que é o maior banco poder comprar um outro banco, o quarto player e ficar com mais de um terço do mercado“, disse Castro e Almeida.

“Temos as autoridades nacionais e a nível europeu a DG-Comp pronunciarem-se se isso acontecer e aos portugueses que querem ter o mercado financeiro português com mais de um terço nas mãos de um banco público“, acrescentou.

Recentemente, numa conferência sobre a banca em Portugal, Castro e Almeida referiu que avançar para o Novobanco seria uma “questão de oportunidade”, sugerindo que o Santander estaria interessado na operação (como foi amplamente noticiado em Espanha na altura). O gestor afastou agora liminarmente o interesse. “Vai comprar o Novobanco? Não. Nós queremos crescer organicamente. Não queremos comprar o Novobanco”, afirmou na apresentação dos resultados anuais.

Castro e Almeida lembrou que o Santander já fez várias aquisições em Portugal no passado — nomeadamente o Banif e o Popular. Mas a estratégia atual passa pelo crescimento orgânico.

“Passado: olhámos várias vezes para o que se passa no mercado. Acompanhámos o que se passa no mercado. Presente e futuro: a nossa estratégia passa por crescimento orgânico“, referiu.

O Santander Totta anunciou esta sexta-feira lucros na ordem dos mil milhões de euros em 2024, uma subida de 11% em relação ao ano anterior.

(notícia atualizada às 13h22)

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⛽ Combustíveis mais caros na próxima semana. Gasolina sobe mais do que o gasóleo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,659 euros por litro de gasóleo simples e 1,773 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão subir na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá subir meio cêntimo, enquanto a gasolina deverá subir um, de acordo com os dados publicados pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP).

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,659 euros por litro de gasóleo simples e 1,773 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, o gasóleo desceu 1,5 cêntimos e a gasolina 0,7 cêntimos, um desempenho inferior às expectativas do mercado, que apontavam para uma descida de 2,5 cêntimos do diesel e de um cêntimos na gasolina. O primeiro-ministro reiterou, no debate quinzenal desta semana, que só admite tomar medidas se os preços dos combustíveis subirem para níveis “insuportáveis”.

“Se houver uma escalada do preço que antecipe uma subida permanente a níveis que sejam insuportáveis tomaremos as medidas, nomeadamente na área fiscal, para desagravar a situação e repor o equilíbrio no acesso aos combustíveis”, disse Luís Montenegro. Mas ressalvou: “Se o Governo tem já a possibilidade de intervir, tem. Mas não é adequada.”

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a subir 0,51% para os 74,67 dólares por barril e caminha para a terceira queda semanal. Tudo aponta para que a descida seja de 2,3% depois de o Presidente norte-americano Donald Trump ter repetido a promessa de aumentar a produção de petróleo dos EUA, o que deixou os traders em stress, um dia depois de o país ter divulgado um salto superior ao previsto nos stocks de petróleo bruto, fruto de uma redução da procura num momento em que as refinarias estão em trabalhos de manutenção.

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DLA Piper assessora Barings em joint-venture no ramo imobiliário

A equipa da DLA Piper envolvida na operação foi coordenada, em Portugal, pelo sócio Luís Filipe Carvalho e, em Espanha, pelo sócio Orson Alcocer.

A DLA Piper assessorou a Barings, numa joint-venture com a Panattoni, no investimento imobiliário para a aquisição de imóveis à Saint-Gobain. O objetivo desta aquisição é a construção de um parque logístico de grande dimensão na Área Metropolitana de Lisboa.

“O projeto envolve a aquisição de um terreno de 210.000 metros quadrados localizado em Santa Iria, para a construção de edifícios logísticos, que será um dos maiores parques logísticos da zona de Lisboa”, refere a firma em comunicado.

A equipa da DLA Piper envolvida na operação foi coordenada, em Portugal, pelo sócio Luís Filipe Carvalho e, em Espanha, pelo sócio Orson Alcocer, contando ainda com a participação dos associados sénior Alejandro Marquez Carretero e Paulo Anjo e dos associados Cidália Correia e Francisco Maria Rodrigues.

A firma foi responsável pela due diligence aos imóveis, pela celebração do contrato promessa de compra e venda e pela escritura definitiva de compra e venda, em conjunto com a Panattoni.

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