Marcelo diz que havia “expectativas muito altas” sobre plano para a saúde

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

O Presidente da República vê como um "caso de sucesso pleno" a resolução das listas de espera de cirurgia para doentes oncológicos que ultrapassaram o tempo máximo recomendado.

O Presidente da República considerou esta quinta-feira que foram criadas “expectativas muito altas” quanto ao plano de emergência do Governo para a saúde e disse esperar que os constrangimentos nas urgências deste ano “não se repitam” no próximo.

“Sendo certo que era um plano para dois anos, faseado ao longo de dois anos, criou expectativas muito altas quanto ao calendário fixado. E as pessoas, naturalmente, pensaram que esse plano de emergência poderia ser todo cumprido ao mesmo ritmo e ser cumprido não em dois anos, faseadamente, mas em poucas semanas ou em poucos meses, sobretudo calhando no período que é um período sempre complicado, como é o verão”, salientou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava aos jornalistas, ao lado do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que visitaram o hospital Santa Maria, em Lisboa. Marcelo disse ver como um “caso de sucesso pleno” a resolução das listas de espera de cirurgia para doentes oncológicos que ultrapassaram o tempo máximo recomendado, uma das 54 medidas do plano de emergência para a saúde do Governo PSD/CDS-PP.

Para o Presidente da República, o que importa “é ir acompanhando agora as várias outras medidas para ver se é possível, e se é possível dentro de que prazos – e naturalmente que o Governo quererá que seja rápido as circunstâncias podem permitir que seja mais rápido ou menos rápido – em que medida é que o calendário é cumprido, em algumas medidas ou noutras medidas”.

Interrogado sobre a alegada recusa do hospital das Caldas da Rainha em atender uma grávida que tinha sofrido um aborto espontâneo, o chefe de Estado recusou-se a comentar casos concretos e lembrou que estão a decorrer averiguações. Marcelo Rebelo de Sousa considerou que é “uma exigência e um desafio” que as causas que levam “à capacidade de resposta das urgências mudem para melhor o mais rapidamente possível”, salientando que alguns pacientes que recorrem a serviços de urgência “deviam ser tratados nos cuidados primários”.

O chefe de Estado acrescentou que, nalguns casos, as urgências não têm “capacidade para corresponder igualmente por todo o país às necessidades dos portugueses”.

“Ora, bom, tudo isso preocupa os portugueses, tudo isso preocupa o Governo, tudo isso preocupa as oposições, tudo isso preocupa o Presidente da República, no sentido de que é preciso encontrar soluções o mais rápido possível para que a situação não se verifique no ano que vem. E eu ouvi a senhora ministra [da Saúde] dizer que para o ano, espero bem, que aquilo que se vive este ano já não seja vivido. A senhora ministra espera e eu espero”, afirmou.

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Trump propõe três debates televisivos com Kamala Harris em setembro

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

“Acordámos com a [estação de televisão) Fox para 4 de setembro, com a NBC (…) para 10 de setembro e com a ABC para 25 de setembro”, declarou o republicano.

O candidato republicano às eleições presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump, propôs esta quinta-feira a realização em setembro de três debates televisivos com a adversária democrata, Kamala Harris, após o abandono da corrida pelo Presidente em exercício, Joe Biden.

“Acordámos com a [estação de televisão) Fox para 4 de setembro, com a NBC (…) para 10 de setembro e com a ABC para 25 de setembro”, declarou Trump, numa conferência de imprensa que está a dar em Mar-a-Lago, a sua propriedade no Estado da Florida.

Espero que ela aceite”, acrescentou o ex-presidente norte-americano (2017-2021), naquela que é a sua primeira aparição pública desde que a atual vice-presidente do país, Kamala Harris, se tornou a candidata presidencial do Partido Democrata e escolheu o governador do Minnesota, Tim Walz, como seu candidato a vice-presidente.

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Governo cria Estrutura de Missão para a Comunicação Social

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

O #PortugalMediaLab vai assegurar a coordenação da execução e monitorização das políticas públicas no domínio da comunicação social, apoiando a conceção e concretização do Plano de Ação para os Media.

O Governo decidiu criar uma Estrutura de Missão para a Comunicação Social para “assegurar a coordenação da execução e a monitorização das políticas públicas” nesta área, tendo aprovado esta quinta-feira a resolução de Conselho de Ministros.

Esta estrutura de missão, designada por #PortugalMediaLab, “tem a missão de assegurar a coordenação da execução e a monitorização das políticas públicas no domínio da comunicação social, apoiando a conceção e a concretização do Plano de Ação para os Media“, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

O plano de ação “será posteriormente aprovado em Conselho de Ministros, assim como o Plano Nacional para a Literacia Mediática”.

A medida foi anunciada esta quinta-feira pelo ministro da Presidência na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, onde explicou que esta “é a estrutura operacional que apoia o Governo para as políticas de comunicação social, é criada a partir do serviço que hoje está integrado na secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros, que vai ser extinta neste outono”.

Para o Governo, “faz sentido que as políticas da comunicação social tenham uma entidade específica e especializada que se encarrega de, com os recursos que existem hoje – ou seja não há criação de mais despesa -, ter uma condução de política específica”, disse António Leitão Amaro.

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Carlos Mineiro Aires renuncia a presidente do Conselho Superior de Obras Públicas

  • ECO
  • 8 Agosto 2024

O presidente do Conselho Superior de Obras Públicas sai do cargo a 1 de setembro de 2024, sem sequer ter cumprido meio mandato.

Carlos Mineiro Aires está de saída da presidência do Conselho Superior de Obras Públicas (CSOP), segundo o comunicado do Conselho de Ministros, divulgado esta quinta-feira. O Governo aceitou o “pedido de renúncia ao mandato”, indica a nota, acrescentando que a decisão produz efeitos “a 1 de setembro de 2024”.

Mineiro Aires tinha sido designado para o cargo em julho de 2022 para um mandato de cinco anos, que podia ser renovável por uma única vez. O comunicado não justifica a razão da renúncia.

O engenheiro, de 72 anos, preside ainda à comissão de acompanhamento da Comissão Técnica Independente para a ampliação da capacidade aeroportuária da região de Lisboa. Em março deste ano, em declarações aos jornalistas, disse que Luís Montenegro “não pode ser permeável a pressões de uma companhia estrangeira [ANA] a operar em Portugal com um contrato que prejudica os interesses nacionais”. E considerou ainda que “a pressão feita” por José Luís Arnaut, presidente da ANA, a Montenegro “até limita gravemente a atuação do primeiro-ministro”.

O CSOP, criado em 2018, é um “órgão independente de consulta em matéria de infraestruturas, designadamente aeroportuárias, rodoviárias, ferroviárias, portuárias, ambientais, energéticas e de comunicações”. A principal missão é ajudar o Governo “na tomada de decisões sobre os programas de investimento e projetos de grande relevância, cabendo-lhe emitir parecer de caráter técnico, económico e financeiro sobre os projetos que sejam submetidos à sua apreciação”.

 

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Empresa californiana investe 25 milhões em nova base logística em Santarém

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

O projeto da Panattoni prevê a construção de um armazém multi-inquilino com uma superfície bruta alugável de 34.344 metros quadrados e contará com 48 docas de carga e descarga.

Uma empresa californiana vai investir 25 milhões de euros na construção de uma base logística no município de Santarém, junto ao acesso à autoestrada 1 (A1), com a conclusão do projeto prevista para o terceiro trimestre de 2025.

O projeto da Panattoni prevê a construção de um armazém multi-inquilino com uma superfície bruta alugável de 34.344 metros quadrados e contará com 48 docas de carga e descarga, 35 metros de cais de manobra, altura livre de 10,6 metros e potência elétrica de 800 kW em todo o parque. Em declarações à Lusa, Pedro Almeida, sócio gerente do Fort Projects, empresa responsável pelo desenvolvimento do projeto, a nova infraestrutura terá um “impacto muito significativo” na região de Santarém, nomeadamente na criação de novos postos de trabalho.

“Estamos a falar de dezenas de postos de trabalho e vai beneficiar também empresas mais pequenas localizadas nesta região. No meu ponto de vista, este projeto poderá ser uma referência para novas construções na região”, defendeu. Segundo o responsável, os locais onde normalmente costumam ser construídas estas plataformas logísticas “estavam esgotados” e iniciou-se uma procura por novas localizações, tendo Santarém surgido como uma localização “estratégica” devido às acessibilidades.

“Estas plataformas têm de estar próximas das autoestradas, caso contrário têm um impacto muito significativo nas populações. Santarém, desse ponto de vista, é excelente porque tem um acesso direto à autoestrada”, afirmou. No site oficial da Panattoni é referido que o município de Santarém foi escolhido por estar “estrategicamente situado” junto à A1 e pela sua proximidade a Azambuja, “onde se encontram as maiores plataformas logísticas do país”.

Também em declarações à Lusa, o vice-presidente da Câmara Municipal de Santarém, João Leite, adiantou que o concelho “está a ser cada vez mais procurado pelas empresas pela sua localização geográfica” e é “muito requisitado pela componente industrial”. Sobre este projeto em concreto, o autarca salientou que irá criar riqueza e ajudará a “fixar pessoas na região”, através de novos postos de trabalho.

Segundo a empresa, o projeto “já começou com o início da fase de movimentação de terras e prevê-se que esteja pronto no terceiro trimestre de 2025”. Este é o terceiro projeto da empresa californiana em Portugal, que tem atualmente duas construções em desenvolvimento, em Valongo (distrito do Porto) e em Santa Iria de Azoia (distrito de Lisboa).

A Panattoni é uma empresas privada de promotores imobiliários criada em 1986 na Califórnia, nos Estados Unidos da América, e desde 2005 que opera na Europa.

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Ministro da Agricultura não quer regiões “umas contra as outras” por destilação do vinho

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

"Não quero andar aqui a pôr as regiões umas contra as outras, mas é verdade que a produção de vinho numa região é diferente da de outra região", referiu José Manuel Fernandes.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, disse esta quinta-feira que não quer “andar a pôr as regiões umas contra as outras” devido ao preço por litro da destilação do vinho, admitindo que há diferenças na produção.

O governante, que visitou a fábrica de conservas Ramirez, em Matosinhos, respondeu assim a críticas sobre o preço aplicado à destilação do vinho, um método para aproveitar o álcool da produção, que está com elevados stocks e dificuldades de escoamento. A Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal (Fenadegas) contestou o preço pago pelo litro de vinho destilado, notando ser um “total desrespeito” pelas denominações de origem, e antecipou a revolta dos agricultores.

“Eu não quero andar aqui a pôr as regiões umas contra as outras, mas é verdade que a produção de vinho numa região é diferente da de outra região”, referiu. “Se perguntar a uma região se aceitava que o que ela paga e que está cativado pudesse ir para outra, tenho dúvidas que houvesse essa aceitação e é impossível termos um algoritmo que traduzisse com absoluta justiça” aquilo que é “o preço por litro”.

O governante lembrou que Portugal conseguiu 15 milhões de euros provenientes de verbas europeias para apoiar neste esforço, sendo que, o diploma que foi publicado em Diário da República, em 5 de agosto, que define as normas de execução do apoio em causa, determina que todo o vinho a destilar seria pago a 0,42 euros por litro.

O ministro disse ainda que, em relação ao Douro, onde também se têm registado manifestações, foram adicionados 0,33 euros a este valor. O governante pretende ainda “aumentar enormemente a fiscalização no que diz respeito à entrada ilegal de vinho” em Portugal. “Eu entendo muito bem as dificuldades”, assegurou, adiantando que está “permanentemente no terreno”, acrescentando que “começa a haver quase desespero” no setor, voltando a realçar que esta medida é um “paliativo”.

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Medidas de urgência? Só por “má-fé” se aponta falhanço, diz ministra da saúde

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

Ana Paula Martins sublinhou que foi "conseguido pela primeira vez" eliminar a lista de espera para doentes oncológicos que aguardavam cirurgia acima do tempo recomendado.

A ministra da Saúde anunciou esta quinta-feira a resolução das listas de espera de cirurgia para doentes oncológicos que ultrapassaram o tempo máximo recomendado e acusou de “má-fé” quem diz que as medidas de emergência não estão a ser cumpridas.

No final de uma visita ao hospital de Santa Maria, em Lisboa, na qual acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, referiu que a 30 de abril a lista de espera era de 9.374 doentes oncológicos e que foram operados em quatro meses cerca de 20 mil doentes. A ministra sublinhou que foi “conseguido pela primeira vez” eliminar a lista de espera para doentes oncológicos que aguardavam cirurgia acima do tempo recomendado.

O programa OncoStop, que prevê a regularização das listas de espera para cirurgia oncológica, é uma das medidas urgentes do Plano de Emergência e Transformação na Saúde, que integra 54 medidas – urgentes, prioritárias e estruturantes –, com o objetivo de garantir o acesso a cuidados de saúde ajustados às necessidades da população.

O cumprimento das medidas de emergência foi notícia nos últimos dias, apontando-se a baixa execução do plano de emergência, mas a ministra rejeitou críticas. “Só por desconhecimento e má-fé podem dizer que não estão a ser implementadas no tempo previsto”, disse Ana Paula Martins.

Sobre a linha dedicada para grávidas no SNS24, a ministra da Saúde disse que já foram atendidas mais de 19 mil mulheres.

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Presidente de Moçambique exonera ministro das Finanças

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

O presidente não adianta uma justificação para a saída de Max Tonela da pasta que assumia desde 2022 e que acontece a dois meses das eleições de 9 de outubro.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, exonerou esta quinta-feira o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, cargo que passará a ser exercido em acumulação pelo primeiro-ministro, Adriano Maleiane.

Em comunicado, a Presidência da República refere que o chefe de Estado, “no uso das competências que lhe são conferidas” pela Constituição da República, “exonerou através de despacho presidencial Ernesto Max Elias Tonela do cargo de Ministro da Economia e Finanças”.

Não são adiantadas justificações para a saída de Max Tonela da pasta que assumia desde 2022 e que acontece a dois meses das eleições gerais de 09 de outubro. “Em despacho presidencial separado, o chefe de Estado nomeou Adriano Afonso Maleiane para o cargo de ministro da Economia e Finanças, em acumulação com as funções de primeiro-ministro”, acrescenta-se no comunicado.

Adriano Maleiane já tinha sido ministro da Economia e Finanças no primeiro Governo de Filipe Nyusi, desde 2015, até 2022, já no segundo mandato, quando a pasta foi assumida por Max Tonela.

 

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Socialista Salvador Illa investido presidente do governo da Catalunha

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

Illa foi eleito para o cargo com 68 votos a favor dos 135 deputados catalães, uma maioria absoluta de apoios.

O parlamento da Catalunha investiu esta quinta-feira o socialista Salvador Illa como presidente do governo autonómico e pôs fim a 14 anos consecutivos de executivos independentistas nesta região do nordeste de Espanha.

Illa foi eleito para o cargo com 68 votos a favor dos 135 deputados catalães, uma maioria absoluta de apoios.

Além dos 42 deputados do Partido Socialista da Catalunha (PSC, estrutura regional do Partido Socialista Operário Espanhol, PSOE), votaram a favor da investidura de Salvador Illa os 20 deputados da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC, independentista) e os seis do Comuns (esquerda).

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“Estamos a cumprir as nossas prioridades” na saúde, diz Montenegro

Montenegro visitou o Hospital de Santa Maria em conjunto com Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra da Saúde, numa altura em que os serviços de urgência estão sob elevada pressão.

Estamos a cumprir as nossas prioridades” na saúde, disse Luís Montenegro, depois de uma visita ao Hospital de Santa Maria, referindo-se à regularização da lista de espera para cirurgia oncológica, tornada possível através do Programa OncoStop, que integra o Plano de Emergência na Saúde.

Vamos continuar a executar o plano e pretendemos recuperar as restantes listas [de espera] até ao final do ano“, acrescentou. A visita foi feita em conjunto com Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças e Ana Paula Martins, ministra da Saúde, ao Serviço de Oncologia e às instalações renovadas da Maternidade Luís Mendes da Graça, no Hospital de Santa Maria.

Obviamente que as matérias relativas à saúde em geral são de uma especial delicadeza. Não é por acaso que tivemos de programar e estamos agora a executar um plano de emergência e transformação. Efetivamente não vamos ter capacidade de resolver tudo de um dia para o outro”, disse Montenegro, acrescentando que estão a acontecer “várias intervenções ao mesmo tempo” para que se possa recuperar a capacidade de resposta do SNS.

Está a ser tão difícil quanto esperávamos, porque a situação era de facto muitíssimo má, o ponto de partida era muito mau. Definimos prioridades e estamos a cumpri-las e vamos ao mesmo tempo transformar estruturalmente o SNS para atrair e reter mais capital humano”, referiu também o primeiro-ministro.

Luís Montenegro deixou ainda farpas ao anterior Governo. Referindo que não vai “vender ilusões”, afirmou que o SNS que foi legado ao seu executivo “era um SNS absolutamente caótico e sem vislumbrar as melhorias de que carecia”. Concedendo que as urgências não estão a funcionar bem, disse esperar que no próximo verão não existam os problemas que estão a ser verificados este verão “e sobretudo os dos últimos oito anos”.

Segundo o primeiro-ministro, o SNS conta agora com “mais capacidade de resposta”, mas que não é suficiente. “É preciso muito mais, temos de ter mais serviços de urgência disponíveis e temos de ter uma comunicação entre esses serviços que não deixe ninguém de fora do atendimento”, afirmou.

O plano do Governo é “o adequado para poder dar uma resposta dentro daquilo que são as possibilidades de recursos humanos e das instalações que temos hoje à disposição. São problemas profundos e estruturais, precisamos de tempo e confiança”, disse ainda o líder do Governo.

Recorde-se que a visita acontece numa altura em que os serviços de urgência estão sobre elevada pressão, onde o encerramento das urgências de obstetrícia no país, em particular, tem levado o PSD e o PS a uma troca de acusações sobre as responsabilidades do estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Depois de críticas feitas pelos socialistas, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, desafiou o PS a “meter a mão na consciência” e a aceitar que é preciso unidade para recuperar o SNS. “O desafio de recuperar o SNS do colapso que resultou dos últimos oito anos é enorme e precisa da ajuda de todos”, defendeu.

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Google e Meta unem-se em “acordo secreto” para direcionar anúncios a adolescentes

  • + M
  • 8 Agosto 2024

As empresas tecnológicas contornaram as regras estabelecidas pela própria Google, que proíbem a personalização e segmentação de anúncios para menores de 18 anos. A campanha já terá sido cancelada.

A Google e a Meta terão unido esforços num “acordo secreto” para conseguirem direcionar anúncios de promoção do Instagram no YouTube para adolescentes entre os 13 e os 17 anos, avança o Financial Times (FT).

De acordo com documentos e pessoas conhecedoras do assunto, citada pelo jornal britânico, a Google desenvolveu um projeto de marketing para a Meta de forma a mostrar aos adolescentes anúncios que promoviam o Instagram na plataforma de vídeo.

Segundo as fontes citadas, a campanha tinha como alvo um grupo de utilizadores denominados como “desconhecidos”, mas que a Google sabia serem menores de 18 anos. Por outro lado, os documentos vistos pelo FT sugerem que foram tomadas medidas para garantir que a verdadeira intenção da campanha era disfarçada.

Este “acordo secreto” contornou, portanto, as regras da própria Google que proíbem a personalização e segmentação de anúncios para menores de 18 anos, incluindo a veiculação de anúncios com base em dados demográficos.

De acordo com o Google Ads, a categoria de utilizador “desconhecido” refere-se a pessoas cuja idade, género, estatuto parental ou renda familiar não são identificados, o que pode permitir aos anunciantes alcançarem “um público significativamente maior”. No entanto, de acordo com o FT, a Google conseguia – através do download de apps ou da atividade online – determinar “com um alto grau de confiança” que o grupo “desconhecido” era composto por utilizadores mais jovens.

Este acordo terá ainda envolvido a Spark Foundry, uma subsidiária norte-americana da Publicis, que terá colaborado no lançamento desta campanha de marketing ilegal no Canadá entre fevereiro e abril, antes de testar o programa nos EUA em maio. A Google e a Meta pretendiam ainda expandir a campanha para outros mercados internacionais e promover outros serviços da Meta, como o Facebook.

Entretanto, depois de contactada pelo FT, a Google terá dado início a uma investigação sobre o tempo e cancelado a campanha. “Proibimos anúncios personalizados para pessoas menores de 18 anos, ponto final”, refere a Google, citada pelo FT, sem no entanto negar o sucedido.

Também vamos tomar medidas adicionais para reforçar junto dos representantes de vendas que não devem ajudar anunciantes ou agências a executar campanhas que tentam contornar as nossas políticas“, acrescentou.

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Governo aprova regresso da transmissão das licenças do alojamento local

  • Lusa
  • 8 Agosto 2024

Licenças de atividade vão voltar a ser transmissíveis com a transação do imóvel e autarquias passam a ter a decisão sobre as regras de funcionamento do alojamento local nas zonas de maior pressão.

O Governo aprovou esta quinta-feira mais alterações às regras do alojamento local (AL), eliminando a intransmissibilidade das licenças definida pelo anterior Executivo, seguindo agora o novo decreto-lei para consulta da Associação Nacional de Municípios Portugueses.

O anúncio foi feito pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, em Lisboa, com o governante a reafirmar a iniciativa da gestão PSD/CDS-PP para “corrigir alguns erros” do executivo socialista.

“Aprovámos uma versão mais adiantada de um diploma que elimina alguns erros crassos, como a intransmissibilidade de licenças, a caducidade ao final de cinco anos, permitindo, por outro lado, não introduzir uma situação de desregulação de mercado, mas depois de muito diálogo com várias entidades, incluindo os agentes do setor, uma lógica de descentralização”, afirmou.

Para o Governo, “devem ser os municípios a tomar decisões sobre as regras de funcionamento do alojamento local nas zonas de maior pressão”. A expectativa é de que o diploma fique aprovado em definitivo “muito em breve”, numa “questão de semanas”.

Na anterior legislação, aprovada no parlamento em 2023 e bastante contestada pelo setor do alojamento local, a licença da atividade era intransmissível, mesmo por causa de morte, divórcio ou sucessão. O pacote apresentado então pelos socialistas definia também que os titulares de AL inativos tinham de fazer prova da manutenção da atividade. Em caso de incumprimento, os registos seriam cancelados, por decisão do presidente do respetivo município.

As regras estabeleciam, por outro lado, que os registos de AL seriam reapreciados durante o ano de 2030 e, a partir da primeira reapreciação, renováveis por cinco anos. A única exceção seriam os estabelecimentos que constituíssem garantia real de contratos de mútuo que ainda não tivessem sido integralmente liquidados em 31 de dezembro de 2029.

Leitão Amaro recordou que, conforme anunciado pelo Governo no início da entrada em funções, foram já corrigidas “medidas penalizadoras” para o setor como a contribuição extraordinária e o coeficiente de vetustez para efeitos de liquidação do Imposto Municipal sobre Imóveis.

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