Bruxelas promete “punho de ferro” contra tarifas de Trump

A Comissão Europeia condena a proposta de "reciprocidade" de Trump, argumentando contra aumento de tarifas, realça abertura comercial da Europa e alerta para impacto negativo do protecionismo.

A Comissão Europeia emitiu esta sexta-feira uma declaração contundente em resposta à proposta de política comercial “recíproca” do Presidente Trump, classificando-a como “um passo na direção errada”, e que a União Europeia “reagirá com firmeza e imediatamente contra barreiras injustificadas ao comércio livre e justo”, sinalizando uma postura defensiva face a potenciais medidas punitivas dos EUA.

Esta afirmação sugere que a União Europeia está preparada para retaliar se necessário, potencialmente através de contramedidas comerciais, e surge após Donald Trump ter anunciado esta quinta-feira um programa para impor a todos os países a taxa máxima que é cobrada aos EUA em cada produto transacionado, apesar de não ter anunciado uma data para essa medida entrar em vigor nem mais qualquer detalhe.

Em comunicado, a Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, refere que “a União Europeia mantém alguns dos direitos aduaneiros mais baixos do mundo e não vê qualquer justificação para o aumento dos direitos aduaneiros dos EUA sobre as suas exportações.” Esta posição surge num momento de crescente tensão nas relações comerciais transatlânticas, com potenciais implicações significativas para a economia global.

A Comissão Europeia reafirma também o seu compromisso com um “sistema de comércio global aberto e previsível que beneficia todos os parceiros”, advertindo que “as tarifas são impostos”, e que ao impô-las, “os EUA estão a taxar os seus próprios cidadãos, aumentando os custos para as empresas, sufocando o crescimento e alimentando a inflação”.

Um ponto crucial da argumentação da União Europeia é o impacto negativo das tarifas na estabilidade económica global. Segundo a Comissão Europeia, “as tarifas aumentam a incerteza económica e perturbam a eficiência e integração dos mercados globais”. Esta perspetiva reflete a preocupação da União Europeia com as potenciais repercussões de uma escalada nas tensões comerciais, relembrando que o comércio mundial prosperou com regras previsíveis e transparentes, e com direitos aduaneiros baixos.

Durante décadas, a União Europeia trabalhou com parceiros comerciais como os EUA para reduzir os direitos aduaneiros e outras barreiras comerciais em todo o mundo, reforçando esta abertura através de compromissos vinculativos no âmbito do sistema comercial baseado em regras – compromissos que os EUA estão agora a pôr em causa”, lê-se no comunicado.

A União Europeia destaca o seu histórico de abertura económica, afirmando que “mais de 70% das importações entram com tarifa zero”. Esta estatística é apresentada como prova do compromisso europeu com o comércio livre e justo, contrastando com a abordagem mais protecionista proposta pelos EUA.

O comunicado também enfatiza o papel da União Europeia na promoção de acordos comerciais globais, afirmando que o bloco europeu “negociou e concluiu mais de três vezes mais acordos comerciais do que os EUA”. Esta declaração posiciona a União Europeia como um líder global na liberalização do comércio, em contraste com a atual postura americana.

Esta declaração da Comissão Europeia representa uma clara divergência de visões sobre política comercial com os EUA. Enquanto a União Europeia defende a manutenção e expansão de um sistema de comércio global aberto e baseado em regras, a proposta americana de tarifas “recíprocas” é vista como uma ameaça a este sistema.

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Atenção Ajitamers: durante uma semana o nosso ramen preferido da cidade terá uma edição especial

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 14 Fevereiro 2025

Fãs de ramen em geral – e do Ajitama em particular – alegremo-nos: até dia 23 vamos ter direito a noodles encarnados com especiarias picantes. E podemos agradecê-lo ao Dia dos Namorados.

Para quem acredita que o amor precisa de um toque extra de intensidade, o Ajitama Ramen Bistro apresenta uma criação exclusiva que promete transformar esta temporada romântica numa experiência inesquecível. Para celebrar o Dia dos Namorados, o restaurante lança hoje uma edição limitada de noodles encarnados, preparados artesanalmente com especiarias japonesas picantes, garantindo um verdadeiro spice-up para os apaixonados por ramen e por sabores intensos.

Esta inovação traz uma nova dimensão ao icónico Red Tonkotsu, um dos pratos mais aclamados do Ajitama. Com um caldo apurado durante 18 a 20 horas, barriga de porco suculenta, ovo Ajitama e cogumelos kikurage, o Red Tonkotsu já era uma explosão de sabor. Agora, com os noodles encarnados, a experiência torna-se ainda mais memorável, tanto pelo visual impactante como pela intensidade das especiarias.

Com ou sem namorados, esta edição limitada é uma celebração do amor pela boa comida. Seja para aquecer corações ou simplesmente para partilhar uma refeição singular com amigos, a novidade do Ajitama estará disponível entre 14 e 23 de fevereiro, nos restaurantes Ajitama Saldanha (Avenida Duque de Loulé) e Ajitama Chiado (Rua do Alecrim). Como se trata de uma edição exclusiva, há um número limitado de doses por dia – mais um motivo para não adiar esta experiência.

Considerado por muitos como o melhor ramen de Lisboa, o Ajitama reforça com esta iniciativa a sua dedicação à autenticidade e à inovação na cozinha japonesa. Um convite irresistível para quem quer transformar uma simples refeição numa experiência memorável – e, claro, picante.

Ajitama Saldanha
Avenida Duque de Loulé, 36, Lisboa
Tlm.: 96 776 1997
Todos os dias, 12h-00h

Ajitama Chiado
Rua do Alecrim, 47 A, Lisboa
Tlm.: 96 526 8635
Todos os dias, 12h30-00h

 

 

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O que vai mudar nos sorteios eletrónicos de processos?

O diploma deixa de exigir a presença física de um juiz e de um procurador e passa a obrigar apenas a presença de um oficial de Justiça.Veja as alterações às regras do sorteio eletrónico dos processos.

Na quinta-feira, o Governo aprovou em Conselho de Ministros novas regras para a distribuição eletrónica de processos judiciais, que é feita nos tribunais. Desde logo, o diploma deixa de exigir a presença física de um juiz e de um magistrado do Ministério Público e passa a obrigar apenas a presença de um oficial de Justiça.

“Uma medida que une advogados, juízes, procuradores, funcionários judiciais: a distribuição de processos judiciais, que é feita eletronicamente, deixa de exigir a presença física de todos os intervenientes. E, simultaneamente, cria regras de maior transparência e escrutínio das operações da distribuição. É uma medida que, por si só, vai tornar mais eficiente o procedimento, eliminando a prática de atos inúteis que têm causado entropias no funcionamento diário dos tribunais”, disse a ministra, no briefing aos jornalistas após a reunião.

As leis que alteram as regras de distribuição processual foram aprovadas pelo parlamento em 2021 – ainda no Governo socialista de António Costa – e esperaram mais de um ano pela portaria que as regulamenta, que foi publicada em Diário da República no final de março de 2023 e entrou em vigor em maio do mesmo ano.

As preocupações manifestadas ao longo destes quase quatro anos pela magistratura judicial e pelo Ministério Público prendem-se com a nova obrigação de “reunir diariamente, em todos os locais onde ocorre distribuição, um conjunto de operadores da justiça para assistir ao ato da distribuição, que até aqui dispensava, na maioria dos casos, qualquer intervenção humana, e elaborar uma ata à qual é anexado o resultado da distribuição”, conforme determinava a portaria que deixará de estar em vigor.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, acompanhado pela a ministra da Justiça, Rita Júdice. ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

O que é a distribuição dos processos?

A distribuição dos processos judiciais é a atribuição dos processos aos magistrados. “A distribuição deve assegurar condições de igualdade e aleatoriedade, essenciais para garantir a transparência e a imparcialidade, o cumprimento do princípio constitucional do ‘juiz natural’ e, acima de tudo, merecer a confiança dos cidadãos”, diz o gabinete de Rita Alarcão Júdice.

As regras da distribuição foram alteradas recentemente, em 2021. Como?

A legislação de 2021 e a respetiva regulamentação por portaria (que só acontece em 2023) alteraram as regras de distribuição eletrónica de processos. Foram introduzidos novos mecanismos de controlo, como a exigência da presença física de diversos atores judiciais (juízes e magistrados do Ministério Público). Criou ainda mudanças no ato da distribuição e a publicitação dos resultados da distribuição e dos algoritmos. Nessa regulamentação, feita por Portaria, de 2023 ainda no mandato de Catarina sarmento e Castro, ficou estabelecido que, após seis meses a contar da disponibilização das funcionalidades, o regime seria objeto de avaliação por uma entidade independente. Essa avaliação foi feita e apresentada ao Ministério da Justiça pelo Observatório Permanente da Justiça do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Esta é uma medida consensual?

Há um consenso generalizado sobre a urgência da revisão desta portaria de 2023, tornado público numa posição conjunta da Ordem dos Advogados, Associação Sindical dos Juízes Portugueses, Sindicato dos Funcionários Judiciais e Sindicato
dos Magistrados do Ministério Público. Porém, esta alteração exige a alteração prévia do Código de Processo Civil .

Quais foram as conclusões dessa avaliação?

O Observatório concluiu que as novas práticas prejudicaram a eficiência da distribuição dos vários processos pelos vários juízes e que “se revelava necessário melhorar a transparência”, avançou o gabinete de Rita Júdice. Esta avaliação culminou na apresentação de um conjunto de recomendações, protegendo sempre “a garantia de transparência e o pleno desempenho funcional dos tribunais”. O Governo optou por acompanhar as recomendações apresentadas.

Houve audições a entidades interessadas?

Sem prejuízo de “terem sido recebidos contributos de várias entidades, que foram analisados e tidos em conta”, garante o MJ, “atenta a urgência na aprovação do diploma que, por se tratar de uma proposta de lei, será enviado para a Assembleia da República para discussão e aprovação, optámos por relegar para o momento anterior à sua aprovação final as audições às entidades interessadas”. Que são o Conselho Superior da Magistratura, Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, PGR, Conselho Superior do Ministério Público, Conselho dos Oficiais de Justiça, Ordem dos Advogados, Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução, Associação Sindical dos Juízes Portugueses, Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Sindicato dos Funcionários Judiciais e Sindicato dos Oficiais de Justiça.

Quais são as soluções que o Governo apresenta?

  • Eliminação do atual mecanismo presencial de controlo das operações de distribuição: a distribuição é realizada pelos meios eletrónicos sem a necessidade de assistência por qualquer interveniente que não seja o oficial de justiça. Até agora a lei exigia também a presença de um magistrado judicial e de um magistrado do Ministério Público.
  • Recuperação da figura do juiz de turno à distribuição que decide as dúvidas do funcionário relativas à operação
    eletrónica da distribuição e assegura o controlo dos atos manuais (que são a exceção) e respetivas razões.
  • O juiz de turno à distribuição é designado pelo presidente do tribunal, em regime de rotatividade nos tribunais onde haja mais de um juiz;
  • As operações de distribuição são obrigatoriamente documentadas por escrito, elaborado imediatamente após a conclusão da distribuição, com descrição pormenorizada da mesma;
  • O procedimento deve ser o mais automático possível, para evitar qualquer interferência que ponha em causa a transparência e imparcialidade e privilegia-se a aleatoriedade e evita-se a intervenção manual;
  • As partes dos processos e os seus advogados têm acesso ao auto das operações de distribuição, podendo, a todo o tempo, requerer certidão.
  • Nos casos em que haja atribuição de um processo a um juiz, deve ficar explicitado nas páginas informáticas de acesso público do Ministério da Justiça e dos tribunais, que houve essa atribuição e os fundamentos legais, bem como o acesso eletrónico ao auto e respetivos anexos;
  • Terminada a distribuição, procede-se à publicação do resultado por meio de pauta disponibilizada automaticamente e por
    meios eletrónicos nas páginas informáticas de acesso público do Ministério da Justiça e dos tribunais.

Quatro diplomas aprovados com o objetivo de acelerar a Justiça

“Não hesito ao dizer que é assim que se faz a Reforma da Justiça … com medidas como as que hoje aprovamos, que se juntam a outras já aprovadas e em execução, e às quais se juntarão as que estão a ser estudadas, ponderadas e preparadas. Em matéria de reforma da Justiça, o Governo está a fazer a sua parte. Esperamos que cada um faça a sua”, disse ainda a titular da pasta da Justiça.

O Conselho de Ministros aprovou, no total, quatro diplomas “que muito me honra apresentar: um diploma vem repor a prevenção da corrupção nas autarquias locais ao disponibilizar os meios necessários para revigorar a atuação das entidades que herdaram essas competências”, referiu a ministra Rita Alarcão Júdice. “Este é um dia bom para a Justiça”.

No que toca ao Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC), entidade criada em 2021 para promover a transparência e a integridade da ação pública e a garantia de políticas de prevenção da corrupção e de infrações conexas, o Governo vai criar um Conselho de Administração, alterando a gestão assente num órgão unipessoal. “Detetamos uma ineficiência no funcionamento do MENAC e por isso o PGR e TdC deixarão de escolher. Mas serão ouvidos com toda a certeza”, disse a ministra.

Uma das principais mudanças é a orgânica da agência, que vai contar com um conselho de administração composto por três elementos, sendo que um deles irá presidir à instituição. Os mandatos dos administradores terão a duração de quatro anos e serão renováveis por igual período. Assim sendo, os mandatos em curso no MENAC findam automaticamente.

O Governo decidiu ainda ampliar o universo de concorrentes ao concurso de acesso ao Supremo Tribunal de Justiça, viabilizando-o a magistrados mais jovens.”Esta regra vai propiciar maior estabilidade no corpo de juízes do STJ, ao contrariar a excessiva
e indesejada rotatividade dos magistrados”, diz o comunicado do Conselho de Ministros.

Assim, os juízes desembargadores dos Tribunais da Relação que se encontrem no terço superior da lista de antiguidade à data da abertura do concurso e que não renunciem à promoção, em vez do critério atualmente em vigor, que tem por referência o quarto superior da referida lista. Mais: “com o objetivo de melhorar a celeridade processual.

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PSD propõe alerta automático a políticos sobre consultas ao seu património

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2025

No rescaldo da polémica com o ex-secretário de Estado Hernâni Dias, o partido do Governo propõe que os políticos e sejam informados da identidade de quem consultou a sua declaração de rendimentos.

O PSD quer que os políticos e responsáveis por altos cargos públicos possam permitir ou não que a Entidade para a Transparência (EpT) confirme diretamente com o Fisco, a Segurança Social e o Banco de Portugal a informação sobre rendimentos, ativos e passivos que incluam na sua declaração de património. Mais: pretende instituir um sistema de alerta automático que informe o titular dos dados da identidade de quem consultou qualquer elemento da sua declaração, avança esta sexta-feira o Público.

O partido quer introduzir estas alterações ao regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, alegando ser necessário fazer “ajustamentos e melhorias” a uma lei revista pela última vez em 2019. Ao jornal, o deputado social-democrata Hugo Carneiro diz que os políticos já têm de “preencher um absurdo de dados que são do conhecimento estatal” e recusa que haja qualquer “desresponsabilização” do titular do cargo.

No entanto, segundo dois especialistas ouvidos pelo Público, estas alterações propostas ao regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos representam um passo atrás na transparência. Estas alterações são propostas no rescaldo da polémica com o ex-secretário de Estado Hernâni Dias e a falta de declaração da sua quota em duas empresas do setor imobiliário, que acabou por conduzir à sua demissão.

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Relive de ex-Forall Phones levanta 5,3 milhões para expandir nos EUA

Reforçar a equipa e expandir a operação nos Estados Unidos está entre os objetivos desta nova injeção de capital na startup que atua no setor da mediação imobiliária.

A Relive, startup que apoia consultores imobiliários na compra e venda de imóveis, fechou uma ronda de 5,3 milhões de euros. Com esta injeção de capital a startup, fundada por José Costa Rodrigues, pretende expandir a operação nos Estados Unidos e reforçar equipa.

“Nas startups há muita tendência em falar em quantidade quando se devia falar mais em qualidade. Por isso é que, a meu ver, há tantas startups que angariam fundos e de repente queimam todo o capital. Contratam demasiado depressa, gastam demasiado depressa. A Relive é diferente. O objetivo é sempre crescer muito rápido, mas desde o início que soubemos que para sermos viáveis, teríamos de ser sustentáveis. Em 2024 a empresa faturou quatro milhões de dólares e obteve rentabilidade positiva“, diz José Costa Rodrigues, fundador e CEO, ao ECO, quando questionado sobre o reforço da equipa previsto com esta nova entrada de capital.

Com esta nova entrada de fundos e expansão do negócio prevemos nos próximos 12 meses aumentar a equipa para 15 colaboradores a tempo inteiro, entre Portugal e EUA, e chegar a 500 consultores imobiliários na nossa plataforma.

José Costa Rodrigues

Fundador e CEO da Relive

Em 2024, no total éramos apenas sete colaboradores a tempo inteiro a servir cerca de 100 consultores imobiliários na nossa plataforma, em Portugal e nos EUA, mais concretamente nas cidades de Austin, Houston e Dallas, no Texas”, precisa o empreendedor que, anos antes, tinha lançado em Portugal a Forall Phones, empresa de telefones recondicionados.

“Com esta nova entrada de fundos e expansão do negócio prevemos nos próximos 12 meses aumentar a equipa para 15 colaboradores a tempo inteiro, entre Portugal e EUA, e chegar a 500 consultores imobiliários na nossa plataforma”, refere ainda o empreendedor que, em 2021, fundou a empresa com Sérgio Ferrás e Henrique Brás.

Liderada pela Indico Capital, com a participação da Shilling e Bynd, a ronda tem ainda como objetivo a expansão da plataforma do Texas, onde iniciaram funções, para outros estados americanos, entre os quais, a Florida, Colorado e Geórgia.

“É essencial continuar a desenvolver esta plataforma colaborativa que facilita a procura de habitação usando as redes sociais, pelas gerações mais jovens. É com orgulho que apoiamos a Relive, num investimento crucial para uma expansão bem-sucedida, ajudando a impulsionar a inovação e a tecnologia num setor em constante evolução”, diz Stephan de Moraes, managing partner da Indico Capital Partners, citado em comunicado.

Com esta ronda eleva-se para mais de seis milhões de dólares o capital já levantado pela empresa. “No ano de lançamento da empresa, 2021, provámos ter criado uma plataforma diferenciadora em Portugal — e alcançado breakeven — por isso conseguindo angariar um milhão de dólares em janeiro de 2022 de forma a expandirmos para os EUA. Com esta nova ronda de 5,5 milhões de dólares, teremos angariado um total de 6,5 milhões de dólares”, precisa o gestor.

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Mercadona vai abrir mais uma dezena de lojas em Portugal. Veja as localizações

Retalhista espanhola vai inaugurar este ano os dois primeiros supermercados em Lisboa e o quarto no Porto. Com 7.000 trabalhadores em Portugal, já abriu as primeiras vagas de emprego para a expansão.

Loures (Santa Iria de Azóia e Frielas), Penafiel (Milhundos), Fafe, Leiria (Vale Sepal), Matosinhos (São Gens), Palmela, Lisboa (Santa Clara e Quinta do Lambert, Lumiar) e Porto (Amial). Estas são as localizações em que a Mercadona vai abrir novos supermercados em 2025, chegando ao final deste ano com uma rede de 70 espaços espalhados por 12 distritos do território nacional.

O plano divulgado esta sexta-feira confirma a informação adiantada pelo ECO que a retalhista espanhola vai chegar nos próximos meses à cidade de Lisboa e logo com duas aberturas. Um dos projetos, já em construção num terreno com 5.000 metros quadrados na rua Hermínio da Palma Inácio, na freguesia de Santa Clara (Alta de Lisboa), inclui uma área de escritórios para albergar a equipa com cerca de 100 pessoas que tem na capital em funções como recursos humanos, logística e obras.

Para dar resposta ao plano de expansão para 2025 já se encontra a recrutar para diversas funções, tendo atualmente vagas abertas sobretudo para operadores de supermercado, auxiliares de manutenção e operadores de armazém. Em janeiro, a empresa aplicou aumentos de 8,5% a todos os trabalhadores, fixando o salário de entrada em 14.963,90 euros brutos anuais (23 % acima do salário mínimo nacional).

Com perto de 7.000 funcionários em Portugal, dos quais 1.700 foram contratados em 2024, ao fim dos primeiros cinco anos de operação tem a funcionar 60 lojas e dois blocos logísticos (Póvoa de Varzim e Almeirim). Foi a 2 de julho de 2019, em Vila Nova de Gaia, que a empresa sediada em Valência e liderada por Juan Roig abriu o primeiro supermercado em Portugal, que é a primeira experiência de internacionalização da empresa que lidera o retalho alimentar em Espanha.

É também na margem sul do Douro que a Mercadona tem a sede da operação portuguesa, onde a retalhista instalou um hub de desenvolvimento de software. Esta nova estrutura foi integrada na Mercadona IT, responsável pela digitalização da empresa de Valência e que conta com mais de 1.000 profissionais.

Em 2023, o último ano para o qual já revelou resultados, a cadeia de supermercados Mercadona faturou um total de 35.527 milhões de euros, dos quais 1.403 milhões de euros em território português, onde quase duplicou (+90%) as vendas face ao ano anterior e “pela primeira vez não [perdeu] dinheiro”, como assinalou a administração. Reclama ainda ter mil fornecedores portugueses aos quais diz já ter comprado, desde 2019, mais de 3.000 milhões de euros.

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Hoje nas notícias: Património dos políticos, Parpública e Shein

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Novobanco deverá ficar em Lisboa. E o PSD quer que os políticos saibam quando alguém consulta o seu património. Estes são dois dos temas em destaque nas manchetes dos jornais esta sexta-feira.

PSD quer alerta automático para políticos saberem quem consulta o seu património

O PSD quer que os políticos e responsáveis por altos cargos públicos possam permitir ou não que a Entidade para a Transparência (EpT) confirme diretamente com o Fisco, a Segurança Social e o Banco de Portugal a informação sobre rendimentos, ativos e passivos que incluam na sua declaração de património. Mais: o partido do Governo quer que exista um sistema de alerta automático, obrigatório, que informe o titular dos dados de quem consultou qualquer elemento da sua declaração. Segundo dois especialistas ouvidos pelo Público, estas alterações propostas ao regime do exercício de funções por titulares de cargos políticos e altos cargos públicos representam um passo atrás na transparência.

Leia aqui a notícia completa no Público (acesso pago).

Parpública contrata escritório de advogados por 3.000 euros para escrever atas

A empresa pública que gere as participações do Estado contratou o escritório de advogados Sérvulo & Associados para redigir as atas da Comissão Executiva uma vez por semana e do Conselho de Administração uma vez por mês. O serviço está a ser prestado desde setembro, a troco de uma avença mensal de perto de 3.000 euros, e foi uma das primeiras decisões da nova administração liderada por Joaquim Cadete, em funções desde o início de setembro. É, contudo, a primeira vez que a Parpública recorre a serviços externos de assessoria jurídica, numa tarefa que sempre coube a juristas da casa. Só por uma questão de falta de confiança nos quadros internos ou da sua inexistência se contrata este género de serviço externamente, disse uma fonte ao Expresso.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Novobanco escolhe Lisboa para o IPO

Se a Oferta Pública Inicial (IPO) do Novobanco verdadeiramente acontecer, será concretizada na bolsa de Lisboa. Está colocada de parte, pelo menos para já, a hipótese de a operação ser realizada noutra praça financeira, ou mesmo um dual listing, noticia o Jornal de Negócios. O Novobanco pode, assim, vir a ser a sexta maior cotada do PSI. Na quinta-feira, soube-se que a Lone Star deu “instrução formal” para avançar com o IPO. O CEO, Mark Bourke, disse aos trabalhadores que, se as condições de mercado o permitirem, a operação pode ser realizada no final do segundo ou no final do terceiro trimestre.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Números do Governo sobre utentes sem médico de família continuam a não bater certo

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse esta quarta-feira, no Parlamento, que existirão 1.686.920 portugueses sem acesso a médico de família. Mas agora, à Renascença, fonte oficial do Ministério da Saúde diz tratarem-se de 1.708.651, quase 22 mil a mais do que na versão da governante. O Governo garante que “não existe comunicação errada” e remeteu mais esclarecimentos para esta sexta-feira.

Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre).

Setor têxtil prepara “grande ação” sobre importações da China

O Citeve – Centro Tecnológico do Têxtil e Vestuário está a realizar testes laboratoriais para avaliar os materiais de que são compostas peças adquiridas em plataformas chinesas, como a Shein. O diretor-geral, António Braz Costa, confirma ao Expresso que “está em preparação uma grande ação”, com o objetivo de detetar falta de qualidade, mas também riscos para a saúde dos consumidores, e pressionar a Comissão Europeia a agir. Uma das pessoas que adquiriu produtos na Shein para enviar para o Citeve foi o antigo secretário de Estado da Economia, João Neves, que encomendou vestidos, blusas e um sobretudo. Entre as promotoras desta iniciativa estão associações como a ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

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Os peritos apelam a uma estratégia que considere o investimento na saúde como uma alavanca para o progresso social e económico

  • Servimedia
  • 14 Fevereiro 2025

Representantes das esferas política, de saúde, institucional e empresarial reuniram-se na conferência “Cuidados de Saúde 2050: Para uma Estratégia a Longo Prazo”, para debater os cuidados de sáude.

O evento, organizado pela AstraZeneca, destacou a necessidade de promover um sistema de saúde moderno, competitivo e sustentável, preparado para enfrentar os desafios do futuro, como o envelhecimento da população, a digitalização e a ameaça de potenciais pandemias.

O Secretário de Estado da Saúde, Javier Padilla, sublinhou que “quando falamos de investimento na saúde, queremos dizer que todos os recursos afetados a esta área devem estar centrados na geração de um benefício que se projeta para o futuro e para os outros”. “É por isso que a utilização do termo investimento em vez de despesa tem um significado especial, uma vez que implica uma visão a longo prazo orientada para o bem-estar coletivo”, afirmou.

Uma abordagem que se alinha com as reflexões do relatório Draghi e da Estratégia da Indústria Farmacêutica 2024-2028, que destacam que o setor farmacêutico é essencial não só para a saúde e qualidade de vida das pessoas, mas também como motor das economias mais importantes do mundo.

De acordo com o relatório “O Valor dos Medicamentos numa Perspetiva Social”, elaborado pela Fundação Weber e pela Farmaindustria, 73% do aumento da esperança de vida pode ser atribuído à chegada de novos medicamentos.

Com uma esperança de vida de 84 anos, a Espanha é um dos países mais longevos e com maior qualidade de vida do mundo, um feito possível graças a um sistema de previdência social robusto e a um ecossistema de inovação no domínio da saúde.

Por seu lado, a Diretora de Assuntos Corporativos e Acesso ao Mercado da AstraZeneca, Marta Moreno, explicou que “a sustentabilidade do sistema de saúde exige a promoção de um ambiente competitivo em que o investimento na inovação seja visto como uma alavanca para o progresso social e económico”.

“Temos de evoluir para um modelo baseado na prevenção e no bem-estar, em vez de um modelo centrado exclusivamente no tratamento de doenças. Na AstraZeneca, estamos empenhados em continuar a ser uma parte ativa desta transformação, promovendo a colaboração público-privada para reforçar a liderança científica de Espanha, acelerar a chegada de tratamentos que mudam a vida e desenvolver fórmulas que garantam um acesso equitativo”, afirmou.

Durante o debate, foram discutidas políticas e modelos de financiamento inovadores, como as parcerias público-privadas, os mecanismos de incentivo ou o pagamento por resultados, que visam facilitar o acesso a tratamentos avançados e otimizar a atribuição de recursos.

Foram também explorados exemplos inspiradores de outros setores, como o setor automóvel e o setor da energia, e casos de outros países, como a Suécia e a Dinamarca, cujo investimento na saúde per capita é dos mais elevados da Europa.

Raquel Yotti, comissária do Perte de Saúde de Vanguarda do Ministério da Ciência, Inovação e Universidades, afirmou que “o Perte é uma grande estratégia nacional promovida pelo governo espanhol desde 2021 com o objetivo de melhorar a nossa capacidade de proteger a saúde dos cidadãos e, simultaneamente, gerar oportunidades de crescimento económico, emprego de qualidade e tecido industrial”.

Yotti afirmou ainda que “todos os investimentos e reformas que estamos a realizar estão relacionados com o poder transformador da inovação, que é concebida como um elemento central e transversal que deve modernizar e conectar as administrações, o sistema de saúde, a indústria que desenvolve e fabrica medicamentos, dispositivos médicos e tecnologia, empresas de serviços, parceiros tecnológicos que impulsionam a digitalização e a inteligência artificial, centros de investigação, sociedades científicas e profissionais e, claro, cidadãos e pacientes que são os destinatários finais de todos os avanços”.

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ISDIN lança a sua aplicação que combina ciência e tecnologia para o cuidado e a saúde da pele

  • Servimedia
  • 14 Fevereiro 2025

O ISDIN, laboratório internacional líder em fotoproteção e dermatologia, lançou uma nova aplicação para ajudar as pessoas a conhecerem a sua pele e a cuidarem dela.

A ferramenta conta, por exemplo, com tecnologia como a IA que oferece uma experiência adaptada às necessidades e hábitos de cada utilizador, com recomendações de rotinas e cuidados, bem como de hábitos saudáveis.

Com esta nova plataforma digital, o ISDIN junta ciência e tecnologia para oferecer uma experiência à medida, com centenas de conteúdos de dermatologistas, farmacêuticos e outros especialistas em saúde de topo, atualizados semanalmente.

Através de tutoriais e vídeos, será partilhada informação e aprendizagem sobre os ingredientes e princípios ativos dos produtos, as suas fórmulas e toda a ciência e investigação por detrás de cada produto.

Este projeto responde ao objetivo da empresa de sensibilizar as pessoas para que conheçam a sua pele e a cuidem como base para uma boa saúde e bem-estar.

“Criámos uma plataforma em que cada interação se soma, em que o conhecimento é transformado em experiência e em que os cuidados da pele se tornam mais inteligentes, acessíveis e personalizados. Queremos mudar a forma como as pessoas entendem a sua pele, porque só quando conhecemos a nossa pele é que a amamos, e quando amamos algo, queremos cuidar dela”, explicou Rod Menchaca, Diretor de Digital Skin na ISDIN.

LYS

Uma das principais inovações da nova plataforma é a LYS, uma assistente virtual alimentada por Inteligência Artificial e desenvolvida a partir do conhecimento científico do laboratório, mas acrescentando-lhe uma vertente mais humana. A LYS oferece recomendações personalizadas adaptadas ao perfil e comportamento de cada utilizador, desde rotinas e cuidados com a pele a um sistema de notificações e lembretes que ajuda a manter hábitos saudáveis.

A Computer Vision concebeu a personalização visual da aplicação, uma funcionalidade inovadora que, ao captar o fototipo do utilizador, personaliza os elementos visuais da aplicação, criando uma experiência única adaptada a cada perfil.

DICAS

A aplicação ISDIN também se liga a estações meteorológicas baseadas na localização do utilizador com informações sobre o índice UV. Graças a este sistema inteligente, que integra dados meteorológicos em tempo real, a aplicação oferece conselhos de fotoprotecção totalmente personalizados.

A aplicação já está disponível para download em dispositivos iOS e Android em Espanha, Estados Unidos, Chile, Colômbia e México.

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Arábia Saudita reforça a sua liderança no domínio da inteligência artificial com um investimento de quase 15 mil milhões de dólares

  • Servimedia
  • 14 Fevereiro 2025

Reforça o seu papel no sector tecnológico global com acordos estratégicos e desenvolvimento de infra-estruturas avançadas de IA.

A Arábia Saudita está a consolidar o seu compromisso com a inteligência artificial (IA) e a tecnologia com a assinatura de acordos estratégicos e um investimento de 14,9 mil milhões de dólares no LEAP 2025, a cimeira tecnológica realizada em Riade esta semana.

Estes investimentos incluem parcerias com gigantes da indústria como a Google Cloud, Lenovo, Alibaba Cloud, Qualcomm, Groq e Salesforce, com o objetivo de reforçar a inovação em IA e expandir os serviços em nuvem.

O país também destacou o seu compromisso com a governação da IA no ‘Action AI Summuit’ que terminou na passada terça-feira em Paris, onde o presidente da Autoridade Saudita de Dados e IA (SDAIA), Abdullah Al-Ghamdi, sublinhou a necessidade de estabelecer quadros regulamentares robustos face ao impacto global desta tecnologia na economia e na sociedade.

O investimento anunciado no LEAP 2025 inclui o desenvolvimento de infra-estruturas tecnológicas, o apoio a startups e a formação de talentos em IA. Neste contexto, a Arábia Saudita consolidou a sua visão de se tornar um centro tecnológico global, alinhado com os objetivos da Visão 2030, a sua estratégia de diversificação económica e de redução da dependência do petróleo.

Um dos projetos mais ambiciosos é o “Projeto Transcendência”, lançado no final de 2024 com um investimento de 100 mil milhões de dólares. Esta iniciativa visa criar um ecossistema robusto de IA através da implementação de infra-estruturas avançadas, do reforço da investigação e do desenvolvimento de aplicações industriais baseadas na inteligência artificial e na análise de dados.

GRANDES NEGÓCIOS

As parcerias com empresas tecnológicas reforçam a estratégia do país para acelerar a transformação digital. Neste sentido, a Salesforce anunciou um investimento de 500 milhões de dólares para expandir as suas operações na Arábia Saudita, incluindo a introdução da Hyperforce, uma arquitetura de nuvem desenvolvida em parceria com a Amazon Web Services. Como parte do acordo, a empresa oferecerá suporte ao idioma árabe para seu conjunto de produtos de IA e treinará 30,000 cidadãos sauditas até 2030.

Groq, a startup de semicondutores especializada em chips de IA, garantiu US $ 1.5 bilhão em financiamento para expandir sua tecnologia no país. A empresa já assinou um acordo com a Aramco Digital, a divisão de tecnologia da petrolífera Aramco, para construir um centro de IA na Arábia Saudita.

Separadamente, o gigante saudita Alat e a Lenovo anunciaram um investimento de 2 mil milhões de dólares para desenvolver uma unidade de produção e tecnologia avançada de IA e robótica no país. Como parte do acordo, a Lenovo estabelecerá sua sede regional em Riad, fortalecendo sua presença na região.

Para além destas parcerias, a Google, a Qualcomm e a Alibaba Cloud introduziram várias iniciativas para promover a inovação local em inteligência artificial, reforçando o crescimento do ecossistema tecnológico saudita e facilitando a integração destas tecnologias em diferentes setores estratégicos.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 14 de fevereiro

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2025

Ao longo desta sexta-feira, 14 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Matosinhos aproveita fundos ligados à refinaria da Galp para lançar metrobus em 2026

Matosinhos terá metrobus no final de 2026, num investimento de 23 milhões de euros. Financiamento do Fundo de Transição Justa ligado ao encerramento da refinaria da Galp.

Estação de São Mamede Infesta (Linha de Leixões)CM Matosinhos/Facebook 13 fevereiro, 2025

A reabertura da Linha de Leixões, a 9 de fevereiro, trouxe um novo ânimo à população e empresários de Matosinhos que, há vários anos, reivindicavam este serviço para captar mais investimento e talento para o território. Agora, o município prepara no terreno o arranque, em finais de 2026, da linha metrobus, que vai ligar o mercado de Matosinhos ao aeroporto, num investimento de 23 milhões de euros. O objetivo final desta dinâmica na mobilidade da cidade de Matosinhos é criar uma espécie de anel intermodal que una metrobus, comboio, Metro do Porto, autocarros STCP, rede metropolitana Unir e expressos.

Por enquanto, está a decorrer o concurso público para a construção da linha Bus Rapid Transit (BRT) de Matosinhos, conhecida por metrobus, que terá um período de execução de um ano. A obra, “financiada pelo Fundo de Transição Justa na sequência do encerramento da refinaria da Galp”, deverá arrancar antes das eleições autárquicas que acontecem no outono deste ano, garante ao ECO/Local Online o vice-presidente e vereador da Mobilidade do município de Matosinhos.

Carlos Mouta aponta para dezembro de 2026 a entrada em funcionamento do metrobus, com percurso inicial no mercado de Matosinhos e paragem na Exponor (Leça de Palmeira) em direção ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Esta é, na opinião do vereador, uma das mais-valias deste novo serviço. Acresce o facto de “o metrobus ser um sistema muito rápido e de alta competência, porque não fica parado no trânsito, que é um dos problemas dos autocarros normais”, sustenta o número dois da socialista Luísa Salgueiro.

Reportagem Yearbook Capital 2023 na antiga refinaria Galp Matosinhos
Metrobus será ” financiado pelo Fundo de Transição Justa na sequência do encerramento da refinaria da Galp”.Hugo Amaral/ECO

Vamos criar uma nova linha num sistema parecido com o do metro”, nota Carlos Mouta em declarações ao ECO/Local Online, dias depois da entrada em funcionamento do serviço de passageiros na Linha de Leixões, que havia sido desativado há 14 anos. Desde então, a linha era utilizada apenas por comboios de mercadorias.

O valor total de investimento da candidatura do metrobus é de 29 milhões de euros, sendo que o valor estimado para a obra ficou à volta dos 23 milhões de euros. A restante verba destina-se à compra de quatro autocarros elétricos”, adianta o vice-presidente da autarquia de Matosinhos.

A autarquia, a APDL e a Infraestruturas de Portugal (IP) estão a estudar a criação de uma nova estação no exterior do Porto de Leixões para se poder reativar a linha.

Carlos Mouta

Vice-presidente e vereador da Mobilidade da Câmara Municipal de Matosinhos

Apesar da recente entrada em funcionamento da Linha de Leixões, a 9 de fevereiro deste ano, de Porto-Campanhã até Leça do Balio, falta ainda o troço até Leixões (Senhor de Matosinhos), protelado para uma segunda fase da empreitada. Na origem desta decisão estão, elenca o vereador, a necessidade de duplicar a atual linha ferroviária e o facto de a atual estação situar-se na zona de carga, no meio dos contentores, na jurisdição da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL)”.

O caso já está a ser objeto de análise. “A autarquia, a APDL e a Infraestruturas de Portugal (IP) estão a estudar a criação de uma nova estação no exterior do Porto de Leixões para se poder reativar a linha”, adianta Carlos Mouta.

Enquanto a solução não está no terreno, o percurso em falta será feito, a partir de 1 março, pela rede de autocarros metropolitanos da Unir, que ligará a estação ferroviária de Leça de Balio ao centro de Matosinhos, e circulará na Via Norte e na A4 como serviço expresso e com o sistema de bilhética Andante.

O serviço de passageiros regressou, assim, parcialmente aos carris da Linha de Leixões, 14 anos após o seu encerramento, mas agora com apeadeiros no Hospital São João e Arroteia e paragens também em Contumil, São Gemil, São Mamede de Infesta e Leça do Balio. Passa a servir os polos universitários e o hospital São João, além de zonas industriais com empresas como a Efacec, Super Bock e o Grupo Lionesa — neste último complexo empresarial trabalham cerca de 7.000 pessoas.

O presidente da Lionesa, Pedro Pinto, foi, aliás, um dos subscritores das reivindicações que chegaram ao Governo com vista à reabertura da Linha de Leixões, como forma de descongestionar a Via de Cintura Interna (VCI) e atrair mais talento e investimento. “Fizemos pressão para que isto acontecesse. E é uma forma de incentivar as pessoas a utilizarem os transportes públicos em vez da própria viatura”, sublinha o empresário ao ECO/Local Online.

Mas enquanto não há transporte público de ligação entre a estação de Leça do Balio e a Lionesa, o empresário lançou um serviço de shuttle nas horas de ponta, gratuito para os trabalhadores do complexo. Nesta estação falta ainda mais iluminação pública e outras melhorias que o vereador garante que serão realizadas.

“Tivemos cerca de nove meses de trabalho entre a assinatura do protocolo e a reabilitação da linha ferroviária. Naturalmente, a reabilitação deste espaço vai demorar alguns anos”, justifica o vice-presidente da câmara de Matosinhos, que entretanto já gastou 750 mil euros na reabilitação da envolvente de algumas das estações.

Nesta nova linha ferroviária estão previstos “60 comboios nos dias úteis, 30 em cada sentido, com oferta de dois comboios por hora e por sentido nas horas de ponta da manhã e da tarde”. Já aos sábados, domingos e feriados, circulam 34 comboios, 17 por sentido.

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