Menezes Cordeiro pretende revolucionar setor. Expansão está no horizonte

A. Barreto Menezes Cordeiro fez um balanço dos seis meses de atividade do escritório. Revelou que têm em mente ser a primeira sociedade de jurisconsultos em toda a comunidade de de língua portuguesa.

Em setembro nasceu um novo player no mercado da advocacia portuguesa, o escritório Menezes Cordeiro. Uma sociedade que se assume como a “primeira” de jurisconsultos a atuar no mercado português e no espaço da Lusofonia.

À Advocatus, o sócio A. Barreto Menezes Cordeiro fez um balanço “bastante positivo” dos cerca de seis meses de atividade desde o rebranding.

“A nova imagem foi muito bem recebida pelo setor da advocacia, mas também junto da academia e do público em geral. Naturalmente que os primeiros meses são sempre os mais fáceis. Importa prosseguir, com consistência e trabalho, a todos os níveis”, explicou.

Menezes Cordeiro em entrevista ao ECO/Advocatus - 18SET23
Menezes Cordeiro em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

Até ao momento, o sócio assegura que o feedback tem sido “extraordinário”, tanto junto de advogados e escritórios como de potenciais clientes não advogados.

“Recorde-se que a Menezes Cordeiro, enquanto escritório de jurisconsultos tem nos advogados os seus principais clientes. Ora, junto destes, o feedback foi imediato e muito significativo. Existe dentro do setor, estou convencido, um genuíno apoio, mesmo que não se materialize em consultas jurídicas de imediato, a novos projetos. O sucesso dos novos projetos é, em grande medida, uma demonstração da vitalidade do setor”, assegurou.

Já junto dos potenciais clientes não advogados, o sócio revelou que o feedback também foi significativo e “superior ao antecipado”. “A nova marca Menezes Cordeiro e a forma inovadora como encaramos os serviços da jurisconsultoria foi recebida muito bem pelo setor empresarial”, acrescentou.

Numa perspetiva macro, A. Barreto Menezes Cordeiro considera que conseguiram passar a mensagem pretendida.

“Do ponto de vista do negócio, o balanço ao fim de seis meses é igualmente positivo e, em certa medida superior ao esperado, embora seja ainda cedo para fazer esse exercício. Os contactos aumentaram substancialmente e os pedidos de consulta também. Curiosamente, o crescimento mais significativo sentiu-se fora do setor da advocacia, o que não antecipávamos. Vendo agora, parece evidente o porquê”, referiu.

Segundo o sócio, a Menezes Cordeiro está “perfeitamente implementada” no mercado há décadas. “Dificilmente encontraremos um advogado que não conheça a obra de António Menezes Cordeiro e a sua prática profissional. Ora, não é assim no setor empresarial. O lançamento da Menezes Cordeiro abriu-nos, assim, um novo mercado que tem, classicamente, pouca relevância para os jurisconsultos”, acrescentou.

Evolução é essencial para saúde do negócio

A principal missão da Menezes Cordeiro é a “modernização” da jurisconsultoria. Segundo explicou o sócio, essa modernização não é tanto em relação ao serviço em si, “que sempre se caracterizou pela sua excelência”, mas em relação à forma como é prestado e comunicado.

“A advocacia nacional passou por um conhecido processo de profissionalização na década de 90 do século passado e, com a Menezes Cordeiro, pretendemos proceder a uma idêntica revolução do setor. Trata-se, estamos em crer, de um processo necessário em razão da natureza cada vez mais eclética do Direito”, assegurou.

A. Barreto Menezes Cordeiro identificou dois grandes pilares da sociedade: a excelência do serviço prestado e a sua profissionalização. Esta profissionalização manifesta-se em diferentes dimensões, mas que segundo o sócio a mais relevante consiste no modelo de elaboração de pareceres implementado.

“Genericamente, o modelo da Menezes Cordeiro assenta na intervenção, desde o primeiro momento, de um conjunto de jurisconsultos de diferentes ramos e especialidades, o que permite uma abordagem mais sólida aos problemas que nos são apresentados”, notou.

A Menezes Cordeiro, enquanto sociedade de jurisconsultos, aposta assim na elaboração de pareceres e de notas legais, bem como na participação em processos de arbitragem e no acompanhamento processual, desde o aconselhamento da estratégia do processo até à revisão de peças.

Não há negócio que sobreviva sem evolução e é nisso que nos temos focado, por isso também o rebranding da sociedade. Para já, estamos confortáveis com as nossas áreas de atuação, mas estamos sempre atentos e abertos a novas oportunidades que possam surgir”, revelou.

Dos desafios ao futuro

A equipa da sociedade é composta por António Menezes Cordeiro, enquanto sócio fundador, pelo sócio A. Barreto Menezes Cordeiro e pelos professores Carlos Lacerda Barata e Nuno Andrade Pissarra. “Contamos, ainda, com uma vasta rede de jurisconsultos que colaboram connosco nas mais variadas matérias e que ajudam a complementar o trabalho da sociedade”, disse.

Assumindo-se como uma sociedade de jurisconsultos que atua como parceira dos escritórios de advogados na atividade que desenvolve, os principais clientes são as sociedades de advogados, advogados em prática individual e não juristas, nomeadamente entidades empresariais ou pertencentes ao terceiro setor. “É nesse campo que queremos continuar a operar, enquanto parceiro fundamental da área da advocacia”, sublinhou.

Menezes Cordeiro em entrevista ao ECO/Advocatus - 18SET23
Menezes Cordeiro em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

O principal desafio que enfrentam é não serem considerados uma sociedade de advogados, apesar de assumirem que o projeto está bem delineado e de a mensagem ser “clara”. “A Menezes Cordeiro não pretende ser uma sociedade de advogados, mas sim uma sociedade de jurisconsultos. Trata-se de realidades distintas, com valências próprias e modos distintos de trabalhar”, disse.

Quando apostámos neste projeto tínhamos a clara ideia que queríamos ser a primeira sociedade de jurisconsultos em toda a comunidade de língua portuguesa. Portanto, a nossa expansão seria além-fronteiras para todas as comunidades lusófonas. Temos já alguns resultados deste nosso plano, mas volto a referir que este é um caminho que está a ser feito”, revelou A. Barreto Menezes Cordeiro.

O sócio revelou que têm sido contactados por particulares e sociedades de outras geografias, sobretudo Angola, e acreditam que a importância do seu trabalho e o objetivo de profissionalizar a parecerística está a “resultar”. “A médio prazo, poderemos mesmo alagar o colégio de sócios a outros jurisconsultos, muitos dos quais já hoje colaboram connosco, de forma a cobrir todos os ramos jurídicos”, concluiu.

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