Dojo AI capta um milhão para ajudar marcas a serem ‘Sensei’ digitais

A startup cofundada por António Alegria e Duarte Garrido já tem "mais de 20 clientes, maioritariamente nos Estados Unidos e Reino Unido". Acaba de angariar um milhão de euros numa ronda 'pré-seed'.

António Alegria (à esquerda) e Duarte Garrido (à direita), cofundadores da Dojo AI

A Dojo AI levantou um milhão de dólares (cerca de 881 milhões de euros) numa ronda pré-seed para levar o seu Agente IA de marketing às marcas, ajudando-as a transformarem-se em mestres ‘Sensei’ do marketing digital. No início do próximo ano, a startup estima avançar para uma nova ronda de investimento.

“A Dojo AI é o primeiro ‘AI Marketing Operating System’ que permite às challenger brands competir com grandes empresas, automatizando e unificando todas as operações de marketing numa única plataforma”, explica Duarte Garrido, juntamente com António Alegria, cofundador da startup.

No core da Dojo estão “agentes de IA especializados (data analyst, performance agent, SEO agent, content agent, market research agent) orquestrados pelo ‘Sensei’, um copiloto que se integra automaticamente com ferramentas como Google Ads, Meta e LinkedIn, substituindo mais de dez ferramentas fragmentadas por um digital twin [gémeo digital] com toda a data de marketing, capaz de executar campanhas e conteúdos omnicanal”, descreve o cofundador.

A startup já tem “mais de 20 clientes, maioritariamente nos Estados Unidos e Reino Unido”, entre os quais a Yonder, PensionBee, Broadvoice, Ecologi, Work.Life, Hubstar e a Unbabel. Com esta injeção de capital — que teve a “Heartfelt.vc como fundo principal e um conjunto de angels de cargos seniores em empresas como Broadvoice, PensionBee, ServiceNow, Adobe, Expedia, Syngenta e ProjectA” a participar — tem planos para “contratar a equipa de engenharia para desenvolver o nosso produto Alpha (AI Marketing Agent System) e levá-lo a mercado”, adianta Duarte Garrido.

A equipa conta com sete pessoas, baseadas em Lisboa e Londres. “Já fechámos as contratações para este ano”, diz, quando questionado sobre novas contratações. Há ainda planos de, a curto prazo, voltar a reforçar o capital da startup. “No início do próximo ano levantaremos um seed“, afirma, com um montante ainda “indeterminado”.

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ASF e sindicatos assinam Acordo de Empresa após seis anos de negociações

Sindicato da atividade seguradora destaca "momento histórico" para os trabalhadores do regulador, que pela primeira vez dispõem de uma convenção própria.

Após quase seis anos de negociações — “em parte devido à especificidade da natureza da ASF, que exige determinados procedimentos que obstaculizaram a celeridade” das mesmas — foi assinado o Acordo de Empresa (AE), que passará a regular as relações laborais na instituição, indica em comunicado o Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Seguradora (STAS).

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) formalizou a outorga parcial do AE com o STAS e o Sindicato Nacional dos Profissionais de Seguros e Afins (SINAPSA). Documento que, segundo o STAS, marca um “momento histórico” para os trabalhadores, que pela primeira vez dispõem de uma convenção de trabalho própria, e para o próprio sindicado, que “passa a ter uma nova mesa negocial” daqui em diante. Considerado “um bom acordo”, o AE incorpora matérias “inovadoras no setor”, ainda que algumas possam ser “melhoradas futuramente”.

No âmbito do apoio infantil e escolar, os profissionais passam a contar com uma comparticipação de 100 euros desde a creche até ao 6.º ano; o valor sobe para 125 euros do 7.º ao 12.º anos e, no ensino superior (politécnico ou universitário), o apoio sobe para 175 euros e prolonga-se até o dependente ter 25 anos. O apoio ao nascimento ou adoção é de 750 euros.

O subsídio diário de refeição fixa-se em 12,40 euros. O salário mínimo na ASF é estabelecido em 900 euros, refletindo um aumento de 5,02%, enquanto o patamar remuneratório mais elevado se situa nos 2.410 euros brutos, após um acréscimo de 2,74%.

O sindicato destaca ainda que este AE conta com cláusulas de avaliação de desempenho e respetivo processo de reclamação, jornada contínua, dispensa no dia de aniversário, benefício de carreira e benefícios optativos, seguros de saúde, apoio infantil e escolar a apoio ao nascimento.

A ASF acrescenta que “continuam a ser negociadas com os sindicatos as matérias relativas a categorias profissionais, funções, níveis salariais e cláusulas de expressão pecuniária”. Enquanto o diálogo prosseguir, “estas matérias […] vão continuar a ter como referências as atualizações acordadas e publicadas no âmbito da ACT […] à semelhança de anos anteriores”.

O entendimento surge após uma “negociação construtiva”, onde imperaram “boa-fé e respeito mútuo”, frisa o regulador. Segundo a ASF, imperou a “boa-fé e respeito mútuo”. O objetivo é valorizar os recursos humanos, criar condições “justas e equilibradas” e assegurar estabilidade nas relações laborais, indica o regulador.

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Grupo de trabalho sobre alienação de empresas do Estado já entregou relatório ao Governo

Relatório entregue na data prevista. O universo avaliado inclui empresas totalmente públicas e participadas e exclui CGD, grupo Águas de Portugal, RTP e da Companhia das Lezírias.

O Governo já tem na sua posse o relatório do grupo de trabalho constituído para avaliar eventuais alienações de empresas do Estado. A análise das conclusões e decisão sobre a matéria é uma das próximas tarefas que o Governo que toma posse esta semana terá em mãos, mas é conhecida a posição do Executivo de que a carteira do Estado tem participações “sem fundamentação”.

Em dezembro, o Executivo de Luís Montenegro avançou com a criação de um grupo de trabalho para um levantamento das empresas do setor empresarial do Estado consideradas estratégicas. O universo abrangido inclui as empresas de capitais exclusivamente públicos e as empresas participadas, com exceção da Caixa Geral de Depósitos (CGD), do grupo Águas de Portugal, da RTP e da Companhia das Lezírias.

Um despacho do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, determinou que as conclusões do grupo de trabalho presidido por João Carlos Pinhão, vice-presidente da Parpública, fossem entregues até 31 de março deste ano. O ECO questionou o Ministério das Finanças, mas não obteve resposta. Contudo agora, numa resposta a deputados do PS, à qual o ECO teve acesso, o Terreiro do Paço indica que o documento foi “apresentado ao Governo na data prevista: 31 de março de 2025”.

O Ministério das Finanças assinala ainda que “as conclusões desse mesmo relatório serão objeto de análise e ponderação pelo próximo Governo”, isto é, aquele que toma posse esta semana.

O grupo de trabalho criado pelo Governo teve como objetivo “proceder a uma reavaliação dos ganhos de eficiência e de qualidade resultantes da manutenção e exploração das atividades abrangidas pelo Setor Empresarial do Estado”. De acordo com as direções dadas pelo Terreiro do Paço à equipa, o documento deveria incluir a identificação das empresas consideradas estratégicas, a fundamentação do caráter estratégico das empresas indicadas, o modo e regime de alienação das empresas que não sejam consideradas estratégicas e estimativa da receita decorrente da alienação.

Em janeiro, durante uma audição no Parlamento, Joaquim Miranda Sarmento defendeu que a carteira do Estado tem participações “sem sentido estratégico e sem valor”, o que “mostra bem” que há ativos “sem racionalidade e fundamentação“, e que, portanto, esta tem de ser reavaliada. Entre os exemplos apontou as participações de 0,01% na Fosforeira Portuguesa, 2,5% no World Trade Center de Macau e cerca de mil ações “de uma empresa cotada em bolsa, que é a Navigator”, reiterando que existem “mais exemplos de participações residuais, sem qualquer sentido estratégico e sem valor para o Estado”.

Aos deputados do PS, o Ministério das Finanças garante que ainda não existem quaisquer informações vinculativas que estipulem a alienação de participações da Parpública noutras empresas.

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Reeleição de Aguiar Branco dada como certa e nova disposição das bancadas. Parlamento toma hoje posse

Recandidatura de Aguiar Branco para presidente da Assembleia da República foi consensualizada com PS e Chega. Há um novo partido que hoje toma posse e o PS perde o estatuto de líder da oposição.

Quarenta e nove anos depois de pela primeira vez os 221 deputados eleitos em democracia se sentarem no hemiciclo para a primeira sessão legislativa, esta terça-feira entrará na história do Parlamento como o dia em que um dos dois tradicionais partidos do arco da governação não detém o título de segunda maior bancada parlamentar.

Com os 230 deputados eleitos nas legislativas de 18 de maio, a primeira reunião plenária deverá dividir-se em duas partes, uma de manhã e outra à tarde. Como habitualmente, os trabalhos arrancam às 10 horas com a constituição da Comissão Eventual de Verificação de Poderes dos Deputados Eleitos, constituída por 21 deputados de grupos parlamentares: sete deputados do PSD, cinco deputados do PS e cinco deputados do Chega e um da Iniciativa Liberal, Livre, PCP e CDS.

Como nessa altura ainda não haverá mesa do Parlamento, cumpre-se a tradição de convidar o presidente cessante para conduzir os trabalhos, tendo José Pedro Aguiar Branco chamado para secretários de mesa os deputados Germana Rocha, do PSD, e Gabriel Mithá Ribeiro, do Chega, que os dois partidos com maior representatividade nas últimas eleições.

Após a pausa para o almoço, os trabalhos reiniciam-se às 15 horas, para leitura do relatório e votação do parecer da Comissão de Verificação de Poderes dos Deputados Eleitos e para a eleição da mesa do parlamento, constituída por vice-presidentes, secretários e vice-secretário.

Uma eleição com desfecho à partida garantido se os partidos cumprirem o sinalizado, uma vez que a eleição é feita por maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções. O PSD anunciou oficialmente na segunda-feira à tarde que propõe José Pedro Aguiar Branco novamente para presidente da Assembleia da República, após contactos com os restantes grupos parlamentares, nomeadamente PS e Chega.

José Pedro Aguiar-Branco já tinha manifestado disponibilidade para se recandidatar e o PS indicou que não irá criar obstáculos. Também o presidente do Chega, André Ventura, anunciou na segunda-feira que o partido votará favoravelmente ao nome proposto pelo PSD. Contudo, a votação é secreta e no ano passado o atual presidente da Assembleia da República só foi eleito à quarta tentativa, com 160 votos, cenário que o PSD quer agora evitar.

Estou absolutamente convencido de que não acontecerá. Tive oportunidade de falar com as lideranças dos demais grupos parlamentares e com alguns líderes partidários e estou convencido que a normalidade democrática vai imperar e José Pedro Aguiar Branco vai ser amanhã [terça-feira] eleito presidente da Assembleia da República”, afirmou o líder da bancada parlamentar do PSD, Hugo Soares, em declarações aos jornalistas.

Na anterior legislatura, o PSD e o PS chegaram a acordo depois de o Chega à última hora ter rasgado o entendimento que tinha firmado com os sociais-democratas. Perante o impasse, Luís Montenegro e o ex-secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, estiveram reunidos e acabaram por concordar com uma solução de rotatividade com dois anos para cada partido, à semelhança do que acontece no Parlamento Europeu. A solução acabou por ser interrompida com a demissão do Governo e que desencadeou as legislativas de 18 de maio.

Em entrevista à agência Lusa, divulgada no domingo passado, o antigo ministro social-democrata, que nas eleições legislativas encabeçou a lista da AD pelo círculo de Viana do Castelo, afirmou que se recandidata às funções que ainda exerce para procurar concluir matérias que considera importantes e que foram interrompidas, como a reforma da justiça e as iniciativas para aproximar o parlamento dos cidadãos.

Acho que a função de presidente da Assembleia da República talvez seja neste momento das mais exigentes no que diz respeito ao próprio regime democrático, porque tem uma dimensão conceptual, mas tem também uma dimensão operacional. É no Parlamento que se têm de fazer consensos e criar maiorias, que se tomam medidas que depois impactam na vida dos cidadãos e se faz o escrutínio da ação do Governo – isto é nuclear no que diz respeito à qualidade do regime democrático”, advertiu.

José Pedro Aguiar-Branco diz mesmo sentir “essa responsabilidade sobre os ombros”. “Das minhas decisões, se vier a ser eleito, do que eu digo, do que eu faço e do que eu permito, impacta muito naquilo que tem a ver com a qualidade do regime democrático. É muito trabalhoso mas a democracia dá muito trabalho”, realçou.

PS perde papel de líder da oposição e a estreia do JPP

Há agora 10 partidos representados no Parlamento, mais um do que o ano passado com a estreia do JPP. As eleições legislativas antecipadas de 18 de maio deram uma vitória à AD de Luís Montenegro, que conquistou 91 deputados, 89 pelos círculos nacionais, mais dois pelos círculos da emigração.

Ainda assim, não alcançou maioria absoluta. O Chega destronou o PS e ascendeu a segunda força política e líder de oposição, ao conseguir eleger 60 parlamentares, 58 pelos residentes em Portugal e dois pelo estrangeiro, enquanto os socialistas, pela primeira vez na história, descem para terceiro lugar sem conseguirem um único deputado pela emigração e com uma bancada com 58 lugares.

A IL manteve-se o quarto maior partido no parlamento, com nove deputados, seguindo-se o Livre, com seis, o PCP, com três, e o BE, o PAN e o JPP, com um cada. Os resultados das eleições levaram uma reorganização da disposição dos lugares, desde logo na primeira fila que passará a ser ocupada, da direita para a esquerda, por cinco deputados do Chega, um do CDS, dois da Iniciativa Liberal, oito do PSD, cinco do PS, dois do Livre e um do PCP.

Com a subida de deputados do Chega, o PSD ocupará mais cadeiras ao centro, levando a que mais assentos do PS fiquem mais à esquerda. O CDS-PP irá manter-se entre o Chega e o PSD e a deputada única do BE irá deixar a primeira fila do Parlamento para se sentar atrás do PCP, partido que se mantém no extremo à esquerda do hemiciclo. Os lugares dos deputados únicos do PAN e do JPP irão, à partida, situar-se entre o PS e o Livre e não entre o PSD e o PS, conforme inicialmente discutido.

Dos 230 deputados eleitos, 77 são mulheres, mais uma do que na anterior legislatura. Há também quase meia centena de estreantes, com o Chega a liderar o número de caras novas: 15, contra 12 no PS. No PSD, a contagem só ficará correta quando Luís Montenegro, já indigitado pelo Presidente da República, anunciar a composição do Governo, uma vez que vários dos nomes eleitos e estreantes na Assembleia da República são atuais ministros. Na Iniciativa Liberal há três estreantes, enquanto no Livre dois.

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Metalomecânica de Braga faz mira às armas e drones com investimento de 2,5 milhões de euros

Promecel está a investir em novos projetos com capacidade para servir o setor da defesa, que deverão ajudar a faturação a subir dos 11 milhões previstos para 2025, até 15 milhões em dois anos.

A comemorar 40 anos em 2025, a metalomecânica de Braga Promecel está a investir 2,5 milhões de euros numa nova linha de produção na área da ótica, que tem na mira um novo cliente na Suécia do setor da defesa. Com este novo projeto, a empresa de componentes, que produz peças para coisas tão diferentes como sistemas anti-drone e miras, até componentes para barcos e relógios de luxo, bicicletas ou parques infantis, prevê atingir uma faturação de 15 milhões de euros, no prazo de dois anos, acima dos 11 milhões previstos para 2025.

Fundada em Maio de 1985, a Promecel, que exporta 95% da produção e emprega 116 pessoas, está presente em vários setores, produzindo para a defesa desde 2021. E este ano tem novos projetos importantes a arrancar.

Estamos a produzir amostras com um cliente para começar a produzir já uma certa quantidade a partir de setembro“, explica José Manuel Silva, diretor-geral da empresa, que está há pouco mais de um ano instalada na nova unidade no Parque Industrial de Adaúfe, em Braga. Conforme explicou ao ECO, a nova linha, que implicou um investimento de 2,5 milhões vai produzir “peças da área ótica que são utilizadas em equipamentos da área da defesa“.

José Manuel Silva, CEO da Promecel, com o presidente da câmara municial de Braga, Ricardo Rio, numa visita à Promecel.

Este investimento na área da ótica — mais concretamente na produção de miras — para um cliente na Suécia, vai reforçar o peso deste mercado nórdico na carteira de vendas. Com um peso de cerca de 10% na faturação atualmente, “com este novo projeto a Suécia andará [numa representatividade] nos 35 a 40%“, podendo ultrapassar França, que hoje vale 40% do volume de negócios, como maior mercado.

O projeto vai ainda permitir à empresa de componentes bracarense dar um salto na faturação. Depois de ter visto a faturação baixar de 11 para oito milhões no ano passado, o líder da empresa antecipa regressar aos níveis de 2023 este ano, passando nos próximos dois anos para 13 e 15 milhões em 2026 e 2027, respetivamente.

Mas há mais a acontecer na empresa localizada em Adaúfe. Já em julho, vai começar a fornecer outro cliente no setor da defesa. “Temos um parceiro europeu que comprava fora da Europa e que tem um projeto de produção de peças e componentes para combater os drones e nós fabricaremos cá componentes para esse projeto”, explica o líder da metalomecânica minhota, à margem de uma visita à empresa nas Semanas da Economia, promovidas pela InvestBraga e pelo Município de Braga.

Com negócios na área da maquinação, fundição, estampagem, galvanoplastia e montagem, a empresa está no pelotão da frente para beneficiar com os novos investimentos no setor da defesa.

Ao contrário de outras empresas que estão a começar a preparar-se para ganhar com esta nova vaga de capital, a Promecel já trabalha com o setor há vários anos, conta com certificações — este ano vai obter mais uma certificação específica para o ramo — e já tem parcerias estabelecidas a nível nacional e estrangeiro, “nomeadamente em Portugal e Espanha“.

Com uma estratégia focada na diversificação, a empresa de componentes produz peças que servem vários setores. Temos muitos projetos ao nível da parte elétrica, ao nível das bicicletas, barcos, da parte hidráulica“, detalha José Manuel Silva. Muitas vezes, a empresa nem sequer sabe qual será a utilização dos componentes que saem da sua unidade industrial de 6.000 metros quadrados.

Em termos de investimentos futuros — e apesar de a empresa contar com um terreno de 12.000 metros quadrados disponíveis para alargar a atual fábrica — , a prioridade é investir “em equipamentos mais produtivos para aumentar a produtividade“.

Depois de um ano difícil, marcado por uma forte quebra da atividade, a empresa já sente uma recuperação. “Como estamos num ramo de maior valor acrescentado é mais fácil sentir menos [o abrandamento no setor], porque não há tanta quebra de consumo”, conclui.

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Autarquias têm 111,6 milhões retidos por falharem deveres de informação

Santa Comba Dão é a autarquia que mais tempo demora a pagar aos fornecedores. No primeiro trimestre deste ano precisou de 141 dias para pagar as suas faturas.

Santa Comba Dão é a autarquia que mais tempo demora a pagar aos fornecedores. No primeiro trimestre deste ano precisou de 141 dias para pagar as suas faturas, uma melhoria face aos 212 dias registados no quarto trimestre de 2024, de acordo com os dados divulgados pela Direção-Geral das Autarquias Locais. Mas os dados, mais uma vez, têm problemas de comparabilidade, porque apenas 169 municípios entregaram as contas finais.

O incumprimento das autarquias em termos de reporte voltou a aumentar e isso significa retenção das transferências para as câmaras. A 21 de maio havia 111,56 milhões de euros de retidos, referentes a 204 municípios por incumprimento dos deveres de informação nos últimos 12 meses, avançou ao ECO a DGAL.

“As autarquias têm até 30 de abril para aprovação e envio da sua prestação de contas”, nomeadamente a evolução do prazo médio de pagamentos, “mas a DGAL também tem a obrigação de publicação da lista até 30 de abril, motivo pelo qual, apesar de se estender o prazo para recolha da informação ao máximo possível” – os últimos dados públicos são referentes a informação foi recolhida dia 28 de abril – “há sempre entidades que ainda não remeteram as contas finais” – nestes casos são usados os “dados do reporte de dezembro, que têm um caráter provisório” – “ou entidades que estão a tentar remeter e por isso não terão ainda os mapas no estado validado, sendo que o apuramento apenas considera os dados validados”, explicou ao ECO fonte oficial da DGAL.

Quando os municípios têm informação em falta é-lhes aplicada uma retenção de 20% do duodécimo das transferências correntes e do Fundo de Financiamento da Descentralização (FFD), no mês seguinte ao do apuramento do incumprimento, “sem prejuízo do valor que seja anualmente estabelecido no decreto-lei de execução orçamental”, segundo o regime financeiro das autarquias locais. Os montantes são repostos no mês seguinte àquele em que a entidade visada passa a cumprir os deveres de informação que motivaram a retenção, acrescenta a lei.

Fonte oficial da DGAL considera que “não obstante o número ainda elevado de municípios com informação em falta na listagem do primeiro trimestre de 2025, tem-se vindo a verificar uma melhoria no reporte atempado da informação no SISAL”. Acrescentando que “a coincidência de reporte do primeiro trimestre de 2025 com o período de prestação de contas de 2024 e enfoque das entidades nesse processo, bem como o reprocessamento de peças de 2025 que o mesmo implica, refletem-se sempre num nível de reporte mais baixo do primeiro trimestre”.

No final do primeiro trimestre de 2024 havia apenas 99 municípios com informação validada, o que compara com as 179 dos últimos três meses de 2023.

Os níveis de reporte das autarquias traduz-se assim numa grande volatilidade no número de municípios que têm visto parte das suas transferências retidas. Nos últimos 12 meses, por exemplo, as retenções variaram entre 65 câmaras em junho de 2024 e 211 em agosto desse mesmo ano, os com valores a oscilar entre 11,18 milhões e 40,31 milhões de euros, respetivamente.

Em maio deste ano, o valor voltou a aumentar com 201 autarquias com 35,34 milhões retidos, que compara com 165 câmaras e 29,81 milhões retidos em abril.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.
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Globalmente, em maio, havia 204 municípios com 111,56 milhões retidos, porque as verbas só são devolvidas depois da situação ser regularizada.

O ranking dos prazos médios de pagamento das autarquias continua a padecer de falta de comparabilidade. Desde o quarto trimestre de 2019 que não existe uma listagem completa que inclua os 308 municípios devido às dificuldades técnicas de adaptação ao novo Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP) introduzido em 2020. Além do prazo médio de pagamento dos municípios é afetada também a aferição do seu nível de endividamento.

De acordo com a informação disponibilizada pelas 169 autarquias, Santa Comba Dão era a autarquia que mais tempo levava a pagar aos fornecedores, no primeiro trimestre, mas não há dados de Tabuaço, que no trimestre anterior teve o prior desempenho, nem de Tábua que no final de 2024 ocupava o terceiro lugar do pódio.

Num universo de 169 municípios para os quais existem dados (menos 91 do que no trimestre anterior), dois demoravam mais de 90 dias a pagar as faturas a fornecedores, menos cinco do que no trimestre anterior: Santa Comba Dão e Caminha. Os dados da DGAL revelam ainda que oito câmaras demoravam mais de 60 dias, menos três do que nos três meses anteriores.

Em terceiro lugar do ranking dos prazos médios de pagamento das autarquias surge o Sardoal em ex aequo com Alfândega da Fé, com uma demora de 75 dias para saldar as suas faturas. Tarouca surge em quarto lugar com menos um dia.

O ECO questionou a Câmara Municipal de Santa Comba Dão e Caminha a 12 de maio, mas até à publicação deste artigo não obteve respostas.

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Ricardo Reis ou Vítor Gaspar: os prós e contras do (provável) próximo governador do Banco de Portugal

Com Mário Centeno em fim de mandato à frente o Banco de Portugal, Vítor Gaspar e Ricardo Reis estão na ‘pole position’ para ocupar o cargo de governador. Ambos têm reconhecimento internacional, mas…

Vítor Gaspar e Ricardo Reis
Ricardo Reis e Vítor Gaspar

Mário Centeno está na porta de saída do Banco de Portugal. Vítor Gaspar e Ricardo Reis parecem estar na ‘pole position’ para ocuparem o cargo de governador, decisão que o Governo deverá tomar nas próximas semanas – se quiser evitar que Centeno se mantenha para lá do fim de mandato, que termina em meados de julho.

Gaspar e Reis partilham de uma grande experiência a nível académica e gozam de bastante reconhecimento lá fora, mas também têm pontos fracos que podem minar qualquer hipótese de virem a ser o nome escolhido pelo ministro das Finanças.

“Mas são nomes que, pela grande qualidade intelectual, não terão qualquer contestação dentro do Banco de Portugal”, observa o professor da Nova SBE, António Nogueira Leite. “Têm um track record acima de qualquer um e até do próprio Mário Centeno, sendo que o governador do Banco de Portugal já é um quadro muito acima da média”, acrescenta.

O mandato de Mário Centeno — que teve uma relação tensa com o atual Executivo — no supervisor bancário termina no dia 19 de julho, mas o nome do sucessor ainda tem de ir a exame na Comissão de Orçamento e Finanças – embora não seja vinculativo, o Parlamento tem de dar o seu parecer — depois de ser designado pelo Governo em Conselho de Ministros.

Vítor Gaspar, diretor do departamento de Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI), durante a conferência de imprensa do Fiscal Monitor nas Reuniões da primavera de 2025 do FMI e do Banco Mundial, na sede do FMI em Washington, DC, EUA, a 23 de abril de 2025.EPA/WILL OLIVER

Vítor Gaspar: regresso a casa de um rosto da ‘troika’

Para Vítor Gaspar, seria um regresso a casa — liderou o Departamento de Estudos Económicos e Estatística. Mas o professor e economista, de 64 anos, ganhou notoriedade pública quando, em 2011, foi nomeado por Pedro Passos Coelho para ministro das Finanças com a grande responsabilidade de endireitar as contas públicas durante o período da assistência financeira internacional.

Rapidamente se tornou no braço direito de Passos Coelho e também num dos ministros menos populares do seu Executivo, responsável pelo “enorme aumento de impostos”, como chegou a admitir aquando do Orçamento do Estado de 2013. As medidas de austeridade que decidiu tornaram-no num dos rostos do período de ajustamento da ‘troika’, algo que ainda hoje não é difícil de não recordar e pode ser um ponto político a joga contra ele numa possível corrida para o banco central. “Politicamente é importante”, lembra uma fonte do setor financeiro ouvida pelo ECO.

Luís Aguiar-Conraria, presidente da escola de Economia da Universidade do Minho, contraria esta ideia: “Ter estado no governo poderia ser um contra, mas já foi há bastante tempo e manteve a sua carreira depois de sair do governo. Portanto, nada a dizer”, afirma.

Dois anos depois, acabaria por pedir a demissão do cargo de ministro, em julho de 2013, tendo sido substituído por Maria Luís Albuquerque, então secretária de Estado do Tesouro e atualmente comissária europeia.

Afastou-se de Lisboa e mudou-se para Washington, onde nos últimos 11 anos desempenhou o cargo de diretor do Departamento de Finanças Públicas do Fundo Monetário Internacional (FMI). “Deixará um legado de luta pela implementação de políticas sólidas”, referiu o FMI quando anunciou a sua saída em março passado.

No plano académico, conta com uma extensão investigação relacionada sobretudo com política monetária e contas públicas.

“É credível junto da opinião pública portuguesa, ter experiência internacional, e com uma imagem de contenção que coincide com a que se espera de um governador”, indica Aguiar-Conraria.

“Vítor Gaspar tem uma sólida carreira académica e grande experiência em instituições nacionais e internacionais”, resume Nogueira Leite.

Por outro lado, fonte da banca aponta-lhe a falta de conhecimento do setor – um ponto fraco que partilha com Ricardo Reis, ou seja, nesta dimensão estão em pé de igualdade. Certo é que os graves problemas que afetaram os bancos nos últimos 15 anos parecem ter ficado para trás e o setor está agora a consolidar um movimento de normalização, não se antecipando novo foco de crise.

Ricardo Reis, economista e professor na London School of Economics, em entrevista ao ECO - 20OUT23
Ricardo Reis, economista e professor na London School of Economics, em entrevista ao ECOHugo Amaral/ECO

Ricardo Reis: “autoridade mundial” sem experiência de gestão

Professor da London School of Economics (LSE), Ricardo Reis, 46 anos, é considerado um dos académicos mais conceituados de sempre de Portugal, segundo Nogueira Leite.

É uma autoridade mundial no que toca aos temas da política monetária e inflação. Tanto que é uma voz ouvida no seio dos bancos centrais, não só na Europa, mas também na Reserva Federal”, frisa o professor da Nova SBE.

“É dos maiores especialistas mundiais em política monetária e inflação. Os prémios internacionais que já recebeu são tão prestigiados que acima disso só o Prémio Nobel da Economia”, considera Aguiar-Conraria.

Doutorou-se em Harvard, deu aulas em Columbia e Princeton e é atualmente consultor académico do Banco de Inglaterra, do Banco Central da Suécia (Riksbank) e da Fed de Richmond (EUA) e ainda do Mecanismo Europeu de Estabilidade, de acordo com a sua biografia na LSE.

Aquilo que lhe sobra em currículo académico faltar-lhe-á provavelmente em gestão e experiência política — o que lhe pode colocar em desvantagem relativamente a Vítor Gaspar, outros podem ver como fator que lhe assegura a independência que se exige a um banqueiro central.

Ricardo Reis nunca desempenhou qualquer cargo executivo numa instituição ou organização em Portugal, ocupando sobretudo lugares consultivos, incluindo na agência de gestão da dívida pública (IGCP), na Fundação de Ciência e Tecnologia e na Business Roundtable Portugal.

Também perde pontos no que toca ao conhecimento do setor financeiro nacional. Mas nem por isso o professor da LSE deixa de ter uma visão crítica sobre os desafios que os bancos enfrentam, tal como demonstra a intervenção que teve na conferência do ECO há um mês.

“Tanto Ricardo Reis como Vítor Gaspar, não sendo grandes conhecedores do setor, saberão rodear-se de gente inteligente nesta matéria”, nota fonte da banca.

(Notícia atualizada às 10h02 com declarações de Luís Aguiar-Conraria)

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Salários nos ‘contact centers’ sobem mais de 4%. Teletrabalho volta a diminuir

Salário médio dos operadores de 'contact centers' subiu 4,4% no último ano, atingindo os 973 euros brutos mensais. Contratação sem termo reforça predominância no setor, segundo a APCC.

O salário médio dos operadores de contact centers voltou a subir acima da inflação em 2024, ano em que a contratação sem termo neste setor reforçou a sua predominância. Em simultâneo, de acordo com um novo estudo da Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC), o teletrabalho e o regime híbrido diminuíram, contrariando a tendência registada na globalidade do mercado de trabalho.

Começando pelo vencimento, de acordo com a análise da APCC divulgada esta terça-feira, a remuneração média mensal dos operadores cresceu 4,4% para 973 euros brutos em 2024. “Este crescimento é tanto mais significativo quando devemos ter em conta que se mantém a elevada rotatividade de operadores, com sucessivas vagas de recrutamento de novos colaboradores com remunerações de início de carreira“, nota a associação no relatório.

Já no caso dos supervisores, o ordenado médio aumentou 6,7%, para 1.230 euros mensais brutos. Além disso, a APCC destaca que o valor médio do subsídio de alimentação diário subiu de 7,31 euros para 7,6 euros.

No que diz respeito ao tipo de vínculo mais popular, os dados mostram que continua a predominar o contrato sem termo neste setor, que passou de 50,7% para 54,6% dos trabalhadores.

Em contraste, o trabalho temporário caiu de 3,4% para 2,4% e a contratação a termo passou de 45,2% em 2023 para 40,8% em 2024. Já os regimes de prestação de serviços cresceram de 0,7% para 2,3%, como mostra o gráfico abaixo:

Quanto à distribuição dos trabalhadores por regime de trabalho, há a notar que 20% estão 100% em teletrabalho. Tal corresponde a uma quebra de sete pontos percentuais face a 2024.

E também o regime híbrido tem agora menos expressão, ao passar de 38% dos trabalhadores para 32%. Neste caso, há outra nuance a realçar: a modalidade com dias fixos recuou (de 24% para 17%), enquanto a modalidade sem dias fixos presenciais aumentou (de 14% para 15%).

Em contrapartida, o regime totalmente presencial passou a abranger 48% dos trabalhadores, mais 13 pontos percentuais do que em 2024.

“Quando inquiridos sobre a evolução até ao final de 2025, a indicação obtida é de continuada redução do 100% remoto, de 20% para 17%, com ligeiros reforços do 100% presencial (+1%) e dos regimes híbridos (+2%)”, precisa a APCC.

“Do lado dos regimes híbridos, a modalidade com dias fixos presenciais aumentará 3% (de 17% para 20%) enquanto que a opção sem dias fixos presenciais terá um decréscimo de 1% (de 15% para 14%). Deste modo, os regimes híbridos evoluem de 32% para 34%, acrescenta a associação.

Relativamente à formação que é disponibilizada no setor, a análise indica que, em média, as ações formativas iniciais estão a durar 20 dias, menos do que os 21,5 dias registados em 2023. “Ainda assim deve assinalar-se alguma estabilidade neste indicador, uma vez que 20 dias era o registo verificado em 2022″, ressalva a APCC.

Numa nota mais positiva, a formação ao longo do ano aumentou significativamente de 69 para 74 horas nos operadores, e de 63 para 65 horas nos supervisores.

Quanto ao perfil dos trabalhadores dos contact centers, o ensino superior é o nível de habilitações escolares mais frequente (56,6%), seguindo-se a formação superior (30%). Predomina o género feminino tanto entre os operadores, com 68%, como entre os supervisores, com 62%.

“Quanto à distribuição por escalão etário, predomina o escalão de 25 a 40 anos, com 53,7% entre os operadores e 60,3% entre os supervisores”, acrescenta a APCC, no estudo para o qual recolheu respostas de 1.950 operações e linhas de atendimento, nas quais trabalham 64.529 Colaboradores.

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Ageas distingue jovens talentos que realcem o “lado humano” dos seguros

  • ECO Seguros
  • 2 Junho 2025

"Através do projeto ‘Histórias Seguras’ queremos aproximarmo-nos ainda mais das pessoas, mostrando o envolvimento e apoio que prestamos a milhares de famílias", afirma representante da Ageas.

O Grupo Ageas Portugal, em parceria com a CNN Portugal e a Havas Play, anunciou os vencedores da 3.ª edição do “Histórias Seguras”, um projeto dedicado a capacitar jovens talentos da área do audiovisual e que destaca o impacto dos seguros na vida das pessoas, anunciou a seguradora em comunicado.

O filme vencedor deste ano intitulado de “Voz Segura” conta a história do “senhor António” que perdeu a mulher para uma doença oncológica. O processo do luto foi acompanhado por uma equipa de enfermagem da Médis, que prestou apoio emocional e logístico, “mostrando a importância que os seguros de saúde podem ter, não só no acesso a cuidados médicos essenciais, mas também no bem-estar emocional e qualidade de vida dos clientes e dos seus familiares”, indica a empresa.

No total foram criados quatro filmes por vinte finalistas. Os restantes três retrataram histórias reais de clientes da Ageas Pensões, Seguro Directo e Ageas Seguros. Este ano, a atriz Custódia Gallego participou numa das curtas-metragens e o ator Luís Mascarenhas foi protagonista de um dos filmes. A edição deste ano voltou a contar com a mentoria do ator e realizador Diogo Morgado.

Além da categoria de melhor filme, foram atribuídos mais prémios. O de melhor realização foi para Catarina Rocha, de melhor direção de fotografia, Deivid Vieira, de melhor guionismo, Catarina Silva, melhor produto, Maria Luiza Almeida, melhor edição, Bernardo Caetano.

O “Histórias Seguras” é uma iniciativa que convida jovens realizadores, argumentistas, produtores, diretores de fotografia e editores a criarem curtas-metragens inspiradas em histórias reais de clientes do Grupo Ageas Portugal, “cujas vidas foram positivamente impactadas pelos seguros”. “O projeto visa desmistificar o papel das seguradoras, realçando o lado humano do setor e o acompanhamento e resiliência prestado em momentos desafiantes”, lê-se no comunicado.

“Através do projeto ‘Histórias Seguras’ queremos aproximarmo-nos ainda mais das pessoas, mostrando o envolvimento e apoio que prestamos a milhares de famílias. Em momentos de incerteza, angústia ou dúvida, somos mais do que um bem necessário, assumimos um papel fundamental junto dos Clientes e temos um impacto positivo e relevante na vida dos mesmos, como pode ser visto através destes filmes baseados em casos reais”, afirmou Rui Rijo, Responsável de Relações Públicas e Comunicação Digital do Grupo Ageas Portugal.

No total das três edições, já participaram no projeto 50 jovens talentos do mundo audiovisual. Na edição deste ano foram recebidas 117 candidaturas.

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Afinal, preço regulado do gás sobe ‘apenas’ 1,5% em outubro

A proposta divulgada no final de março apontava para uma subida de 4%. O impacto nas faturas das famílias será desta forma entre 21 a 36 cêntimos.

O preço do gás no mercado regulado vai subir 1,5% a partir de 1 de outubro de 2025 e até 30 de setembro do ano seguinte, informou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) esta segunda-feira.

Estão sujeitos a esta variação os cerca de 440 mil consumidores domésticos que permaneciam, no final de fevereiro de 2025, no mercado regulado.

De acordo com a proposta divulgada no final de março, o “novo ano gás” deveria contar com preços 4% acima do ano anterior. Contudo, a subida aprovada acabou por ser menor, explica o regulador, dada a diminuição, em cerca de 9%, da previsão do preço de aquisição do gás natural pelos comercializadores de último recurso (CUR).

Os valores previstos desceram tendo em conta “o decréscimo do preço do petróleo, entretanto ocorrido nos mercados de futuros”, lê-se na nota divulgada junto da imprensa.

Por detrás do aumento de preços está uma subida numa componente a tarifa de acesso às redes, que custará mais 34 cêntimos por quilowatt-hora no ano que se aproxima. Esta componente é definida pelo regulador tanto para o mercado regulado como para o mercado livre.

Também os consumidores não-domésticos vão sentir aumentos na tarifa de acesso às redes, que sobe de 3 cêntimos a 15 cêntimos por quilowatt-hora.

Fatura sobe até 36 cêntimos

O impacto na fatura do gás natural (incluindo taxas e impostos), para as tipologias de consumo mais representativas (casal sem filhos e casal com dois filhos), traduz-se num aumento entre os 36 cêntimos e os 21 cêntimos na fatura mensal.

Os preços de venda a clientes finais do mercado regulado observarão desta forma, no conjunto dos últimos cinco anos, uma variação média anual de 4,6% no preço final. Nos últimos cinco anos, a variação mais baixa verificou-se para o ano gás 2023-2024, de 13%, e a mais elevada diz respeito a 2022-2023, de 10,7%.

Os clientes com tarifa social, quer no mercado regulado, quer no mercado livre, continuam a usufruir de um desconto de 31,2%, calculado por referência aos preços de venda a clientes finais do mercado regulado.

(Notícia atualizada pela última vez às 20:10)

 

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José Luís Carneiro garante apoio do PS à reeleição de Aguiar-Branco

  • Lusa
  • 2 Junho 2025

"Se o PSD e a AD entenderam propor Aguiar-Branco como candidato à presidência da mesa da Assembleia da República, o PS não se opõe a essa proposta", disse o candidato a secretário-geral do PS.

O candidato a secretário-geral do PS José Luís Carneiro assegurou esta segunda-feira, no Porto, que o partido não se oporá à recondução de Aguiar-Branco na presidência da Assembleia da República.

“O PS teve uma posição que foi assumida pelo secretário-geral interino e presidente do partido, Carlos César, que foi no sentido de o PS não vetar nenhum dos nomes apresentados pelos outros partidos, assim como também de recusar que qualquer outro partido pudesse vetar os nomes que fossem apresentados pelo PS. Se o PSD e a AD entenderam propor Aguiar-Branco como candidato à presidência da mesa da Assembleia da República, o PS não se opõe a essa proposta”, disse.

Em declarações à margem da apresentação da candidatura de Manuel Pizarro à Câmara do Porto, José Luís Carneiro garantiu também a manutenção das escolhas autárquicas já feitas. “As escolhas estão feitas, serão respeitadas e é com elas que vamos de novo ao encontro. Já estão milhares de autarcas e candidatos às funções autárquicas em todo o país”, disse.

E prosseguiu: “há algo que as populações sabem bem, o PS e os seus autarcas desempenham funções com grande proximidade e todos os dias trabalham para melhorar as condições de vida das nossas comunidades locais. E essas condições de vida hoje passam muito por responder às prioridades políticas nacionais. A habitação, os transportes, a mobilidade, a aposta na educação e na saúde e sobretudo a qualidade do espaço público e um olhar atento àqueles que carecem de uma atenção especial das políticas sociais”.

Questionado sobre as possibilidades de êxito de Manuel Pizarro, Carneiro considerou que “há boas condições para que o PS volte a ganhar a presidência da Câmara Municipal do Porto”.

O PS sempre contribuiu em diversas responsabilidades para servir a cidade. O Manuel Pizarro é alguém que conhece muito bem o concelho do Porto, já o serviu também como variador na equipa do Dr. Rui Moreira e tem a vontade de servir e tem a vontade de se colocar ao lado dos cidadãos desta cidade, procurando valorizar áreas que são vitais”, disse.

Das prioridades do candidato citou a “área da habitação, a área da qualificação do espaço público, a melhoria dos transportes e da mobilidade e garantir uma cidade segura e inclusiva”.

“São prioridades que vão de encontro às preocupações dos cidadãos deste município. Eu que aqui vivo entendo que são boas prioridades e portanto aqui estou para lhe manifestar todo o apoio de todo o PS nesta candidatura do Manuel Pizarro”, continuou José Luís Carneiro.

Sobre a disponibilidade manifestada pelo anterior secretário-geral, Pedro Nuno Santos de passar a deputado, o candidato a seu sucessor afirmou ficar “satisfeito” por ele integrar “o grupo parlamentar porque pode certamente dar um importante contributo na defesa dos valores do PS, dos ideais de sociedade pelos quais se bateu, que agora não foram maioritários (…) mas que no futuro voltarão a garantir que eles venham a ser maioritários”.

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Fundo Ambiental pagou 82,3 milhões para acelerar transição climática e energética

  • Lusa
  • 2 Junho 2025

Ministério do Ambiente e Energia destaca o pagamento de 36,6 milhões de euros em apoios ao transporte público coletivo em todo o país.

O Fundo Ambiental, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia, pagou no final de maio 82,3 milhões de euros a projetos para acelerar a transição climática e energética, segundo um balanço divulgado esta segunda-feira.

Num comunicado o Ministério do Ambiente e Energia destaca, na implementação da componente ambiental do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), o pagamento de 5,7 milhões de euros destinados à execução de projetos no domínio dos recursos hídricos, ou os 4,3 milhões no âmbito do aviso do PRR na área da bioeconomia sustentável.

Ou ainda os 6 milhões de euros para promoção da bioeconomia circular e a inovação no setor do calçado, e mais de 1,7 milhões de euros para projetos de eficiência energética em edifícios residenciais.

Destaque também para os 36,6 milhões de euros em apoios ao transporte público coletivo em todo o país, “contribuindo para uma mobilidade mais sustentável e para a redução das emissões de gases com efeito de estufa”, diz Governo.

Este desempenho financeiro reforça a trajetória de execução robusta do Ministério do Ambiente e Energia, que tem liderado a mobilização de verbas do PRR para áreas como o clima, a energia, a água, a biodiversidade e a economia circular“, diz-se no comunicado.

Citada no documento, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, afirma: “Estamos a executar o PRR e o Fundo Ambiental com ambição, resultados no terreno e foco no que melhora a vida das pessoas. Estes pagamentos não são apenas números: são investimentos que se traduzem em passes mais baratos, casas mais eficientes, territórios mais resilientes e inovação que cria emprego e valor no país”.

Desde a semana passada que a Agência para o Clima passou a coordenar os programas financiados através do Fundo Ambiental e do PRR.

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