📹 Sabia que pode moldar as políticas e a legislação da UE?

  • ECO
  • 5 Maio 2024

Sabia que pode contribuir para moldar as políticas e a legislação da UE? Saiba como neste vídeo.

Sabia que pode contribuir para moldar as políticas e a legislação da UE? Ao partilhar as suas ideias na página Consultas públicas e comentários, pode ajudar a construir uma Europa mais forte, mais ecológica, mais justa e mais digital. Saiba como:

http://videos.sapo.pt/ymwm36lYOzDBN6pRzayY

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o vídeo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo responde a possível ação criminal do Chega por “traição à pátria”: “Faz parte da democracia”

O Chega vai reunir como um grupo de juristas e professores de direito para avaliar uma ação contra o Presidente da República, devido às suas declarações sobre reparações às ex-colónias.

O grupo parlamentar do Chega vai reunir como um grupo de juristas e professores de direito para avaliar uma ação criminal contra o Presidente da República por “traição à pátria”, segundo avança a TVI/CNN Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa afirma que “faz parte da democracia”.

A iniciativa do partido de André Ventura, que terá lugar fora da Assembleia, surge na sequência das declarações de Marcelo sobre as reparações às ex-colónias, num jantar com correspondentes estrangeiros em Portugal, dias antes do 25 de Abril. São Tomé e Príncipe já anunciou que vai avançar com um pedido. O Chega entende que a posição do Presidente da República causa um dano ao estado português.

“Em período eleitoral e fora de período eleitoral os partidos são livres de tomar as suas iniciativas. É a vida. Faz parte da democracia. Cada um tem a iniciativa que entende que é a melhor naquele momento, seja eleitoral — aproveitando o momento eleitoral —, seja não eleitoral. E não se pode travar isso”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa ao início da tarde, durante uma visita da Ovibeja, em declarações transmitidas pela CNN Portugal.

“Nós estamos a celebrar 50 anos da democracia, não é para introduzir ditaduras, é para manter a democracia”, acrescentou.

Segundo a estação, a iniciativa do Chega tem por base o artigo 130.º da Constituição da República, sobre a responsabilidade criminal do Presidente da República e a destituição do cargo. “Por crimes praticados no exercício das suas funções, o Presidente da República responde perante o Supremo Tribunal de Justiça”, diz o artigo.

“A iniciativa do processo cabe à Assembleia da República, mediante proposta de um quinto e deliberação aprovada por maioria de dois terços dos Deputados em efetividade de funções”, refere o número 2 do mesmo artigo. A condenação implica a destituição do cargo e a impossibilidade de reeleição.

A 23 de abril, num jantar com jornalistas de órgãos estrangeiros a trabalhar em Portugal, o Presidente da República disse que Portugal “assume toda a responsabilidade” pelos erros do passado e lembra que esses crimes, incluindo os massacres coloniais, tiveram custos.

“Não é apenas pedir desculpa – devida, sem dúvida – por aquilo que fizemos, porque pedir desculpa é às vezes o que há de mais fácil, pede-se desculpa, vira-se as costas, e está cumprida a função. Não, é o assumir a responsabilidade para o futuro daquilo que de bom e de mau fizemos no passado”, defendeu.

Um jurista ouvido pela TVI/CNN Portugal considera que uma eventual ação do Chega neste contexto seria arquivada. O advogado Paulo Saragoça da Matta, sócio da DLA Piper, garante que “em circunstância alguma” Marcelo Rebelo de Sousa praticou o crime de “traição à pátria”, conforme ele está previsto na legislação.

O Chega anunciou também a apresentação de um voto formal de condenação a Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia da República, não tendo sido acompanhado pelos restantes partidos.

(artigo atualizado às 15h50)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Temido diz não conseguir “fazer debates com todos” devido a “calendário curto”

  • Lusa
  • 5 Maio 2024

O PS fez uma contraproposta e aguarda agora uma decisão das direções dos meios de comunicação e das campanhas, diz a cabeça de lista às eleições europeias.

A cabeça de lista do PS às europeias, Marta Temido, afirmou hoje não conseguir “fazer debates com todos” os outros candidatos, devido ao “calendário curto” até às eleições, mostrando-se disponível para encontrar outros formatos.

Não conseguimos fazer debates com todos no tempo que temos daqui até às eleições e, claramente, isso é um problema, mas podemos ter outros formatos e estamos disponíveis para os debater”, salientou.

Marta Temido, que falava aos jornalistas à margem de uma visita à feira agropecuária Ovibeja, foi questionada sobre as críticas à recusa do PS e da Aliança Democrática (AA) em participarem no modelo de debates sobre as europeias proposto pelas televisões.

Considerando que “o calendário é curto” até às eleições do dia 09 de junho, a candidata socialista admitiu que era “desejável que houvesse debates com todos”, mas lembrou que falta “um mês sensivelmente para as eleições europeias”.

“Parece-nos que seria mais sensato nós tentarmos equilibrar um calendário de presença televisiva, onde muitos nos seguem, com um contacto direto com as pessoas, onde também conseguimos chegar diretamente a cada um”, sublinhou.

A cabeça de lista do PS às europeias defendeu que os portugueses se “queixam da distância da política”, mas advertiu que esse descontentamento “não é da política televisiva, da política espetáculo e da política comentário”.

Os eleitores queixam-se que falta a “política de ouvirmos os outros e precisamos também de tempo para isso”, vincou, referindo que o PS fez uma contraproposta e aguarda agora uma decisão das direções dos meios de comunicação e das campanhas.

Questionada sobre o seu modelo preferido, Marta Temido respondeu que não tem, mas apontou que existem “várias hipóteses”.

Debates em que todos estamos presentes é também uma forma de debate, com menos tempo, mas podemos multiplicar esses debates de forma a garantir que o contra-argumentário se faz mais vezes para as pessoas ficarem mais esclarecidas”, realçou.

Outra possibilidade seriam debates apenas com os candidatos das forças políticas que estão representadas no Parlamento Europeu, mas isso “excluiria partidos”, pelo que também “não seria desejável”, frisou.

De acordo com o jornal Expresso, o PS e a AD recusaram o modelo de debates proposto pela RTP, TVI e SIC para as eleições europeias de 09 de junho, no qual estavam previstos 28 frente-a-frente entre os cabeças de lista dos partidos com representação na Assembleia da República.

Estas forças políticas alegaram tratar-se de um número elevado de duelos, que afetaria a campanha eleitoral, e admitiram aceitar um calendário mais leve.

No sábado, no final da Comissão Nacional do PS, o líder socialista, Pedro Nuno Santos, afirmou que o seu partido tem que “fazer campanha na rua, no território, com as pessoas” e não passar “o tempo todo em debates e em comentários de debates”.

Também o cabeça de lista do PCP às eleições europeias, João Oliveira, já acusou o PS e a AD de não quererem “confrontar-se com o escrutínio” nos debates televisivos, defendendo que a recusa prejudica a mobilização do eleitorado às urnas.

Já a cabeça de lista do BE às eleições europeias, Catarina Martins, acusou PS e PSD de quererem esconder os seus candidatos por terem rejeitado o modelo de debates proposto, e insistiu nos frente a frente.

Por sua vez, o líder da IL, Rui Rocha, apontou a estes dois a autoria de “um ataque à democracia” por estarem a “tentar impedir” a realização de debates sobre as eleições europeias com todos os partidos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Governo israelita ordena encerramento da Al Jazeera no país

  • ECO
  • 5 Maio 2024

Decisão implica o encerramento dos escritórios da Al Jazeera em Israel, o confisco do equipamento de transmissão, o bloqueio dos sites da estação e proibir a emissão nos canais de cabo e via satélite.

O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aprovou este domingo o encerramento das operações da Al Jazeera em Israel, noticia a Reuters. Governo alega que a estação de televisão do Qatar ameaça a segurança nacional.

“O canal de incitamento Al Jazeera será fechado em Israel”, afirmou Netanyahu numa publicação nas redes sociais, após a votação unânime do gabinete. A estação de televisão pode tentar bloquear a decisão em tribunal.

Segundo o comunicado, a decisão implica o encerramento dos escritórios da Al Jazeera em Israel, o confisco do equipamento de transmissão, o bloqueio dos sites da estação e proibir a emissão nos canais de cabo e via satélite. Estará em vigor, pelo menos, até ao fim do conflito com o Hamas.

A estação de televisão, financiada pelo governo do Qatar, tem sido muito crítica da atuação militar de Israel na Faixa de Gaza. No mês passado, o Parlamento tinha aprovado legislação para permitir o encerramento de canais de televisão que fossem considerados uma ameaça à segurança nacional.

As negociações para uma trégua no conflito continuaram este domingo, ainda sem um entendimento à vista. O Hamas só aceita a libertação dos reféns com o compromisso de Israel de pôr fim ao conflito e retirar o exército de Gaza, condições que o Governo liderado por Benjamin Netanyahu não aceita.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sem maioria, Governo está a conduzir “carro sem travões”, diz João Leão

  • ECO
  • 5 Maio 2024

O antigo ministro das Finanças considera que ter um Governo minoritário, sem qualquer tipo de apoio parlamentar, "é quase como estar a governar sem ministro das Finanças".

O ex-ministro das Finanças João Leão teme que a aprovação de medidas no Parlamento com impacto orçamental, de “forma descontrolada”, como o fim das portagens nas ex-SCUT, vai, a prazo, “minando as contas públicas”. Equipara a situação atual do Executivo a “andar num carro sem travões”.

“Governar nestas condições com um Governo minoritário, sem qualquer tipo de apoio parlamentar, com uma profusão de partidos no Parlamento, cria uma situação muito difícil de governação em particular para as Finanças Públicas“, afirma João Leão em entrevista ao programa Conversa Capital, do Jornal de Negócios e Antena 1.

“Sem nenhuma crítica ao atual ministro das Finanças, não é isso que esta em causa, é quase como estar a governar sem ministro das Finanças”, considera. “Ele não controla o processo de decisões que são feitas no Parlamento. Tudo é aprovado de forma descontrolada, sem critério, porque não há ninguém a controlar o processo de decisão. É quase como andar num carro sem travões“, afirma.

E deixa um alerta: “Há decisões que vão ser tomadas sem coerência, sem grande critério, e de forma descontrolada. Não é no imediato, mas a prazo vai minando as contas públicas“.

Sobre a acusação do atual ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, sobre a aprovação de despesas excecionais pelo anterior Executivo, alegadamente sem cabimento orçamental, João Leão vê uma “comunicação estratégica” para conter as reivindicações e os ânimos porque, no seu entender, é difícil, com base num primeiro trimestre em contabilidade pública, extrapolar para o ano e falar em défice.

O antigo ministro das Finanças admite que o défice já não será de 0,7%, como estava previsto pelo governo anterior. Continua a considerar que não será necessário um orçamento retificativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro acusa anterior Governo de aprovar resoluções sem cabimentação orçamental

  • Lusa
  • 5 Maio 2024

Luís Montenegro diz que "a situação financeira de Portugal não é exatamente aquela que se andou para aí a espalhar nos últimos meses", mas garante que "vai cumprir o programa".

O primeiro-ministro acusou no sábado à noite o anterior Governo de ter aprovado resoluções “sem cabimentação orçamental” e assegurou que, apesar do défice do primeiro trimestre, “o Governo vai gerir a situação”.

“É verdade, a situação financeira de Portugal não é exatamente aquela que se andou para aí a espalhar nos últimos meses. É verdade que, no fim do 1.º trimestre deste ano, temos um défice das contas públicas, mas garanto-vos que não vamos ter no final do ano”, afirmou Luís Montenegro, durante o 175.º aniversário da Associação Empresarial de Portugal (AEP), em Matosinhos.

Relativamente às contas públicas, o primeiro-ministro acusou o anterior Governo socialista de ter tomado decisões “de forma muito apressada”.

“É verdade que o governo que antecedeu este tomou várias decisões, entre as quais 116 resoluções do Conselho de Ministros, 43 das quais sem ter cabimentação orçamental, num volume de cerca de 1.200 milhões de euros, isso é tudo verdade, mas também não vou dramatizar a situação, não vou escondê-la, porque é minha intenção não esconder nada, mas não vou dizer que estou assustado”, referiu.

Aos vários empresários reunidos no Terminal de Leixões, Luís Montenegro assegurou que o Governo “vai gerir a situação”, apesar das imprevisibilidades da Assembleia da República.

"É verdade que temos um partido à nossa direita no parlamento que tem uma representação significativa na AR e que fez uma campanha eleitoral a prometer combater o socialismo e agora aprova coisas no parlamento promovidas pelo partido socialista. E temos um partido à nossa esquerda que é o Partido Socialista que fez uma campanha a diabolizar esse partido à direita e agora aceita os votos desse partido no parlamento.”

Luís Montenegro

Primeiro-ministro

“É verdade que temos um partido à nossa direita no parlamento que tem uma representação significativa na AR e que fez uma campanha eleitoral a prometer combater o socialismo e agora aprova coisas no parlamento promovidas pelo partido socialista. E temos um partido à nossa esquerda que é o Partido Socialista que fez uma campanha a diabolizar esse partido à direita e agora aceita os votos desse partido no parlamento, isso é tudo verdade”, referiu.

Apesar de “tudo isso ser verdade”, o primeiro-ministro defendeu que isso “não é o mais importante”, mas sim que “o Governo está ativo”.

O Governo está a cumprir o seu programa, vai cumprir o seu programa, tem todas as condições para cumprir o seu programa e não são estas pequenas coisas que nos vão atrapalhar, elas existem, não podem ser ignoradas, mas não são o mais importante”, afirmou, assegurando que o Governo “tem todas as condições para proceder com a legislatura quatro anos e meio”.

Enaltecendo os 175 anos da AEP, Montenegro destacou também a necessidade de o país aproveitar os fundos comunitários, sobretudo o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), defendendo que o país não deve ter “mais uma vez uma oportunidade perdida”.

Também presente no jantar comemorativo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou o papel da AEP e entregou as insígnias de membro honorário da Ordem Militar de Cristo, “título histórico” à medida da história da associação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Temperaturas baixas na floração provocam quebras de 70% na cereja do Fundão

  • Lusa
  • 5 Maio 2024

Condições climáticas adversas no período de floração impedem o vingamento do fruto. A qualidade será potenciada devido ao facto de haver menos fruta nas árvores, diz a Cerfundão.

Uma quebra de cerca de 70% na produção da cereja do Fundão em relação a anos normais é a expectativa dos produtores para esta campanha, devido ao longo período de temperaturas baixas durante a floração.

O gerente da associação de fruticultores Cerfundão, Filipe Costa, disse que as árvores têm pouco fruto e que a situação é transversal a todas as variedades, embora tenha sublinhado que a qualidade da cereja está assegurada.

As perspetivas são de uma quebra de produção bastante significativa em comparação com anos normais de produção, a rondar os 70% de quebra, motivada pelas condições climáticas muito nefastas no período de floração e do vingamento das cerejeiras, que resultaram em pouca fruta nas árvores”, explicou, em declarações à agência Lusa, Filipe Costa.

Segundo o engenheiro agrónomo, além das temperaturas muito baixas, registaram-se alguns episódios pontuais de granizo. Filipe Costa acrescentou que se verificou a necrose dos tecidos da flor e a impossibilidade de vingamento do fruto, mas que “as temperaturas baixas fazem também com que os insetos polinizadores não estejam disponíveis para fazer o seu trabalho“.

“Não havendo vingamento do fruto, não há produção de uma forma transversal em todas as variedades, porque este período de temperaturas muito baixas prolongou-se por muito tempo durante a floração”, lamentou o gerente da Cerfundão.

No caso da Cerfundão, que tem 25 associados e 300 hectares de pomares de cereja, embora nem todos estejam em plena produção, e uma capacidade instalada para trabalhar com 1.200 toneladas em anos normais de produção, este ano o responsável antecipa que “não ultrapasse as 400 toneladas” na associação de fruticultores, no distrito de Castelo Branco.

Filipe Costa destacou que as condições registadas “não têm qualquer impacto na qualidade, pelo contrário“.

“Vamos ter fruto com melhor sabor, com melhor açúcar, com melhor acidez, com maior calibre. A qualidade será potenciada devido ao facto de haver menos fruta nas árvores. Há menos competição dos frutos uns com os outros e a qualidade será beneficiada na comercialização”, referiu o engenheiro agrónomo.

Apesar de prever um aumento do preço, Filipe Costa antecipou uma perda de rentabilidade. “A quebra de produção que existe não tem elasticidade suficiente para colmatar a quebra de produção que os produtores têm nos teus pomares, de maneira que vai ser uma campanha negativa em termos de rentabilidade económica”, sublinhou, em declarações à Lusa, o gerente da Cerfundão.

Filipe Costa lembrou que desde 2020 têm sido anos “complicados para a fileira da cereja”, com o impacto económico e social que tem na região. “Os últimos anos têm tido um impacto económico difícil de gerir”, comentou o produtor.

A Cerfundão começou esta semana a comercializar cereja, uma semana mais cedo em relação ao ano passado, e nos pomares a sul da serra da Gardunha há produtores que iniciaram a apanha na semana passada.

Filipe Costa informou que tal se deve “à própria fenologia da cultura” e às temperaturas um pouco mais amenas em dezembro e janeiro, que fizeram antecipar o ciclo vegetativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro quer português como língua oficial da ONU até 2030

  • Lusa
  • 5 Maio 2024

Primeiro-ministro considera que seria "um justo reconhecimento", tendo em conta o "universo atual de falantes de português", que pode atingir 380 milhões até 2050. Brasil concorda, mas avalia custos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, quer que os países parceiros na CPLP alinhem posições para que o português seja reconhecido como língua oficial das Nações Unidas até 2030, considerando que “seria um justo reconhecimento”. Brasil concorda, mas alerta para custos elevados.

Num artigo publicado este domingo no jornal Público, na data em que se comemora o Dia Mundial da Língua Portuguesa, Luís Montenegro considera que aquele pode ser encarado como um desígnio de médio prazo, defendendo para isso um alinhamento de posições com os parceiros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Seria um justo reconhecimento. Tanto em função do universo atual de falantes de português em todo o mundo como relativamente às estimativas que apontam para que a nossa língua atinja 380 milhões de falantes em 2050. E quase 500 milhões no final do século”, escreve, referindo que este crescimento estimado se deve ao Brasil e ao potencial populacional dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).

O primeiro-ministro sublinha também o empenho do Governo em promover “a excelência do ensino do português” nestes países, destacando que um dos objetivos fixados pelo seu Governo passa por incentivar o intercâmbio e a criação de programas conjuntos que fortaleçam a língua como ferramenta de comunicação e de expressão”.

“Por um lado, é também imperioso alargar a influência da CPLP nos muitos pontos do globo a que o português se vê ligado pela cultura. E, por outro, quanto maior for a ambição económica e política, maior será a projeção internacional da língua de Camões, Sophia, Amado, Pepetela, Lispector, Agualusa, Mia, Agustina, Germano e tantos outros consagrados”, refere Montenegro.

No artigo, o primeiro-ministro lembra que os 50 anos do 25 de Abril foram também celebrados ao mais alto novel com os países irmãos da CPLP, um espaço que, refere se alicerça “na história, nas vivências partilhadas e no idioma comum”.

Montenegro refere ainda que a criação do Dia Mundial da Língua Portuguesa é um sinal de reconhecimento pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) da importância global do português e de todos os seus mais de 260 milhões de falantes espalhados por todos os continentes.

Neste contexto, refere que as economias da CPLP valem 3,6% da riqueza total do mundo e 5,4% do global das plataformas marítimas.

O responsável máximo pela promoção da cultura brasileira e da língua portuguesa no estrangeiro afirmou à Lusa que o Brasil tem interesse em tornar o português língua oficial das Nações Unidas, mas advertiu para os elevados custos.

“Na verdade é extremamente custoso, porque ter o português como língua de trabalho nas Nações Unidas é muito caro”, disse, em entrevista à Lusa, em Brasília, o diretor do Instituto Guimarães Rosa, a congénere brasileira do Instituto Camões.

Na opinião de Marco Antonio Nakata, neste primeiro momento, é necessário “avaliar realmente a importância que isso teria para o Brasil e se esse volume de recursos não teria uma utilidade maior” noutros campos de divulgação do português, como a existência de “mais leitores, mais professores, investir em novas tecnologias de ensino”.

Em entrevista à Lusa, em Lisboa, a 26 de abril, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil afirmou querer “um avanço” no projeto de tornar o português língua oficial das Nações Unidas, acrescentando ser “um dos temas que é muito caro ao Presidente Lula é a língua portuguesa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ampliar em vez de destruir. Como a inteligência artificial vai mudar o trabalho<span class='tag--premium'>premium</span>

Há funções que serão eliminadas por causa da inteligência artificial, mas, mais do que destruir empregos, esta tecnologia vem ampliar os trabalhos. Formação é, contudo, indispensável.

Este artigo é parte integrante da quinta edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Afinal, os rumores de que os trabalhos realizados por humanos teriam os dias contadospor causa da inteligência artificial parecem ter sido, como diria Mark Twain, manifestamente exagerados. Essa tecnologia vai mesmo mudar o modo como trabalhamos, concordam os especialistas. Mas será mais no sentido da ampliação desses empregos do que para a sua destruição total, apontam. A implementação desta tecnologia vai abrir a porta, antecipam, a um disparo da produtividade, da eficiência e da competitividade dos profissionais e das empresas. É preciso, contudo, que a formação acompanhe esta transformação, de modo a que estejamos todos preparados para as novas funções que aí vêm, avisam. “ É mais provável que a

Assine para ler este artigo

Aceda às notícias premium do ECO. Torne-se assinante.
A partir de
5€
Veja todos os planos

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da República e Governo condenam “ataques racistas” contra imigrantes no Porto

  • Lusa
  • 4 Maio 2024

Marcelo Rebelo de Sousa expressou a "veemente condenação da violência racial e da xenofobia, práticas sem lugar na sociedade portuguesa". Montenegro garantiu “tolerância zero ao ódio".

O Presidente da República e o Governo condenaram este sábado os “ataques racistas” contra imigrantes que ocorreram esta noite no Porto. Marcelo Rebelo de Sousa salientou que a violência racial e a xenofobia não têm lugar na sociedade portuguesa.

Numa nota publicada no ‘site’ da Presidência, é referido que Marcelo Rebelo de Sousa condena os “ataques racistas” que ocorreram no Porto.

“Ao tomar conhecimento dos ataques racistas perpetrados durante a última noite no Porto, o Presidente da República sublinha a veemente condenação da violência racial e da xenofobia, práticas sem lugar na sociedade portuguesa“, refere a nota.

O chefe de Estado exprimiu solidariedade às vítimas dos ataques e agradeceu “às forças de segurança a rápida intervenção”.

O Presidente da República transmitiu ainda um “voto de confiança na defesa do Estado de Direito e dos Direitos Humanos, certo que [as forças de segurança] se manterão atentas ao seu respeito”.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, condenou em nome do Governo, os “ataques racistas”. “Condeno veementemente, em meu nome pessoal e do Governo português, os ataques racistas desta noite no Porto”, escreveu o chefe de Governo na sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter), expressando “solidariedade com as vítimas”.

Luís Montenegro reafirmou “tolerância zero ao ódio e violência xenófoba” e elogiou “o trabalho das forças de segurança”.

Seis homens foram identificados e um foi detido, pela posse de arma ilegal, na sequência de agressões a imigrantes, no Porto, segundo o porta-voz da PSP, Sérgio Soares, que atualizou a informação dizendo que o juiz determinou a prisão preventiva do detido.

Na madrugada de sexta-feira no Porto, a PSP foi alertada cerca da 01:00 para uma agressão no Campo 24 de agosto, a dois imigrantes, por um grupo de quatro ou cinco homens que fugiu antes da chegada dos agentes da Polícia, referiu o porta-voz, indicando que os dois agredidos foram assistidos no Hospital São João.

Cerca de 10 minutos mais tarde, na Rua do Bonfim, 10 imigrantes foram atacados, na habitação onde estavam, por um grupo de 10 homens, munidos com paus e, a PSP ainda não conseguiu confirmar, por uma arma de fogo, referiu a mesma fonte.

Ainda segundo o responsável da PSP, cerca das 03:00, na Rua Fernandes Tomás, outro imigrante foi também agredido, por outros suspeitos, sendo que um deles usava uma arma de fogo.

Nesta altura, com o contingente de polícias reforçado foi possível intercetar um dos suspeitos de agressão na Rua Santo Ildefonso, na posse de um bastão extensível, relatou.

Cerca das 05:00, foi intercetada a viatura usada no ataque da 01:00, com cinco suspeitos no interior e que foram todos identificados, acrescentou.

Dada a suspeita de existência de crime de ódio, o assunto transitou para a Polícia Judiciária, concluiu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Warren Buffett tem 190 mil milhões em caixa e não sabe onde os investir

  • ECO
  • 4 Maio 2024

A Berkshire Hathaway, a holding presidida por Warren Buffett, bateu um novo recorde de dinheiro em caixa, mas faltam oportunidades de investimento. Exposição à Apple foi cortada.

A Berkshire Hathaway, liderada pelo investidor Warren Buffett, registou um lucro de 12,7 mil milhões de dólares no primeiro trimestre, cerca de um terço do que tinha conseguido no mesmo período do ano passado. O que não impediu a holding de bater um recorde no dinheiro em caixa, que o CEO prevê que chegue aos 200 mil milhões de dólares até ao final de junho, face à falta de oportunidades de aquisição.

A área financeira, dominada pelo negócio segurador, teve receitas de 65.473 milhões, mais 3,2% do que no ano anterior. Já a área de energia, utilities e transporte ferroviário aumentou o volume de negócios em 11,2% para 24.396 milhões.

O resultado operacional atingiu um novo recorde trimestral, nos 11,2 mil milhões. A pilha de dinheiro em caixa na Berkshire Hathaway subiu para uns inéditos 189 mil milhões de dólares. Um dos motivos para esse aumento foi o significativo desinvestimento na Apple, com a participação na empresa liderada por Tim Cook a recuar 22%, o dobro da desvalorização registada pela tecnológica entre janeiro e março.

Na reunião anual da empresa em Omaha, conhecida como o “Woodstock dos capitalistas”, Buffett afirmou que “é seguro assumir” que o dinheiro em caixa irá atingir os 200 mil milhões até ao final do semestre.

Adoraríamos gastá-lo, mas não o gastaremos a menos que pensemos que estamos a fazer algo que apresenta muito pouco risco e que pode-nos render muito dinheiro, afirmou, citado pela Bloomberg. Disse mesmo que não saberia como aplicar o dinheiro que está em liquidez mesmo que as taxas de juro estivessem em 1% e não em 5,4%.

Sem oportunidades de aquisição de relevo, a Berkshire Hathaway gastou 2,6 mil milhões na recompra de ações nos primeiros três meses do ano, um montante recorde. Apesar de ter reduzido a exposição à Apple, Buffett afirmou que continuará a ser a maior posição financeira da holding, a menos que aconteça algo inesperado.

Com 93 anos, a idade do presidente, já afastado da gestão operacional, foi abordada com ironia por Buffett. “Sinto-me bem, mas sei um pouco de tabelas atuariais” ou “não devia aceitar contratos de trabalho de quatro anos”, foram algumas das tiradas, segundo a Reuters. O vice-presidente, Greg Abel, será o seu sucessor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhistas vencem em Londres e reforçam ganhos nas autárquicas britânicas

  • Lusa
  • 4 Maio 2024

Khan recolheu 44% dos votos, contra 33% da candidata Conservadora, Susan Hall. É a primeira vez que um 'Mayor' de Londres é eleito para um terceiro mandato.

O presidente de Câmara Municipal de Londres, Sadiq Khan, foi hoje reeleito para um inédito terceiro mandato, coroando um bom desempenho do Partido Trabalhista nas eleições autárquicas de quinta-feira.

Os resultados oficiais anunciados esta tarde indicam que Khan recolheu 44% dos votos, contra 33% da candidata Conservadora, Susan Hall. Esta é a primeira vez que um ‘Mayor’ de Londres é eleito para um terceiro mandato.

Khan, que sucedeu a Boris Johnson em 2016, tem sido uma figura cada vez polémica nos últimos anos, com os críticos a queixarem-se do aumento da criminalidade, impostos sobre carros poluidores e permissão à realização de marchas pró-palestinianas quase todos os fins de semana.

Os apoiantes valorizam a expansão da construção de casas, refeições escolares gratuitas para crianças pequenas, custos dos transportes públicos comedidos e apoio aos grupos minoritários da cidade.

A vitória em Londres é mais um sinal positivo para o principal partido da oposição do Reino Unido pois, se os resultados das eleições autárquicas de quinta-feira se repetissem numa votação nacional, o Partido Trabalhista afastaria os Conservadores do poder pela primeira vez desde 2010.

O ‘Labour’ também viu reeleito os presidentes das Câmaras Municipais de Liverpool, Grande Manchester, East Midlands, West Yorkshire no sábado e aguarda os resultados em West Midlands, a área metropolitana de Birmigham, segunda maior cidade do Reino Unido.

Contabilizados os votos da maioria das 107 autarquias que foram a votos, o Partido Trabalhista elegeu 1.140 membros de assembleias municipais e de freguesias, mais 185 do que em 2021.

O Partido Conservador elegeu 513, menos 473, tendo sido ultrapassado pelos Liberais Democratas, que elegeram 521, mais 104 do que há quatro anos.

Apesar dos maus resultados, o primeiro-ministro, Rishi Sunak, reivindicou a reeleição do ‘mayor’ de Tees Valley, no nordeste de Inglaterra, como importante, enquanto espera que Andy Street se mantenha à frente da autoridade de West Midlands.

“Os resultados de quinta-feira mostraram que os eleitores estão frustrados”, reconheceu hoje, num texto publicado no jornal Daily Telegraph.

No entanto, alegou que o Partido Trabalhista comandado por Keir Starmer continua sem ganhar em muitas áreas, o que levou o líder da oposição a admitir problemas em áreas fortemente muçulmanas devido à posição pró-Israel relativamente à guerra em Gaza.

Sunak tem o poder de decidir a data das próximas eleições e indicou que será no segundo semestre de 2024, mas Starmer exortou-o a não esperar.

“Chegou a altura de virar a página do declínio do Partido Conservador e dar início a uma década de renovação nacional com o Partido Trabalhista”, escreveu na rede social Twitter.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.