Sindicato dos Jornalistas acusa Global Media de falhar pagamentos apesar de ter dinheiro

  • Lusa
  • 29 Maio 2024

O Sindicato dos Jornalistas "entende que esta situação é, a todos os títulos, intolerável e lamentável. Trata-se de dinheiro que tem como destino os salários dos trabalhadores”.

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) acusou esta quarta-feira a Global Media Group (GMG) de falhar os pagamentos relativos a março a mais de 130 trabalhadores a recibos verdes, apesar de ter recebido dinheiro “para cumprir essa obrigação”.

Em comunicado, este sindicato realçou que a Notícias Ilimitadas (NI), empresa que está a negociar a compra de títulos da Global Media Grupo como o JN, TSF, O Jogo e várias revistas, fez “uma transferência de milhares de euros para a conta” do grupo, apontando que é “dinheiro destinado ao pagamento dos salários de maio dos trabalhadores e de março aos trabalhadores a recibos verdes”.

“A administração do GMG confirmou ter recebido a transferência, mas disse que não podia garantir que o dinheiro seria para pagamento aos colaboradores”, indicou o SJ.

“O SJ entende que esta situação é, a todos os títulos, intolerável e lamentável. Trata-se de dinheiro que tem como destino os salários dos trabalhadores”, vincou, acrescentando que vai acionar o seu gabinete jurídico e “tomar as ações necessárias perante mais este abuso e esta violação dos direitos dos trabalhadores, independentemente do vínculo contratual”.

No final da semana passada a GMG disse estar a aguardar a posição da Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a venda de alguns dos títulos à NI, depois da ‘luz verde’ dada pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Em comunicado aos trabalhadores, ao qual a agência Lusa teve acesso, a GMG referiu ainda que quando o processo estiver concluído regularizará o subsídio de Natal em atraso.

Em causa está a venda pelo grupo à NI da TSF, Jornal de Notícias, JNH, Jogo, Evasões, Volta ao Mundo, N-TV e Delas. O sindicato explicou que tem mantido uma “postura dialogante” com a administração do GMG, salientando que “desde a entrada de Vítor Coutinho para CEO abriu uma via de comunicação que tem sido respeitada e mantida”, mas alertou que a “continuada violação dos direitos dos trabalhadores” pode levar a uma mudança no relacionamento.

“[O SJ] Não abdica de nenhuma forma de luta, estando a avaliar qual a melhor forma de defender os postos de trabalho e salvaguardar a manutenção dos vários títulos, cuja importância no panorama da comunicação social portuguesa é verdadeiramente imprescindível”, destacou.

Esta estrutura sindical considerou ainda perturbador o “comportamento do GMG, num momento em que decorrem negociações, aparentemente em fase final”. “Se realmente os acionistas querem fazer este negócio, devem dar sinais de que é fundamental e prioritário manter a empresa para terem o que vender”, sublinhou.

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Canadá também admite que Kiev use armas para atacar solo russo

  • Lusa
  • 29 Maio 2024

"Não existem condições de utilização final para o envio de armas do Canadá para a Ucrânia", afirmou a chefe da diplomacia canadiana.

O Canadá admite que a Ucrânia use as armas que lhe cedeu para atacar território russo, disse esta quarta-feira a chefe da diplomacia canadiana sobre um tema que tem dividido os aliados da NATO. “Não existem condições de utilização final para o envio de armas do Canadá para a Ucrânia”, afirmou Mélanie Joly, numa conferência de imprensa com o seu homólogo sueco, Tobias Billström, em Estocolmo.

A ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá afirmou ainda que tenciona defender a utilização sem restrições das armas recebidas pela Ucrânia na reunião informal dos chefes da diplomacia da Aliança Atlântica a decorrer em Praga, República Checa, na quinta e sexta-feira. “Acreditamos que temos de ser agressivos nesta questão”, afirmou Joly.

“A Rússia não tem linhas vermelhas e é por isso que temos de garantir que, no que diz respeito à defesa da Ucrânia, estamos a ajudá-la e que estamos do seu lado”, afirmou a ministra canadiana. Por seu lado, os Estados Unidos não aconselham Kiev a efetuar ataques dentro da Rússia com armas norte-americanas, uma posição que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, reforçou esta quarta.

“Não encorajámos nem facilitámos ataques fora da Ucrânia. Mas (…) a Ucrânia tem de tomar as suas próprias decisões sobre a melhor forma e a mais eficaz de se defender”, afirmou Blinken numa conferência de imprensa no final da sua visita à Moldova. O secretário de Estado norte-americano acrescentou: “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que a Ucrânia dispõe do equipamento necessário para o fazer”.

Blinken afirmou que, apesar de os militares russos terem tirado partido do atraso do Congresso dos Estados Unidos na aprovação da ajuda militar a Kiev, esta está agora a chegar à linha da frente. As armas já estão a ter um “efeito” na estabilização da frente de combate na região de Kharkiv (nordeste), que tem sido palco de uma ofensiva russa bem sucedida há várias semanas.

Blinken afirmou que o Kremlin (presidência russa) não conseguiu tomar a segunda cidade da Ucrânia e provocar um “êxodo em massa” da sua população. O Presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou esta semana a Europa com “graves consequências”, caso os países da NATO permitam que a Ucrânia utilize armamento ocidental contra alvos em território russo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, afirmou no início deste mês que, tal como a Rússia ataca a Ucrânia no seu próprio território, é compreensível que Kiev sinta a necessidade de se defender, nomeadamente através de ataques direcionados contra o território russo.

Também o Presidente francês, Emmanuel Macron, já se mostrou favorável ao uso de armas ocidentais pela Ucrânia contra o território russo para neutralizar pontos de onde a Rússia lança os seus mísseis, desde que os alvos não sejam civis.

Na mesma linha, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou esta semana ter chegado o momento de levantar esta restrição e argumentou que atacar alvos militares em solo russo, a partir dos quais a Ucrânia está a ser bombardeada, é uma forma de legítima autodefesa.

Portugal, pela voz do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, está “mais relutante” e defende “alguma prudência” quanto a esta possibilidade para “evitar uma escalada” do conflito. Já o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, considerou esta quarta que “qualquer pessoa normal” compreenderia a utilização de armamento por parte da Ucrânia, em “ações defensivas”, contra alvos militares em território russo, uma posição pessoal que disse não comprometer o Governo português.

Na segunda-feira, a Assembleia Parlamentar da NATO, uma instituição independente da Aliança Atlântica, aprovou uma declaração de apoio à capacidade da Ucrânia de atacar alvos militares na Rússia também com armas fornecidas por países aliados.

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PS apresenta nova queixa contra Governo por não ter apagado publicações nas redes sociais

  • Lusa
  • 29 Maio 2024

Os socialistas consideram "grave que não tenha sido respeitada uma decisão da CNE" e esperam que o Governo cumpra o que foi decidido para evitar incorrer num delito de "desobediência qualificada".

O PS apresentou uma nova queixa contra o Governo junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE) por incumprimento da deliberação de 22 de maio que notificou o executivo para apagar publicações nas redes sociais.

Esta nova queixa, entregue na terça-feira, surge após o incumprimento de uma notificação da CNE, do dia 22 de maio, para que o Governo apagasse algumas das publicações nas redes sociais, por serem consideradas “publicidade institucional” em período de campanha eleitoral.

Verificámos que não só as publicações continuam disponíveis, portanto aquelas que foram objeto diretamente da queixa em relação às quais a CNE nos deu razão, como continuavam as publicações de natureza idêntica“, explicou o deputado socialista Pedro Delgado Alves.

Os socialistas consideram “grave que não tenha sido respeitada uma decisão da CNE” e esperam que o Governo cumpra o que foi decidido para evitar incorrer num delito de “desobediência qualificada”.

“Já estamos na semana da campanha eleitoral propriamente dita. Isto é uma obrigação que começa logo que estão marcadas as eleições e, portanto, já desde 4 de abril que esta obrigação estaria em vigor, a que pelo menos na reta final haja o cumprimento de um elemento fundamental da lei eleitoral”, defendeu Pedro Delgado Alves.

Na queixa entregue na terça-feira à CNE, o partido argumenta que as “publicações nas várias páginas das redes sociais Facebook, X (ex-Twitter) e Instagram consubstanciam “prática continuada de crime de violação dos deveres de neutralidade e imparcialidade“.

O PS, lê-se na mesma queixa, exige uma “urgente tomada de posição por parte da CNE” que coloque “um ponto final à ilegalidade que está a ser praticada, com a aplicação de respetivas sanções aos seus autores e responsáveis, pelo incumprimento da decisão“.

No passado dia 21, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) notificou o Governo para apagar algumas publicações nas redes sociais por considerar serem “publicidade institucional proibida” em período eleitoral para as europeias, na sequência de uma queixa do PS.

Segundo a deliberação, esta ordem para apagar as publicações nas redes sociais do Governo deixa de fora as que foram feitas sobre a prorrogação do prazo para a limpeza de terrenos.

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Fundo de Garantia de Depósitos cobre 69% dos depósitos nacionais

Os recursos próprios do Fundo de Garantia de Depósitos aumentaram 2,7% para 45,3 milhões de euros em 2023 e o rácio de capitalização do Fundo aumentou para 0,98%, muito acima dos 0,8 exigidos.

O Fundo de Garantia de Depósitos (FDG) manteve inalterado o rácio de cobertura de depósitos no ano passado em 69%. Significa que, por cada 100 euros de depósitos, o FDG tem garantido 69 euros. “Assim, a proporção de depósitos que, embora titulados por depositantes elegíveis, não se encontram cobertos pela garantia prestada pelo Fundo, por excederem o limite dessa garantia, era de 31%”, refere o FDG do Relatório e Contas de 2023, divulgado esta quarta-feira.

No entanto, o FDG refere que, “em contrapartida, para cerca de 98% dos depositantes elegíveis para efeitos da garantia do Fundo, a cobertura proporcionada pelo FGD abrangia a integralidade dos seus depósitos, por serem titulares de saldos iguais ou inferiores a 100 mil euros (saldo atribuível a cada depositante, por cada instituição).”

Os resultados do FDG mostram também que, em 2023, os recursos próprios do FGD registaram um incremento de 45,3 milhões de euros, equivalente a um crescimento de 2,7%. Este aumento foi impulsionado pela rentabilidade positiva da gestão dos ativos do Fundo, que gerou ganhos de 37,1 milhões de euros, “o que permitiu que, num só ano, ficassem mais do que compensados os resultados negativos acumulados ao longo do período de seis anos em que a rendibilidade do Fundo foi inevitavelmente penalizada pelo contexto de taxas de juro negativas”, destaca Luís Máximo dos Santos, presidente da comissão executiva do FDG e vice-governador do Banco de Portugal no relatório.

Uma das iniciativas mais significativas realizadas pelo FDG no ano passado foi a liquidação de compromissos irrevogáveis de pagamento por seis instituições participantes que, entre 1997 e 2011, assumiram perante o fundo, um total 250,4 milhões de euros.

Adicionalmente a este valor, o FDG beneficiou ainda do produto das coimas aplicadas pelo Banco de Portugal no ano passado, somando com isso 5,7 milhões de euros às suas receitas.

O relatório e contas de 2023 revela ainda que as contribuições das instituições de crédito participantes do FDG mantiveram-se estáveis, totalizando 2,7 milhões de euros em 2023 (face a 2,6 milhões de euros em 2022).

Uma das iniciativas mais significativas realizadas pelo FDG no ano passado foi a liquidação de compromissos irrevogáveis de pagamento por seis instituições participantes que, entre 1997 e 2011, assumiram perante o fundo, um total 250,4 milhões de euros. Esta liquidação resultou numa redução do stock de compromissos irrevogáveis de pagamento de 443,8 milhões de euros para 193,4 milhões de euros, refere o FDG no relatório.

“Esta iniciativa teve um impacto expressivo na robustez financeira e operacional do FGD. Por um lado, melhorou a qualidade do balanço e aumentou a capacidade de geração de rendimento. Por outro lado, reforçou a capacidade de resposta do Fundo a eventuais situações de crise, diminuindo também os efeitos adversos que poderiam ser provocados pela liquidação dos compromissos, se tivesse lugar num momento adverso”, explica Luís Máximo dos Santos.

No plano operacional, o relatório e contas de 2023 revela que o FGD conduziu um teste à qualidade da informação que as instituições participantes no Fundo dispõem nas suas bases de dados referente a contas de depósito e respetivos depositantes, bem como à sua capacidade para produzir a relação completa dos créditos dos depositantes, no prazo de dois dias úteis. “Esse tipo de exercícios é fundamental para garantir que o FGD está preparado para responder eficazmente a quaisquer necessidades futuras, assegurando a integridade e a prontidão dos seus processos”, destaca o FDG.

Apesar do contexto económico global incerto, com tensões geopolíticas persistentes e uma política monetária mais restritiva, os resultados do FDG mostram um reforço da sua capacidade financeira e operacional.

Isso é visível, por exemplo, no nível do rácio entre os recursos próprios do FGD e os depósitos cobertos, que aumentou para 0,98% em 2023 (face a 0,94% em 2022), superando o nível-alvo de 0,8% estabelecido pela Diretiva 2014/49/UE, “contrariando a tendência de redução desse rácio, que se vinha observando nos últimos anos, sobretudo como resultado do crescimento dos depósitos abrangidos pela garantia”, destaca o presidente do FDG.

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Regulador confirma aumento de 6,9% dos preços do gás natural a partir de outubro

ERSE aprovou a proposta de um agravamento das tarifas reguladas do gás de 6,9%, a aplicar a partir de outubro.

Os preços do gás natural no mercado regulado vão mesmo aumentar a partir de outubro. A proposta apresentada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), em março para o ano-gás 2024-2025, foi aprovada esta quarta-feira e irá traduzir-se num aumento de 6,9% nos preços do gás natural para os clientes em baixa pressão com consumos até 10 mil metros cúbicos por ano, o que inclui famílias e parte do tecido empresarial.

Segundo a nota, o impacte na fatura do gás natural (incluindo taxas e impostos), para as tipologias de consumo mais representativas (casal sem filhos e casal com dois filhos), traduz-se num aumento entre os 0,88 e os 1,68 euros na fatura mensal.

Assim, feitas as contas, um casal sem filhos, no primeiro escalão e com um consumo anual de 1.610 kWh, passará a pagar uma fatura de 15,66 euros, a partir de outubro. Por seu turno, um casal com dois filhos, no segundo escalão e com consumos de 3,407 kWh por ano pagará, a partir de outubro, uma fatura mensal de 29,75 euros.

“Com esta decisão de tarifas, os preços de venda a clientes finais do mercado regulado observarão, no conjunto dos últimos cinco anos, uma variação média anual de 3,3% no preço final. Estão sujeitos a estas variações os cerca de 447,5 mil consumidores que permaneciam, no final de março de 2024, no mercado regulado”, informa a nota.

A ERSE sublinha que os clientes com tarifa social, quer no mercado regulado, quer no mercado livre, continuam a ter um desconto de 31,2%, calculado por referência aos preços de venda a clientes finais do mercado regulado.

Notícia atualizada pela última 19h45

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Governo prepara reestruturação operacional da PSP e GNR

  • Lusa
  • 29 Maio 2024

Margarida Blasco sublinhou que tem de haver uma atuação “mais eficaz no sentido de criar mecanismos de atuação rápida e de policiamento muito presentes sobretudo nas grandes cidades".

O Governo está a preparar uma reestruturação operacional da PSP e GNR, que passa pela reorganização do dispositivo policial em todo o país para garantir mais polícias nas ruas, sobretudo nas cidades, anunciou esta quarta-feira a ministra da Administração Interna.

Na Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República, Margarida Blasco afirmou aos deputados que está ser feito um levantamento das necessidades em todo o país para se avançar com “um plano conjunto para a PSP e GNR”.

“Há problemas de roubos e assaltos e para a população é importante ter uma polícia que está aos olhos de todos e pode intervir rapidamente. Estamos a trabalhar nisso há algumas semanas e vamos fazer um programa de prioridades relativamente aos cidadãos e relativamente à atuação operacional da PSP e GNR”, precisou. Margarida Blasco sublinhou que, neste momento, tem de haver uma atuação “mais eficaz no sentido de criar mecanismos de atuação rápida e de policiamento muito presentes sobretudo nas grandes cidades, onde há mais problemas”.

A ministra, que foi chamada ao parlamento pelo Chega e pelo Partido Socialista sobre a demissão do diretor nacional da Polícia de Segurança Pública, superintendente-chefe José Barros Correia, aproveitou para anunciar as medidas que vão ser feitas para o país ter “uma polícia mais próxima, mais eficaz e mais interveniente”.

“Há que fazer rapidamente uma intervenção operacional sobretudo nos grandes centros urbanos”, disse, indicando que esteve reunida com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa e, na próxima semana, terá um encontro com o autarca do Porto “para ver quais os pontos negros destas cidades”.

A governante indicou que a reestruturação vai começar por Lisboa e Porto, mas depois vai abranger todo o território, sustentando que o Governo está preocupado com os centros urbanos, onde está aumentar a criminalidade e a mudar o tipo de criminalidade, mas também é necessário “olhar para o interior”.

Temos que reestruturar o dispositivo a nível nacional, temos que evitar duplicação de serviços das forças de segurança em locais onde não é necessário e reforçar o policiamento em outros sítios que estão carecidos de elementos das forças de segurança. A primeira questão que se põe é que temos que olhar para o país que temos e verificar se a PSP e GNR estão nos sítios onde devem estar ou podemos pô-las a exercer o seu trabalho em outros sítios em que há carência”, explicou.

Como exemplo, referiu o caso do distrito da Guarda, onde a população é envelhecida e isolada, sendo que aqui é necessário “reforçar a segurança no sentido de cada agente poder ser uma espécie de acompanhamento de um casal de idosos”.

Aos deputados a ministra destacou algumas das medidas que vão estar incluídas nesta reestruturação, nomeadamente a “reorganização do dispositivo policial da PSP e GNR a nível nacional para garantir um efetivo policiamento de proximidade” e a criação de “soluções específicas para cada centro urbano que contribuam para um reforço de policiamento de proximidade e de visibilidade e resposta operacional célere e eficaz”.

Margarida Blasco indicou ainda que vai ser novamente implementada a queixa eletrónica e criado um sistema que permita a quem faz uma queixa na polícia seja informado sobre o que aconteceu.

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Colibri desafia a “sair para a sua área de conforto” em campanha

  • + M
  • 29 Maio 2024

A criatividade é da FunnyHow e a produção da Krypton. A UM foi a responsável pelo planeamento de meios, com a campanha a marcar presença em televisão, rádio e digital até 23 junho.

A Colibri mostra numa nova campanha que quem viaja nas autoestradas da rede Brisa encontra nos seus espaços um local para “satisfazer necessidades fundamentais ao conforto, bem-estar e segurança”.

Saia para a sua área de conforto” desafia a marca na campanha cujo conceito “tira partido de situações comuns com que os viajantes facilmente se identificam, passadas durante as suas deslocações em autoestrada, e mostra as mais-valias das áreas de conforto para as recomendadas e tão desejadas paragens”, explica-se em nota de imprensa.

A criatividade é da FunnyHow e a produção da Krypton. A UM foi a responsável pelo planeamento de meios, com a campanha a marcar presença em televisão, rádio e digital até 23 junho.

“Seja para tomar um café, comer uma refeição ou apenas um snack, esticar as pernas ou descarregar as baterias das crianças, a Colibri tem o melhor espaço e a oferta mais variada onde todos se sentem bem recebidos. Habitualmente, somos desafiados a fazer o contrário [sair da nossa zona de conforto], mas nas nossas áreas de conforto é sempre bom permanecer” diz Maria Afonso Pereira, marketing manager da Colibri, citado em comunicado.

Já por parte da FunnyHow, César Sousa, chief creative officer, refere que “há viagens que podem ser muito desconfortáveis. Ou porque está muito calor, ou porque os miúdos estão aos berros, ou porque estamos com malas até ao tejadilho… por isso, mais do que uma boa viagem, é importante saber que, nas áreas de conforto da Colibri, se pode fazer uma excelente paragem. Afinal, parar também faz parte. Mais vale fazê-lo em bom”.

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Judite Sousa e Luís Paixão Martins formam dupla no Now

A jornalista e o especialista em comunicação vão conduzir um programa semanal de entrevistas.

Judite de Sousa e Luís Paixão MartinsJudite Sousa e Luís Paixão Martins vão fazer dupla no Now, o canal de informação da Medialivre que vai para o ar no próximo dia 17 de junho, avançou ao +M Carlos Rodrigues. Está assim confirmada a presença regular da jornalista no canal, cerca de dois anos após ter deixado a CNN.

Judite Sousa e o especialista em comunicação vão conduzir um programa semanal de entrevistas. O formato vai para o ar às 22h, provavelmente à terça-feira, e o pretexto para a escolha do entrevistado será a análise da semana.

Esta semana, a título de exemplo, o diretor do Now e também diretor-geral editorial do grupo, aponta a ministra da Saúde como a protagonista ideal para o espaço de entrevista conduzida pelos dois profissionais.

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Justiça espanhola vai avançar com investigação a mulher de Sánchez

  • Lusa
  • 29 Maio 2024

Ao contrário de um parecer do Ministério Público, magistrados do tribunal de Madrid consideraram que a denúncia contém "indícios objetivos" de que pode ter sido cometido um crime.

A justiça espanhola decidiu esta quarta-feira avançar com a investigação à mulher do primeiro-ministro Pedro Sánchez por suspeitas de tráfico de influências, rejeitando um parecer do Ministério Público que defendia o arquivamento de uma denúncia contra Begoña Gómez. Os magistrados do tribunal de Madrid responsáveis pelo caso consideraram que a denúncia contém “indícios objetivos” de que pode ter sido cometido um crime, o que “legitima uma investigação”, segundo uma decisão citada pelos meios de comunicação social espanhóis.

Na denúncia contra Begoña Gómez, apresentada por uma associação conotada com a extrema-direita, estavam em causa ligações da mulher de Pedro Sánchez a empresas privadas que receberam apoios públicos durante a crise da pandemia de covid-19 ou assinaram contratos com o Estado quando o marido era já primeiro-ministro.

A decisão do tribunal de Madrid diz que os “indícios objetivos” que justificam uma investigação judicial só existem num dos casos referidos na queixa, excluindo o do grupo turístico Globalia, da companhia áerea Air Europa, que foi resgatada pelo governo espanhol durante a pandemia. Em relação a este caso, os magistrados consideraram que a denúncia não passa de uma conjetura e que não há motivos para avançar com a investigação.

O tribunal disse, por outro lado, que na decisão, para responder ao parecer do Ministério Público, não levou em consideração um relatório da unidade policial que fez uma investigação preliminar sobre a queixa contra Begoña Gómez e que concluiu não haver fundamentos para avançar com um processo. Segundo esses magistrados, este relatório foi pedido pelo juiz de instrução, que ainda não se pronunciou sobre o documento e, além disso, tem optado por levar a cabo várias diligências, como a audição de diversas testemunhas.

Um tribunal de Madrid revelou em 24 de abril a abertura de um “inquérito preliminar” por alegado tráfico de influências e corrupção de Begoña Gomez, na sequência de uma queixa de uma organização conotada com a extrema-direita baseada em alegações e artigos publicados em páginas na Internet e meios de comunicação digitais.

O Ministério Público pediu no dia seguinte o arquivamento da queixa, por considerar não haver indícios de delito que justifiquem a abertura de um procedimento penal. No dia em que se soube da abertura do inquérito, Pedro Sánchez disse que ponderava deixar o cargo de primeiro-ministro. Após cinco dias de reflexão, decidiu continuar à frente do Governo espanhol.

Sánchez disse que ponderava deixar o cargo por causa da “máquina de lodo” da direita e extrema-direita, afirmando-se vítima, ele a mulher, há anos, de campanhas de desinformação e boatos. Na semana passada, numa declaração no plenário do parlamento espanhol, garantiu que a atividade profissional da mulher “é honesta”.

“A única coisa que há é lodo”, disse o socialista Pedro Sánchez, que voltou a acusar o Partido Popular (PP, direita) e o Vox (extrema-direita) de levarem para o debate político informações manipuladas, mentiras e boatos das redes sociais que depois associações extremistas judicializam, apresentando queixas na justiça. Sánchez disse ainda ter a certeza de que em breve a justiça arquivará as queixas contra a sua mulher.

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Sindicatos e OGMA chegam a acordo para aumentos de 50 euros

  • Lusa
  • 29 Maio 2024

A proposta passa por um aumento de 50 euros na tabela salarial com efeitos retroativos a 1 de abril e a “criação de um subsídio de alimentação no valor de três euros/dia, também com retroativos.

A OGMA e três sindicatos chegaram a acordo para um aumento de 50 euros na tabela salarial, com efeitos retroativos a 01 de abril, segundo um comunicado divulgado esta quarta-feira.

Na nota, divulgada pelos sindicatos dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), dos Técnicos de Manutenção de Aeronave (Sitema) e dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa (STEFFAs) lê-se que, “apesar do anúncio” da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal de “aplicar um ato de gestão, atribuindo 41 euros na tabela e a criação de um subsídio de alimentação, bem como, do anúncio de que isso já estaria acordado com outras organizações”, as três entidades conseguiram “uma evolução”.

A proposta passa assim por um aumento de 50 euros na tabela salarial com efeitos retroativos a 01 de abril e a “criação de um subsídio de alimentação no valor de três euros/dia, também com retroativos a 01 de abril”. Esta proposta foi esta quarta levada a plenário, indicaram, “tendo os trabalhadores aprovado a mesma por larga maioria”.

“Nesse sentido, comunicaremos de imediato à empresa que temos condições para a subscrição de um acordo nestes termos, avançando posteriormente para as restantes matérias relativamente ao clausulado”, realçaram as estruturas sindicais.

“Não obstante todas as dificuldades criadas ao longo deste processo, desde logo por quem se predispôs a assinar o que quer que fosse proposto pela empresa, foi possível a estes sindicatos melhorar as propostas anteriores, o que se deve muito à enorme mobilização dos trabalhadores”, remataram.

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Tribunal aprova acesso de dona da Visão a PER

"Enfrentamos grandes desafios financeiros, acreditamos que somos viáveis economicamente – só assim é possível aderir ao PER", afirma Luís Delgado. O tribunal despachou favoravelmente o pedido.

O Juízo do Comércio de Sinta deu luz verde ao acesso da Trust in News (TiN), dona da Visão e da Exame, ao Plano Especial de Revitalização (PER) submetido na semana passada, sabe o +M. Bruno Costa Pereira é o administrador nomeado pelo tribunal para conduzir o processo, que no imediato suspende o pagamento de dívidas e levará a uma negociação com todos os credores.

Enfrentamos grandes desafios financeiros, acreditamos que somos viáveis economicamente – só assim é possível aderir ao PER – e isso dá-nos a oportunidade de manter e acelerar a reestruturação interna, reorganizar as nossas finanças e superar as dificuldades”, afirma Luís Delgado, dono do grupo, num comunicado ao qual o +M teve acesso.

A administração do grupo, formado no início de 2018 para ficar com os títulos da então Impresa Publishing, explica que “sem utilizar este instrumento de gestão, nesta fase, e tendo em conta o esforço de tesouraria necessário para cumprir as obrigações básicas, como ordenados, subsídios, produção de revistas, e outros tantos fornecimentos estratégicos, a empresa ficaria rapidamente paralisada“.

A adesão ao PER possibilita então, através do administrador judicial, “negociar diretamente com os credores soluções que beneficiem ambas as partes“, o que inclui “a possibilidade de redução de dívidas, juros, moras, e garante prazos de pagamento flexíveis“.

Permite também, lista o comunicado, “manter todas as nossas operações e, consequentemente, preservar os empregos dos nossos colaboradores. Valorizamos cada membro da nossa equipa e estamos comprometidos em mantê-los“.

“Com o PER, a empresa continuará a produzir e oferecer todos os produtos e serviços aos seus clientes e leitores. O mercado tem uma perceção correta do objetivo de um PER, que sumariamente congela e reestrutura todas as dívidas, impede qualquer possibilidade dos credores avançarem com processos, execuções ou outros meios, e permite à empresas aceder a todos os seus meios financeiros para ter tempo de acabar a reestruturação”, resume.

Estamos confiantes de que esta decisão é a melhor para a TIN, neste momento, e também para todos os seus trabalhadores, colaboradores, fornecedores e credores. Conto convosco e com o vosso apoio neste processo e juntos, com certeza, vamos ultrapassar estas dificuldades e desafios”, termina Luís Delgado.

“Este instrumento de gestão foi pedido após uma análise cuidadosa da nossa situação financeira, com o objetivo de garantir a sustentabilidade e estabilidade a curto e longo prazo”, lia-se no email enviado na noite de terça-feira a todos os colaboradores do grupo e ao qual o +M também teve acesso.

O Expresso tinha revelado na última semana que Luís Delgado enviou um outro email aos trabalhadores a pedir desculpa pelos salários em atraso no grupo. “Quero dizer-vos que estou totalmente focado em garantir o sucesso da reestruturação, a todos os níveis, e determinado a usar todos os instrumentos de gestão para estabilizar a situação crítica que vivemos. O ano 2024 arrancou mal, é verdade, e vocês estão a sofrer diretamente esse impacto – que é insustentável e inaceitável – mas não vamos desistir nem desertar”, afirmou nessa mensagem. Os salários em atraso da TIN, uma empresa unipessoal de Luís Delgado, repetem-se, depois de o mesmo ter sucedido em outubro e novembro do ano passado. O pedido de PER será uma das medidas imediatas.

Entretanto, garante fonte próxima do processo ao +M, os ordenados que ainda estão em atraso de abril serão pagos até ao final da semana. Também até sexta-feira serão pagos todos os subsídios de refeição e “mais de metade” dos ordenados de maio. O pagamento dos vencimentos começará a ser feito pelos ordenados mais baixos.

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TAP entre as 25 melhores companhias “premium” do mundo

  • ECO
  • 29 Maio 2024

Avaliação do site AirlineRatings.com coloca a companhia área como a segunda melhor da Europa, depois da Air France - KLM. Qatar Airways eleita a melhor do mundo.

O site Airlineratings.com coloca a TAP entre as 25 melhores companhias aéreas do mundo. A transportadora portuguesa é a segunda melhor europeia, atrás da Air France – KLM, num ranking que é liderado pela Qatar Airways.

A lista tem como base 12 critérios avaliados pelo júri, “que incluem a segurança de voo, a avaliação do produto oferecido por cada companhia, a idade da frota, a rentabilidade, os incidentes graves, as avaliações dos passageiros provenientes de várias fontes, a inovação e as encomendas futuras da frota”, indica a Airlineratings.com.

O sistema de classificação utiliza uma escala até sete estrelas. “TAP obtém sete estrelas em sete no capítulo de segurança de voo e seis estrelas em sete na avaliação do produto que oferece aos clientes”, destaca a companhia aérea portuguesa em comunicado.

A Qatar Airways foi considerada a melhor transportadora do ano, vencendo também na categoria de business class e catering. A Air New Zeland foi distinguida com o prémio para a melhor classe económica enquanto a Singapore Airlines venceu na primeira classe.

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