Governo aprova estatuto da carreira diplomática

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Uma novidade é a figura de embaixador itinerante que "atue a partir de Lisboa", tenha "plenos poderes", ao estar acreditado em países onde Portugal não tem representação diplomática.

O Conselho de Ministros aprovou esta sexta-feira o novo estatuto da carreira diplomática, assim como a nomeação do antigo eurodeputado social-democrata Carlos Coelho para presidir às comemorações dos 40 anos de Portugal na União Europeia (UE).

Na conferência de imprensa após a reunião do executivo no Palácio das Necessidades, sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, o chefe da diplomacia, Paulo Rangel, congratulou-se com a aprovação da carreira “26 anos depois e que muitos consideravam missão impossível”.

Incluindo a participação da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses, as alterações contemplam, por exemplo, a revisão estatuto da família, para “facilitar a atratividade da carreira”, do estatuto remuneratório de “forma faseada, evolutiva, gradual”, acrescentou Paulo Rangel. Outra novidade é a figura de embaixador itinerante que “atue a partir de Lisboa”, tenha “plenos poderes”, ao estar acreditado em países onde Portugal não tem representação diplomática.

O primeiro embaixador com estas características deverá ser alocado aos três países bálticos – Lituânia, Letónia e Estónia, prevendo-se que esteja uma semana em cada capital destes países, detalhou ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Aos jornalistas, Paulo Rangel anunciou ainda que o antigo eurodeputado Carlos Coelho será o comissário para as comemorações dos 40 anos da adesão de Portugal ao espaço europeu, detalhando que as celebrações também vão envolver Espanha.

Em 12 junho, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que o Governo iria criar uma comissão para programar as comemorações dos 40 anos da assinatura do tratado de adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia.

O anúncio no dia em que se assinalaram 39 anos da assinatura desse tratado, em 12 de junho de 1985 pelo então primeiro-ministro e vice-primeiro-ministro Mário Soares e Rui Machete, foi feito num encontro com a comunidade portuguesa em Zurique, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal na Suíça, numa deslocação conjunta com o Presidente da República.

Também foi decidida a criação da Direção Geral do Direito Europeu e Internacional, tendo ainda o ministro informado que o Instituto Camões vai abrir um linha de um milhão de euros para a cooperação municipal internacional.

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Talk Inovação 5G acontece a 28 de novembro

  • BRANDS' ECO
  • 22 Novembro 2024

O mês dedicado à quinta geração móvel culmina com esta Talk que promove, na manhã de 28 de novembro, um debate sobre o poder do 5G em vários setores – da saúde à mobilidade.

O que têm em comum o espaço, a saúde, a mobilidade, ou a sustentabilidade? São todas áreas que já estão a ser transformadas pelo 5G. Depois de um debate sobre o poder do 5G nos vários setores, vão ser apresentados alguns dos projetos que estão a ser desenvolvidos em parceria com a NOS. Tudo isto acontece na manhã de 28 de novembro na Talk Inovação 5G, que se realiza no NOS Hub 5G, no Parque das Nações.

O evento encerra assim o mês de comemoração da NOS pelo terceiro aniversário do 5G em Portugal e vai ser exibido em streaming aqui:

PROGRAMA

10h00 Welcome Coffee

10h30 KeyNote Speaker

Manuel Ramalho Eanes, Administrador Executivo NOS

10h40 Painel Inovação

Francisco Vilhena da Cunha, CEO GEOSAT
Jorge Graça, Administrador da NOS
José Rui Felizardo, Presidente Executivo do CEIIA
Maria João Baptista, Presidente do Conselho de Administração da ULS de São João
Susana Sargento, Professora Catedrática da Universidade de Aveiro
Moderação: André Veríssimo, Subdiretor do ECO

11h30 Apresentação de UseCases 5G

Capacetes Cirúrgicos | 4LifeLab
Ambulâncias Conectadas | INEM
Fato de Proteção Individual | Viatel
Redes Não Terrestres 5G | Connected
Mobilidade Sustentável Integrada | CEiiA

12h30 Encerramento

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Portugal quase duplica meta de Bruxelas para redução do consumo de gás natural

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Portugal superou também largamente a média de 17,9% registada da União Europeia.

Portugal reduziu o consumo de gás natural em 28,2% entre agosto de 2022 e abril de 2024 face à média homóloga dos cinco anos anteriores, quase o dobro da meta de 15% traçada Comissão Europeia, divulgou hoje o INE.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a redução de 28,2% do consumo mensal acumulado de gás natural em Portugal superou também largamente a média de 17,9% registada da União Europeia.

Em causa está a meta de redução voluntária do consumo de gás natural de 15% face à média dos cinco anos anteriores para os meses considerados, estabelecida em 2022 no regulamento comunitário para redução voluntária da procura.

A iniciativa surgiu como resposta à crise energética global e à crescente volatilidade nos mercados de gás natural observada desde o segundo semestre de 2021, agravadas em fevereiro de 2022 pela invasão russa da Ucrânia.

Através do denominado Plano REPowerEU, a Comissão Europeia (CE) visou garantir a independência dos combustíveis fósseis, em particular os importados da Rússia, reforçar a segurança e eficiência energética da Europa, diversificar o aprovisionamento energético e acelerar a transição energética.

A redução de 15% do consumo de gás foi estabelecida com base num cenário pessimista calculado pela Comissão, correspondente a um corte total pela Rússia do fornecimento de gás natural antes ou durante um inverno excecionalmente frio.

Neste contexto, a UE poderia confrontar-se com um défice de aprovisionamento que poderia chegar até aos 45.000 milhões de metros cúbicos de gás natural, o que representava aproximadamente 15% do que os Estados-membros consumiam em média entre agosto e março.

Segundo os dados divulgados hoje pelo INE, em 2022 as importações feitas pela UE de gás natural proveniente da Rússia recuaram 44,4%, face a 2021. Ainda assim, a Rússia mantém-se como o principal fornecedor de gás natural da União, tendo passado de 40,7% no período 2017-2021 para 21,1% em 2022.

Já em Portugal a alteração foi marginal, tendo as importações de gás natural provenientes da Rússia passado de 5,0% no período 2017-21 para 4,3% em 2022, uma vez que o principal fornecedor nacional continua a ser a Nigéria (41,8% em 2017-2021 e 45,2% em 2022).

Com a diminuição da dependência de gás natural proveniente da Rússia, outros países fornecedores ganharam importância, destacando-se os EUA, cujo peso relativo aumentou quer em Portugal (passou de 13,0% no período 2017-2021 para 31,7% em 2022), quer na UE (2,7% no período 2017-2021, que compara com 12,8% em 2022).

De acordo com o INE, outro fator que distingue Portugal da UE é a utilização dada ao gás natural. Tendo por base os dados de 2022, verifica-se que na UE o gás natural é maioritariamente disponibilizado para consumo final (62,8%), onde é utilizado sobretudo para aquecimento (o setor doméstico foi responsável por 40,6% do consumo final de gás natural).

Já em Portugal, é sobretudo aproveitado para novas formas de energia (63,3%), sendo que o gás natural disponibilizado para consumo final é maioritariamente consumido pela indústria (66,4% do total do consumo final de gás natural), com o setor doméstico a deter um peso muito inferior (16,4%).

No período 2017-2023, os cinco principais consumidores de gás natural na UE foram Alemanha, Itália, França, Espanha e Países Baixos, que em 2023 responderam por 69,9% do total de gás natural na UE.

Portugal surge sensivelmente a meio (14.º lugar no ‘ranking’) no conjunto da UE, apresentando uma representatividade relativamente estável do total de gás natural consumido na União (média de 1,6% do total UE no período 2017-2022), com uma ligeira tendência de decréscimo no ano de 2023 (1,4% do total UE).

 

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Número de alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina caiu 90%, garante Montenegro

O primeiro-ministro garantiu que as medidas aplicadas pelo Executivo têm permitido aumentar o número de professores, reduzindo a percentagem de alunos sem aulas.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, garantiu esta sexta-feira que o número de alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina baixou 90% face ao último ano letivo. O líder do Executivo justificou a melhoria com as medidas avançadas pelo Governo, que têm permitido aumentar o número de professores disponíveis.

“Vamos acolher mais 200 novos docentes no Algarve e mais 1.000 na região Lisboa, o que contribui de forma muito significativa para a diminuição do impacto face ao ano anterior”, permitindo “chegar ao final do primeiro período com uma diminuição do número de alunos sem professor pelo menos a uma disciplina de 90%“, adiantou Montenegro, a falar aos jornalistas após a visita a uma escola em Lisboa.

O primeiro-ministro reforçou que era uma meta “muito ambiciosa” do Governo, mas neste momento já se verifica uma 89% de diminuição do número de alunos sem aulas pelo menos a uma disciplina.

As declarações do líder do Executivo vão ao encontro de uma notícia do Expresso desta sexta-feira, que adianta que há, atualmente, 2.338 alunos que ainda não tiveram aulas a pelo menos uma disciplina, o que representa uma diminuição de 90% face aos quase 21 mil que se mantinham nessa situação no final do 1.º período do ano passado.

Montenegro apontou os apoios lançados pelo Governo aos professores, realçando “o lançamento do concurso extraordinário, apoios à deslocação, apoios para acolher novos docentes”, medidas que permitiram aumentar o número de professores na escola pública.

Mas a notícia avançada esta sexta-feira pelo Expresso surge depois de o Diário de Notícias ter escrito esta semana que, até agora, as medidas extraordinárias ainda só reduziram em 10% o número de alunos sem aulas, citando especialistas e diretores escolares, que se queixavam de que as medidas anunciadas pelo Governo ainda não teriam surtido o efeito desejado.

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Governo avisa que excedente orçamental “é limitado e deve ser preservado” por segurança

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Leitão Amaro garantiu que, "por responsabilidade orçamental, o mais adequado seria, como em outubro deste ano, pagar um suplemento extraordinário na medida da disponibilidade orçamental".

O ministro da Presidência avisou esta sexta que o excedente orçamental “é limitado” e “deve ser preservado por respeito e segurança” dos portugueses, criticando o que considerou “mais uma coligação entre PS e Chega” para um aumento adicional das pensões.

“O equilíbrio orçamental é fundamental. O Governo preparou uma proposta de orçamento com excedente, que é um excedente limitado, que essencialmente deve ser preservado por respeito e por segurança para os portugueses em geral e para todos os contribuintes, que não querem seguramente ver o país regressar a défices de má memória do final dos anos 2000″, afirmou António Leitão Amaro quando questionado sobre a esperada aprovação de aumento de pensões no âmbito da especialidade do Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2025).

Na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, que decorreu na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, o ministro defendeu que, “por responsabilidade orçamental, o mais adequado seria, como em outubro deste ano, pagar um suplemento extraordinário na medida da disponibilidade orçamental”.

António Leitão Amaro assinalou que “o orçamento tem várias medidas para valorização do rendimento dos pensionistas”.

“Essa é a perspetiva do Governo, que aposta na valorização dos rendimentos, sobretudo das pensões mais baixas. Temos feito, não são palavras, são decisões tomadas, este é um Governo que tem valorizado o poder de compra dos pensionistas, tem subido o rendimento dos pensionistas, sobretudo com pensões mais baixas. Tem feito isso mas tem-no feito com um grande sentido de responsabilidade orçamental que nos tem caracterizado”, sustentou.

Sobre as propostas de alteração do orçamento, o ministro disse registar “mais uma confluência, mais uma cumplicidade, mais uma aliança de voto para fazer aprovar propostas, entre segundo e o terceiro maiores partidos”.

“Mais uma coligação entre PS e Chega. Os seus eleitores dirão se votaram para essa coligação”, afirmou.

Sobre o impacto da medida – caso seja aprovada a proposta do PS para aumentar em 1,25 pontos percentuais, além da atualização prevista na lei – Leitão Amaro referiu que o Governo alertou “para a importância do equilíbrio orçamental” e de “manter o rumo e a ideia de governação que está subjacente ao orçamento e em linha com o programa do Governo, que os partidos quando viabilizaram o Governo se comprometeram a aceitar”.

“E dissemos qual é que é a nossa visão responsável para uma permanente lógica de sucessivo aumento de poder de compra de pensionistas. Temos prometido e feito, os pensionistas sabem que este Governo é sinónimo de aumento do poder de compra”, acrescentou.

O Chega anunciou que se vai abster na votação da proposta do PS para aumentar as pensões em 1,25 pontos percentuais, além da atualização prevista na lei, que será acompanhada também por BE, PCP e Livre, pelo que será viabilizada.

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Governo aprova diploma que concretiza acordo com os enfermeiros

  • ECO e Lusa
  • 22 Novembro 2024

Acordo com os enfermeiros sobre atualizações remuneratórias representa uma despesa em 2027, quando estiver estabilizado o impacto destas alterações, de cerca de 230 milhões, disse Leitão Amaro.

O Conselho de Ministros aprovou esta sexta-feira o diploma legal que efetiva o acordo com os enfermeiros relativo a atualizações remuneratórias, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.

“Este diploma corresponde àquilo que foi negociado em termos de alterações remuneratórias nas posições com os representantes sindicais dos enfermeiros e que representa uma despesa em 2027, quando estiver estabilizado o impacto destas alterações, de cerca de 230 milhões de euros”, especificou o ministro no final da reunião do Governo, realizada no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A tutela acordou com os sindicatos uma valorização destas carreiras que passa pela subida do salário mínimo desta profissão dos 1.333,35 euros mensais brutos (nível 15) para os 1.491,25 euros (nível 18) com efeitos já neste mês de novembro. Nos próximo anos e até ao final da legislatura, a carreira de enfermagem terá novas valorizações, de forma faseada, até o ordenado de entrada desta profissão atingir o nível 21, isto é, os 1.649,15 euros da tabela Remuneratória Única (TRU) atual.

No mesmo Conselho de Ministros foi aprovada também a despesa de 136 milhões de euros para os meios aéreos de combate aos fogos florestais e de 30 milhões de euros para a recolha de animais mortos em 2025 e 2026, considerando que o sistema de recolha enfrenta uma pressão adicional devido à língua azul, explicou Leitão Amaro.

Numa reunião centrada essencialmente em temas do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o ministro Paulo Rangel apelidou o dia como histórico, já que foi aprovada a revisão do estatuto dos diplomatas, que não era alterado há 27 anos.

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Dependência energética nacional sobe 4,2 pontos para 69,9% em 2022

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Destaca-se a diminuição das exportações de gasóleo rodoviário, que reduziram 45,4%.

A dependência energética nacional aumentou 4,2 pontos percentuais para 69,9% em 2022, reforçando a tendência crescente registada desde 2020, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A dependência energética resulta do rácio entre as importações líquidas de energia e a utilização interna de energia.

De acordo com a “Conta de Fluxos Físicos de Energia 2000-2022” do INE, em 2022 registou-se um ligeiro aumento de 0,1% das exportações de fluxos energéticos, interrompendo a tendência decrescente que se verificava desde 2017 e refletindo a subida das exportações de produtos petrolíferos (+3,5%), nomeadamente, querosene e ‘jet fuel’ (combustível para aviação, +160,0%), nafta (+47,1%) e fuelóleo (+8,2%).

Em sentido oposto, destaca-se a diminuição das exportações de gasóleo rodoviário (-45,4%). Entre 2021 e 2022, o INE dá conta de um aumento de 1,6% na utilização de energia pelas famílias, com subidas nas utilizações de calor (+10,5%), gasolina sem biocomponentes (+8,0%) e gasóleo para transportes sem biocomponentes (+5,1%).

Em sentido oposto, observaram-se no setor das famílias reduções na utilização de gás de refinaria, etano e GPL (-8,1%), gás natural sem biocomponentes (-6,9%) e eletricidade (-2,5%).

Já nos ramos de atividade económica, entre 2021 e 2022 assistiu-se a um aumento de 0,9% da utilização de energia, com subidas nas utilizações de gasolina sem biocomponentes (+8,2%), madeira, desperdícios de madeira e outra biomassa sólida, carvão vegetal (+5,8%) e gasóleo para transportes sem biocomponentes (+4,9%).

Pelo contrário, diminuiu a utilização de gás natural sem biocomponentes (-11,1%), de calor (-5,7%) e de biocombustíveis líquidos (-2,8%).

Os dados divulgados pelo INE apontam ainda que a extração de recursos energéticos naturais (recursos endógenos) diminuiu 4,1% em 2022, mas foi, ainda assim, 28,8% superior à média anual do período compreendido entre 2000-2022.

Já a utilização de resíduos para fins energéticos aumentou 1,4% face ao ano anterior, representando um valor 21,2% superior à média da série temporal em análise.

Intensidade energética diminui pelo quinto ano

Da última edição da “Conta de Fluxos Físicos de Energia” resulta ainda que, em 2022, houve uma diminuição em 4,5% da intensidade energética da economia portuguesa (rácio entre a utilização interna líquida de energia e o Produto Interno Bruto (PIB) a preços constantes), refletindo um aumento de 2,0% da utilização de energia, inferior à variação positiva de 6,8% do PIB em termos reais.

Segundo destaca o INE, trata-se do quinto ano consecutivo de redução da intensidade energética da economia e do resultado mais baixo desde o ano 2000, o primeiro a que remonta a série.

Em 2021, último ano com informação disponível para a União Europeia (UE), Portugal foi o Estado membro com a terceira mais baixa intensidade energética da economia. No que se refere à produção de eletricidade com origem renovável, diminuiu 6,1% em 2022, devido sobretudo à menor disponibilidade hídrica (-45,1%).

Ainda assim, a contribuição das energias renováveis para a produção de eletricidade foi de 51,0%, o segundo valor mais elevado do período 2000-2021, só ultrapassado pelo ano de 2021, com 52,9%.

Este resultado traduziu o efeito conjugado da eliminação da utilização de carvão, por encerramento em 2021 das duas últimas centrais de produção de eletricidade a carvão em Portugal, com o aumento de utilização de fontes renováveis, com destaque em 2022 para a energia solar (+38,7%).

Ainda segundo o INE, em 2022 as utilizações energéticas na atividade da fabricação de coque e de produtos petrolíferos refinados aumentaram 5,6% face a 2021, invertendo o decréscimo verificado desde 2017, ano em que se registou o máximo da série em análise. Para este crescimento foram determinantes os aumentos na produção de querosenes e ‘jet fuels’ (+74,5%), outros produtos petrolíferos (+9,7%), gasolina (+4,7%) e fuelóleo residual (+4,4%).

 

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⛽ Combustíveis vão ficar mais caros para a semana. Gasóleo sobe 2,5 cêntimos e a gasolina um cêntimo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,705 euros por litro de gasolina simples 95 e 1,606 euros por litro de gasóleo simples.

Os preços dos combustíveis vão voltar a aumentar na próxima semana, por isso, aproveite o fim de semana para encher o tanque da viatura. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, deverá subir 2,5 cêntimos e a gasolina vai ficar um cêntimo mais cara, avançam ao ECO fontes do setor.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,705 euros por litro de gasolina simples 95 e 1,606 euros por litro de gasóleo simples, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É preciso recuar a 22 de abril para encontrar os preços do diesel mais caros.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent de sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo subiram 0,1 cêntimos e os da gasolina 0,5 cêntimos, um comportamento muito distinto face às expectativas do mercado que apontavam para um aumento de 1,5 cêntimos da gasolina e uma descida de 0,5 cêntimos do diesel.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a descer 0,9%, para os 73,56 dólares por barril, mas caminham para um ganho semanal de 5%, com a intensificação da guerra na Ucrânia, depois dos Estados Unidos e Reino Unido terem permitido a Kiev usar as suas armas para atacar a Rússia. Mas também à boleia do aumento das importações chinesas em novembro. Este será o aumento semanal mais forte desde o final de setembro.

“O que o mercado teme é a destruição acidental de uma parte de uma refinaria de petróleo ou gás, que não só cause danos a longo prazo, mas também acelere uma espiral da guerra”, disse John Evans, analista da PVM, citado pela Reuters.

Já o maior importador mundial de petróleo bruto, a China, anunciou quinta-feira medidas para impulsionar o comércio, incluindo apoio às importações de produtos energéticos, tendo em conta as preocupações com as ameaças do futuro Presidente dos EUA, Donald Trump, de impor tarifas.

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Code for All recebe garantia europeia de 4 milhões para reconversão de carreiras

  • ECO
  • 22 Novembro 2024

O Fundo Europeu de Investimento avançou com um garantia para ajudar o acesso dos estudantes a financiamento para melhorarem as competências digitais. Portuguesa Code for All entre as selecionadas.

O Fundo Europeu de Investimento (FEI) e a Quotanda, gestora de empréstimos para o financiamento da educação, lançaram esta semana um financiamento pan-europeu para o acesso de estudantes a competências digitais e de gestão. Este programa garante à Code for All, a única escola portuguesa selecionada, 4 milhões de euros do FEI.

“Esta iniciativa visa proporcionar oportunidades aos estudantes de investir no seu futuro, criando um impacto duradouro no panorama educativo em Espanha, Portugal e na Alemanha”, refere Marco Marrone, diretor-geral adjunto de investimento do FEI.

A Code for All, com esta iniciativa, vai dispor de um total de 5 milhões de euros para financiar as propinas dos seus cursos de reconversão de carreira (reskilling). Segundo o comunicado divulgado esta sexta-feira aos jornalistas, a escola pedia para os estudantes avançarem entre seis mil a oito mil euros na inscrição dos cursos. Com este financiamento, os alunos escolhem o valor de entrada que conseguem disponibilizar, podendo este valor ser zero. Além disso, podem ter um plano de pagamento máximo de quatro anos para as propinas.

O FEI prevê apoiar mais de 6.500 alunos com esta iniciativa, que conta com uma garantia “capped” de 10,2 milhões de euros do FEI, através da Quotanda. Esta garantia, explica também o comunicado, vai permitir desbloquear 51 milhões de euros de financiamento aos estudantes abrangidos.

Este programa de garantias envolve outras cinco instituições de ensino: as espanholas IESE Business School e Esade Business & Law School, e bootcamps de programação Hack a Boss e Adalab, de Espanha, e a Le Wagon, presente em Espanha, Portugal e Alemanha.

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PS viabiliza proposta PSD para fim imediato dos cortes salariais de políticos

  • Lusa
  • 22 Novembro 2024

Os socialistas vão viabilizar a proposta do PSD para acabar já em 2025 com os cortes de 5% nos vencimentos de titulares de cargos políticos e gestores públicos.

A líder parlamentar do PS afirmou esta sexta-feira que os socialistas vão viabilizar a proposta do PSD para acabar já em 2025 com os cortes de 5% nos vencimentos de titulares de cargos políticos e gestores públicos.

“O PS sempre definiu que votaria a favor da proposta do PSD, sem nenhuma diferença. Procura-se obter um consenso mais amplo e, se não for possível, votaremos na mesma”, declarou Alexandra Leitão em conferência de impressa.

Na semana passada, após o PSD ter apresentado a sua proposta para o fim do corte de 5% no vencimento dos titulares de cargos políticos, a bancada socialista ponderou condicionar essa mudança apenas a mandatos futuros e não aos atuais.

Mas, segundo fonte da bancada do PS, os socialistas estão agora disponíveis para que a proposta tenha eventualmente efeitos imediatos.

Em conferência de imprensa, na semana passada, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, anunciou que iria propor o fim dos cortes de 5% nos vencimentos dos políticos em vigor desde 2010, considerando que “é da mais elementar justiça” acabar com esta medida.

Segundo Hugo Soares, a proposta será para que o fim dos cortes tenha “efeitos imediatos“, mas disse estar disponível para a ajustar com os restantes grupos parlamentares.

Os cortes, em vigor desde 2010 e nunca revogados, aplicam-se ao Presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, deputados, membros do Governo, representantes da República para as regiões autónomas, deputados às Assembleias Legislativas das regiões autónomas, membros dos governos regionais, governador e vice-governador civil e presidente e vereadores a tempo inteiro das câmaras municipais.

“Essa é a única reminiscência da troika ainda no país, o único corte que vem ainda dos tempos da troika em Portugal. Parece-me que não há razão absolutamente nenhuma para que quem exerce cargos públicos numa junta de freguesia, numa câmara municipal ou num nível superior continue a ter um corte salarial”, justificou.

“E por isso creio que é da mais elementar justiça que isso possa acabar e nós temos essa coragem, nós não temos qualquer problema em combater qualquer tipo de populismo”, acrescentou.

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Orçamento da Madeira para 2025 tem aumento de 30% para cerca de 2.600 milhões de euros

  • Lusa e ECO
  • 22 Novembro 2024

O Orçamento da Madeira para 2025 ronda os 2.600 milhões de euros, adiantou o presidente do Governo Regional, no dia em que o documento será entregue. Parte do acréscimo vai para refinanciamento.

O Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2025 ronda os 2.600 milhões de euros, adiantou hoje o presidente do Governo Regional, horas antes da entrega do documento. “É um bom orçamento”, diz Miguel Albuquerque, que no dia 17 de dezembro enfrentará a moção de censura apresentada pelo Chega e já com aprovação assegurada pelos votos anunciados do PS dos Juntos pelo Povo (JPP).

O aumento verificado de 600 milhões de euros está ligado a “refinanciamento [da dívida da região] e um conjunto de orientações bastante importantes”, explicou o presidente do Governo Regional.

O Orçamento Regional para 2025 vai ser hoje à tarde entregue e apresentado pelo secretário das Finanças, Rogério Gouveia, no Funchal. Miguel Albuquerque afirmou ser “fundamental para a Madeira que seja aprovado, para não parar tudo” no arquipélago.

“Espero que passe [na Assembleia Legislativa], porque a região precisa de ter um orçamento aprovado. E não faz sentido chumbar este orçamento, porque é um orçamento que, no fundo, é a sequência e continuidade daquele que foi aprovado em 2024”, argumentou. O documento “continua a redução fiscal” já em curso, disse, apontando a redução do sexto escalão do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS) para os 30%, “o que significa que vai abarcar os ordenados até os 3.000 euros brutos”. Também o sétimo escalão será abrangido pela redução. A medida terá um impacto de “quase 152 milhões”.

Em relação a obras — quer no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), quer no quadro comunitário de apoio 2030 -, a proposta “inclui os lares, os cuidados continuados, as novas unidades hospitalares, o novo hospital central e o do Porto Santo e um conjunto de iniciativas que se inserem num quadro do programa do Governo Regional”, afirmou Albuquerque.

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Christie’s Owners: o clube restrito de proprietários da Porta da Frente

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 22 Novembro 2024

O “clube” restrito que dá aos seus membros acesso a experiências únicas com as marcas mais prestigiadas do mercado foi lançado esta semana. João Cília, CEO da Porta da Frente, explica o projeto.

Para os clientes da Porta da Frente/Christie’s já não é novidade, o Christie’s Owners é já uma realidade. O “clube” restrito que dá aos seus membros acesso a parcerias e experiências únicas com algumas das marcas mais prestigiadas do mercado – nas áreas de arte, vinhos, gastronomia, alta-relojoaria e outras experiências tailor-made – foi apresentado esta semana, num cocktail no JNCquoi Club, com direito a um concerto de Cuca Roseta. A Fora de Série falou com João Cília, CEO da Porta da Frente, que explicou o racional deste projeto pioneiro em Portugal.

“Numa consultora como a nossa, e num setor onde, atualmente, há cada vez mais concorrência e mais exigência, é muito importante para nós prestar aos nossos clientes top um serviço diferenciado. Uma das coisas que sentimos foi que era importante criar motivos de contacto com estes clientes de forma mais recorrente. No imobiliário, a relação é muito transacional: as pessoas não compram casas todos os anos – a não ser que sejam investidores -, e torna-se difícil existirem outros pontos de contacto com estes clientes se não estiverem à procura de casa. O que fizemos foi contactar outras marcas de luxo, que tenham motivos de contacto mais regular com este tipo de cliente e com base nisso, criamos um consórcio de marcas, com o nome Christie’s Owners, onde oferecemos experiências e acesso a eventos exclusivos. Por outro lado, como muitos destes clientes são estrangeiros, estes eventos são também uma forma de eles se integrarem na nossa sociedade e de fazerem networking local, que é algo que eles também procuram. É uma relação win-win“, revela João Cília, CEO da Porta da Frente/Christie’s.

 

João Cília, CEO da Porta da Frente/Christie’s

 

Como exemplos de eventos e experiências a que o Christie’s Owners dá acesso, Cília refere um evento de caligrafia que organizou recentemente com a marca especializada em instrumentos de escrita Montblanc, bem outro, um workshop sobre montagem de relógios na Boutique dos Relógios Plus. Em breve, os membros deste “clube” exclusivo vão poder assistir a um workshop de avaliação de jóias realizado por um parceiro na área da joalharia. “Queremos ter, no mínimo, um evento por mês, nesta fase, em que a base de clientes ainda é relativamente pequena. Crescendo, podemos evoluir para diferentes grupos de clientes em diferentes eventos, com maior periodicidade”, frisa o responsável. “Para as marcas, esta parceria também é relevante, pois falamos dos 300 melhores clientes da nossa consultora, com elevado poder de compra, que são clientes com muito valor e que procuram este tipo de experiências exclusivas”, acrescenta.

A ideia inovadora partiu da equipa da Porta da Frente/Christie’s em Portugal. “É engraçado, pois alguns clientes têm perguntado se se trata de uma iniciativa da Christie’s internacional. Mas não, foi uma ideia local, que neste momento é exclusiva de Portugal, mas que poderá ser aproveitada por outros afiliados da marca. Seria um grande prazer ver este programa crescer dessa forma, porque tem muito potencial”, revela o CEO.

A mediadora tem uma equipa 100% dedicada e este projeto, estando em permanente contacto com as já mais de 50 marcas parceiras, todas de ultra-luxo, para dinamizar a agenda deste “clube”. Existe ainda uma área privada no site, com acesso através de login, em que estes clientes especiais têm acesso, por exemplo, a casas off-market, e onde podem também consultar a agenda de eventos e saber quais as ofertas das marcas.

No evento de lançamento, os convidados foram brindados com a oferta de um tratamento de rosto na maison Sisley e um vale para uma refeição num dos restaurantes do chef José Avillez. “Cada pessoa que comprar um imóvel com a Porta da Frente que dê acesso ao Christie’s Owners recebe, como kit de adesão as ofertas que acabamos de referir, junto com uma manta da Torres Novas, uma marca portuguesa que também sentimos ser interessante promover”, explica João Cília. “E a nossa ideia é continuar a expandir este programa: ter mais marcas aderentes, mais experiências, mais iniciativas. O sucesso vai medir-se através da adesão dos clientes – e esta primeira experiência com o lançamento foi já um bom indicador: tivemos uma taxa de comparência de perto de 100% – e o quão relevantes conseguirmos ser para eles, pois isso vai marcar a afiliação que têm com a nossa marca, lembrando-se de nós nos momentos chave, porque estamos com eles durante todo este caminho”, conclui.

 

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