Governo recusa pedido da bastonária para adiar novas regras de advogados oficiosos

Em causa a carta enviada à ministra da Justiça, sugerindo que os trabalhos de adaptação das plataformas informáticas para aplicaão das novas regras dos advogados oficiosos sejam adiados.

O Ministério da Justiça recusa adiar a entrada em vigor das novas regras para os advogados oficiosos. “Foi com surpresa que o Ministério da Justiça recebeu da Ordem dos Advogados a informação de que decidiu adiar até à posse do novo Bastonário (8 de maio) o início dos trabalhos de adaptação da plataforma informática”, explicou o gabinete de Rita Júdice ao ECO/Advocatus.

Em causa o comunicado divulgado pela (ainda) bastonária da Ordem dos Advogados (OA), Fernanda de Almeida Pinheiro. “Com vista a evitar a realização de alterações das plataformas que venham depois a ser revogadas por parte dos novos decisores (o senhor bastonário eleito, a título de exemplo até já afirmou publicamente que pretende renegociar a tabela que foi aprovada com o Governo), informamos que enviámos uma carta à senhora Ministra da Justiça, sugerindo que os trabalhos de adaptação das plataformas informáticas sejam adiados, até que quer o Ministério da Justiça quer o Bastonário e Conselho Geral da Ordem dos Advogados devidamente empossados e em funções assim o decidam”, segundo comunicado publicado no site da Ordem dos Advogados.

Mas o Governo recusou. “Durante os trabalhos de revisão da Tabela de Honorários dos Advogados Oficiosos, a Ordem dos Advogados informou o grupo de trabalho que precisaria de adaptar os sistemas informáticos à nova tabela e respetivas regras, pedindo que a Portaria não entrasse em vigor antes de decorridos seis meses da sua publicação (a 3 de fevereiro de 2025). Esse foi o período considerado adequado e suficiente para fazer as alterações necessárias. O pedido foi aceite”, alertou o Ministério da Justiça. “O Ministério espera que essa opção tomada pela OA não venha a pôr em causa o início da vigência da nova tabela na data programada, sendo certo que também o IGFEJ precisará de compatibilizar sistemas, após a alteração feira pela OA”.

A portaria entraria em vigor a 2 de agosto, seis meses depois da sua publicação (em fevereiro de 2025). A intenção da ainda bastonária surge três semanas antes do fim do seu mandato. O novo bastonário eleito, João Massano, toma posse a 8 de maio.

Ao ECO/Advocatus, o bastonário eleito, João Massano, defende que é “inadequado” o comunicado emitido pela atual bastonária. “Em fim de mandato, qualquer comunicação ao poder político nesta fase revela-se desajustada em face do resultado eleitoral. Qualquer tomada de posição sobre a portaria deve ser realizada pelo Conselho Geral eleito, após a sua tomada de posse, em conformidade com o programa sufragado pelos Advogados”.

A nova portaria prevê que a intervenção presencial ou remota por parte dos advogados oficiosos, quando autorizada por juiz ou Ministério Público, em diligências ou audiências, é paga a 22 euros por cada hora, desde o seu início efetivo até à hora declarada de encerramento, suspensão, adiamento ou interrupção.

A mesma define que os advogados oficiosos vão passar a ser pagos em função da complexidade e do tempo que se gasta com cada processo, a poder fazer mais atos nos tribunais – incluindo em casos de mediação, arbitragem e em conservatórias – a consulta jurídica passa a ter o valor de 48 euros e estes advogados serão pagos, no imediato, em caso de substituição de mandatário, evitando atrasos e problemas de partilha de honorários entre os advogados nomeados. A unidade de referência que permite o cálculo desses honorários também muda: passa de 25,5 euros para 28 euros.

O defensor oficioso é o advogado pago pelo Estado para quem não tenha condições económicas para o fazer. Aquando do despacho de acusação, é obrigatoriamente nomeado um defensor, se o arguido não tiver constituído nenhum.

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Participada espanhola da Mota desfaz-se de contrato tóxico na Argélia e dispara em bolsa

A Duro Felguera alcançou um acordo para a resolução amigável do projeto Djelfa na Argélia. Empresa vai ceder o contrato à chinesa China Power. Ações disparam 17%.

A Duro Felguera, a participada espanhola da Mota-Engil, deu mais um passo para resolver a difícil situação financeira em que se encontra. Depois de ter ganhado mais três meses para negociar com os seus credores a reestruturação do grupo, a empresa das Astúrias, chegou a acordo com a empresa estatal argelina Sonelgaz para se libertar do contrato para a fábrica de ciclo combinado de Djelfa, a sul de Argel, capital argelina, através da sua transferência para a China Power. Ações disparam 17% em bolsa.

A empresa assinou um memorando “para a rescisão amigável do contrato, que inclui a sua transferência para um grupo de empresas liderado pela China Power Engineering & Consulting Group e a resolução final e amigável de todas as disputas e litígios existentes“, adianta a Duro Felguera em comunicado enviado ao regulador espanhol CNMV.

O comunicado refere ainda que a companhia dispõe agora de um mês para “finalizar os termos finais do acordo entre todas as partes e efetivamente executar a transferência do contrato, resolver as reivindicações mútuas entre Duro Felguera e Sonelgaz e concluir as disputas de arbitragem existentes entre elas”.

A realização deste acordo é uma vitória para a Duro Felguera, que enfrentava um litígio com a empresa estatal argelina, que tinha apresentado junto da Câmara de Comércio e Indústria da Argélia um pedido de arbitragem no qual reclamava o pagamento de 413 milhões de euros à empresa espanhola.

Com a transferência do contrato, que foi adjudicado à Duro Felguera em 2014, poderá garantir-se a finalização da construção da central elétrica e, por outro lado, libertar a empresa do litígio com a Sonelgaz.

Foi precisamente o processo de arbitragem colocado pela empresa argelina que precipitou a Duro Felguera a entrar com um pedido de processo de proteção contra credores no passado dia 11 de dezembro, levando a empresa a reexpressar os seus resultados financeiros desde 2022 e a fazer uma provisão no valor de 100 milhões de euros relacionada com o projeto Djelfa.

A portuguesa Mota-Engil, através da sua participada mexicana, e o grupo mexicano Prodi completaram no final de 2023 a injeção de 90 milhões de euros na Duro Felguera, o primeiro passo para a entrada como novos acionistas da cotada espanhola que, em 2021, recebeu um apoio público temporário no valor de 120 milhões de euros. Depois dos primeiros 30 milhões em outubro, desembolsaram em dezembro a segunda tranche de 60 milhões de euros.

O CFO da construtora portuguesa adiantou ao ECO, no passado mês de novembro, que “o tema da Duro Felguera” nasceu “como um braço capaz para o desenvolvimento de grandes investimentos que vai haver na reindustrialização, mas é importante perceber que a Mota-Engil esteve envolvida como parceiro industrial, mas posicionou-se sempre com um ticket de capital muito, muito exíguo, abaixo dos 13%, nos 12,5%”, esclareceu José Carlos Nogueira.

As ações da Duro Felguera já chegaram a disparar cerca de 17%, mas aliviaram entretanto parte dos ganhos e seguem agora a subir 11,2% para 29,75 cêntimos.

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Eversheds Sutherland reforça a equipa de Direito Societário, Fusões e Aquisições

Com experiência na área do Private Equity e Venture Capital, Joana Pinhal junta-se à equipa como Associada Sénior.

A Eversheds Sutherland anuncia a contratação de Joana Pinhal, para a equipa de Direito Societário, Fusões e Aquisições.

Com experiência na área do Private Equity e Venture Capital, Joana Pinhal junta-se à equipa como Associada Sénior.

“A Eversheds Sutherland continua a investir no fortalecimento da sua equipa, apostando na captação de profissionais de excelência. Esta estratégia reflete o compromisso em oferecer soluções jurídicas inovadoras e alinhadas com as dinâmicas do mercado empresarial, garantindo um serviço de referência”, segundo comunicado do escritório.

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Sonae, EDP e Galp entre as empresas mais dinâmicas na promoção do empreendedorismo

O "Corporate Startup Activity Index 2025", da Startup Blink, analisou 372 empresas de 48 países, para medir o envolvimento, o sucesso e a integração no ecossistema das startups apoiadas.

três empresas nacionais entre as mais dinâmicas da promoção do ecossistema empreendedor a nível mundial. No 78.º lugar, a Sonae é a primeira companhia nacional a surgir no ranking Corporate Startup Activity Index 2025 elaborado pela Startup Blink. Seguem-se a EDP e a Galp.

O estudo analisou 372 empresas de 48 países para medir o envolvimento, o sucesso e a integração no ecossistema das startups apoiadas. O ranking é liderado globalmente pela Salesforce (pontuação de 380.090), seguida da Intel (325.626) e da Google que, com uma pontuação de 260.993 fecha o top 3. A Sonae é a empresa portuguesa mais bem posicionada.

“Corporate Startup Activity Index 2025”, da Startup Blink. Empresas no ranking em Portugal.

O grupo que detém o Continente ocupa a 78.ª posição, tendo alcançado uma pontuação de 10.392. “Este reconhecimento reflete o compromisso contínuo da Sonae com a inovação e com a dinamização do ecossistema empreendedor. Acreditamos que o sucesso se constrói através de parcerias, programas de aceleração e investimentos que fomentem o crescimento de novas empresas e soluções disruptivas”, diz Teresa Oliveira, diretora de digital da Sonae, citada em comunicado.

Através do seu braço de capital de risco Bright Pixel, o grupo nortenho liderado por Cláudia Azevedo tem vindo a fazer vários investimentos em startups nacionais e internacionais.

Duas outras empresas nacionais estão igualmente listadas neste ranking. Depois da Sonae, a EDP é a segunda mais bem posicionada — no 138.º lugar e uma pontuação de 5.751 —, seguida da Galp. A petrolífera ocupa a 368ª posição, com uma pontuação de 1.175 no ranking global.

Numa análise setorial, na categoria petróleo, gás e mineração, as duas companhias portuguesas do setor de energia surgem no top 20 das companhias mais dinamizadoras do ecossistema. Num ranking liderado pela norueguesa Equinor, a EDP surge no 8.º lugar e a Galp na 16.ª posição.

“Corporate Startup Activity Index 2025”, da Startup Blink. Categoria Petróleo, Gás e Mineração.

 

Na categoria energia & ambiente, a EDP volta a marcar presença no Top 20, surgindo a meio da tabela do ranking liderado de novo pela norueguesa Equinor.

“Corporate Startup Activity Index 2025”, da Startup Blink. Categoria Energia & Ambiente.

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Marcelo promulga diploma do Mecanismo Nacional Anticorrupção, mas com reservas e “dúvidas”

Em fevereiro, o Governo aprovou o diploma para a prevenção da corrupção que prevê que o MENAC passa a ter um conselho de administração com três elementos e um quadro de pessoal próprio.

Marcelo Rebelo de Sousa promulgou o diploma que altera o Mecanismo Nacional Anticorrupção e estabelece o regime geral de prevenção da corrupção — a grande aposta da ministra da Justiça, Rita Júdice — mas com reservas por considerar que este órgão continua “demasiado governamentalizado”.

O Presidente decidiu promulgar o diploma, “apesar das dúvidas que ainda suscita, e, sobretudo do vício original de se tratar de Mecanismo demasiado governamentalizado”. A justificação deve-se “ao recuo do Governo no regime da liderança do referido Mecanismo, à necessidade de não adiar um sinal, mesmo insuficiente, no domínio do combate à corrupção e ao facto de o diploma só entrar em vigor depois das eleições parlamentares”, explica a nota divulgada no site da Presidência da República.

“Com a promulgação do diploma que reestrutura o MENAC, o Governo considera que foi dado mais um passo no reforço da autonomia, independência e eficácia desta entidade. O diploma, que entrará em vigor dentro de um mês, vem dar mais meios, mais estabilidade e uma arquitetura institucional adequada ao MENAC. A criação de um Conselho de Administração e a constituição de um quadro de pessoal próprio reforçam o seu peso institucional. Em simultâneo, o diploma gera maior escrutínio sobre a atuação do MENAC ao determinar o envio obrigatório de relatório de atividades à Assembleia da República”, explica o gabinete de Rita Júdice.

Em fevereiro, o Governo aprovou o diploma para a prevenção da corrupção que prevê que o MENAC passe a ter um conselho de administração com três elementos e um quadro de pessoal próprio.

O Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) é uma entidade administrativa independente, criada em 2021 pelo Governo socialista e que tem por missão a promoção da transparência e da integridade na ação pública e de fiscalização das políticas de prevenção da corrupção e crimes económicos conexos (como lavagem de dinheiro, peculato, abuso de poder, entre outros).

Assim, a direção do MENAC passa a ser assegurada por um órgão colegial (um conselho de administração com três elementos, sendo um deles o presidente) que recebe as competências atualmente exercidas exclusivamente por um presidente. O CA recebe também as competências relativas à gestão interna, administrativa e de recursos humanos, financeira e patrimonial. Os membros do conselho de administração do MENAC são designados por Resolução do Conselho de Ministros, sob proposta do ministro da Justiça, ouvidos o presidente do Tribunal de Contas e o Procurador-Geral da República.

O mandato dos membros do CA tem a duração de quatro anos, renovável por igual período, bem como os do conselho consultivo, do secretário-geral (cujo estatuto é clarificado) e do fiscal único (que passa a existir). Os membros do CA só podem ser destituídos pelo Conselho de Ministros, com motivo justificado, após audições ao presidente do Tribunal de Contas e do Procurador-Geral da República. Por outro lado, é alargada a intervenção do conselho consultivo – a composição passa a incluir todos os órgãos de controlo setorial e regional, um representante do presidente do Tribunal de Contas e outro das organizações não governamentais da área da investigação de combate aos fenómenos da corrupção.

Passa a ser obrigatória a comunicação ao MENAC das decisões de arquivamento, de acusação, de pronúncia ou de não pronúncia e das decisões de absolvição ou condenação relativas aos crimes de corrupção (e crimes conexos) conforme anteriormente previsto em relação ao Conselho de Prevenção da Corrupção. Passa também a prever-se o envio à Assembleia da República do relatório anual do MENAC (e não apenas ao Governo).

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Consultora PwC sai da África francófona. Lusofonia mantém-se

Em causa está uma revisão estratégica. A operação portuguesa, que inclui os negócios em Angola, Moçambique e Cabo Verde, não é afetada por esta saída, confirmou ao ECO a empresa.

A consultora PwC está a fazer uma revisão estratégia e decidiu deixar de operar em cerca de uma dezena de países da África francófona, por considerar que a operação nesses países é demasiado pequena, arriscada ou não rentável e para evitar a repetição de escândalos. A operação portuguesa, que inclui os negócios em Angola, Moçambique e Cabo Verde, não é afetada por esta saída, confirmou ao ECO a empresa.

Do lado da operação portuguesa, não há qualquer impacto. Ou seja, continuamos com presença em Cabo Verde, Angola e Moçambique”, adiantou fonte oficial da PwC.

A mudança abrange as empresas PwC na Costa do Marfim, em Gabão, Camarões, República Democrática do Congo (RDC), República do Congo (Congo), Madagáscar, República da Guiné, Senegal e Guiné Equatorial, que compõem o grupo de filiais na África subsaariana francófona.

As nove subsidiárias do grupo de auditoria e consultoria nesta região “separaram-se e deixarão de fazer parte da rede PwC”. “A PwC Network manterá uma forte presença em África e tem planos de continuidade de serviços em vigor para os nossos clientes de outros escritórios da PwC na região, conforme aplicável”, informou a multinacional, num comunicado publicado online.

Em causa estão preocupações com a reputação dentro da Big Four, inclusive que estas empresas não tivessem escala e capacidade para fazer os investimentos necessários em sistemas de compliance (conformidade), de acordo com o jornal Financial Times.

Os líderes globais consideram que a operação nesses países é demasiado pequena, arriscada ou não rentável e pretende evitar a repetição de escândalos em que a empresa esteve envolvida, embora os dirigentes locais lamentem ter perdido mais de um terço dos seus negócios nos últimos anos devido à pressão dos executivos da casa-mãe para pararem de dar resposta clientes de risco.

As negociações para a saída terão começado ainda no ano passado. Poucos meses depois do desmembramento das sedes no Zimbabué, Malawi e Fiji, a separação nesta zona africana materializou-se.

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Excedente externo reduz-se para 788 milhões de euros até fevereiro

Excedente externo da economia portuguesa cai 804 milhões de euros até fevereiro, face a igual período do ano passado. Saldo da balança financeira fixou-se em 62 milhões de euros até fevereiro. 

O excedente externo da economia portuguesa caiu para 788 milhões de euros até fevereiro, menos 804 milhões face ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Esta evolução reflete o aumento, de 749 milhões de euros, do défice da balança de bens, de 281 milhões de euros, do défice da balança de rendimento primário, e de 504 milhões de euros, do excedente da balança de serviços.

Segundo os dados do regulador, enquanto a subida do défice da balança de bens é provocado por um crescimento das importações superior ao das exportações, o aumento do défice da balança de rendimento primário reflete uma menor atribuição de fundos da União Europeia a título de subsídios. Por outro lado, a subida do excedente da balança de serviços é justificada maioritariamente pela evolução do saldo dos serviços técnicos, relacionados com o comércio e outros serviços fornecidos por empresas e das viagens e turismo.

Fonte: Banco de Portugal

Já a capacidade de financiamento da economia portuguesa traduziu-se num saldo da balança financeira de 62 milhões de euros até fevereiro.

“As instituições financeiras não monetárias, exceto sociedades de seguros e fundos de pensões, foram o setor que mais contribuiu para este saldo, nomeadamente através da redução de passivos em capital e em títulos de dívida detidos por não residentes”, explica o Banco de Portugal.

A instituição sublinha ainda que, em sentido contrário, os bancos e o banco central foram os setores com a maior redução de ativos líquidos sobre o exterior, devido, respetivamente, ao aumento de passivos em capital e em depósitos.

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Envelhecimento saudável pode dar 0,4 pontos percentuais a crescimento do PIB mundial

  • Lusa
  • 16 Abril 2025

Estimativas do FMI projetam que o envelhecimento saudável adicione cerca de 0,4 pontos percentuais ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em média, entre 2025 e 2050.

O envelhecimento das populações pressiona a economia, mas medidas desenhadas para incentivar o envelhecimento saudável poderão dar um impulso de 0,4 pontos percentuais, em média, ao crescimento anual da economia mundial, calcula o Fundo Monetário Internacional (FMI).

No capítulo do World Economic Outlook dedicado às implicações do envelhecimento e à economia ‘prateada’, que designa a economia de pessoas com mais de 50 anos, divulgado esta quarta-feira, o FMI destaca a importância de políticas “que apoiem o envelhecimento saudável, aumentem a participação na força de trabalho entre os idosos e eliminem as disparidades de género na força de trabalho”.

“Ao alavancar estratégias relacionadas com essas políticas, os países podem aproveitar o potencial da economia prateada para impulsionar o crescimento e reconstruir reservas orçamentais enquanto se atravessam turbulências demográficas”, argumenta a instituição.

Segundo as estimativas do FMI, projeta-se que o envelhecimento saudável adicione cerca de 0,4 pontos percentuais (p.p.) ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em média, entre 2025 e 2050. Já uma combinação de políticas de oferta de mão-de-obra poderia impulsionar o crescimento anual do PIB global em cerca de 0,6 p.p. nos próximos 25 anos, “compensando quase três quartos da redução causada pela demografia durante esse período”.

“Uma abordagem política multifacetada pode aumentar a oferta de mão-de-obra, impulsionar o crescimento e aliviar as pressões orçamentais com o envelhecimento da população global”, lê-se no documento.

Ainda assim, a instituição alerta que, “embora o envelhecimento saudável compense parcialmente o impacto negativo das adversidades demográficas, o crescimento do PIB global desacelerará significativamente ao longo do século XXI, e muitos países precisarão de esforços consideráveis para estabilizar a relação dívida pública/PIB”.

A gravidade da diminuição no crescimento devido ao envelhecimento populacional varia amplamente entre os países, nota o FMI, sendo que economias avançadas com populações relativamente mais velhas, como o Japão, verão as suas economias encolher.

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Fisco já transferiu 37,9 milhões de euros para os contribuintes em reembolsos de IRS

Meio milhão de declarações já foram liquidadas, das quais 300 mil originaram reembolsos. Destes, 48 mil já foram pagos, no valor de 37,9 milhões de euros, de acordo com o Ministério das Finanças.

Nos primeiros 15 dias da campanha de IRS, deram entrada 1,8 milhões de declarações referentes aos rendimentos do último ano. O balanço foi feito esta quarta-feira pelo Ministério das Finanças, que adianta que, até ao momento, já foram pagos 37,9 milhões de euros aos contribuintes portugueses em reembolsos.

De acordo com os dados enviados pelo gabinete de Joaquim Miranda Sarmento, das 1,8 milhões de declarações já entregues, 524 mil já foram liquidadas pela Autoridade Tributária (AT).

Destas, a maioria (300 mil declarações) originou reembolsos, num montante que “excede os 200 milhões de euros“. As demais (82 mil declarações) resultaram na emissão de notas de cobrança, no valor de 35 milhões de euros, detalha o Ministério das Finanças.

Quanto aos reembolsos, o Governo avança que, até esta terça-feira, já tinha sido dada ordem de pagamento de 183 mil reembolsos (no valor global de 131,5 milhões de euros), dos quais 48 mil já foram efetivamente pagos. Assim, no total, até ao momento, o Fisco já devolveu aos contribuintes 37,9 milhões de euros em IRS, indica o Ministério das Finanças.

O prazo para entregar a Modelo 3 ao Fisco termina a 30 de junho e o não cumprimento dessa obrigação declarativa pode resultar na aplicação de uma coima. Os contribuintes abrangidos pelo IRS automático escapam, porém, a essa penalização. Se nada fizerem até 30 de junho, a proposta provisória passa a definitiva e a obrigação declarativa é dada como cumprida.

Quanto aos contribuintes que têm agora imposto a pagar ao Fisco, importa salientar que têm até 31 de agosto para o fazer. Este ano, vários contribuintes estão a ser “surpreendidos” com notas de cobrança, uma vez que o Governo decidiu aliviar as taxas de retenção na fonte que foram aplicadas aos salários de setembro e outubro para fazer refletir a redução do IRS aprovada no Parlamento.

(Notícia atualizada às 11h31)

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Manie levanta um milhão e vai ajudar a baixar custos de energia em Espanha

Startup que promete ajudar a reduzir custos de energia aponta mira a Espanha. Até ao final do ano quer chegar aos 10 mil clientes neste mercado.

Depois de levantar 100 mil euros no ano passado para ajudar consumidores e empresas a baixar os custos da energia, a startup portuguesa Manie fechou uma ronda de um milhão de euros para entrar em Espanha no verão. Até o final do ano, quer chegar aos 10.000 clientes do outro lado da fronteira.

“A entrada em Espanha está prevista para o período de verão. Estamos já a treinar o nosso modelo com faturas de comercializadoras espanholas e vamos lançar uma campanha para angariação de faturas de clientes em Espanha”, adianta André Pedro, CEO do Manie.

Para já, a internacionalização da startup não passa pela abertura de um escritório. “Numa fase inicial não teremos um escritório físico. No entanto, prevemos a abertura de escritório em Espanha no final de 2025 ou início de 2026″, admite o cofundador.

Para este novo mercado, a startup tem planos claros de crescimento. “Queremos chegar aos primeiros 10.000 clientes em Espanha até ao final do ano. Sendo que em 2025 consideramos que a faturação será ainda residual, tendo a ambição de superar, em 2026, a faturação do mercado português“, aponta o CEO.

Um plano de expansão alimentado pela ronda de um milhão que acaba de levantar. Liderada pela Shilling, a ronda conta com a participação da Bynd e da Heartfelt, capital de risco alemã onde a startup portuguesa tinha levantado o primeiro cheque de 100 mil euros.

Há cerca de um ano, Itália e França eram mercados igualmente na mira. “Os planos de expansão mantêm-se no futuro, com o objetivo de estar em mais países em 2027. No entanto, o nosso objetivo para 2025 e 2026 é crescer no mercado ibérico e consolidar a nossa posição como o maior e melhor gestor de energia da Península Ibérica”, precisa André Pedro.

13.000 já usam a plataforma

Assente em dois produtos, o Switch e o Autoswitch, a plataforma permite aos clientes, sejam particulares ou empresas, alterar online, por sua ação ou de forma automática (com base nas preferências do consumidor), para uma oferta mais em conta, com a promessa de poupanças nos custos de energia.

Desde setembro do ano passado, data de arranque, “mais de 13.000 clientes usam” o serviço de Autoswitch “para deixarem de ter preocupações com a sua energia”, segundo a empresa. No entanto, já mais de 40.000 clientes pouparam diretamente com o Manie“, adianta o cofundador.

A proposta tem tido maior adesão junto de particulares: “A plataforma dirige-se para os dois segmentos [B2C e B2B], no entanto, a predominância é o segmento B2C”, afirma André Pedro.

“As poupanças são, em média, 40% do valor da fatura logo na primeira troca de contrato. Ao olharmos para os valores anualizados, são mais de dez milhões de euros que já poupamos aos nossos clientes. Pela nossa estimativa há cerca de dois mil milhões de euros gasto a mais em eletricidade e gás em Portugal apenas, todos os anos — ainda temos muitos clientes para ajudar e muito dinheiro para poupar”, considera.

André Pedro não adianta valores de faturação, mas, quando questionado sobre a evolução do negócio, garante que tem tido “uma evolução muito positiva, com crescimentos mensais a todos os níveis”.

Instalados no Greenhub da Unicorn Factory Lisboa, a equipa tem vindo a crescer. “Neste momento somos 14 pessoas e já temos mais três pessoas que se juntarão a nós nas próximas semanas. Estamos a finalizar alguns processos de recrutamento e temos vagas abertas para as equipas de Produto, Data, Tecnologia, Equipa de Suporte e Marketing”, diz.

Em Espanha, vamos começar a recrutar nas próximas semanas e vamos procurar inicialmente um country launcher, alguém com uma mentalidade de fundador para nos ajudar a lançar este mercado”, sublinha. Até ao final do ano, está planeado o aumento da equipa para cinco colaboradores em Espanha e 20 em Portugal.

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Diretiva (UE) 2025/1: A nova diretriz de Recuperação e Resolução para o Setor Segurador Europeu

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  • 16 Abril 2025

A Diretiva (UE) 2025/1 visa minimizar impactos económicos em cenários de crise e proteger o interesse coletivo dos titulares de apólices e beneficiários, reforçando a estabilidade do setor segurador.

A recente Diretiva (UE) 2025/1, também conhecida como Insurance Recovery and Resolution Directive (IRRD), que estabelece um regime para a recuperação e a resolução de empresas de seguros e de resseguros, entrou em vigor em janeiro de 2025, com o intuito de reforçar a estabilidade e a resiliência do setor segurador europeu.

A Diretiva introduziu um novo quadro regulatório em matéria de medidas de recuperação e resolução de empresas de seguros e de resseguros. Entre os principais objetivos destacam-se a proteção do interesse coletivo dos titulares de apólices e beneficiários, garantir a estabilidade financeira do setor segurador, e minimizar o impacto negativo de falências no sistema financeiro e na economia. A Diretiva procura garantir que as autoridades de resolução disponham de um conjunto credível de ferramentas para intervir suficientemente cedo e rapidamente quando uma empresa de seguros e de resseguros enfrenta dificuldades financeiras significativas.

A IRRD foi concebida para preservar a confiança no mercado de seguros, assegurando que os direitos dos segurados sejam prioritários e que as perdas sejam minimizadas, mesmo em cenários de crise. Para o efeito, a Diretiva introduz planos de recuperação preventivos que as empresas de seguros devem adotar para restaurar a sua posição financeira em caso de deterioração significativa da mesma.

Espera-se que a implementação da IRRD, a qual deverá ainda ser transposta para a ordem jurídica interna, ocorra de forma gradual, com um período de transição de dois anos após a sua entrada em vigor. Este período permitirá que as empresas de seguros se ajustem às novas exigências e garantam que os seus planos de recuperação e resolução estejam em conformidade com os novos padrões estabelecidos.

Filipa Ventura, Senior Manager EY, Risk & Actuarial, Consulting Financial Services

Planos de Recuperação e Resolução

De acordo com a IRRD, as empresas de seguros que cumpram determinados critérios baseados na sua dimensão, modelo de negócio, perfil de risco, interconectividade e substituibilidade e importância para a economia devem desenvolver planos de recuperação e submetê-los às autoridades competentes de supervisão. Estes planos devem detalhar as medidas que a empresa adotaria para restaurar a sua solvência em caso de dificuldades financeiras significativas.

Para além dos planos de recuperação, a IRRD estabelece que as autoridades competentes de resolução devem elaborar planos de resolução para empresas de seguros para as quais avaliem que a ação de resolução seria do interesse público ou que desempenham funções críticas. O objetivo destes planos passa por garantir uma resolução ordenada em caso de insolvência, com o propósito de evitar impactos negativos para os clientes e minimizar os efeitos na estabilidade financeira do mercado.

Ferramentas de Resolução

A IRRD confere às autoridades de resolução um conjunto de ferramentas para lidar com empresas de seguros em dificuldades financeiras. Entre as ferramentas disponíveis, encontram-se a redução e conversão de passivos, a liquidação ordenada de contratos existentes e a transferência de ativos e passivos para entidades especializadas na gestão de ativos. Estas ferramentas podem ser aplicadas de forma isolada ou em combinação, dependendo da gravidade da situação e do impacto potencial sobre o mercado.

Além disso, a Diretiva também representa um avanço significativo na regulação do setor segurador europeu, ao estabelecer um quadro para a recuperação preventiva e a resolução. O objetivo principal passa por fortalecer a resiliência das empresas de seguros e de resseguros, bem como garantir a proteção dos titulares de apólice e beneficiários, minimizando os impactos negativos em caso de falência e, em última instância, contribuindo para a estabilidade financeira do setor.

A implementação da IRRD exigirá que algumas empresas de seguros efetuem ajustes operacionais para cumprir os novos requisitos relacionados com os planos de recuperação e resolução. Embora a introdução de tais requisitos represente desafios para o setor, particularmente em países sem regimes de recuperação e resolução comparáveis, a Diretiva constitui também uma oportunidade para fortalecer a resiliência do setor segurador europeu.

Filipa Ventura, Senior Manager EY, Risk & Actuarial, Consulting Financial Services

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OpenAI planeia desenvolver a sua própria rede social

  • Lusa
  • 16 Abril 2025

A OpenAI, dona do ChatGPT, estará a trabalhar no desenvolvimento de uma rede social mas ainda não é claro se esta será uma aplicação autónoma ou se será integrada no ChatGPT.

A OpenAI está a avançar com a criação da sua própria rede social, segundo o meio de comunicação norte-americano The Verge, que cita várias fontes familiarizadas com o assunto.

O projeto está nas “fases iniciais” e não é claro se o plano da OpenAI é lançar a rede social como uma aplicação autónoma ou integrá-la no ChatGPT, o seu popular chatbot de inteligência artificial (IA).

Segundo o The Verge, o diretor executivo da empresa, Sam Altman, tem vindo a pedir feedback sobre o projeto a pessoas externas.

A 11 de fevereiro, Elon Musk – que fez parte da equipa inicial da OpenAI e depois deixou a empresa – ofereceu-se para comprar a empresa por 97,4 mil milhões de dólares (86,3 mil milhões de euros).

A tensão entre Elon Musk e Sam Altman é bem conhecida e, se a OpenAI optar por criar a sua própria rede social, a situação será ainda mais preocupante, uma vez que seria mais um rival da rede X, a rede social de que Musk é proprietário e que tem a sua própria IA, sob o nome Grok.

Uma nova rede seria também uma sombra para a Meta (empresa-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp), uma empresa que também está a lutar para se tornar relevante no mundo da IA generativa e que, de acordo com a imprensa especializada, planeia adicionar um “feed social” à sua próxima aplicação autónoma para o seu assistente de IA.

Quando, em fevereiro, a estação norte-americana CNBC disse que a Meta planeava lançar uma aplicação de IA independente num esforço para competir com o ChatGPT da OpenAI, Altman escreveu no X que talvez desenvolvessem uma “rede social”, de acordo com o The Verge.

Como o CEO da empresa, Sam Altman, observou na semana passada, a OpenAI tem 500 milhões de utilizadores ativos semanais. No mês passado o ChatGPT tornou-se a aplicação mais descarregada a nível mundial.

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