Fisco paga 3,1 mil milhões de euros em reembolsos de IRS

Ministério das Finanças adianta que, das declarações de IRS liquidadas, mais de três milhões deram origem a reembolsos, no montante global de 3,1 mil milhões de euros.

A Autoridade Tributária pagou aos contribuintes portugueses 3,1 mil milhões de euros em reembolsos do IRS, na campanha deste ano. O balanço foi feito esta segunda-feira pelo Ministério das Finanças, que acrescenta que o prazo médio de reembolso tem sido de 24,2 dias.

“Até 1 de agosto, a Autoridade Tributária liquidou cerca de seis milhões de declarações de IRS relativas aos rendimentos obtidos em 2023. Destas, mais de três milhões originam reembolsos, no montante global de 3,1 mil milhões de euros“, salienta o gabinete de Joaquim Miranda Sarmento, numa nota enviada às redações.

Desse total, cerca de três mil milhões de euros foram pagos por transferência bancária até ao início deste mês, sendo que, segundo a tutela, o prazo médio de reembolso foi de 24,2 dias, na campanha deste ano. No caso do IRS automático — tradicionalmente, mais célere — o prazo foi de 12,9 dias.

Por outro lado, o Ministério das Finanças salienta que o total de reembolsos pagos corresponde a um aumento de 59,5 milhões de euros face ao ano anterior.

Quanto aos demais contribuintes, das declarações de IRS liquidadas, 1,2 milhões resultaram em notas de cobrança, no valor de 2,2 mil milhões de euros. Neste caso, face ao último ano, houve um recuo de 596 milhões de euros, destaca o Governo.

A campanha de IRS deste ano diz respeito aos rendimentos obtidos e declarados ao longo de 2023. Durante o ano, os contribuintes vão retendo IRS na fonte e na primavera do ano seguinte, o Fisco faz um ajuste de contas, pelo que os reembolsos acima de referidos não são um cheque dado pelo Estado aos contribuintes, mas a devolução dos impostos pagos em excesso face às taxas efetivas de IRS.

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Portugal recebe os 714 milhões do PRR retidos por Bruxelas

"Será hoje efetuado o desembolso dos 714 milhões de euros, retidos pela Comissão Europeia, referentes aos terceiro e quarto pedidos de pagamento submetidos por Portugal no âmbito do PRR", diz Coesão.

Portugal recebeu esta segunda-feira os 714 milhões de euros que a Comissão Europeia reteve do terceiro pedido de desembolso do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Será hoje efetuado o desembolso dos 714 milhões de euros, retidos pela Comissão Europeia, referentes aos terceiro e quarto pedidos de pagamento submetidos por Portugal no âmbito do PRR”, avança em comunicado o Ministério da Coesão Territorial que tem a tutela dos fundos europeus.

“Com este desembolso, Portugal sobe o valor recebido da União Europeia para 8.492 milhões de euros, tendo assim 38% do montante total do PRR“, sublinha por seu turno a estrutura de missão Recuperar Portugal. “Um valor que é recebido por terem sido considerados satisfatoriamente cumpridos 105 marcos e metas, apresentados em quatro pedidos de pagamento, que perfazem 23% da execução destes 463 objetivos inscritos no PRR.”

A Comissão Europeia decidiu a 24 de junho libertar os 714 milhões de euros retidos do terceiro cheque do PRR, por incumprimentos de dois marcos e uma meta, isto depois de Portugal ter pedido a 11 de junho que as verbas fossem desbloqueadas.

Os dois marcos que estavam em falta, no momento em que a Comissão Europeia fez a sua análise (6 de dezembro de 2023), foram a criação dos centros de responsabilidade integrados nos hospitais, que entrou em vigor a 1 de janeiro, e a lei relativa às profissões reguladas (ordens profissionais) que também entrou em vigor em janeiro.

A outra falha — a única que foi herdada pelo Governo de Luís Montenegro — foi a conclusão do processo de descentralização de competências da Saúde para os municípios, porque a negociação com as câmaras se arrastou muito mais do que era esperado já que as exigências se foram avolumando. Ao concluir as negociações com Ovar, Nelas, Alvaiázere e Óbidos, foi possível cumprir a meta definida, tendo em conta a margem de flexibilização de 5% que a Comissão dá no cumprimento de todos os objetivos.

“O foco do Governo tem estado em recuperar os atrasos do PRR e em implementar as medidas necessárias para que consigamos acelerar ao máximo a sua execução. A transferência efetiva desta verba, juntamente com a submissão do quinto pedido de pagamento submetido no início de julho, são sinais positivos e refletem o trabalho intenso que tem vindo a ser desenvolvido nestes últimos meses”, sublinhou em comunicado o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida.

Entrebato, Portugal já pediu (a 3 de julho) o desembolso do quinto cheque no valor de 3,2 mil milhões de euros (2,9 mil milhões líquidos, ou seja, excluindo adiantamentos) e que representa o maior cheque a receber até agora, que está em análise pela Comissão Europeia. Tal como sublinhou o presidente da Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate, no podcast ECO dos Fundos, “a Comissão vai utilizar agora os dois meses que existem no regulamento, aos quais aqui vai acrescer necessariamente o período de férias”. Isto significa que a decisão poderá só ser conhecida em finais de setembro.

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Ações da Savannah com potencial de crescimento de 95%, afirma CaixaBI

A casa de investimento considera que, nos últimos anos, a ação tem cotado num nível abaixo do verdadeiro valor, pelo que vê uma "possibilidade forte" de subida.

A Savannah Resources, empresa britânica que está a desenvolver o projeto de exploração de lítio na região do Barroso, em Portugal, tem um potencial de crescimento em bolsa de 95%, afirma a casa de investimento CaixaBI, que recomenda a compra destes títulos.

Esta projeção é partilhada naquela que é a primeira nota de investimento que o CaixaBI publica em relação à Savannah, e que data de 16 de julho, mas que foi partilhada apenas esta segunda-feira pela empresa que é alvo da análise.

Na mesma nota lê-se que o preço da ação, de 4 pence, poderá atingir o preço alvo de 7,80 pence, o que se traduz num potencial de subida de 95%. A recomendação é “comprar”.

A casa de investimento considera que, nos últimos anos, a ação tem cotado abaixo do seu verdadeiro valor, pelo que vê uma “possibilidade forte” de “re-rating” (reclassificação, neste caso, uma subida de preço), que deverá acontecer “nos próximos trimestres”.

A entrada da AMG Critical Materials no capital da Savannah Resources é considerada pelo CaixaBI uma “prova de conceito que pode levar a um maior interesse dos investidores” e proporcionar uma subida do preço das ações “para níveis próximos àqueles em que projetos comparáveis estão a negociar”. A AMG Lithium operou um aumento de capital de 16 milhões na Savannah Resources e firmou um acordo para a compra de pelo menos 25% do concentrado de espodumena que deverá resultar do projeto, o equivalente a 45 mil toneladas. Isto, nos próximos cinco anos. Se este financiamento for concluído com sucesso, a compra pode estender-se para as 90 mil toneladas por dez anos.

A impulsionar a ação está a penetração crescente de veículos elétricos no mercado, os quais são a “principal” força motriz da procura de lítio. “Acreditamos que a tendência de uma maior penetração de elétricos é irreversível”, escreve o analista Carlos Jesus. O estudo de viabilidade e o processo de licenciamento ambiental têm uma “alta probabilidade de serem concluídos com sucesso” sendo que a perspetiva é de que sejam terminados até ao final de 2024, considera a mesma análise.

A nota de research enumera ainda alguns dos riscos que a avaliação da cotada pode enfrentar. Persiste um risco associado ao licenciamento ambiental, mas também ao desenvolvimento do projeto e respetiva construção. No que toca à estrutura, os riscos estão na atração e retenção de “pessoas chave” e nos requisitos de financiamento futuro. Há ainda que ter em conta o “risco de país” e do preço da matéria-prima.

De acordo com os dados da Reuters, o preço da ação da Savannah Resources subiu 82,7% desde o início do ano, estando a cotar esta segunda-feira, 5 de agosto, nos 4 pences. A capitalização bolsista está nos 86,9 milhões de libras esterlinas.

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Jessica Athayde e Constanza Ariza protagonizam campanha da Gillette Venus para inspirar as mulheres a sentirem-se confiantes

  • + M
  • 5 Agosto 2024

Através da inclusão de várias influencers, a campanha da Gillette Venus desafia "a que todas se sintam bem na sua pele e com as suas decisões e se sintam confiantes para se expressam à sua maneira".

Jessica Athayde e Constanza Ariza são algumas das figuras que protagonizam a nova campanha da Gillette Venus, que pretende “inspirar todas as mulheres a sentirem-se confiantes e confortáveis na sua própria pele, cada uma à sua maneira”.

A campanha foca-se em passar a mensagem de que “todas as mulheres podem ser uma #VenusGirl através do poder de serem elas mesmas, confiantes na sua pele“, refere-se em nota de imprensa.

Esta campanha reflete o compromisso da Gillette Venus em promover uma imagem positiva do corpo e a inspirar as mulheres a sentirem-me confiantes no seu corpo e escolhas, sejam estas quais forem. Estamos dedicados a fazer parte da rotina de auto cuidado das mulheres para que todas se sintam confiantes e bonitas na sua própria pele”, diz Margarida Nunes, brand manager de Gillette Venus, citada em comunicado.

Através da inclusão de várias influencers, a campanha da Gillette Venus desafia “a que todas se sintam bem na sua pele e com as suas decisões e se sintam confiantes para se expressam à sua maneira, seja esta qual for”, lê-se em nota de imprensa.

Assim, durante um dia de produção, várias criadoras de conteúdos digitais, que representam diferentes tipos de corpos, pele e idade, “colaboraram com a Gillette Venus para capturar a essência da diversidade feminina”, acrescenta-se.

Naquele que foi um trabalho desenvolvido pela equipa interna da Procter & Gamble (dona da Gillette), a campanha vai ser implementada no digital, mais concretamente nas páginas de Instagram e TikTok da marca em colaboração com as “Venus Girls”.

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Caminha começa a cobrar taxa turística de 1,5 euros em setembro

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

Taxa é cobrada a partir dos 16 anos e limitado a um máximo de “sete noites seguidas”. Estão isentos de pagamento os peregrinos de Santiago de Compostela, Espanha, e de Fátima.

A taxa turística de Caminha, de 1,50 euros na época alta, entra em vigor em setembro e isenta de pagamento peregrinos de Santiago de Compostela, Espanha, e de Fátima, desde que devidamente credenciados e apenas na primeira noite.

O regulamento, publicado esta segunda-feira no Diário da República, explica que “o regulamento […] entra em vigor no mês seguinte à sua publicação […], não se aplicando às reservas comprovadamente efetuadas antes dessa data”.

O pagamento da taxa naquele município do distrito de Viana do Castelo é devido a partir dos 16 anos e limitado a um máximo de “sete noites seguidas”.

O valor é de um euro durante a época baixa e aplica-se a todos os estabelecimentos de hospedagem, incluindo alojamento local, parques de campismo e caravanismo.

No regulamento, descreve-se que a taxa é ainda devida pelas “dormidas remuneradas” em hotéis, pousadas, hotéis-apartamentos, aldeamento e apartamentos turísticos, bem como empreendimentos de turismo de habitação ou de turismo no espaço rural.

Ficam isentos do pagamento “cidadãos portadores de deficiência, com incapacidade igual ou superior a 60%, desde que apresentem comprovativo desta condição”, e “antigos combatentes ou viúva/viúvo de antigo combatente que detenha o cartão”.

O mesmo se aplica a “cidadãos cuja estadia seja motivada por situações de despejo ou situações que impliquem o desalojamento em situações análogas, devidamente comprovadas”, ou que sejam “temporariamente instalados pelos organismos sociais públicos do Estado e/ou municipais, em estabelecimentos de alojamento de cariz social ou turísticos”.

A isenção abrange ainda quem seja alojado por situações “de emergência social ou da proteção civil” ou que, “por razões de conflito e deslocados dos seus países de origem”, residam “temporariamente em Portugal, desde que devidamente comprovado pelos serviços responsáveis desse pedido de asilo”.

Em igual situação ficam, na primeira noite, “cidadãos cuja estadia resulta de peregrinação, nomeadamente a Santiago de Compostela ou Fátima, desde que devidamente comprovado por credencial/passaporte/documento de peregrino”.

Entre as justificações para a aplicação da taxa, o município indica “as estatísticas que revelam um crescimento significativo da taxa de ocupação turística nos últimos anos”.

Desde 2013 até 2022 o número de dormidas no concelho de Caminha passou de 46.992 para 117.208, isto é, cresceu 249,42%”, observa a câmara.

O regulamento indica ainda que a oferta hoteleira é atualmente de “512 quartos, 325 em instalações hoteleiras, 118 em alojamento local e 69 em turismo no espaço rural e de habitação”.

“O forte investimento no turismo revela-se estratégico para o desenvolvimento económico-social da região e tem demonstrado ser um forte impulsionador do tecido empresarial e consequentemente da criação de emprego, com um impacto inegável na atividade económica de modo geral e, mais concretamente, na oferta turística”, refere.

Assim, “torna-se imperioso criar mais e melhores condições para quem visita este concelho, potenciando a oferta cultural, dinamizando o comércio local, criando novas infraestruturas e apostando em setores fundamentais, como é o caso do ambiente e a limpeza urbana”, argumenta.

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Euribor a três, a seis e a 12 meses cai para novos mínimos de mais de um ano

  • Lusa
  • 5 Agosto 2024

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira para novos mínimos de mais de um ano a três, a seis e a 12 meses.

A taxa Euribor desceu esta segunda-feira para novos mínimos de mais de um ano a três, a seis e a 12 meses. Com as alterações desta segunda-feira, a taxa a três meses, que baixou para 3,584%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,494%) e da taxa a 12 meses (3,238%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, caiu esta segunda-feira para 3,494%, menos 0,059 pontos e um novo mínimo desde 14 de abril de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, recuou esta segunda-feira para 3,238%, menos 0,082 pontos e um novo mínimo desde 27 de dezembro de 2022, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses desceu, ao ser fixada em 3,584%, menos 0,039 pontos e um novo mínimo desde 3 de julho de 2023, depois de, em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.

Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que forem conhecidos.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022. Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.

A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo. A média da Euribor em julho baixou 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Fundo canadiano compra produtora têxtil de Barcelos com 70 trabalhadores

Treze anos após ser criada nos tempos da troika por Hélder Brito, Rui Costa e Rickie Madsen, a fabricante de vestuário Pure Cotton passa a ser controlada (75%) pelo canadiano Alberta Equity Fund.

Fundada pelos jovens empreendedores Hélder Brito, Rui Costa e Rickie Madsen em agosto de 2011, quando a troika estava a acabar de aterrar em Portugal, a têxtil portuguesa Pure Cotton acaba de ser comprada pelo fundo privado Alberta Equity Fund (AEF), com sede em Calgary, no Canadá.

Com um portefólio de investimentos diversificados que abrange as áreas da moda, transportes e imobiliário, a AEF adquiriu uma participação maioritária de 75% na produtora de vestuário de Vila Frescainha de S. Pedro, nos arredores de Barcelos, que emprega perto de 70 pessoas e que em 2022 faturou 7,2 milhões de euros, segundo dados oficiais.

A Pure Cotton é especializada no design, desenvolvimento e produção de vestuário de qualidade para homens, mulheres e crianças, e detém ainda as marcas próprias Inimigo (segmento de luxo) e D.RT (lifestyle para jovens). A vizinha da Valérius, que recuperou a Dielmar, assegura 90% das vendas nos mercados da exportação, sobretudo na Europa e na América do Norte.

Este investimento permite-nos alavancar a experiência e os recursos do AEF para aproveitar todo o nosso potencial. O objetivo da Pure Cotton é tornar-se um parceiro preferencial para marcas de luxo globais, marcas emergentes e startups.

Sandra Ribeiro

Nova CEO da Pure Cotton

Para liderar a empresa minhota nesta nova fase, a AEF recrutou Sandra Ribeiro, licenciada em Engenharia e Gestão Industrial pela Universidade do Minho e mestre em Tecnologias Ambientais. Com experiência em gestão e operações em vários setores, incluindo moda, bens de luxo, joalharia, mobiliário e materiais de construção, era até abril country director da Angora, que a partir de Paços de Ferreira produz estofos e mobiliário para a marca britânica Swyft.

“Este investimento permite-nos alavancar a experiência e os recursos do AEF para aproveitar todo o nosso potencial. O objetivo da Pure Cotton é tornar-se um parceiro preferencial para marcas de luxo globais, marcas emergentes e startups, desenvolvendo e produzindo peças icónicas para os seus clientes”, afirma a nova CEO, confiando que irá beneficiar do investimento, experiência de gestão e recursos dos novos donos.

No mesmo comunicado, o fundo canadiano assinala que a entrada no capital da fabricante minhota é a sua estreia na produção têxtil, criando uma “integração vertical” com os anteriores investimentos na indústria da moda. Reflete, por outo lado, a “confiança do fundo na expertise e nas vantagens competitivas da Pure Cotton no fabrico de vestuário de alta qualidade”.

“O compromisso da Pure Cotton com produtos de alta qualidade, design inovador e preços competitivos confere-lhe uma posição única na indústria têxtil global. Estamos entusiasmados por apoiar o crescimento da empresa, disponibilizando recursos financeiros e humanos para acelerar o seu desenvolvimento “, aponta Mark Grunert, presidente do AEF.

No primeiro semestre de 2024, em que as insolvências de empresas em Portugal tiveram um crescimento homólogo de 11%, para 1.074 casos, a indústria têxtil e da moda foi a que concentrou o maior número de processos. Até junho, face ao mesmo período do ano passado, mais 110 empresas deste setor abriram insolvência (+128%), com destaque para a fabricação de calçado e para a confeção de vestuário exterior em série.

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Greenvolt vai criar comunidades de energia para a indústria na Indonésia

A Greenvolt vai introduzir o conceito de comunidade de energia na Indonésia, país no qual pretende servir a indústria com esta solução.

O Grupo Greenvolt assinou um Memorando de Entendimento (MdE) com a Himpunan Kawasan Industri Indonesia (HKI), com o objetivo de ajudar a indústria da Indonésia a dar passos concretos no processo de transição energética. Através da Emerging Solar Indonesia (ESI), vão levar energia renovável às empresas, fomentando a partilha de energia obtida a partir da irradiação solar.

Uma das principais iniciativas será a introdução do conceito de Comunidade de Energia, uma solução inovadora de partilha de energia já implementado pela Greenvolt em Portugal. Desta forma, as empresas poderão partilhar entre si a energia obtida através da irradiação solar, com benefícios em termos ambientais, mas também financeiros, fruto da redução da sua fatura energética, garante a empresa liderada por João Manso Neto, através de um comunicado.

“Os parques industriais devem transformar-se imediatamente em parques industriais de quarta geração que integrem tecnologia ambientalmente consciente”, afirmou o Ministro da Indústria, Agus Gumiwang Kartasasmita, na abertura do XXIV HKI National Working Meeting. O Executivo quer acelerar a adoção de energia renovável para alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

As emissões de dióxido de carbono (CO2) do setor industrial da Indonésia ascendem a mais de 238 milhões de toneladas ao ano, e para as reduzir a Indonésia pretende promover soluções de energia solar, tanto através de grandes centrais solares, como através de soluções para autoconsumo individual e coletivo.

“Temos know-how no desenvolvimento de soluções de Geração Distribuída de energia renovável em várias geografias. Estamos entusiasmados por podermos trazer esse conhecimento para a Indonésia, permitindo às empresas passarem a beneficiar da energia solar”, refere Ricardo Mendes Ferreira, diretor executivo da Greenvolt para a Geração Distribuída de energia renovável.

“A ESI está entusiasmada com esta parceria com a HKI que permitirá aos membros da associação obterem acesso a energia renovável para um futuro mais sustentável. Não só beneficiarão da redução da sua pegada de carbono, mas também do aumento da competitividade do seu investimento”, refere Harry Radcliffe, CEO da ESI.

Sanny Iskandar, chairman do HKI, salienta que a parceria com a “ESI será um game changer para a indústria indonésia. Ao combinarmos os nossos recursos e experiência, podemos criar um futuro mais sustentável para o setor industrial indonésio, ao mesmo tempo que apoiamos o ambicioso objetivo do Governo da Indonésia de alcançar o Net Zero através da aposta nas energias renováveis”.

 

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Atletas olímpicos Fernando Pimenta e Teresa Bonvalot são a cara da nova campanha da Allianz

  • + M
  • 5 Agosto 2024

A campanha com os embaixadores da marca conta com a criatividade do Allianz Studio, a agência criativa interna da Allianz, e com a produção da Grumpy Panda. A agência de meios é a EssenceMediacom.

O canoísta Fernando Pimenta e a surfista Teresa Bonvalot são os protagonistas da nova campanha da Allianz Portugal, dedicada aos seguros de casa e automóvel.

O campeão do mundo de canoagem (na vertente olímpica K1 1000 metros) é o rosto da campanha do seguro Allianz Auto, “um seguro automóvel completo e flexível que inclui assistência em viagem 24h, rede de oficinas parceiras em todo o país, oferta da pré-inspeção em oficinas aderentes e gestão do seguro através da app myAllianz”.

Já a surfista é a protagonista da campanha do seguro Allianz Casa, que “inclui proteção contra danos por água, incêndio e catástrofes naturais, linha de assistência 24h e gestão do seguro através da aplicação da Allianz”, refere-se em nota de imprensa.

“A ligação da Allianz Portugal a estes atletas não é uma parceria meramente promocional, é uma parceria que assenta em valores comuns de confiança, de excelência e de segurança. É a partilha destes valores olímpicos e desta forma de estar que nos une. Além disso, temos ainda em comum o facto de fazermos questão de estar sempre preparados para o melhor. Até os mais destemidos jogam pelo seguro”, diz José Francisco Neves, diretor de marketing da Allianz Portugal, citado em comunicado.

A campanha com os também embaixadores da marca conta com a criatividade do Allianz Studio, a agência criativa interna da Allianz, e com a produção da Grumpy Panda. Marca presença até 15 de setembro em televisão e digital, tendo o planeamento de meios ficado a cargo da EssenceMediacom.

Esta surge na sequência da campanha “Prepare-se para o melhor”, lançada no início do ano a propósito da realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024, evento em que a Allianz é a seguradora oficial.

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Portugal foi o segundo país da UE com mais dentistas formados por 100 mil habitantes em 2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Agosto 2024

Dados do Eurostat indicam que havia 9,05 dentistas por 100 mil habitantes em Portugal no ano de 2022. Taxa de médicos formados no país no mesmo período era a 13.ª mais elevada da União Europeia.

Portugal registou a segunda maior taxa de dentistas diplomados em 2022 na União Europeia (UE). Nesse ano, de acordo com o Eurostat, 9,05 por 100 mil habitantes no país concluíram a formação em Medicina Dentária, um rácio superior ao observado em 2021 (8,41 por 100 mil habitantes).

No que diz respeito ao número de médicos, os dados divulgados esta segunda-feira pelo gabinete estatístico revelam que havia 16,04 médicos licenciados por 100 mil habitantes em Portugal no ano de 2022, a 13.ª taxa mais elevada entre os 27 Estados-membros da UE. Contudo, representa uma descida face ao rácio registado em 2021, de 16,29 médicos formados por 100 mil habitantes.

Rácio de médicos formados na UE em 2022

Fonte: Eurostat

Ao todo, formaram-se 69.279 médicos e 14.313 dentistas no bloco comunitário em 2022. Em termos relativos, significa que havia 15,47 médicos licenciados — uma “ligeira diminuição” comparativamente ao rácio de 2021 (15,65 por 100.000 habitantes) — e 3,20 dentistas diplomados por cada 100.000 habitantes — um “ligeiro aumento” face aos 3,12 registados em 2021. Em ambos os casos, Portugal ficou acima da média europeia.

As taxas mais elevadas de médicos licenciados em 2022 verificaram-se na Bulgária (29,49 por 100 mil habitantes), em Malta (27,66) e na Letónia (27,51), enquanto a Eslovénia surge no fim da tabela, com 11,36 médicos formados por 100 mil habitantes — quase um terço da taxa da Bulgária –, seguindo-se a Estónia (12,16) e a Alemanha (12,38).

na formação de dentistas, Portugal foi superado apenas pela Roménia, que teve uma taxa de 9,86 por 100 mil habitantes em 2022. A Bulgária (7,80) tinha o terceiro rácio mais elevado.

Em contrapartida, Malta (menos de 0,1), Itália (1,43) e Países Baixos (1,47) registaram as taxas mais baixas de dentistas diplomados em 2022.

Rácio de dentistas formados na UE em 2022

Fonte: Eurostat

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Inflação na OCDE desacelera para 5,6% em junho

Taxa de inflação na média da OCDE situou-se em junho no nível mais baixo desde outubro de 2021, tendo desacelerado em 24 dos 38 países da organização.

A taxa de inflação na OCDE, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), desacelerou em junho para 5,6%, face aos 5,9% em maio registados em maio, de acordo com dados da instituição divulgados esta segunda-feira.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) destaca que este é o nível mais baixo desde outubro de 2021, embora já se tenha aproximado várias de uma taxa semelhante desde o início deste ano (5,7%).

Fonte: OCDE

A inflação desacelerou em 24 dos 38 países da OCDE e situou-se abaixo de 2% em nove países em junho, contra seis em maio. Em contrapartida, a inflação manteve-se acima de 5% na Colômbia e na Islândia e acima de 70% em Turquia.

Na zona euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) manteve-se globalmente estável em 2,5% em junho, o que compara com 2,6% em maio. Com base no IHPC, três países da zona euro (Lituânia, Itália e Finlândia) registaram uma inflação igual ou inferior a 1%, enquanto se situou em 3% ou superior em cinco outros Bélgica, Espanha, Países Baixos, Áustria e Portugal.

A inflação nos produtos energéticos da OCDE também desacelerou para 2,3% em junho, face a 2,5% em maio, com quedas em 24 países, continuando-se a registar diferenças significativas entre os países da OCDE. Já a inflação subjacente da OCDE (que desconta os produtos energéticos e alimentares) situou-se abaixo de 6% pela primeira vez desde março de 2022.

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Proteção do ambiente marinho sem incentivos financeiros em 2023

Fundo Azul vai usar totalidade dos 2,78 milhões de euros para monitorização e proteção do ambiente marinho este ano e no próximo: 1,6 milhões em 2024 e 1,1 milhões em 2025.

No ano passado não foi alocada qualquer verba ao eixo estratégico “monitorização e proteção do ambiente marinho” do Fundo Azul, criado em 2016 para apoiar as políticas do mar para a prossecução dos objetivos de desenvolvimento sustentável. A razão? A alteração do regime jurídico do fundo e consequente alteração da sua entidade gestora.

A política de investimentos do Fundo Azul para o triénio 2023-2025 foi aprovada através de um despacho do Ministro da Economia e do Mar, a 23 de agosto de 2023, e de um despacho do Ministro das Finanças, de 14 de novembro de 2023. “No âmbito desta mesma política de investimentos, estava previsto para o eixo estratégico “monitorização e proteção do ambiente marinho” um montante total de 2,78 milhões repartido pelos três anos. “Sucede que, no ano de 2023, devido à alteração do regime jurídico do fundo e consequente alteração da entidade gestora do mesmo, não foi alocada qualquer verba ao eixo estratégico referido”, lê-se na portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República.

Agora é necessário fazer uma reprogramação dos encargos plurianuais para os adaptar à execução prevista para os anos de 2024 e 2025. Assim, o Fundo Azul vai usar a totalidade dos 2,78 milhões de euros este ano e no próximo: 1,6 milhões em 2024 e 1,1 milhões em 2025. Com a ressalva de que no próximo ano poderão ser usados os saldos que sobrarem de 2024.

Estes incentivos financeiros que visam contribuir para o “cumprimento de metas e compromissos nacionais e internacionais, incluindo o desenvolvimento da economia do mar, a literacia do oceano e a promoção do conhecimento do mar, a investigação científica e tecnológica, a proteção e monitorização do meio marinho e a segurança marítima” são suportados por “verbas adequadas inscritas ou a inscrever no orçamento do Fundo Azul”.

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