Jackson Hole e o choque eléctrico europeupremium

Com o mercado de trabalho tão resiliente nos Estados Unidos e a confiança do consumidor ainda em alta, podemos esperar alguma robustez vinda desse lado do Mundo. A Europa é mais preocupante.

A história do mês de Agosto tem duas partes, antes de Jackson Hole e depois de Jackson Hole. Antes da reunião de dia 26 de Agosto, onde vários banqueiros centrais, académicos e ministros das finanças se reúnem anualmente, os mercados descontavam (em retrospectiva, irresponsavelmente) que o FED iria já no início de 2023 parar com as subidas de taxas de juro, começando a reduzir as mesmas na primeira metade do próximo ano. O FED, nada contente com a reacção dos mercados no mês de Julho, quis clarificar pela voz de Jay Powell que o sofrimento está para durar. As taxas de juro continuarão a subir e manter-se-ão elevadas até que a inflação volte para o objectivo de 2%. Claramente, o FED quer voltar a ganhar a credibilidade perdida e há um preço a pagar por isso. Enquanto o mercado de trabalho

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