Governo iraniano aponta o dedo aos “EUA e Israel” no avanço de rebeldes na Síria

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

Ministro iraniano descreveu "o ressurgimento de grupos terroristas na Síria" como parte de "uma conspiração orquestrada pelos Estados Unidos e Israel".

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) iraniano, Abbas Araqchi, transmitiu esta sexta-feira ao seu homólogo sírio, Bassam al-Sabbagh, o apoio de Teerão na luta contra o grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e outras milícias na região de Alepo.

O HTS (Organização pela Libertação do Levante, também conhecido como Al-Qaida na Síria) e outros grupos conseguiram entrar em dois bairros nos arredores de Alepo, a segunda maior cidade síria, no âmbito de uma ofensiva em grande escala lançada na quarta-feira contra as forças governamentais.

Num contacto telefónico, Araqchi garantiu que Teerão “apoiará o Governo e o povo sírios na batalha contra os grupos terroristas, que lançaram uma incursão em cidades e aldeias na província de Alepo, no noroeste da Síria, nos últimos dias”, segundo a agência noticiosa semi-oficial iraniana Tasnim, que cita um porta-voz da diplomacia iraniana.

A mesma fonte indicou que Araqchi descreveu “o ressurgimento de grupos terroristas na Síria” como parte de “uma conspiração orquestrada pelos Estados Unidos e Israel depois de o regime sionista ter sido derrotado pela resistência no Líbano e na Palestina”. Bassam al-Sabbagh, por seu lado, transmitiu ao seu homólogo iraniano a evolução dos combates e garantiu que “Damasco impedirá os terroristas e os seus patrocinadores de atingirem os seus objetivos maléficos”.

Os ‘jihadistas’ e os seus aliados entraram esta sexta em Alepo, que foi bombardeada pela primeira vez em quatro anos, após dois dias de uma ofensiva relâmpago contra o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad.

Os combates, que fizeram mais de 255 mortos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), são os mais violentos desde 2020 no noroeste da Síria, onde a província de Alepo, maioritariamente nas mãos do regime de Assad, é contígua ao último grande reduto rebelde e ‘jihadista’ de Idlib.

Esta sexta, duas testemunhas disseram à agência noticiosa France-Presse (AFP) terem visto homens armados em Alepo e relataram cenas de pânico na grande cidade do norte da Síria.

Segundo o OSDH, organização com sede em Londres que dispõe de uma vasta rede de fontes na Síria, o grupo ‘jihadista’ HTS e os grupos aliados, alguns dos quais próximos da Turquia, tinham chegado de manhã às portas da cidade, “depois de terem efetuado dois atentados suicidas com carros armadilhados”.

O exército sírio, que enviou reforços para Alepo, segundo um responsável da segurança síria, afirmou ter repelido “a grande ofensiva dos grupos terroristas” e recuperado várias posições. Durante a guerra civil na Síria que eclodiu em 2011, as forças do regime, apoiadas pela aviação militar russa, reconquistaram em 2016 a parte oriental de Alepo às forças rebeldes, após bombardeamentos devastadores.

Hoje, as forças aéreas russas e sírias lançaram ataques intensivos sobre a região de Idlib, segundo a organização não-governamental. De acordo com o OSDH, os combates de hoje atingiram também a cidade estratégica de Saraqeb, na posse do regime e a sul de Alepo, no cruzamento de duas autoestradas.

Por outro lado, a força aérea russa intensificou os ataques, de acordo com esta fonte, tendo o Kremlin (presidência russa) apelado às autoridades sírias para que “ponham ordem na situação o mais rapidamente possível” em Alepo. Nos últimos anos, o norte da Síria tem desfrutado de uma calma precária, possibilitada por um cessar-fogo introduzido após uma ofensiva do regime em março de 2020. A trégua foi patrocinada por Moscovo e pela Turquia, que apoia certos grupos rebeldes sírios na sua fronteira.

O regime sírio recuperou o controlo de uma grande parte do país em 2015, com o apoio dos seus aliados russos e iranianos. A guerra civil na Síria causou mais de meio milhão de mortos e deslocou milhões de pessoas. O conflito ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos ‘jihadistas’, e várias frentes de combate.

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Galp conclui “com sucesso” nova fase de testes na Namíbia

A Galp e os seus parceiros registam "sucesso" no processo de testes da terceira perfuração que levaram a cabo no complexo de petróleo da Namíbia.

A Galp concluiu “com sucesso” mais uma fase de testes na exploração que detém a Namíbia, na qual “confirma a extensão e qualidade” detetadas anteriormente.

A Galp e os seus parceiros registam “sucesso” no processo de testes da terceira perfuração que levaram a cabo no complexo de petróleo da Namíbia, lê-se no comunicado publicado esta sexta-feira na página da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Em conjunto com as descobertas de Mopane-1X e Mopane-2X, esta avaliação confirma a extensão e qualidade” detetada em testes anteriores, na primeira e segunda perfurações.

A Galp e os seus parceiros vão continuar a analisar e integrar todos os novos dados, ao mesmo tempo que progridem com as atividades”, lê-se no comunicado. Estas atividades incluem a exploração e avaliação através de perfurações e métodos sísmicos. Estes novos testes deverão ter lugar a partir de dezembro deste ano, indica o comunicado.

Foi apenas no início deste ano que a Galp reuniu provas mais concretas de que as reservas que detinha na Namíbia poderiam traduzir-se num investimento lucrativo. Em janeiro, a empresa descobriu petróleo leve na bacia de Orange, ficando a faltar dados sobre a viabilidade comercial. Esses dados chegaram no passado mês de abril: a Galp estima de conseguir extrair 10 mil milhões de barris de petróleo, ou até mais, deste complexo.

De momento, a Galp é detentora de 80% do complexo, sendo os restantes 20% detidos pela Corporação Nacional do Petróleo da Namíbia (NAMCOR) e a Custos Energy. Para já, a Galp afirma que quer ficar com a fatia dos 80% por inteiro.

Em oposição, a empresa parece estar a desinteressar-se pelos projetos mais ligados à transição energética, depois de, esta semana, ter anunciado que iria cancelar os planos para a construção de uma refinaria de lítio em Setúbal.

 

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ULS podem disponibilizar consultas aos fins de semana

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

A medida, que estará em vigor no inverno, tem como objetivo "preparar uma altura do ano em que se prevê, não só aumento do número de episódios nos serviços de urgência" como de internamentos.

As Unidades Locais de Saúde vão poder abrir, durante o inverno, centros para atender doentes não urgentes no próprio dia e deverão ser disponibilizadas consultas abertas em todos os concelhos aos fins de semana e feriados.

Estas medidas constam de um despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República para organizar a resposta dos cuidados de saúde primários e hospitalares no inverno, altura de maior pressão sobre os serviços de urgência, sobretudo, devido ao aumento das infeções respiratórias.

Este despacho põe, pela primeira vez, em papel uma organização dos cuidados de saúde, tendo em vista preparar uma altura do ano em que se prevê, não só aumento do número de episódios nos serviços de urgência, mas também, associadamente, uma maior taxa de internamentos”, adiantou à Lusa a secretária de Estado da Saúde, Ana Povo.

O documento prevê um serviço de atendimento de consulta em regime aberto, sempre que possível, em todos os concelhos aos feriados e fins de semana, no período entre as 08:00 e as 20:00. Está também prevista a abertura de centros de atendimento clínico, no modelo que a Unidade Local de Saúde (ULS) “entender mais conveniente” (próprio/social/autárquico/privado), de forma a responder às situações agudas não urgentes no próprio dia, refere o despacho que entra em vigor no sábado.

As ULS deverão ainda disponibilizar o Hospital de Dia para os utentes em descompensação de doenças específicas, como insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crónica, asma e cirrose.

Segundo o documento, as equipas pré-hospitalares devem ser libertadas aquando da triagem, exceto em situações específicas como entrega de um doente crítico na sala de emergência, e as ULS devem adquirir macas para doentes em serviço de urgência externa, mas também para os que possam estar a aguardar internamento em enfermaria.

Já o encerramento de uma de urgência externa durante o inverno só deve ocorrer com autorização prévia da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), “não sendo suficiente a mera informação ao Instituto Nacional de Emergência Médica”. Caso venha a ser obtida autorização da DE-SNS para encerramento, a “mesma deve de imediato ser comunicada ao INEM e à linha SNS24”, determina ainda o despacho.

Quanto à situação de pessoas que continuam internadas depois de terem alta clínica, por falta de uma resposta social, o que dificulta novos internamentos por falta de camas, o despacho indica que as ULS devem prever a possibilidade de expandir interna ou externamente a respetiva capacidade.

“Todas as camas existentes na unidade hospitalar devem estar operacionais, existindo um plano de ativação das mesmas com base na procura”, indica o documento, que determina que deve estar prevista a abertura de locais de contingência para doentes a aguardar vaga em enfermaria, impedindo a sua concentração nos serviços de urgência e com falta de condições.

Além disso, os doentes com alta clínica, mas que permaneçam na ULS por falta de reposta social, devem de imediato ser comunicados ao Instituto da Segurança Social, tendo “esta instituição o dever de garantir enquadramento em instituição adequada com a maior brevidade”.

“É um despacho onde estão reunidas uma série de medidas indicativas para as ULS para se prepararem e se organizarem numa melhor resposta”, salientou Ana Povo, ao realçar que, apesar das várias medidas adotadas para reduzir a pressão nas urgências, o “objetivo é não prejudicar a atividade programada” dos hospitais.

A secretária de Estado referiu ainda que o Ministério da Saúde não está “completamente tranquilo” em relação ao período de inverno, alegando que Portugal dispõe de uma população envelhecida e com elevada carga de doença. “Desde há meses, o Ministério da Saúde, os organismos por si tutelados e as ULS estamos todos a fazer um esforço e um trabalho conjunto para passarmos um inverno melhor do que no ano passado”, disse Ana Povo.

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Lola Normajean entra na black friday com oferta de criatividade para ideias do bem

  • + M
  • 29 Novembro 2024

A ideia é estimular os grandes anunciantes a fazer mais e melhor na área da responsabilidade social e para isso a agência vai oferecer a criatividade "a preços de Black Friday”.

A Lola Normajean está a aproveitar a Black Friday para oferecer descontos a empresas dos setores de telecomunicações, distribuição e bebidas e refrigerantes que decidam apostar em desenvolver campanhas que tenham um impacto positivo na sociedade.

“A Lola Normajean sempre acreditou no poder transformador das ideias e quando vemos que o mundo nunca precisou tanto de ideias para o bem como hoje, não podíamos ficar de braços cruzados”, justifica Rodrigo Silva Gomes, CEO da agência, citado em comunicado.

A ideia, segundo explica, é estimular os grandes anunciantes a fazer mais e melhor na área da responsabilidade social e para isso a agência vai oferecer a criatividade “a preços de Black Friday”.

A promoção está “limitada ao stock existente” e é válida apenas para briefings enviados entre entre esta sexta-feira e o dia 6 de dezembro.

A iniciativa, conclui o comunicado, “espelha o histórico da agência portuguesa que sempre integrou no seu ADN criativo, campanhas, projetos e clientes do terceiro setor ou com grandes preocupações sociais”.

 

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Nuno Vassallo e Silva vai liderar CCB. Atual presidente “surpreendida” com decisão

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

A atual presidente da fundação CCB, Francisca Carneiro Fernandes, que tinha tomado posse em dezembro de 2023, mostrou-se "surpreendida com a decisão".

O historiador de arte Nuno Vassallo e Silva vai presidir ao conselho de administração da Fundação Centro Cultural de Belém (CCB), sucedendo a Francisca Carneiro Fernandes, que estava no cargo há um ano, revelou esta sexta-feira o Ministério da Cultura. Contactada pela agência Lusa, Francisca Carneiro Fernandes mostrou-se “surpreendida com a decisão” da qual foi informada esta tarde.

Em nota de imprensa, o gabinete da ministra Dalila Rodrigues refere que a nomeação de Vassallo e Silva se justifica pela “necessidade de imprimir nova orientação à gestão da Fundação Centro Cultural de Belém, para garantir que a fundação assegura um serviço de âmbito nacional, participando num novo ciclo da vida cultural portuguesa”.

“Tenho pena, acho que estávamos a fazer um bom trabalho que lamento não conseguir continuar”, disse Francisca Carneiro Fernandes, que tinha tomado posse em dezembro de 2023, nomeada pelo anterior ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, e substituído na altura Elísio Summavielle.

Sem especificar quando é que Nuno Vassallo e Silva entra em funções, o Ministério da Cultura esclarece que os restantes elementos do Conselho de Administração da Fundação CCB se mantêm em funções.

Nuno Vassallo e Silva era diretor-adjunto do Museu Calouste Gulbenkian e, entre outras funções anteriores, foi Diretor-Geral do Património Cultural. Doutorado em História de Arte, foi ainda Secretário de Estado da Cultura no XX Governo, liderado por Pedro Passos Coelho.

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PGR diz que a sua perceção é que Portugal é um país seguro

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, disse que a sua perceção é que Portugal é um país seguro e garantiu que o Ministério Público não tem pressões por causa de afirmações de governantes.

O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, disse esta sexta-feira que a sua perceção é que Portugal é um país seguro e garantiu que o Ministério Público não tem pressões por causa de afirmações de governantes.

“Pode haver situações pontuais por razões eventualmente objetivas, mas, em termos gerais e, neste momento, a perceção que tenho é uma perceção de um país seguro”, afirmou Amadeu Guerra, aos jornalistas, em Leiria, à margem de uma visita de trabalho à Comarca, após ser questionado sobre a declaração ao país do primeiro-ministro na quarta-feira.

Antes salientou que as suas declarações sobre esta matéria “não têm qualquer referência àquilo que disse o senhor primeiro-ministro”.

Eu sou um grande defensor – e ele também – da separação de poderes, portanto, não me vou imiscuir relativamente às matérias que ele abordou, mas eu também não tenho qualquer situação, qualquer indício de que as coisas não estejam diferentes (…) da perceção que normalmente temos”, adiantou.

Questionado se o Ministério Público sente alguma pressão após as palavras de Luís Montenegro na sequência da comunicação do chefe do executivo, Amadeu Guerra respondeu negativamente.

Nós não temos pressão por causa de afirmações de governantes. Fazemos o nosso trabalho, sabemos onde estamos, o que temos de fazer e, portanto, é nesse contexto que nós trabalhamos”, referiu, argumentando que, perante o que dizem os políticos e os órgãos de comunicação social, o Ministério Público continua o seu “trabalho sem problema absolutamente nenhum”, porque está a fazer o que acha que deve ser feito.

O procurador-geral da República insistiu na rejeição de pressões, frisando que a equipa que lidera não está pressionada “por aquilo que é dito”.

Estamos a fazer o nosso trabalho da forma melhor que queremos e sabemos fazer e, portanto, estamos tranquilos relativamente à nossa atividade e não me parece que haja qualquer pressão“, acrescentou.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro repetiu que Portugal é um país seguro. “Tenho reiteradamente dito que Portugal é um país seguro, é mesmo um dos países mais seguros do mundo, mas este contexto tem de ser trabalhado e alcançado todos os dias”, defendeu Luís Montenegro.

Luís Montenegro falava aos jornalistas no final de uma reunião de cerca de uma hora com a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o diretor nacional da Polícia Judiciária, o comandante-geral da GNR, o diretor nacional da PSP e o secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna.

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Nos promete manter preços em 2025, evitando atualização anual

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

A decisão "é transversal a todos os serviços e tarifários de telecomunicações", adiantou ainda fonte oficial da empresa.

A operadora de telecomunicações Nos”não vai aumentar os seus preços em 2025″, uma decisão que “é transversal” a todos os serviços e tarifários da empresa, disse esta sexta-feira à Lusa fonte oficial.

Contactada pela Lusa sobre se a Nos, liderada por Miguel Almeida, iria aumentar os preços dos seus serviços no próximo ano, fonte oficial da empresa disse que não. “A Nos não vai aumentar os seus preços em 2025”, asseverou a fonte.

Esta decisão “é transversal a todos os serviços e tarifários de telecomunicações”, rematou fonte oficial.

Já a Vodafone Portugal disse que neste momento não pode avançar informação sobre o tema. “A esta data ainda não nos é possível antecipar eventuais atualizações de preços”, afirmou à Lusa fonte oficial da operadora. A Lusa contactou também a Altice Portugal/Meo, aguardando resposta sobre o assunto.

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Zelensky nomeia novos chefes militares

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

Zelensky nomeou o major-general Mikhail Drapati como novo chefe das forças terrestres e o general Oleg Apostol como vice-comandante das Forças Armadas.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou esta sexta-feira ter nomeado o major-general Mikhail Drapati como novo chefe das forças terrestres e designado o general Oleg Apostol como vice-comandante das Forças Armadas.

“O major-general Mikhail Drapati organizou com sucesso a defesa do eixo de Kharkiv e parou a operação ofensiva das forças russas”, escreveu Zelensky nas redes sociais, referindo-se à operação transfronteiriça lançada pela Rússia na região nordeste da Ucrânia em maio. Drapati substitui o general Oleksandr Pavliuk como chefe das forças terrestres.

Zelensky, que anunciou as nomeações após uma reunião com as chefias militares, designou também Oleg Apostol, que anteriormente comandava a 95.ª Brigada de Assalto Separada, como vice-comandante das Forças Armadas. O chefe de Estado ucraniano justificou as mudanças com a necessidade de aumentar a capacidade de combate, a formação das tropas e a inovação.

“O exército ucraniano precisa de mudanças internas para atingir plenamente os objetivos do nosso Estado”, afirmou o líder ucraniano, que também destacou a experiência de combate dos dois militares. A Ucrânia é alvo de uma ofensiva militar russa em grande escala desde 24 de fevereiro de 2022.

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Dois anos depois, Generali entra no capital do Banco CTT com injeção de 25 milhões

Dois anos depois, seguradora entra finalmente no capital do Banco CTT. Paga 25 milhões de euros por uma participação de 8,71%. Pedro Carvalho nomeado administrador não executivo do banco.

A Generali Tranquilidade é o novo acionista do Banco CTT. A seguradora acabou de injetar 25 milhões de euros no banco dos Correios para ficar com uma participação de 8,71% do capital. E já indicou o nome do seu CEO, Pedro Carvalho, para a administrador não executivo.

A operação foi anunciada em novembro de 2022, mas só dois anos depois ficou concluída, através de um aumento de capital que se concretizou esta sexta-feira, e depois de o processo ter obtido todas as autorizações regulatórias, incluindo o fit & proper para Pedro Carvalho. A transação avalia o Banco CTT em cerca de 290 milhões de euros.

Contactados pelo ECO, os CTT não responderam até à publicação deste artigo. A operação foi entretanto comunicada ao mercado, confirmando a notícia avançada em primeira mão pelo ECO.

O acordo com a Generali Tranquilidade prevê a distribuição de seguros de vida e de ramos reais na rede dos CTT e também do banco, através de contratos de distribuição de longo prazo, com períodos de exclusividade renováveis de cinco anos. “A comercialização de produtos de seguro já está a decorrer e tem tido uma forte adesão”, sinalizam os CTT no comunicado partilhado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliarios (CMVM).

No mesmo comunicado, os Correios sublinham ainda que “o aumento de capital irá reforçar a posição de capital do Banco CTT, sendo este reforço traduzido num impacto positivo de aproximadamente 230 pontos base no rácio de capital CET1 pro-forma fully loaded reportado a 30 de setembro de 2024, e assim suportar o desenvolvimento do Banco CTT”.

“Acreditamos que este co-acionista de longo prazo no Banco CTT trará muito valor à expansão do negócio de bancassurance e permitirá robustecer a trajetória de crescimento do banco”, considera o CEO dos CTT, João Bento, em comunicado enviado às redações.

Do lado da Generali, Pedro Carvalho diz tratar-se de “uma etapa-chave na concretização do plano de investimento do grupo em Portugal”. “Estamos seguros de que esta parceria com o Grupo CTT nos vai permitir alargar o nosso mercado e crescer de forma sustentada e duradoura”, referiu.

CTT admitem vender totalidade do banco

Em maio, o CEO dos CTT, João Bento, admitiu à agência Bloomberg a possibilidade de vender todo o capital do banco. “Estamos a considerar todas as possibilidades, até vender a totalidade do banco. A minha preferência seria nós mantermos uma posição minoritária no banco, visto que ele irá operar na nossa rede de lojas”, afirmou João Bento, citado pela agência financeira, situando o valor contabilístico do Banco CTT no final do ano passado nos 270 milhões.

O Banco CTT registou lucros de 14 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 12% em comparação com o ano anterior, beneficiando do ambiente de taxas de juro elevadas, como o resto do setor.

Com perto de 660 mil contas à ordem, o banco explora uma carteira de depósitos de quase 3,5 mil milhões de euros e uma carteira de crédito (automóvel e habitação) superior a 1,6 mil milhões.

(Notícia atualizada às 17h03 com comunicado dos CTT)

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Stellantis doa 225 mil euros a quatro corporações de bombeiros de Viseu

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

A empresa explicou que as corporações de Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Viseu vão receber uma doação que permitirá dotarem-se "de mais ambulâncias ou viaturas de combate a incêndios”.

A Stellantis anunciou esta sexta-feira que vai fazer um donativo total de 225 mil euros a quatro corporações de bombeiros que atuam no território de ação da sua fábrica de Mangualde e que em setembro foi fustigado pelos incêndios.

Em comunicado, a Stellantis explicou que cada associação humanitária de bombeiros, nomeadamente Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Viseu, “irá receber uma doação que lhe permitirá dotar-se de mais ambulâncias ou viaturas de combate a incêndios”.

Com esta doação, inserida no pilar ‘Care’ da Stellantis, de apoiar as comunidades onde se insere, a empresa expressa a sua solidariedade às pessoas que foram afetadas por este flagelo e reforça a sua admiração por toda a comunidade que se uniu para combater os incêndios e apoiar os necessitados”, frisou.

A Stellantis recordou que, entre 15 e 20 de setembro, as chamas devastaram 135 mil hectares em Portugal Continental, nas regiões norte e centro, e provocaram nove mortes e 175 feridos. “A região mais afetada em área consumida pelas chamas – superior a 52 mil hectares – foi a de Viseu Dão Lafões, onde pertencem estas corporações”, acrescentou.

A Stellantis, um dos principais fabricantes mundiais de automóveis, tem no seu portefólio marcas como Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS Automobiles, FIAT, Jeep®, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram, Vauxhall, Free2move e Leasys.

A empresa encontra-se a executar o seu ‘Dare Forward 2030’, um plano estratégico que pretende abrir caminho para alcançar a meta de se tornar uma empresa de tecnologia de mobilidade carbono Net Zero até 2038.

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Número de acessos 5G supera três milhões pela primeira vez

A Anacom registava mais de três milhões de acessos ativos à internet móvel em 5G em Portugal no final de setembro. Tráfego médio mensal no terceiro trimestre foi de 8,4 GB.

O número de utilizadores de internet móvel 5G atingiu no final de setembro os 3,3 milhões, segundo dados oficiais, superando pela primeira vez a fasquia dos três milhões (ver gráfico).

De acordo com as estatísticas da Anacom, o regulador do setor, as operadoras reportaram que, no final do terceiro trimestre, 24,2% dos utilizadores de serviços móveis e 30,4% dos utilizadores de internet móvel utilizaram a rede móvel 5G.

Assim, “o número de utilizadores de internet móvel através de 5G totalizou 3,3 milhões, dos quais 98,9% com acesso através do telemóvel”, indica o relatório trimestral dos serviços móveis.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o gráfico.

Visto de outra perspetiva, significa que a taxa de penetração de acessos à internet móvel através de 5G atingiu os 30,9 por cada 100 habitantes. Um marco alcançado numa altura em que Portugal assinala neste mês de novembro três anos desde o início da exploração comercial desta tecnologia pelas operadoras.

No final do trimestre anterior, existiam pouco mais de 2,9 milhões de acessos 5G no país, segundo o historial disponibilizado pela Anacom. Já no terceiro trimestre, em que se atingiram os 3,3 milhões, o tráfego em redes 5G “representou cerca de 19% do total de tráfego de dados móveis, atingindo os 8,4 GB mensais por utilizador de internet móvel 5G”.

Para comparação, no primeiro trimestre de 2022, o primeiro completo com as operadoras a disponibilizarem 5G, existiam apenas 789 mil utilizadores. A passagem da rede 4G para 5G depende do tarifário contratado, mas também da compatibilidade do equipamento.

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Sandra Maximiano vai liderar novo organismo da ONU para proteger cabos submarinos

  • Lusa
  • 29 Novembro 2024

A União Internacional das Telecomunicações (UIT) anunciou a criação de um organismo para reforçar a proteção de cabos submarinos, que será copresidido pela portuguesa Sandra Maximiano.

A União Internacional das Telecomunicações (UIT) anunciou esta sexta-feira a criação, em conjunto com outra agência da ONU, de um organismo para reforçar a proteção de cabos submarinos, que será presidido pela portuguesa Sandra Maximiano, atual presidente da Anacom.

O chamado Órgão Consultivo para a Resiliência dos Cabos Submarinos, composto por cerca de 40 especialistas de vários governos, empresas e outras instituições, vai tentar encontrar “boas práticas e respostas” para combater os cerca de 150 a 200 incidentes que estas estruturas registam por ano, sublinhou, em conferência de imprensa, o secretário-geral adjunto da UIT, Tomas Lamanauskas.

33ª edição Conferência APDC - 15MAI24
Sandra Maximiano também desempenha atualmente a função de presidente da Anacom, a autoridade nacional das comunicações em PortugalHugo Amaral/ECO

O novo organismo será copresidido pela portuguesa Sandra Maximiano, presidente da entidade reguladora das comunicações, e pelo ministro das Telecomunicações da Nigéria, Bosun Tijani.

Lamanauskas garantiu, no entanto, que o novo organismo não vai investigar casos como os recentes no mar Báltico, um dos quais levantou a suspeita de que um cargueiro chinês possa ter provocado uma rotura de um cabo de fibra ótica entre a Finlândia e a Alemanha, e um outro que se acredita ter sido sabotagem ao ser quebrado um cabo entre a Suécia e a Lituânia.

“Isto continuará a ser da responsabilidade de autoridades nacionais específicas”, sublinhou o “número dois” da UIT.

A Nigéria, que se situa numa zona especialmente afetada nos últimos tempos por este tipo de cortes nas comunicações subaquáticas, acolherá no próximo mês de fevereiro a cimeira inaugural da organização, sublinhou Lamanauskas.

A UIT recorda que 99% dos dados internacionais viajam através destes cabos submarinos, que sofrem danos tanto por causas naturais (maremotos ou tsunamis) como por atividades humanas, desde a pesca à navegação comercial até aos danos provocados por razões estratégicas.

Do total, 7% dos incidentes são causados pelo homem, disse o secretário-geral adjunto da UIT, admitindo que os consumidores não costumam ser afetados, uma vez que o tráfego pode ser redirecionado para outras rotas.

No entanto, se os acidentes danificarem elos muito estratégicos, por exemplo no Mediterrâneo ou no Mar Vermelho, recentemente muito afetados por este tipo de problemas, o tráfego de dados pode ser interrompido, esclareceu Lamanauskas.

Um caso extremo ocorreu em 2022 em Tonga, quando erupções vulcânicas e tsunamis no Oceano Pacífico deixaram a ilha-Estado de Tonga “isolada” da internet durante várias semanas, tendo sido necessários cerca de 18 meses para reparar os danos então sofridos.

Nos últimos dias, as autoridades da Finlândia, Suécia e Lituânia têm estado a investigar danos sofridos quase em simultâneo nos seus cabos submarinos.

A principal suspeita é que os danos tenham sido causados pela âncora do cargueiro chinês Yi Peng 3, até porque os dados de tráfego marítimo mostram o navio nas proximidades de ambos os cabos no momento em que foram detetadas as roturas.

O Yi Peng 3 está ancorado há dias no estreito de Kattegat, em águas internacionais, entre a Dinamarca e a Suécia, escoltado por vários navios patrulha dinamarqueses, suecos e alemães para evitar que continue a navegar e saia do Báltico.

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