Startup Lisboa há dez anos a incubar. “Ainda não fabricámos um unicórnio, mas não perdi a esperança”, diz diretor

Em dez anos mais de 400 startups tiveram na Startup Lisboa o seu 'ninho' de incubação. Ainda não nasceu nenhum unicórnio, mas Miguel Fontes não esconde essa expectativa para a próxima década.

Há dez anos nascia, na Rua da Prata, a Startup Lisboa. Uma década, mais de 400 startups incubadas, 4.500 postos de trabalho e 340 milhões de euros de investimento levantado pelas startups depois, a incubadora tem uma nova casa, o Hub Criativo do Beato, e planos para mais dez anos pela frente.

“Se foi possível atingir estas métricas, os próximos dez anos, em que partimos de uma base sólida, só nos permite encarar com ainda mais confiança o futuro. Espero que Lisboa se afirme definitivamente com um dos ecossistemas mais interessantes em termos de cidade aberta, empreendedora, inovadora, criativa”, acredita Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa.

Hoje, 37% das startups apoiadas são compostas por equipas mistas ou estrangeiras na sua totalidade e Miguel Fontes acredita que a pandemia não tirou poder de atração de Portugal e de Lisboa para a instalação de startups ou nómadas digitais no território. Pelo contrário. “A pandemia ainda reforçou mais uma atratividade de uma cidade como Lisboa e de um país como Portugal. Nestas novas formas de organização do trabalho reforçamos ainda mais a nossa competitividade”, diz ainda.

Das mais de 400 startups incubadas, ainda nenhuma voou como unicórnio (termo usado para as que passam a fasquia dos mil milhões de dólares em valor), mas Miguel Fontes ainda não perdeu essa esperança, embora considere que a verdadeira medida do papel da Startup Lisboa é o seu efeito multiplicador no ecossistema.

Projetos como o nosso têm um efeito multiplicador na realidade económica do país que tem de ser absolutamente reconhecido e valorizado. E não só com palminhas e palavras simpáticas, é dando-nos condições para ganharmos um músculo e crescimento diferentes”, afirma.

Miguel Fontes considera “espantoso” já existirem sete unicórnios com ADN português. “Manifestamente têm de estar (sediados) nos mercados mais exigentes, mais maduros. Não é fácil fixá-los cá“, diz. E atira: “Não são só apenas as startups e unicórnios que não estão fiscalmente em Portugal.”

Quatrocentas startups apoiadas, 4.500 postos de trabalho criados, 340 milhões de euros em investimento angariado por startups é o balanço de 10 anos da Startup Lisboa. Quais os planos para a próxima década?

Se em dez anos, a partir de uma realidade praticamente inexistente, foi possível criar e desenvolver em Lisboa um dos ecossistemas mais vibrantes, reconhecido a nível europeu, com imensas startups nacionais, internacionais, investidores, mentores, com quem se dedica à aceleração, aos programas de incubação, se foi possível atingir estas métricas, os próximos dez anos, em que partimos de uma base sólida, só nos permite encarar com ainda mais confiança o futuro. Espero que Lisboa se afirme definitivamente com um dos ecossistemas mais interessantes em termos de cidade aberta, empreendedora, inovadora, criativa. Caminho iniciado há 10 anos, com excelentes resultados. Isto já não é a cereja em cima do bolo, é o bolo. Numa economia digital, muito assente nestas dinâmicas de inovação, de tecnologia, da disrupção, empresas com este perfil de startups desempenharão um papel de cada vez maior relevância na sociedade e economia. Os próximos anos têm tudo para serem de afirmação e consolidação deste ecossistema.

A fábrica de unicórnios — que se vai instalar no Hub Criativo do Beato (HBC), gerido pela Startup Lisboa — será a cereja em cima desse bolo?

A fábrica de unicórnios, sinceramente, ainda não sei o que é. É um projeto do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas, que já expressou as linhas genéricas do que espera com esse projeto, mas é um projeto que, julgo, ainda está a ser concebido e desenvolvido nos seus aspetos mais práticos, no que se vai traduzir em termos de espaço, de dinâmica de funcionamento.

O que posso falar é sobre os 10 anos da Startup Lisboa, nesses dez anos ainda não fabricámos nenhum unicórnio — não perdi ainda a esperança de que do nosso portefólio brevemente possamos vir a ter algum — mas a medida do nosso trabalho e relevância não é essa. A vitalidade do ecossistema vê-se pela quantidade que startups que somos capazes de atrair, de dinamizar, pelo número de postos de trabalho que criaram, pelo volume de negócios de geraram, e aí esses 10 anos comparam muito bem. Olhamos para os resultados obtidos de forma muito tranquila, porque são métricas muito impressionantes. Já passaram por aqui empresas como uma Codacy — que ganhou uma Web Summit ainda antes de esse evento vir para Portugal — a Defined.ai — se calhar o próximo unicórnio — a 360imprimir, a Indie Campers, a Uniplaces e podia somar mais exemplos. Temos muitas e boas empresas que encontraram na Startup Lisboa uma infraestrutura de apoio da sua atividade.

Quando falamos de unicórnios — já é espantoso termos sete com ADN português — manifestamente têm de estar nos mercados mais exigentes, mais maduros. Não é fácil fixá-los cá. É uma falsa questão quando vejo reduzir tudo isto à questão fiscal.

Diz não esconder a ambição de ser o ninho de um futuro unicórnio. Haverá condições no país para que se mantenha sediado em Portugal? Dos sete com ADN português, apenas um tem sede no país.

Dos sete com ADN português só um, a Feedzai, é verdadeiramente uma empresa registada e sediada em Portugal. Isso tem razões óbvias. Temos o talento, capacidade de empreender, de desenhar produto, de fazer crescer as empresas, mas vamos ser claros, não temos ainda em Portugal uma indústria de capital de risco capaz de acompanhar avaliações superiores a mil milhões. É evidente que essas empresas para poderem crescer precisam de ir ao encontro desse músculo financeiro. Muitas vezes esses investidores exigem por várias razões que estejam registadas nas suas geografias de influência.

Quando digo que vejo com confiança que nos próximos dez anos Lisboa se consolide e se afirme, obviamente estamos no campeonato dos ecossistemas emergentes. Quando falamos de unicórnios — já é espantoso termos sete com ADN português — manifestamente têm de estar nos mercados mais exigentes, mais maduros. Não é fácil fixá-los cá. É uma falsa questão quando vejo reduzir tudo isto à questão fiscal. Era melhor que os sete estivessem em Portugal, e devemos fazer para que estejam pois estariam cá a pagar IRC, a aumentar o nosso PIB, mas mesmo quando isso não acontece, não significa que não desempenhem um papel muito relevante na economia do país: criam emprego de altíssima qualidade e qualificado, bem remunerado, atividade económica e estão, sobretudo, a dinamizar um posicionamento do País e da cidade internacionalmente. A ajudar a consolidar esta ideia de que Portugal pode ser um país que rima com inovação, tecnologia, com empreendedorismo. Se nas indústrias mais tradicionais conseguir identificar nos últimos 50 anos três empresas, já não peço sete, líderes mundiais nos seus setores de atividade, percebemos o que isto tem de significativo e de único na nossa economia. E também não resisto à provocação de dizer que não são só apenas as startups e unicórnios que não estão fiscalmente em Portugal.

Miguel Fontes, diretor executivo da Startup LisboaD.R.

Projetos que visavam dar um impulso ao ecossistema como o e-Residency ficaram por realizar. Não sabemos quem vai assumir esta pasta no futuro Governo, mas qual é a sua lista de pedidos para dar esse boost ao sistema de startups?

O país tem de continuar — e não depende só do Governo — este caminho que tem vindo a ser feito de captar talento, ajudar a fixá-lo. Tem a ver com as instituições do ensino superior, com a capacidade de incorporar dinâmicas de empreendedorismo nos seus programas e curricula, com o fazermos crescer a indústria de capital de risco e conseguir que os poucos Venture Capital que temos se internacionalizem. Ou seja, continuar o que tem sido feito nos últimos dez anos.

Reconhecendo com que este último Governo — refiro-me aos últimos seis anos — abraçou com determinação uma agenda de promoção do empreendedorismo e, pela primeira vez, houve um conjunto de medidas articuladas com o objetivo de ajudar essa agenda indutora de desenvolvimento do ecossistema empreendedor, três níveis de questões que gostaria que o futuro Governo desse ainda mais atenção. Uma tem a ver com a atração e retenção do talento. É muito importante a nível das startups — que não conseguem competir a nível salarial a curto prazo — o tema das stock options (participações no capital), uma forma de remunerar, além dos founders, os primeiros colaboradores. Para isso, Portugal tem de ser competitivo em termos de regime fiscal. Tenho muita esperança que isso venha a acontecer, uma vez que já havia passos nesse sentido na proposta de OE, que não foi viabilizado, da parte de quem ganhou agora as eleições.

Projetos como a Startup Lisboa têm um efeito multiplicador na realidade económica do país que tem de ser absolutamente reconhecido e valorizado. E não só com palminhas e palavras simpáticas, é dando-nos condições para ganharmos um músculo e crescimento diferentes.

O segundo domínio tem a ver com os mecanismos de atração de talento. O e-Residency, o Tech Visa e a agilização desses processos é fundamental. Temos de ser menos burocráticos e capazes de atrair talento. E há muito em geografias óbvias — do Brasil, à Índia, aos Estados Unidos, tudo fora do espaço Schengen — e, enquanto país, temos de ter uma proposta atrativa para atrair esse talento.

E terceiro, há que valorizar o trabalho de diferentes players deste ecossistema. Devíamos ter uma rede de suporte a projetos como a Startup Lisboa que, muitas vezes, anda só a trabalhar para a sustentabilidade financeira da associação e isso tira-nos energia e foco naquilo que precisávamos de fazer. Era muito importante que uma parte, como creio que esteja previsto, dos novos mecanismos financeiros ao abrigo do PRR, fossem canalizados de uma forma desburocratizada e ágil para quem está no terreno.

Temos um programa de soft landingLaunch in Lisbon — onde procuramos elucidar todos que estão a equacionar vir para Portugal, dando-lhes uma visão 360º do que implica ao nível do mercado de trabalho, fiscal… A quantidade de empresas que já atraímos por via desse programa é notável. O André (Penha), do unicórnio brasileiro, Quinto Andar, participou num desses programas e é ele que diz que foi essencial para se decidirem a vir para Lisboa e não Barcelona. Projetos como o nosso têm um efeito multiplicador na realidade económica do país que tem de ser absolutamente reconhecido e valorizado. E não só com palminhas e palavras simpáticas, é dando-nos condições para ganharmos um músculo e crescimento diferentes.

Um CEO de um multinacional decidir abrir uma fábrica no Laos ou no Vietname é só uma linha na folha de Excel. Um fundador de uma startup está a dizer onde vai querer viver nos próximos tempos, com a sua família, onde vai querer educar os seus filhos. Nesse ponto de vista somos altamente competitivos.

Por condições refere-se a mais financiamento?

Também a financiamento. Como Startup Lisboa nunca beneficiamos de alguns mecanismos porque estavam desenhados de uma forma que não eram interessantes, por exemplo o Vale de Incubação (do IAPMEI) ou mecanismos desse género. É preciso que nesta nova geração de políticas públicas de promoção do empreendedorismo se ponha no centro apoiar os players que estão no ecossistema dando-lhes músculo para fazer mais do que têm feito nos últimos anos.

Portugal, e em concreto Lisboa, é ainda atrativo ou a pandemia, o trabalho remoto, está a complicar o vosso trabalho de atração?

A pandemia ainda reforçou mais uma atratividade de uma cidade como Lisboa e de um país como Portugal. Nestas novas formas de organização do trabalho reforçamos ainda mais a nossa competitividade. Há imensos nómadas digitais que vêm para cá, porque encontram tudo aquilo que valorizam: uma sociedade aberta, segura com uma excelente infraestrutura tecnológica, de serviços, com boas ligações aéreas nas mais diferentes geografias e com um ecossistema de outros, ou seja, a partilha de experiências num ambiente desafiante. É uma tendência crescente e não é só em Lisboa. Vemos a quantidade de nómadas digitais em sítios insuspeitos, como Açores ou Madeira, em que durante muito tempo vivemos no conceito das outras periferias, mas que nestas novas formas de organização, têm uma proposta de valor super interessante, pois a qualidade de vida que estas pessoas encontram é muito relevante.

Um CEO de um multinacional decidir abrir uma fábrica no Laos ou no Vietname é só uma linha na folha de Excel. Um fundador de uma startup está a dizer onde vai querer viver nos próximos tempos, com a sua família, onde vai querer educar os seus filhos. Nesse ponto de vista somos altamente competitivos. Se a isto somarmos algumas geografias concretas, como o Brasil, que fruto de razões inversas — da instabilidade, da insegurança — tem gerado uma emigração muito qualificada de gente que procura a Europa e Portugal como porta de entrada, e se cruzarmos com os problemas da natalidade que temos, sabemos que precisamos de emigração. Então que seja uma emigração que gere o máximo de valor. A quantidade de gente que vem com capacidade de investir, talento, que sabe fazer, tem sido muito significativa.

Os setores tradicionais estão agora a aprender que mais interessante do que produzir calçado, têxtil ou mobiliário para que depois outros capturem o valor pondo-lhe a marca, é sermos capazes de criar marca, de disputarmos nessa cadeia de valor. As startups já nascem com este mindset. Não nascem para serem prestadores de serviços de baixo valor, nascem para serem players relevantes na economia internacional.

Acredita ser esse o caminho.

Esse é o caminho, e se quisermos ser competitivos, temos de prosseguir. Sofisticarmos mais a nossa economia, gerar bens e serviços de maior valor acrescentado e, para isso, precisamos de combater essa escassez de talento, não é só ao nível da mão-de-obra, mas também da gestão e do top management.

Temos vindo a trazer a nossa base económica para patamares de maior sofisticação, algo essencial neste tempo do digital e de uma economia assente em inovação e em conhecimento. Para Portugal vejo aqui uma oportunidade absolutamente única, histórica. E sublinho única. Portugal sempre foi descrito como um país periférico, pobre e atrasado, por três ordens de razão: a nossa estrutura de qualificações, que continua a ser um dos problemas; uma economia muito descapitalizada; e posição geográfica, altamente penalizadora porque estávamos longe dos grandes mercados consumidores da Europa, das matérias primas.

Nesta economia desmaterializada, assente em conhecimento, no digital, estas razões tendem a diminuir drasticamente. Com uma geração altamente qualificada, com a aposta em ciência, em conhecimento, com o ensino superior cada vez mais internacionalizado, temos pela primeira vez a possibilidade de sermos competitivos e aumentarmos o nosso valor na cadeia de valor, nos produtos e serviços que geramos. Mesmo os setores tradicionais estão agora a aprender que mais interessante do que produzir calçado, têxtil ou mobiliário para que depois outros capturem o valor pondo-lhe a marca, é sermos capazes de criar marca, de disputarmos nessa cadeia de valor. As startups já nascem com este mindset. Não nascem para serem prestadores de serviços de baixo valor, nascem para serem players relevantes na economia internacional, por isso digo que isto é o bolo e não é a cereja em cima do bolo.

E alguns — vejo com pena — veem isto apenas em função da expressão atual do peso para o PIB e não percebem a tendência. Dizem “ah ’tá bem mas isso das startups ainda é muito insignificante…” É insignificante se medido assim, mas é tudo menos insignificante se percebemos qual é a dimensão que transporta consigo.

A escassez de talento está a provocar um aumento salarial no setor tech que já oferece remunerações acima da média. Não poderá ser, em certa medida, prejudicial para as startups? Quem está a arrancar não tem capacidade de competir a nível salarial com as startups “unicórnio” pelo talento que necessita.

É um problema, mas é um bom problema. O que as startups têm em comparação com outras organizações não é seguramente o músculo financeiro para oferecer, mas compensam muitas vezes com o envolvimento e o propósito. Há um conjunto de pessoas que precisam de sentir que são relevantes no que estão a fazer, para quem o envolvimento desde o início é altamente gratificante, mesmo que financeiramente possa não ser tão gratificante quanto trabalhar noutro contexto profissional. A única forma que as startups têm para serem competitivas é com esquemas de remuneração, como as stock options para esses trabalhadores. São convidados a partilhar o risco e têm à sua frente um horizonte de remuneração que, muitas vezes, supera largamente o pacote de condições de entrada numa grande tecnológica.

Agora isto não ilude o problema de fundo: temos de aumentar as fontes de talento. Temos de crescer na nossa capacidade de atrair mais pessoas com ensino superior, de pôr as nossas instituições de ensino superior, nomeadamente nestas áreas críticas ligadas a este mundo das startups, a produzirem mais diplomados, mais gente qualificada nas engenharias, na gestão, no design e noutras áreas. E fazer aquilo que já começámos, algum reskilling em termos de funções de pessoas que, tendo formação até muitas vezes superior, manifestamente podem e devem encarar o desafio de ganhar novas competências e, com isso, novas oportunidades de trabalho. É da conjugação de tudo isso que podemos responder com confiança a este problema da escassez de talento.

A única forma que as startups têm para serem competitivas é com esquemas de remuneração, como as stock options para esses trabalhadores. São convidados a partilhar o risco e têm à sua frente um horizonte de remuneração que, muitas vezes, supera largamente o pacote de condições de entrada numa grande tecnológica.

E atrair mais mulheres para o setor…

Absolutamente, mulheres e não só. Assumir como missão também da Startup Lisboa o democratizar o acesso à atividade empreendedora porque há obviamente uma diferença brutal em termos de género, mas não só. Esta é uma atividade que tem de ser mais democratizada e, portanto, temos de conseguir trazer os públicos sub-representados para a atividade empreendedora. Não porque é uma ideia generosa e por altruísmo, mas porque as equipas são tão mais capazes de serem bem-sucedidas quanto maior a diversidade. De todo o tipo, em termos de formação, de backgrounds, de experiências… A diversidade tem de ser percebido enquanto valor económico e não apenas cultural.

Estão instalados no HBC. Este ano está prevista a entrada da Claranet no Hub. Há mais algum novo acordo fechado?

A Claranet é uma grande novidade. Vão ficar num edifício que antes tinha 3.400 metros quadrados (m2), que, depois das obras vai ficar com 4.500 m2. É um espaço muito grande e vão ali sediar vários projetos inovadores na área da cloud, infraestrutura e cibersegurança. Dá-nos muita satisfação ver uma empresa como a Claranet eleger o HBC para se instalar porque está perfeitamente alinhado com um dos nossos três eixos — empreendedorismo, indústrias criativas e indústrias tecnológicas — quando pensamos naquele conceito.

Estamos dias de assinar com quem ganhou o concurso do Coliving, que vai nascer nas antigas residências de função dos militares, um edifício de 4.500 m2, ganho por um consórcio liderado pela Mota Engil Capital, Mota Engil Renewing e, pela Quarters, que tinha o know how do coliving. Essa empresa entrou num processo de insolvência durante a pandemia, tendo entretanto sido adquirida pela Habyt. Isso transformou um consórcio a três num a dois, estabelecendo com este parceiro internacional uma parceria estratégia na exploração futura e na gestão comercial do espaço, o que atrasou o processo.

Tendo nós a expectativa que está por dias a assinatura do contrato, darão entrada com o projeto de arquitetura e de especialidades para efeitos de licenciamento, que, se for célere a sua apreciação, ainda no decorrer deste ano estarão em condições de iniciar as obras. Estamos a falar seguramente de 18 meses para a conclusão da obra. Será seguramente no final de 2023 já 2024 que o coliving terá condições de abrir portas.

Não há propriamente uma data que se possa anunciar em que o HBC vai estar pronto. Já este ano vários espaços vão estar concluídos e operacionais. A Claranet, até ao final do ano vai instalar-se, o edifício da Factory, também estará concluído, o edifício da Praça deverá concluir-se neste trimestre, depois é uma questão de quando decidem abrir atividade. O ano de 2022 é o ano da abertura do HBC.

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