Estação de Coimbra com peso de 15% no concurso da segunda PPP da alta velocidade

  • Lusa
  • 6 Agosto 2024

A IP afirmou ainda que as propostas deverão, “na medida do possível, seguir os estudos urbanísticos do Plano de Pormenor da Estação de Coimbra”.

O projeto para a Estação de Coimbra terá um peso de 15% na avaliação das propostas do concurso para a parceria público-privada (PPP) no segundo troço da linha de alta velocidade, afirmou esta terça-feira a Infraestruturas de Portugal (IP).

Questionada pela agência Lusa, a IP afirmou que a Estação de Coimbra terá “uma ponderação absoluta de 15%”, no âmbito da avaliação das propostas que venham a ser apresentadas no concurso internacional lançado no final de julho para a parceria público-privada no segundo troço da linha de alta velocidade (LAV), entre Oiã e Soure.

No caso deste troço, o fator qualidade das propostas terá uma ponderação global de 20% (80% para o fator preço), com a futura Estação Intermodal de Coimbra a representar 75% desse mesmo critério (15% de ponderação absoluta da candidatura) e os restantes 25% para o acesso sul à mesma estação (5% da avaliação global).

No caso do primeiro troço (entre Porto e Oiã), cujo concurso foi lançado em janeiro, o fator da qualidade representava 30%, o que levou o movimento cívico pelo Parque Multimodal do Choupal, em Coimbra, a afirmar, em declarações ao jornal Público, que havia uma perda da ponderação deste mesmo fator no segundo troço da LAV.

Em declarações à Lusa, fonte oficial da IP explicou que o troço entre Porto e Oiã implicava mais intervenções, nomeadamente duas estações (Campanhã, no Porto, e Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia), com 10,5% de ponderação absoluta cada, e uma nova ponte sobre o Douro, com uma ponderação absoluta de 9%.

Apesar de a ponderação aplicável ao fator qualidade ter sido reduzida neste segundo concurso público, “a avaliação da Estação de Coimbra não sofreu qualquer desvalorização relativamente às Estações de Porto (Campanhã) ou de Gaia (Santo Ovídio), antes pelo contrário, uma vez que foi incrementada de 10,5% para 15%”, sublinhou a IP.

A IP afirmou ainda que as propostas deverão, “na medida do possível, seguir os estudos urbanísticos do Plano de Pormenor da Estação de Coimbra”. Ainda que o documento que acompanha este concurso não corresponda à versão final do Plano de Pormenor, que ainda não foi sequer objeto de aprovação, nem do período de discussão pública formal, corresponde “ao que, nessa matéria, foi tornado público, pela Câmara Municipal de Coimbra, na sessão pública de apresentação do plano de pormenor e inauguração da respetiva maqueta”, aclarou a IP.

“A intervenção de adaptação da Estação de Coimbra à alta velocidade visa criar uma estação intermodal, como referido. A sua conceção, que caberá ao adjudicatário do concurso relativo à concessão do Troço Oiã-Soure (PPP2), deverá, como referido, e na medida do possível, seguir os estudos urbanísticos do Plano de Pormenor da Estação de Coimbra”.

A IP lançou em 26 de julho o concurso internacional para a PPP no segundo troço da linha de alta velocidade, com as propostas a poderem ser apresentadas até janeiro de 2025. O concurso de concessão, o segundo a ser lançado no âmbito do projeto da LAV entre Porto e Lisboa, tem um valor máximo de adjudicação de 1,6 mil milhões de euros.

O contrato da PPP, com um prazo total de 30 anos, “inclui um período de desenvolvimento, que se estima que seja de cinco anos, e um período de disponibilização da infraestrutura, com uma duração prevista de 25 anos”, disse a IP. O modelo desta segunda PPP da linha de alta velocidade é em tudo idêntico ao da primeira, lançada em janeiro ainda por António Costa (PS).

O lançamento da terceira PPP, correspondente ao troço Soure – Carregado (Alenquer, distrito de Lisboa) está previsto para janeiro de 2026. Antes disso, deverá ser posto em consulta pública para Avaliação de Impacte Ambiental (AIA). A linha de alta velocidade Lisboa-Porto deverá ligar as duas principais cidades do país em cerca de uma hora e 15 minutos. Já Coimbra passará a estar, segundo previsões da IP, a 50 minutos de Lisboa e a 30 minutos do Porto.

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Hard Rock Café pede 1,7 milhões à Metro do Porto por causa das obras da Linha Rosa

  • Lusa
  • 6 Agosto 2024

A empresa Movida de Temperos, que explora o Hard Rock Café, alega que a empreitada da Linha Rosa (São Bento - Casa da Música) do Metro do Porto "tem tido um impacto profundamente negativo no negócio".

A empresa que explora o Hard Rock Café do Porto pediu à Metro do Porto uma compensação de 1,7 milhões de euros devido aos impactos da construção da Linha Rosa, segundo um processo consultado esta terça-feira pela Lusa.

Segundo um processo que foi reencaminhado do Tribunal Judicial da Comarca do Porto para o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto, em causa está um pedido de indemnização de 1,7 milhões de euros, dos quais 1,38 milhões de euros referentes a danos patrimoniais e 343 mil euros a título de lucros cessantes. A empresa Movida de Temperos, que explora o Hard Rock Café, alega que a empreitada da Linha Rosa (São Bento – Casa da Música) do Metro do Porto “tem tido um impacto profundamente negativo no negócio”.

Em causa estão condicionamentos de tráfego rodoviário e pedonal em redor do estabelecimento comercial, situado na Rua do Almada, durante as obras. Além disso, a empresa refere que os estaleiros, contentores e gruas, que entretanto já foram retirados, “impossibilitam a visualização do estabelecimento comercial”. A empresa refere que a sua faturação “desde o início das obras levadas a cabo pela Ré [Metro do Porto, em setembro de 2021] até à presente data, decaiu significativamente, o que implicou uma perda nos proveitos”.

A empresa pediu ainda depoimentos do presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, e arrolou como testemunhas o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e a vereadora com o pelouro do Turismo e Internacionalização da autarquia, Catarina Santos Cunha. Na contestação da Metro do Porto, também consultada pela Lusa, a transportadora refere que todos os comerciantes afetados pelas obras “beneficiarão em muito com a conclusão da obra, com a valorização dos seus imóveis e negócios”.

“Mal estaríamos se os inevitáveis constrangimentos que uma obra desta importância e dimensão provoca temporariamente na vida de todos quantos vivem, trabalham e passeiam na cidade implicasse a assunção de uma obrigação de indemnizar todos os comerciantes e moradores da cidade que são afetados”, refere a defesa da Metro do Porto.

A transportadora refere ainda que a Rua do Almada, “onde se situa o Hard Rock Café, não foi alvo de qualquer intervenção no contexto da obra pública empreendida”, considerando que não é “sequer verosímil que a colocação de ‘estaleiros, contentores e gruas’ na Praça da Liberdade tenha impossibilitado a visualização do estabelecimento comercial”, já que “dista cerca de 40 metros do local”.

A Metro do Porto refere ainda que “todos os condicionamentos motivados pelas obras de execução do referido troço foram amplamente divulgadas”, além de incluir o Hard Rock Café num vídeo promocional dos negócios afetados.

A transportadora aponta ainda que o Hard Rock Café foi um dos beneficiados do projeto ‘Galerias Trindade’, uma medida de mitigação que consistia em stands provisórios de lojas afetadas pelas obras junto à estação da Trindade, tendo o Hard Rock Café beneficiado gratuitamente, “entre fevereiro e agosto de 2023 […] de um espaço de divulgação e comércio oferecido” pela Metro do Porto.

A Metro refere ainda que “o acesso pedonal ao Hard Rock Café nunca esteve impedido”, e que “não é verdade que o trânsito rodoviário tenha estado ‘impossibilitado’ na Rua do Almada” entre novembro de 2021 e junho de 2023.

A transportadora considera ainda que face à pandemia de covid-19 e à realização de obras ao edifício contíguo ao Hard Rock Café, não relacionadas com a Metro do Porto, “é altamente provável que o prejuízo invocado pela Autora [Movida de Temperos] existisse mesmo que não tivessem sido realizadas obras na Praça da Liberdade”. O processo tem uma audiência prévia marcada para dia 25 de outubro, pelas 15:00.

Com um custo total que ascende aos 304,7 milhões de euros, a linha Rosa terá ligação às atuais estações de metro Casa da Música e São Bento, e terá estações intermédias no Hospital de Santo António e Praça da Galiza. O fim das obras está previsto para julho de 2025.

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Euribor a 3 e 6 meses registam maior queda em ano e meio

Turbulência nas bolsas é uma boa notícia para quem tem crédito à habitação. As Euribor estão a afundar com a expectativa de redução dos juros dos bancos centrais.

A sacudidela nas bolsas nos últimos dias está a levar os investidores a apostarem num alívio da política monetária dos bancos centrais na Europa e EUA. Por conta disso, os mercados estão a refletir as suas expectativas nas Euribor. Estas taxas usadas no cálculo da prestação da casa tiveram esta terça-feira a maior queda em ano e meio nos prazos a três e seis meses.

A Euribor a seis meses, a mais usada nos contratos com taxa variável em Portugal, registou uma queda de 0,097 pontos percentuais para 3,397%. No prazo a três meses, a taxa caiu 0,061 pontos percentuais para 3,523%.

Em ambos os casos, tratou-se da maior queda diária desde 17 de março do ano passado, quando os mercados foram abalados pela crise bancária nos EUA com os problemas no Silicon Valley Bank.

Em relação à Euribor a 12 meses, o recuo de 0,1 pontos percentuais registado esta terça-feira foi o maior desde 4 de dezembro do ano passado, com a taxa a fixar-se nos 3,138%.

Euribor em queda

Fonte: Refinitiv

Na prática, isto significa que, se a tendência se mantiver, as famílias podem contar com um alívio na mensalidade que pagam ao banco por conta do empréstimo da casa na próxima revisão das taxas de juro dos seus contratos.

Taxas em rota de descida

As Euribor servem de base para calcular a prestação mensal, sendo utilizados como indexante nos contratos de empréstimo à habitação com taxa variável, que em Portugal representa 90% do mercado.

alguns meses que estas taxas estão numa rota decrescente, perante as perspetivas de descida das taxas de juro de referência determinadas pelo Banco Central Europeu (BCE). A autoridade monetária liderada por Christine Lagarde já realizou o primeiro corte das taxas em junho, marcando uma nova era na Zona Euro. E deverá voltar a baixar em setembro e dezembro, de acordo com as expectativas de analistas e investidores.

É neste cenário que o mercado está neste momento a antecipar que a Euribor a 6 meses baixe até à fasquia de 3% no final do ano, segundo dados dos contratos forward.

Nos EUA, devido aos receios de uma recessão económica (justificados pelos indicadores desapontantes divulgados na semana passada sobre o mercado de trabalho), as previsões em relação a descidas dos juros da Reserva Federal norte-americana mudaram de forma agressiva nos últimos dias.

Os investidores dão uma probabilidade de 75,5% de redução dos juros de 50 pontos base no encontro marcado para o dia 18 de setembro, apontando para cortes na reunião de novembro e dezembro, segundo a ferramenta CME FedWatch.

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Paulo Fernandes e Draycott juntam-se para comprar “metalomecânica solar” de Vila do Conde

Com vendas de 61 milhões de euros e 30 trabalhadores, a Pradecon, fundada no ano 2000 por Adriano Silva, fabrica e instala estruturas metálicas para a montagem de painéis solares fotovoltaicos.

A Actium Capital, family office de Paulo Fernandes, e a sociedade de capital de risco Draycott, liderada por João Coelho Borges, são as novas donas da Pradecon, uma empresa de Vila do Conde especializada na conceção, desenvolvimento, fabrico e instalação de estruturas metálicas para suporte de módulos fotovoltaicos.

A aquisição que prevê o controlo conjunto da construtora metálica nortenha, notificada à Autoridade da Concorrência, é feita através da sociedade-veículo Hipérbole Diurna, constituída pela acionista da papeleira Altri, e pela capital de risco que em janeiro assumiu o controlo da gigante industrial Purever – que investe neste negócio através do fundo Draycott II.

Cofundada em 2000 pelo engenheiro mecânico Adriano Silva, nascido em Angola, a Pradecon começou por fabricar e comercializar contentores de telecomunicações. Atualmente com uma produção anual a rondar as 80 mil toneladas e uma capacidade instalada de 2.000 MW por ano, dedica-se à conceção e desenvolvimento de soluções de engenharia para estruturas de painéis solares fotovoltaicos e ao fabrico de perfis metálicos para suportar a montagem desses equipamentos.

De acordo com os dados oficiais consultados pelo ECO, a exportadora de Vila do Conde, que até agora era controlada pela empresa-mãe Cactus SGPS, detida pelo fundador Adriano Silva, emprega perto de 30 pessoas e faturou 61,1 milhões de euros no ano passado, tendo registado lucros de 13,6 milhões de euros.

A Pradecon – Construções Metálicas foi assessorada pela TELLES. A equipa multidisciplinar envolvida na operação foi liderada por Nuno Marques, Of Counsel da área de Corporate, Transacional e Private Equity, e contou com a participação de Catarina Isidro, associada da mesma área. Integrou ainda Leyre Prieto, sócia e coordenadora da área de Europeu e Concorrência, e Joana Whyte, associada da mesma área de prática.

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SATA Air Açores reajusta operação até 23 de agosto

  • Lusa
  • 6 Agosto 2024

A companhia de aviação açoriana informa que irá recorrer a um equipamento ATR 72-500 da Swiftair, em regime de aluguer de aviões e tripulações.

A SATA Air Açores, responsável pelas ligações inter-ilhas, reajustou a sua operação e vai recorrer ao aluguer de um equipamento ATR 72-500 da Swiftair, devido à “indisponibilidade temporária” de um aparelho da transportadora, anunciou esta terça-feira a companhia aérea.

Em nota de imprensa, a companhia de aviação açoriana informa que irá recorrer a um equipamento ATR 72-500 da Swiftair, em regime de ACMI (aluguer de aviões e tripulações), com o objetivo de “mitigar o impacto na sua operação decorrente da indisponibilidade temporária de um equipamento Bombardier Q400” da SATA Air Açores, que está a realizar “uma manutenção não programada”.

“Neste contexto, e atendendo às dificuldades sentidas a nível global nas cadeias de materiais para a aeronáutica, que impede que o tempo de paragem desta aeronave seja otimizado, e considerando a necessidade de assegurar a manutenção do nível de serviço aos passageiros, a contratação deste ACMI afigura-se como a melhor opção”, justifica a SATA.

A aeronave ATR 72-500 iniciou esta terça a operação, tendo o seu primeiro voo comercial saído de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, com destino ao Pico às 08:00.

O reajuste da operação com este equipamento deverá prolongar-se até 23 de agosto e os passageiros que tenham reservas em voos abrangidos estão a ser notificados pela companhia aérea. A SATA Air Açores lamenta “qualquer transtorno que esta situação possa gerar nos planos de viagem dos seus clientes”.

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Ministério da Saúde forçou INEM a ajuste direto ilegal, conclui Tribunal de Contas

Tribunal avisa que será a última vez que dá visto a um contrato deste tipo para aluguer de helicópteros e responsabilizou a tutela por não dar "cobertura orçamental que viabilizasse novo concurso".

O INEM foi forçado a contratar quatro helicópteros à Avincis Aviation por ajuste direto de 12 milhões de euros mais IVA, porque o Ministério da Saúde, de Ana Paula Martins, não deu “cobertura orçamental que viabilizasse um novo concurso”, concluiu o Tribunal de Contas (TdC) no processo de fiscalização prévia ao contrato, divulgado esta terça-feira.

A entidade considerou que o recurso sistemático ao ajuste direto por motivos de urgência imperiosa e acontecimentos imprevisíveis é “ilegal”, no entanto decidiu dar visto ao contrato, tendo em conta os entraves que a tutela colocou ao lançamento de novo concurso com um preço mais adequado ao mercado. Aliás este polémico ajuste, contestado pela ministra, levou ao despedimento do então presidente do Instituto de Emergência Médica, Luís Meira, e nem Vítor Almeida, entretanto indicado pela tutela, quis assumir o cargo. Entretanto, foi nomeado, em meados de julho, Sérgio Janeiro para a liderança da instituição.

“Não se pode afirmar a falta de diligência necessária para a contratação se realizar no quadro de um procedimento concursal. A entidade procurou fazê-lo, avisou e insistiu repetidas vezes junto da tutela para a necessidade de obter cobertura orçamental que viabilizasse um novo concurso, ou um outro meio, que, por via da internalização da atividade, como a tutela equacionou (e equaciona), permitisse satisfazer a necessidade de manutenção do dispositivo com quatro helicópteros. O condicionalismo que conduziu a este ajuste direto não foi por ela criado“, argumentou o organismo liderado por José Tavares.

Para o TdC, existe “uma necessidade permanente que tem de ser satisfeita”, sendo que “a determinação e a disponibilização dos meios, materiais humanos e/ou financeiros cabe à tutela”. “Logo, é a tutela que tem de fazer as opções que, ou por via da internalização, ou da atribuição de meios financeiros ao INEM – que permitam, face aos valores do mercado, concluir-se com sucesso um procedimento concursal –, assegurem o serviço. Se não o fizer, é a própria tutela que impõe ao INEM a realização de ajustes diretos que ferem seriamente a legalidade, por violação do princípio da concorrência”.

“Simplesmente, a ilegalidade não é do INEM, mas da tutela (a não ser, evidentemente, que seja o próprio INEM a não desenvolver de forma atempada cuidadosa, rigorosa e atempada os devidos procedimentos legais, como já ocorreu)”, escrevem os juízes conselheiros, cuja identidade o TdC preferiu não revelar, rasurando as suas assinaturas.

O Tribunal de Contas considera que “a tutela deve escolher a via para a satisfação da necessidade” ou recorrendo ao mercado ou internalizando as necessidades, nomeadamente, através da Força Aérea.

“Se optar pelo recurso ao mercado, em subsequentes procedimentos”, o TdC avisa que o Ministério deve conferir “meios financeiros ao INEM para que o preço base seja ajustado aos preços que aí se praticam, sob pena de o concurso, ou ficar deserto, ou, como sucedeu, as propostas apresentarem valores superiores ao preço base”. “Adverte-se a tutela que, se não o fizer, está, de forma indireta, a violar, ilegalmente, o princípio da concorrência, princípio esse que é estruturante da contratação pública e da tutela do interesse financeiro do Estado”, alertam os juízes conselheiros.

O ECO pediu uma reação ao Ministério da Saúde sobre as críticas da TdC. Mas a tutela respondeu apenas que, “para já o Ministério da Saúde não vai comentar a decisão do Tribunal de Contas”.

Tribunal ameaça vetar futuro ajustes diretos

Só por reconhecer que a responsabilidade no recurso a este ajuste direto é do Ministério da Saúde é que o TdC decidiu dar provimento ao contrato, mas avisou que, de futuro, irá vetar mecanismos idênticos. “Em futuros procedimentos e em face das mesmas circunstâncias procedimentais não concorrenciais considerará este Tribunal a muito provável ocorrência de fundamento de recusa de visto”, lê-se no relatório de fiscalização prévia do referido contrato com a Avincis.

O TdC sublinha que o INEM “tem sucessivamente recorrido a ajustes diretos”, invocando sempre “motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis”, tal como decorre da redação do artigo 24.º dos Código dos Contratos Públicos – CCP. Contudo, o organismo fiscalizador das contas públicas “tem, também, sucessivamente alertado a entidade para a necessidade de recorrer a procedimentos concorrenciais, não se podendo valer desta norma, por não ter realizado, como deveria ter feito, os devidos procedimentos concursais”.

O instituto em vez de “invocar, de forma constante, a urgência imperiosa que permite o recurso ao ajuste direto […], nos termos em que tem sido feito”, deve, “pelo contrário, planear atempadamente a aquisição dum serviço cuja necessidade é permanente e está relacionada com o core do INEM”, aconselham os juízes.

Em conclusão, o INEM “deverá ficar ciente da ausência de legalidade da previsão de adoção futura de ajuste direto para esta necessidade específica, sendo que não reunirá, de futuro, as condições para a ele recorrer, nos termos em que aqui justificou”, reforça o Tribunal.

(Notícia atualizada às 11h23 de 07/08/2024 com a reação do Ministério da Saúde)

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Threads conta com 175 milhões de utilizadores mensais ativos

  • + M
  • 6 Agosto 2024

O Threads tem registado um crescimento paulatino de utilizadores mensais ativos. No entanto, ao contrário do que faz com outras redes, a Meta não divulga dados relacionados com utilizadores diários.

Threads conta com 175 milhões de utilizadores mensais ativos a nível mundial, segundo anunciou na própria rede social Mark Zuckerberg, CEO da Meta, dona do Threads mas também de outras redes sociais como o Instagram, Facebook e Whatsapp. Não foi possível apurar o número de utilizadores em Portugal.

A mais recente rede social da Meta foi lançada a 5 de julho de 2023 para competir com o X (ex-Twitter) e registou dez milhões de perfis em sete horas. Já a marca de 100 milhões de utilizadores foi superada em apenas cinco dias.

No entanto, o sucesso parecia ser efémero, com a plataforma a registar, no mês seguinte, um decréscimo de 79% de utilizadores ativos, segundo anunciava um estudo da Similarweb. Embora a adesão de novos utilizadores à nova rede social da Meta tenha sido grande aquando o seu lançamento, muitos destes utilizadores não se “fidelizaram”.

“Se tens mais de 100 milhões de pessoas a registarem-se, idealmente seria fantástico se todas ou até metade delas permanecessem, mas ainda não chegámos a esse ponto”, disse em agosto Mark Zuckerberg, líder da empresa dona do Facebook, Instagram, Threads e Whatsapp, citado pela Reuters. Na altura, Zuckerberg disse ainda que encarava as desistências como algo “normal” e que só esperava alcançar um elevado grau de retenção de utilizadores quando a rede social dispusesse de mais funcionalidades.

Mas, desde o seu lançamento, o Threads tem registado um crescimento paulatino em termos de utilizadores ativos mensais. No entanto, ao contrário do que faz com outras redes sociais, a Meta não divulga dados relacionados com utilizadores diários, omissão que pode sugerir que a rede social ainda não tem cimentada uma utilização diária e regular dos seus utilizadores.

Também não é possível fazer a comparação com o número de utilizadores do Threads e do X, uma vez que Elon Musk, desde que assumiu o controlo da plataforma, ainda não divulgou métricas semelhantes que permitam fazer a comparação.

Para manter o crescimento do Threads, a Meta está a focar-se em mercados onde pensa ter espaço para conquistar quota de mercado ao X, como no Japão, avança a The Verge. Por enquanto, o Threads, que não dispõe de anúncios, é um ativo que dá prejuízo à Meta, a qual está a ponderar começar avançar com a integração de publicidade na rede social, avança o mesmo meio.

Recorde-se que embora lançada em julho do ano passado a nível internacional, a implementação da rede social Threads em vários países da Europa (incluindo Portugal), só ocorreu no final do ano, uma vez que as entidades europeias colocaram entraves ao seu lançamento no continente por ser obrigatório o utilizador ter uma conta de Instagram para poder criar um perfil no Threads.

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Número de candidatos ao ensino superior cai para 58 mil na primeira fase

  • Lusa
  • 6 Agosto 2024

Em comparação com o ano passado, há menos 723 candidatos, mas o número continua a superar os dos anos anteriores à pandemia da covid-19.

O prazo para concorrer à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior terminou na segunda-feira com 58.641 candidatos, menos 723 do que no ano passado. De acordo com os dados atualizados esta terça-feira no site da Direção-Geral do Ensino Superior, 58.641 estudantes apresentaram a candidatura.

Em comparação com o ano passado, há menos 723 candidatos, mas o número continua a superar os dos anos anteriores à pandemia da covid-19. Para a primeira fase do concurso nacional de acesso, as instituições de ensino superior públicas disponibilizaram 54.601 vagas, mais 290 face ao número inicial para o ano letivo anterior.

Os resultados serão divulgados em 25 de agosto e as matrículas e inscrições dos alunos colocados na primeira fase decorrem entre 26 e 29 de agosto. A segunda e terceira fase do concurso nacional realiza-se entre 26 de agosto e 30 de setembro.

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Metro de Lisboa entre projetos que Governo vai reapreciar para evitar perda de verbas do PRR

  • Lusa
  • 6 Agosto 2024

Há obras cujo prazo de implementação “é difícil de concretizar” e que “têm de ser” reapreciadas, notou o secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis.

O Governo vai reapreciar projetos em risco de não serem concluídos no prazo estimado, como a obra do Metropolitano de Lisboa, para evitar perder verbas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O nosso objetivo é maximizar o retorno daquilo que são os dinheiros PRR e, naturalmente, reorganizar aquilo que houver que reorganizar, e que a União Europeia nos dê abertura a projetos de investimento que possam ser realocados, para não perdermos as verbas que temos”, afirmou, em Faro, o secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis.

Há obras cujo prazo de implementação “é difícil de concretizar” e que “têm de ser” reapreciadas, notou o responsável, que falava à margem da assinatura de um Contrato para o Desenvolvimento e Coesão Territorial relativo ao Algarve. “Não vale a pena nós hoje estarmos com a ilusão de que somos capazes e depois, enfim, não sermos capazes e deixarmos de receber a parcela que a eles dizem respeito”, referiu.

Garantindo que não há nenhuma obra “que, em princípio, seja para cair”, Hélder Reis acentuou que a questão é perceber se há projetos cujo prazo de realização estimado no âmbito da programação do PRR seja curto. O governante abordou o projeto de expansão do Metro de Lisboa, questionando: “Podemos replanear de uma outra forma, podemos repensá-lo de uma outra forma?”.

“Naturalmente, o metro é importante? Claro que o metro é importante. A barragem do Pisão é importante? Claro que é importante. A dessalinizadora [para o Algarve] é importante? Claro que é importante. É tudo importante, o problema é que temos de gerir os recursos da mesma forma que gerimos lá em casa. Os recursos são escassos e as vontades ilimitadas e, portanto, é essa a gestão que temos de fazer”, acrescentou.

Por outro lado, também há obras cujo montante previsto inicialmente no PRR – construído numa altura em que “os problemas que a Europa vivia eram diferentes” dos de hoje, ressalvou –, pode não ser suficiente para as concretizar. “O processo inflacionista que vivemos e a forma como ele se repercutiu, por exemplo, na construção, levou a que, em algumas áreas, a estimativa que tenha sido feita no âmbito do PRR não seja suficiente para concretizar a obra que temos que concretizar”, explicou Hélder Reis.

O secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional não se quis comprometer com um calendário para a reapreciação de projetos, considerando “prematuro” falar em datas. “A única coisa com que me posso comprometer é que vamos trabalhar arduamente para ter isso tão breve quanto possível e poder maximizar o retorno do PRR para o nosso país”, reforçou.

A organização ambientalista Zero apelou na segunda-feira ao Governo para fasear o projeto de expansão do Metropolitano de Lisboa, evitando que se percam fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e que aposte na eletrificação do transporte rodoviário coletivo.

O financiamento do PRR prevê um investimento no Metropolitano de Lisboa de 400 milhões de euros para a expansão da Linha Vermelha, de São Sebastião até Alcântara, e 250 milhões de euros para a nova Linha Violeta (metro ligeiro de superfície), que ligará o Hospital Beatriz Ângelo por Odivelas a Loures, num total de 650 milhões de euros.

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KGSA assessora Sanitop na compra de duas empresas portuguesas

A equipa da KGSA envolvida nesta operação foi coordenada pela sócia Cláudia Raposo Correia. A Sanitop contou também com a assessoria financeira da EY.

A sociedade de advogados KGSA assessorou a Sanitop na aquisição da Casa das Lâmpadas e da Luzdomus, duas empresas portuguesas de material elétrico. A equipa da KGSA envolvida nesta operação foi coordenada pela sócia Cláudia Raposo Correia. A Sanitop contou também com a assessoria financeira da EY.

Em comunicado, a firma afirma que esta compra vai permitir à Sanitop fortalecer a presença no setor do material elétrico e “ampliar a oferta de produtos e serviços para instaladores profissionais”.

“Continuar a assessorar a Sanitop na implementação da sua estratégia de crescimento, que se iniciou com a aquisição da Pinheiro e Santos em agosto de 2023 e da Bifase Electric em dezembro de 2023, e contribuir para a expansão de uma empresa de referência em Portugal, é sempre muito gratificante para toda a equipa envolvida”, referiu Cláudia Raposo Correia.

A Casa das Lâmpadas, com uma história que remonta a 1941, é reconhecida pela sua vasta gama de produtos de iluminação de alta qualidade e pela adaptação às novas tecnologias e tendências do mercado. A Luzdomus, por sua vez, é conhecida pelo atendimento personalizado e pela qualidade dos seus produtos na região do Alentejo.

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Kamala Harris escolhe Tim Walz, governador do Minnesota, para candidato a vice-presidente dos EUA

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Agosto 2024

Tim Walz, de 60 anos, é governador do estado do Minnesota desde 2019 e preside à Associação Nacional de Governadores Democratas.

Kamala Harris escolheu Tim Walz, governador do Minnesota, para candidato democrata à vice-presidência dos EUA. A decisão foi anunciada oficialmente esta terça-feira na Universidade Temple, em Filadélfia.

“Como governador, treinador, professor e veterano, ele trabalha pelas famílias como a dele. É ótimo tê-lo na equipa. Agora vamos trabalhar”, adiantou a candidata, nomeada oficialmente esta terça-feira pelo Partido Democrata para disputar a corrida à Casa Branca com o republicano Donald Trump.

Na rede social X, o governador aceitou o convite em juntar-se à dupla democrata na corrida à Casa Branca, considerando-o ser “a honra de uma vida inteira”.

Além do governador do Minnesota, a lista de candidatos a número dois de Kamala Harris incluía, segundo a imprensa norte-americana, Josh Shapiro, governador da Pensilvânia; Pete Buttigieg, Secretário dos Transportes; Andy Beshear, governador do Kentucky; e Mark Kelly, senador do Arizona.

Na segunda-feira, a escolha reduzia-se apenas aos nomes de Walz e Shapiro, sendo este último apontado como o favorito à nomeação. Porém, as previsões terão falhado, já que a atual vice-presidente dos Estados Unidos, nomeada candidata à Casa Branca após a desistência de Joe Biden, “foi-se sentindo cada vez mais à vontade com o governador do Minnesota nos últimos dias do processo de seleção”, escreve a CNN.

Tim Walz, de 60 anos, está no segundo mandato como governador do Minnesota, cargo que ocupa desde 2019 e para o qual foi reeleito nas eleições intercalares de 2022. Atualmente, é também presidente da Associação Nacional de Governadores Democratas.

Mas o caminho de Walz na política começou na bancada do Partido Democrata no Congresso, depois de 12 anos na Câmara dos Representantes, em representação de um círculo eleitoral de tendência republicana. Antes, foi professor de Estudos Sociais no Minnesota e deu aulas na Reserva Indígena de Pine Ridge, na Dakota do Sul, e na China, além de ter sido membro da Guarda Nacional.

O governador do Minnesota, estado habitualmente democrata, é o autor de uma expressão que está a marcar a campanha do partido contra a candidatura republicana de Donald Trump e do seu vice J. D. Vance. Walz apelidou-os recentemente de “tipos estranhos”, frustrando a campanha do antigo presidente dos EUA.

Após a escolha ser tornada oficial, Tim Walz irá acompanhar Kamala Harris numa digressão de cinco dias pelos swing states, como a Pensilvânia, Wisconsin, Arizona, Michigan e Georgia, para fazer campanha para as eleições presidenciais agendadas para 5 de novembro.

Trump acusa vice de Harris de ser “perigoso radical de esquerda”

A campanha do candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou entretanto o recém-anunciado candidato a vice da rival democrata Kamala Harris, Tim Walz, de ser um “perigoso radical de esquerda”.

“Desde propor a sua agenda livre de carbono, até sugerir muito restritos padrões de emissão de carros a combustível e abraçar políticas que permitem a condenados votar, Walz está obcecado em difundir a agenda de esquerda da Califórnia”, escreveu a campanha republicana, num comunicado, pouco depois de ser noticiada a escolha do número dois democrata.

Não admira que a liberal de São Francisco Kamala Harris queira o aspirante Tim Walz como seu companheiro de candidatura”, argumentou a candidatura de Trump, denunciando que Walz desperdiçou o seu tempo como governador a reformatar o Minnesota à imagem da Califórnia, um estado conotado com as ideias de esquerda.

Tim Walz é um perigoso radical de esquerda”, escreveu a campanha republicana, num comunicado, acusando o governador do Minnesota de fingir que apoia a América rural, quando “na verdade ele acha que a América rural é essencialmente pedras e vacas”.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h14)

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Empresas do setor automóvel apostam na requalificação para suprir falta de mãos

Empresas do setor automóvel tenham visto mão de obra escassear, tendo por isso apostado na requalificação de trabalhadores. Em setembro, arranca curso para pintores de automóveis.

Vem aí um novo programa com vista a requalificar os trabalhadores do setor automóvel. Numa altura em que escasseiam os pintores de automóveis, as empresas do setor decidiram juntar-se ao programa Pro_Mov para criar um novo laboratório para formar profissionais, incluindo nessa área. Arrancará em setembro, na região do Grande Porto.

“O programa de requalificação profissional Pro_Mov vai estrear em setembro o Laboratório Automóvel. A criação deste laboratório surge da necessidade identificada pelas empresas em encontrar pintores de automóveis, com as competências profissionais necessárias para responder às exigências do mercado, relacionadas com qualidade do trabalho no setor, com as especificações técnicas definidas pelos fabricantes e com as regras de segurança e de proteção ambiental”, foi anunciado esta terça-feira, num comunicado.

Este laboratório vai contar com a participação do Grupo JAP, em parceria com a NORS, a Salvador Caetano e o Grupo Barraqueiro.

Assim, além da vertente teórica, os candidatos vão também realizar formações práticas em contexto de trabalho nessas empresas envolvidas, “aumentando assim a possibilidade de uma entrada mais rápida no mercado de trabalho”.

De notar que o programa Pro_Mov já tem promovido laboratórios noutros setores de atividade, sendo que, à semelhança destes, aquele que arrancará em setembro terá o seu currículo formativo desenhado não apenas pelas empresas parceiras, mas também pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

“O objetivo é garantir que os candidatos obtêm uma formação alinhada com as necessidades do mercado de trabalho, num setor tão carenciado de profissionais qualificados”, sublinha fonte do Pro_Mov.

No caso do setor automóvel, a formação para pintor de veículos automóveis é a primeira a ser dinamizada, mas já está previsto que, numa segunda fase, sejam criados outros cursos nas áreas de reparação de carroçarias, eletromecânica, mecatrónica e outras, garantindo uma oferta formativa mais abrangente.

Para já, os interessados no laboratório que arranca em setembro podem avançar com a respetiva candidatura pela via digital.

O Pro_Mov é um programa nacional de requalificação que se insere na iniciativa europeia Reskilling 4 Employment, que foi criada pelo European Roundtable for Industry, um fórum de alto nível que junta cerca de 60 CEO e presidentes de empresas, entre as quais Sonae, Nestlé e SAP. O objetivo dessa iniciativa é requalificar um milhão de europeus até 2025.

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