Bancos podem perder direito a juros se falharem informação aos consumidores

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Fevereiro 2025

Acórdão de tribunal europeu sobre caso na Polónia aponta que, em caso de incumprimento do dever de informação num contrato de crédito, um banco pode ser privado do seu direito aos juros.

Um acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) determina que, caso um banco falhe o cumprimento do dever de informação sobre os créditos ao consumo, pode ser privado do seu direito aos juros, podendo mesmo ter de os devolver caso já tenham sido pagos, segundo informação divulgada esta quinta-feira.

Uma agência de cobrança de dívidas polaca à qual um consumidor cedeu os seus direitos decorrentes de um contrato de crédito ao consumo celebrado com um banco alega que esse banco incumpriu o seu dever de informação para com o consumidor no momento da celebração do contrato. Por isso, avançou com uma ação judicial num tribunal polaco em que reclama ao banco o pagamento de uma quantia em dinheiro correspondente aos juros e encargos pagos por esse consumidor.

O tribunal polaco, por sua vez, apresentou a questão ao TJUE para saber se o banco incumpriu o dever de informação previsto no direito da União e se o facto de o privar do seu direito aos juros e encargos é compatível com o direito da UE.

Agora, num acórdão datado desta quinta-feira, o TJUE dá razão à Lexitor, a agência de cobrança de dívidas polaca, dizendo que, em caso de incumprimento do dever de informação sobre os créditos ao consumo, um banco pode ser privado do seu direito aos juros.

O tribunal lembra que “o contrato de crédito deve indicar, de forma clara e concisa, a TAEG [taxa anual de encargos efetiva global] calculada no momento da sua celebração”. Todavia, ressalva, “o cálculo da TAEG pressupõe que o contrato de crédito continuará a ser válido durante o prazo acordado” e, por conseguinte, “a circunstância de um contrato de crédito mencionar uma TAEG, que se virá a revelar sobreavaliada pelo facto de algumas cláusulas desse contrato terem sido posteriormente consideradas abusivas, não constitui, em si mesma, um incumprimento do dever de informação”.

Além disso, o contrato “deve descrever, de forma clara e compreensível, as condições que permitem alterar os encargos associados à sua execução”. É o facto de, para esse efeito, o contrato se basear em indicadores dificilmente verificáveis pelo consumidor que pode violar o dever de informação.

Isso acontece “quando um consumidor médio não pode verificar nem a ocorrência das circunstâncias que justificam essa alteração nem o seu impacto nesses encargos, não estando assim em condições de compreender o alcance do seu compromisso”, lê-se num comunicado sobre o caso, que aponta também que é ao juiz do tribunal polaco que compete examinar se é o que sucedeu no litígio que envolve a Lexitor.

Por fim, o TJUE sustenta que, “em caso de incumprimento do dever de informação que afete a capacidade do consumidor de apreciar o alcance do seu compromisso, o banco pode ser privado do direito aos juros e encargos”. “Sem prejuízo das verificações do juiz nacional, o Tribunal de Justiça considera esta sanção proporcional, embora a gravidade do incumprimento e as consequências daí decorrentes para o consumidor possam variar consoante os casos”, admite.

No caso em questão, a Lexitor considera que a TAEG foi sobreavaliada, pois “uma das cláusulas do contrato tida em conta para o cálculo dessa taxa deve ser declarada abusiva e, por isso, não vincula o consumidor”. Por outro lado, segundo a agência polaca, o contrato não indica claramente as razões e as modalidades de aumento dos encargos associados à sua execução, tendo assinalado que “destes incumprimentos deve resultar a aplicação da sanção prevista na lei polaca e, por conseguinte, o crédito deve ser isentado dos juros e dos encargos fixados no contrato”.

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Musk vai pagar 9,6 milhões de euros a Trump por o ter banido do X

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2025

A rede, na altura conhecida como Twitter, suspendeu a conta de Trump durante a crise política resultante da eleição presidencial de 2020 e do ataque ao Capitólio por parte dos apoiantes do magnata.

Elon Musk concordou em pagar 10 milhões de dólares (9,59 milhões de euros) a Donald Trump por o ter banido da rede social X, avançou o Wall Street Journal (WSJ).

De acordo com fontes citadas pelo jornal norte-americano, o acordo põe fim a uma batalha legal iniciada pelo novo Presidente dos EUA contra a X, rede social da qual foi banido após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

A equipa jurídica de Trump ainda considerou desistir do processo, disseram as fontes, citando a proximidade de Musk com o Presidente e o facto de o empresário ter gasto 250 milhões de dólares (239,6 milhões de euros) para ajudar a elegê-lo.

Musk tem sido o braço direito do líder republicano desde a campanha eleitoral e, após a tomada de posse, a 20 de janeiro, está à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), responsável pelo corte de despesas federais e da burocracia.

A rede social X, então conhecida como Twitter, suspendeu a conta de Trump no meio da crise política resultante da eleição presidencial de 2020 e do ataque ao Capitólio por parte dos apoiantes do magnata.

A última mensagem de Trump antes de ser banido foi, a 8 de janeiro de 2021: “A todos os que perguntaram, não vou comparecer à tomada de posse [de Joe Biden] a 20 de janeiro”.

No final de 2022, depois de ter adquirido a rede social por 44 mil milhões de dólares (42,2 mil milhões de euros), Musk ordenou que a conta de Trump fosse restaurada. Mas o republicano, que tinha entretanto criado a própria rede social, a Truth Social, optou por deixá-la inativa e só voltou a publicar na X em agosto de 2024.

Trump interpôs o processo inicialmente em julho de 2021, meses depois de ter sido proibido de aceder à rede social. A empresa alegou na altura que a sua decisão se devia ao “risco de maior incitamento à violência”, enquanto Trump argumentou que a medida violava a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que protege a liberdade de expressão.

Um juiz federal na Califórnia (sudoeste) rejeitou o processo inicial de Trump em maio de 2022, afirmando que o Twitter não estava a agir como parte do Governo dos EUA e, portanto, não violava os seus direitos, mas Trump recorreu desta decisão.

A 29 de janeiro, o WSJ noticiou que a Meta aceitou pagar 25 milhões de dólares (24 milhões de euros) para pôr fim ao processo que Trump moveu contra a empresa tecnológica norte-americana em 2021 por o ter banido das suas redes sociais (Facebook e Instagram), também após o ataque ao Capitólio.

O WSJ, citando fontes familiarizadas com o acordo, disse que 22 milhões de dólares (21,1 milhões de euros) seriam destinados ao financiamento da futura biblioteca presidencial de Trump e o restante para custos judiciais e indemnizações de outros queixosos.

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Novo secretário de Estado fez ajustes diretos com empresa de Montenegro

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2025

A Câmara de Vagos, sob a liderança de Silvério Regalado, celebrou mais de 200 mil euros em ajustes diretos com empresa de advogados que tinha o atual primeiro-ministro como sócio.

Enquanto foi presidente da Câmara de Vagos, o novo secretário de Estado da Administração Local, Silvério Regalado, celebrou por ajuste direto contratos de mais de 200 mil euros com uma empresa na qual o atual primeiro-ministro era sócio.

De acordo com a Renascença, que avançou a notícia, encontram-se no Portal Base cinco ajustes diretos, entre 2015 e 2021, no valor de 209.409 euros, celebrados pela autarquia com a Sousa Pinheiro & Montenegro, sociedade em que Luís Montenegro era sócio à data. Os contratos dizem respeito a serviços de assessoria jurídica a prestar por aquela empresa de advogados.

Silvério Regalado, atual deputado do PSD por Aveiro, era então o presidente da Câmara. Agora, Montenegro escolhe o antigo autarca de Vagos para substituir Hernâni Dias na secretaria de Estado da Administração Local, na mini-remodelação governamental anunciada esta quarta-feira, após o anterior ter-se demitido devido a um potencial conflito de interesses. Regalado toma posse como membro do Governo nesta quinta-feira.

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Governo nega ter criado “falsas expectativas” nos reformados. Ouça o podcast “Ao trabalho!”

O podcast "Ao trabalho!" traz-lhe as notícias que estão a marcar o mercado de trabalho, dos salários às novas tendências, todas as quintas-feiras.

O Governo recusa ter criado falsas expectativas nos reformados portugueses, no que diz respeito às atualizações das pensões. Este é um dos temas do novo episódio do podcast “Ao trabalho!”, que lhe leva todas as quintas-feiras os principais destaques do mundo laboral em menos de cinco minutos. Falamos também sobre o subsídio de desemprego dos trabalhadores domésticos e ainda sobre o crescimento do teletrabalho em Portugal.

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Reguladores financeiros e fintechs estudam novas formas de colaborar a “breve trecho”

As candidaturas para a 6ª edição do Portugal FinLab terminam na sexta-feira. A seguir, Banco de Portugal, CMVM e ASF avaliam mais projetos para se aproximarem às startups das finanças.

A sexta edição do programa que une os reguladores financeiros aos empreendedores das finanças está prestes a começar e o modelo de colaboração entre os supervisores da banca, dos mercados e dos seguros não vai ficar por aqui. A garantia foi dada ao ECO por Luís Morais Sarmento, administrador do Banco de Portugal (BdP) e um dos responsáveis pela iniciativa Portugal FinLab.

“Em paralelo, as autoridades estão também a avaliar outras formas de interação com o mercado fintech e a sua abordagem relativamente aos facilitadores de inovação (sandboxes regulatórias, hubs de inovação, etc.). Tal poderá resultar no desenvolvimento de outros tipos de iniciativas a breve trecho”, avançou, sem detalhar a estrutura dessa futura “interação” com as empresas financeiro-tecnológicas.

Por enquanto, o foco do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (CNSF) está a 100% no Portugal FinLab, que está a receber candidaturas para a 6ª edição até sexta-feira, dia 14 de fevereiro. O programa, criado em 2018 com a Associação Portugal Fintech, envolve o BdP, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

“É positivo para as autoridades, que em vez de reagirem à mudança estão a acompanhar a mudança desde o início. É também muito positivo para as empresas, que querem cumprir com a regulação e este apoio ajuda a que cresçam sem o receio de a meio do percurso terem de alterar substancialmente as suas práticas. As empresas inovadoras, em muitos casos, não encaixam nos formatos pré-existentes. Têm novos modelos de negócio”, garante Manuel Caldeira Cabral, membro do conselho de administração da ASF, em declarações ao ECO.

“Estamos a falar de algo que decorre num contexto de evolução rápida, relacionado com o desenvolvimento tecnológico, pelo que temos, necessariamente, que nos adaptar e evoluir de forma a garantir o seu sucesso enquanto uma iniciativa deste tipo fizer sentido”, constata ao ECO a vice-presidente da CMVM, Inês Drumond.

Sem custos associados para os reguladores, além dos recursos humanos alocados organização e produção dos relatórios, o Portugal FinLab é um instrumento que lhes permite ter uma rampa de lançamento para o que se faz de mais vanguardista no setor financeiro, identificar e acompanhar tendências e tirar dúvidas dos novos players sobre o quadro legal e regulatório ou tentar encurtar o time-to-market.

Questionado sobre a saída da associação das fintechs da organização do programa, o administrador do BdP Luís Morais Sarmento explicou que a reação “positiva” do mercado e a necessidade de “estreitar” a comunicação entre participantes e autoridades – que, entretanto, adquiriam conhecimento adicional sobre o FinLab – levaram a que a operacionalização das edições seguintes passasse a ser competência exclusiva da ASF, do BdP e da CMVM. A Portugal FinTech apoia na divulgação.

“Os números falam por si, mais de 120 candidaturas nacionais e internacionais, abrangendo múltiplas áreas com o SupTech, Blockchain & Cryptos, Pagamentos, Regtech, Insurtech, Lending &Credit, Capital Markets & Wealth Management. As empresas referidas, pela dimensão que já atingiram mostram que o projeto cria valor”, assinala o porta-voz da ASF.

Coverflex e Rauva validaram modelos de negócio

Os números e algumas vozes de quem entrou em edições anteriores. Contactado pelo ECO, o cofundador e CEO da Coverflex garante que a participação no Portugal FinLab foi “fundamental” para validar o modelo da startup dedicada aos cartões de benefícios extrassalariais. “Bastante inovador, envolvia diretamente os reguladores. O processo foi ágil e estruturado, permitindo-nos obter rapidamente um parecer positivo e garantindo que cumpríamos as nossas timelines. Além disso, o aconselhamento recebido ao longo do programa foi extremamente valioso, ajudando-nos a navegar o enquadramento regulatório com maior segurança e clareza”, assegurou Miguel Santo Amaro.

A Rauva, que criou aplicação para desburocratizar processos nas PME, entrou em Portugal em meados de 2023 com cerca de 30 funcionários e hoje dá trabalho a uma centena de pessoas. Ao ECO, o fundador e CEO da Rauva conta que o Portugal FinLab foi um “marco importante” no início, em que a equipa de gestão estava a estruturar a visão e a construção da “solução inovadora” que, nesse mesmo ano, se viria a lançar num acordo para comprar a licença bancária do Banco Montepio Empresas por 35 milhões de euros.

“Ter um contacto tão direto com os reguladores permitiu-nos esclarecer questões fundamentais para desenvolver a plataforma e garantir que a nossa abordagem ao mercado estava alinhada com as melhores práticas do setor. Além disso, o programa proporcionou um espaço privilegiado de partilha com outras fintechs e especialistas, ajudando-nos na integração no ecossistema financeiro português”, disse o francês Jon Fath.

Entre os alumni deste programa, que envolveram mais de 130 projetos inovadores, estão ainda empresas como Comparamais, Daskapital, Art2Trading’s, Lombongo, Algae, Something Legendary, Finsane, LiftBank, Reswap, Zharta ou ServiCrédito.

A vice-presidente da CMVM, Inês Drumond, garante que existe “uma aproximação ao mercado com efeitos frutíferos”. E dá como exemplo a 5ª edição, que se realizou entre janeiro a setembro de 2024, e escolhe 10 projetos para os chamados pitch days, onde apresentaram as suas ideias in loco aos supervisores e participaram em discussões abertas sobre regulamentação. “Deste conjunto de entidades, foram posteriormente selecionados quatro projetos para uma análise aprofundada das questões regulamentares que devem ser consideradas na sua implementação”, exemplificou.

O trio de reguladores, no fim de cada edição, faz uma avaliação ao programa e decide sobre o lançamento da seguinte, o que tem acontecido desde então devido à nota positiva. E enquanto receber ‘luz verde’, estão todos disponíveis para o manter.

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Do chalet às pistas: looks e acessórios para um estilo irrepreensível na neve

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 13 Fevereiro 2025

Deslizar pelas pistas é uma oportunidade de combinar adrenalina e elegância. Para aproveitar ao máximo a experiência, a escolha dos acessórios certos faz a diferença.

Deslizar pelas pistas imaculadas, sentir o vento gelado no rosto e deixar-se levar pela adrenalina das descidas vertiginosas — o esqui na neve combina aventura e sofisticação. Mas para enfrentar as temperaturas gélidas com conforto e elegância, a escolha dos acessórios adequados é essencial. Afinal, o estilo deve estar presente tanto nas pistas quanto nos chalés.

MORADAS
American Tourister; Dior Lisboa – Av. Da Liberdade, nº85 – Lisboa; Hunter; Elisabetta Franchi – Av. Da Liberdade, nº28 – Lisboa; MyTheresa.

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Medina pressiona António Vitorino a candidatar-se às Presidenciais

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2025

"Ficarei particularmente satisfeito pelo país se António Vitorino decidir ser candidato”, admite ex-ministro das Finanças, para quem Gouveia e Melo representa "o oposto" do que um Presidente deve ser.

Fernando Medina, ex-ministro das Finanças e antigo presidente da Câmara de Lisboa, pressiona António Vitorino a avançar com uma candidatura às eleições Presidenciais, numa entrevista ao Público e à Renascença. “Está no seu processo de decisão e tem que ter o seu tempo. Ficarei particularmente satisfeito pelo país se decidir ser candidato”, afirma o ex-governante, apontando que a personalidade no país, em qualquer lado do espetro político, com melhor preparação e com melhores condições para ser um muito bom Presidente da República no quadro nacional e internacional que vamos viver nos próximos anos”.

O ex-comissário europeu e antigo diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM) tem, “do ponto de vista do seu perfil e das suas qualidades”, o que Fernando Medina considera “mais ajustado e mais necessário ao desempenho da função presidencial. Isto por “contraposição com aquilo que representa Gouveia e Melo”, cujo perfil e características “são exatamente o oposto daquilo que a Constituição define relativamente ao exercício do cargo de Presidente da República”.

António Vitorino tem o perfil perfeitamente adequado para ser um construtor de pontes e de soluções num país que tem hoje, e vai viver nos próximos anos, uma situação política que dificilmente terá condições de estabilidade muito efetivas, que tem desafios muito complexos, como o fim do multilateralismo como modelo de organização à escala mundial”, realçou ainda o ex-titular da pasta das Finanças, que se limitou a dizer, sobre outro socialista apontado a Belém, António José Seguro, que “são pessoas muito diferentes”.

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Hoje nas notícias: Corrupção, ANA e cabaz das famílias

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A aprovação da reestruturação da agência anticorrupção na reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira é uma das notícias em destaque na imprensa nacional, bem como o arranque das obras de melhoria no Aeroporto Humberto Delgado pela ANA, apesar da ação interposta pelo Ministério Público. Destaca-se ainda que os gastos com a habitação, despesas domésticas e a saúde ganharam peso no cabaz mensal de compras em 2024, ano marcado pela desaceleração da inflação.

Governo remodela agência anticorrupção e muda presidente

A reestruturação do Mecanismo Nacional Anticorrupção (Menac) vai ser aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros, dias depois de se saber que Portugal caiu para a pior posição de sempre no Índice de Perceção da Corrupção. Uma das principais mudanças é a orgânica da agência, que vai contar com um conselho de administração composto por três elementos, sendo que um deles irá presidir à instituição. Os mandatos dos administradores terão a duração de quatro anos e serão renováveis por igual período.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

ANA contesta ação do MP e arranca com obras na Portela

Apesar da ação interposta pelo Ministério Público (MP), a ANA decidiu avançar com os trabalhos de melhoria do Aeroporto Humberto Delgado, determinados pelo Conselho de Ministros, e que foram consignados ao consórcio da Mota-Engil e da Vinci. No entender da concessionária, só uma providência cautelar interposta pelo MP teria um efeito suspensivo que impediria o avanço dos trabalhos, o que não foi o caso. As obras de melhoria do aeroporto da capital terão um investimento de 233 milhões de euros e deverão estar concluídas no final de 2026 ou início de 2027.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Habitação e saúde ganham peso no cabaz das famílias

Os hábitos de consumo das famílias portuguesas sofreram alterações no último ano, marcado por uma desaceleração da inflação para valores próximos dos 2%. Os gastos com a habitação, despesas domésticas (como a água, a eletricidade e o gás) e a saúde ganharam peso no cabaz mensal de compras, ao passo que os gastos com restaurantes e hotéis perderam peso. Esta mudança está refletida na fórmula de cálculo da inflação, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC) e atualizada anualmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

Medina pressiona António Vitorino a avançar para Belém

Fernando Medina, ex-ministro das Finanças e antigo presidente da Câmara de Lisboa, pressiona António Vitorino a avançar com uma candidatura às eleições Presidenciais numa entrevista. “Está no seu processo de decisão e tem que ter o seu tempo. Ficarei particularmente satisfeito pelo país se decidir ser candidato”, afirma o ex-governante ao Público e à Rádio Renascença. Para Medina, o ex-comissário europeu “é a personalidade no país, em qualquer lado do espetro político, com melhor preparação e com melhores condições para ser um muito bom Presidente da República no quadro nacional e internacional que vamos viver nos próximos anos”.

Leia a entrevista completa no Público (acesso pago) e na Renascença (acesso livre).

Novo secretário de Estado fez ajustes diretos de 200 mil euros com sociedade de Montenegro

Silvério Regalado, deputado do PSD eleito por Aveiro, é a escolha do primeiro-ministro para substituir Hernâni Dias como secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território. Antes de chegar ao Parlamento, Regalado foi presidente da Câmara de Vagos durante 11 anos, período durante o qual celebrou cinco contratos por ajuste direito, no valor de mais de 200 mil euros, com a sociedade onde Luís Montenegro era sócio, segundo a informação no Portal Base.

Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre).

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Prosegur expande a sua atividade de outsourcing tecnológico AVOS Tech para a Colômbia para reforçar a sua presença na América Latina

  • Servimedia
  • 13 Fevereiro 2025

Esta incursão vem juntar-se à presença atual em Espanha e no Chile, consolidando a filial tecnológica da Prosegur num mercado chave para o seu crescimento regional.

A AVOS Tech, a unidade de negócio da Prosegur especializada na transformação digital de empresas e no outsourcing de processos (BPO), iniciou a sua atividade na Colômbia como parte da sua estratégia de expansão internacional na América Latina.

A expansão na Colômbia faz parte de um plano mais amplo que prevê um investimento de mais de 10 milhões de euros entre 2024 e 2025. Este valor será afetado tanto ao desenvolvimento comercial da AVOS Tech na região como à inovação de produtos e à implementação de uma nova arquitetura SaaS.

A empresa disse em comunicado que, com a sua chegada à Colômbia, a AVOS Tech apresenta uma proposta de valor diferenciada ao combinar serviços de BPO e tecnologia num modelo de negócio Business Process-as-a-Service (BPaaS). O seu portefólio inclui soluções tecnológicas avançadas, como um moderno núcleo de seguros multi-ramos, que visa apoiar a modernização das companhias de seguros do país. Além disso, a empresa oferece software especializado para a reconciliação financeira e a luta contra o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.

Jaime Ron, CEO da AVOS Tech, sublinhou que a empresa procura posicionar-se como um parceiro tecnológico estratégico, especialmente para os setores da banca e dos seguros. “O nosso objetivo é ajudar as empresas colombianas a acelerar a sua transformação tecnológica e a melhorar a sua competitividade no mercado”, disse Ron.

A AVOS Tech coloca a ênfase na oferta de uma solução end-to-end que unifica os serviços sob um único fornecedor, o que otimiza a escalabilidade e a eficiência operacional. Com esta abordagem, a empresa procura facilitar uma transformação tecnológica profunda para ajudar as empresas colombianas a consolidar a sua liderança nos respetivos setores.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 13 de fevereiro

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2025

Ao longo desta quinta-feira, 13 de fevereiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Consumidores entendem que anúncios gerados por IA são mais “chatos” e “confusos”, revela estudo

Elementos visuais de baixa qualidade em anúncios gerados por IA aumentam o esforço cognitivo necessário ao seu processamento, distraindo da mensagem pretendida, alerta ainda a NielsenIQ.

Os consumidores identificam de forma intuitiva a maioria dos anúncios gerados através de inteligência artificial (IA), encarando-os como menos envolventes e mais “irritantes”, “chatos” e “confusos” do que os anúncios tradicionais.

As conclusões são de um estudo da NielsenIQ (NIQ) que envolveu a participação de mais de duas mil pessoas, que assistiram a um conjunto de anúncios, sobre os quais deram depois a sua opinião.

As opiniões partilhadas pelos inquiridos sugerem assim que os anúncios gerados por IA podem ter um efeito negativo nas perceções do consumidor, tanto em relação ao anúncio como em relação à marca.

Além disso, os anúncios gerados por IA — incluindo aqueles que foram percecionados como de “alta qualidade” — provocaram uma “ativação de memória mais fraca no cérebro, em comparação com os anúncios tradicionais“, numa reação que “sugere um desalinhamento entre o conteúdo e as estruturas de memória existentes, uma lacuna que pode impedir a motivação dos consumidores para agir”, refere-se numa nota de divulgação do estudo.

Os elementos visuais de baixa qualidade em anúncios gerados por IA aumentam o esforço cognitivo necessário ao seu processamento, distraindo da mensagem pretendida, alerta ainda. Neste sentido, “a execução de alta qualidade é essencial para uma narrativa eficaz e comunicação de marca“, refere-se.

Marta Cyhan-Bowles, chief communications officer and head of global marketing da NIQ, sublinha que apesar de a IA oferecer um potencial empolgante em fases iniciais e em testes de ativos de marca, o conteúdo gerado através desta tecnologia que seja mal executado pode prejudicar o valor da marca.

Mas, embora esta tecnologia emergente possa não substituir imediatamente a criação de anúncios de forma tradicional, as suas possibilidades podem, ainda assim, “aprimorar os processos criativos quando integrados de forma cuidadosa“, acrescenta.

Já Ramon Melgarejo, president, strategic analytics & insights da NIQ, alerta para o facto de as marcas e agências precisarem de ser cautelosas neste campo uma vez que, tal como foi demonstrado no estudo, os consumidores “são bastante sensíveis à autenticidade dos anúncios”. “As marcas devem dar prioridade à avaliação criativa orientada por insights para produzir anúncios eficazes“, acrescenta.

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U.A.X., Universidade Alfonso X el Sabio, pioneira na formação de competências digitais para contribuir para uma abordagem One Health na Medicina Veterinária

  • Servimedia
  • 13 Fevereiro 2025

A UAX incorpora as disciplinas de Produção Animal de Precisão e Gestão da Vida Selvagem, duas disciplinas fundamentais para o futuro do sector, no seu programa de Licenciatura em Veterinária.

A Universidade Alfonso X el Sabio (UAX) informou que incorporou duas disciplinas “inovadoras” na sua licenciatura em Veterinária: Produção Animal de Precisão e Gestão da Vida Selvagem.

“Estas disciplinas não só respondem às necessidades do setor face às possibilidades oferecidas pela tecnologia, como também estão alinhadas com a abordagem One Health que reconhece a interligação entre a saúde humana, animal e ambiental, sublinhando assim a importância da colaboração interdisciplinar para enfrentar eficazmente desafios como a segurança alimentar, a propagação de doenças ou a conservação dos ecossistemas. Esta é uma visão global promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pela Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH) e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que a UAX apoia através da formação”, explicou.

A disciplina de Produção Animal de Precisão, lecionada como optativa no último ano da Licenciatura em Veterinária, introduz os alunos numa das tendências mais inovadoras da indústria agrícola: a pecuária de precisão ou a relevância da gestão de dados na medicina veterinária. Trata-se de uma disciplina-chave que permite um conhecimento e um controlo mais rigorosos das espécies pecuárias, o que permite agir com maior agilidade, aumentar a eficiência na produção pecuária e prestar os cuidados necessários aos animais, graças à digitalização dos processos e à utilização de tecnologias avançadas em explorações conectadas.

Miguel Ángel Higuera, coordenador e professor da disciplina de Produção Animal de Precisão na UAX, sublinha que “a pecuária de precisão permite monitorizar em tempo real o estado dos animais, facilitando a tomada de decisões com base em dados objetivos. Desta forma, otimiza-se a produção, melhora-se o bem-estar animal e facilita-se a comunicação entre veterinários e agricultores.

Para além de fornecer ferramentas para a tecnificação do setor, o curso responde a uma necessidade real do mercado: a falta de profissionais formados na interpretação de dados no setor pecuário. “As novas gerações de veterinários devem estar preparadas para liderar esta mudança e aplicar a tecnologia para melhorar e evoluir o setor”, conclui Higuera.

Graças à utilização de sensores e sistemas de monitorização, os estudantes aprendem a recolher e a analisar dados sobre a saúde, a alimentação e as condições ambientais do gado. O curso oferece uma formação alinhada com o modelo educativo da UAX, que combina teoria e prática para preparar os futuros veterinários para trabalhar em situações reais que encontrarão na sua inserção no mundo do trabalho. Inclui também visitas a instalações de vanguarda, como a Granja 5.0 em Lérida, que está na vanguarda da digitalização da pecuária.

Este é um tema muito relevante se tivermos em conta que o setor pecuário espanhol é o segundo maior exportador de suínos do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos, com um volume de negócios de cerca de 38.000 milhões de euros por ano. Por isso, é essencial que os futuros veterinários compreendam o impacto da digitalização na gestão das explorações.

GESTÃO DA VIDA SELVAGEM E DOS ANIMAIS SELVAGENS

A UAX salientou que é a primeira universidade em Madrid a introduzir a disciplina de Vida Selvagem e Gestão da Vida Selvagem como uma opção no terceiro ano da Licenciatura em Veterinária, o que reforça a sua liderança na formação sob a abordagem One Health. “A relação entre a vida selvagem e a saúde pública é cada vez mais relevante. Mais de 70% das doenças emergentes nos seres humanos têm a sua origem em animais, muitas delas transmitidas através de espécies selvagens. Este contexto realça a necessidade de veterinários com formação em epidemiologia, gestão de espécies e conservação da biodiversidade”, afirma.

O curso aborda áreas fundamentais como sustentabilidade, legislação ambiental, manejo de espécies, epidemiologia e saúde pública, proporcionando uma formação abrangente em conservação da fauna silvestre. “É uma disciplina que até agora não tinha formação específica nos currículos e que é essencial para garantir a sustentabilidade dos ecossistemas”, explica Jaime Galán, Coordenador de Biologia e Gestão da Vida Selvagem na Licenciatura em Veterinária da UAX. “A crescente procura de especialistas nesta área reflete-se na elevada inscrição de alunos nesta disciplina opcional, que atinge um terço dos inscritos”, acrescenta Galán.

Além disso, quem opta por esta disciplina tem acesso a uma formação transversal que o prepara para uma maior empregabilidade com oportunidades profissionais em centros de recuperação de animais selvagens ou de controlo de doenças da fauna selvagem, bem como em consultoria ambiental, gestão de recursos naturais, segurança alimentar, cargos em organismos públicos responsáveis pela fiscalização do estado dos ecossistemas e pela proteção da fauna selvagem ou alfândegas.

A incorporação destes temas demonstra a aposta da UAX numa formação adaptada aos novos desafios do setor veterinário. Com uma abordagem inovadora e prática, a UAX está a consolidar a sua posição como uma referência no ensino de competências digitais e específicas que impulsionam o desenvolvimento profissional dos seus alunos.

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