Carlos Tavares proposto para entrar no consórcio que quer comprar Azores Airline

  • Lusa
  • 19 Março 2025

Ex-CEO da Stellantis e Paulo Pereira da Silva são os parceiros que a Newtour e MS Aviation querem para o consórcio que oferece 15,2 milhões de euros por 76% da Azores Airlines.

O Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) vai analisar na sexta-feira a proposta do consórcio Newtour/MS Aviation que pretende adquirir 76% do capital da companhia aérea Azores Airlines por 15,2 milhões de euros, disse esta quarta-feira o presidente do Governo Regional.

O jornal Açoriano Oriental adiantou esta quarta-feira que o consórcio que concorreu à privatização da Azores Airlines, também propõe a entrada de Carlos Tavares (ex-CEO da empresa automóvel Stellantis) e de Paulo Pereira da Silva (empresário ligado ao turismo e ao ramo agroalimentar no Douro) como parceiros.

O diário recorda que, à imprensa nacional, Carlos Tavares já admitiu o seu possível interesse na corrida à privatização da TAP.

José Manuel Bolieiro disse aos jornalistas, nas Lajes do Pico, no arranque de uma visita estatutária de três dias à ilha, que se trata de “uma boa notícia” e que a posposta será analisada no Conselho do Governo de sexta-feira.

“Eu penso que é uma boa notícia para os Açores. Para a defesa do interesse da região. (…) Também vejo confiança por parte do conselho de administração [da SATA] nas questões de idoneidade que foram levantadas pelo júri e não pelo governo”, afirmou.

José Manuel Bolieiro acrescentou que o executivo “pautou-se apenas pela preocupação de defesa do interesse da região e do ativo, o valor do ativo que, na sequência de uma avaliação, aumentou”.

A proposta será analisada pelo júri do concurso, mas vai aproveitar a reunião do Conselho do Governo, a realizar na ilha do Pico, para informar o conselho de administração da SATA “para prosseguir o processo, passando, obviamente a responsabilidade, agora, como deve ser nos termos legais, ao júri”.

“Eu devo dizer que estamos a seguir um caminho que corresponde ao nosso compromisso. Até ao final de 2025, no âmbito do plano de reestruturação, ter uma solução para a Azores Airlines”, assumiu.

Quanto à possibilidade de o consórcio incluir a entrada de Carlos Tavares e de Paulo Pereira da Silva como parceiros, Bolieiro disse que isso “ajuda a dar tranquilidade” na componente da idoneidade e na capacidade de uma gestão “altamente profissionalizada”.

Penso que isso também poderá tranquilizar, porque nós também defendemos sempre o interesse dos Açores, da região, enquanto acionista, o interesse do próprio grupo SATA, o interesse da Azores Airlines e da sua continuidade e a defesa também dos direitos dos seus trabalhadores. E penso que isso tudo ajuda a ganharmos todos tranquilidade e boa expectativa”, concluiu.

O presidente do Governo dos Açores lembrou que a proposta inicial apresentada pelo consórcio, que foi razão para suspender o processo, “avaliava o ativo em cerca de seis milhões” e depois houve um novo estudo que apontou para ter no mínimo o valor de 20 milhões de euros.

“Eu penso que ficou muito bem e esteve bem o percurso que o Governo [Regional] levou a efeito nessa matéria e teve essa boa consequência”, vincou Bolieiro.

Em 09 de dezembro de 2024, o presidente do Governo dos Açores confirmou que a SATA e o consórcio Newtour/MS Aviation estão a negociar a privatização da Azores Airlines e adiantou que a região vai assumir a dívida da companhia aérea.

O executivo anunciou, em 02 de maio, o cancelamento do concurso de privatização e o lançamento de um novo, alegando que a companhia estava avaliada em seis milhões de euros no início do processo e vale agora 20 milhões.

A decisão surgiu depois de, em abril do ano passado, o júri do concurso público da privatização ter mantido a decisão de aceitar apenas um concorrente, admitindo reservas quanto à capacidade do consórcio Newtour/MS Aviation em assegurar a viabilidade da companhia.

O consórcio candidato interpôs uma providência cautelar contra a decisão do executivo (que foi considerada improcedente pelo tribunal), e, em setembro, mostrou-se “preocupado com a incerteza e com a aparente inércia em torno do processo de privatização”.

Em junho de 2022, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo medidas como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%).

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CEO da Claranet Portugal deixa o cargo após compra pela Nos

António Miguel Ferreira, que fundou há 30 anos a empresa que originou a Claranet Portugal, acaba de deixar a liderança da empresa, dois dias depois de concluída a compra pela Nos.

António Miguel Ferreira deixou esta semana a liderança da Claranet Portugal, concluída a venda da empresa à NosCortesia da Claranet Portugal

A Claranet Portugal vai ter uma nova liderança sob a chancela da Nos. Concluída a compra pela operadora de telecomunicações, por 152 milhões de euros, António Miguel Ferreira acaba de deixar o cargo de CEO da empresa que fundou há 30 anos, apesar de manter a ligação ao grupo a nível internacional.

“Deixei o cargo de CEO da Claranet Portugal, pois vou-me focar em outros desafios, depois de 20 anos de Claranet Portugal”, confirmou ao ECO António Miguel Ferreira, recordando, no entanto: “Esta é a empresa que fundei há 30 anos, o primeiro fornecedor de internet em Portugal, na altura sob o nome Esotérica”, que em 2005 foi comprada pela Claranet.

Apesar desta decisão, António Miguel Ferreira mantém-se na administração executiva da Claranet e também como CEO da Claranet Brasil e presidente do conselho de administração da Claranet Espanha. “Vou focar-me na atividade internacional”, aponta. No horizonte do gestor português está também uma mudança de São Paulo, no Brasil, para Londres, no Reino Unido, onde está sedeada a Claranet.

A Nos NOS 0,00% concluiu na segunda-feira a compra da Claranet Portugal ao grupo britânico com o mesmo nome. O ECO contactou a Nos para saber quem irá ocupar o cargo de CEO da Claranet Portugal, que, ao que foi possível apurar, já está escolhido.

No final de fevereiro, António Miguel Ferreira confirmou numa entrevista que, apesar da compra da Claranet Portugal pela Nos, “vai haver uma independência operacional entre a Claranet” e a operadora de telecomunicações. “Não é uma operação de aquisição para integração, como muitas vezes se faz. Isso também é importante, porque o negócio de telecomunicações e o negócio de IT [tecnologia] têm dinâmicas diferentes”, disse.

Na mesma entrevista ao ECO, o responsável também confirmou que “há um acordo para que a marca continue a ser Claranet”. E revelou que, quando a empresa britânica “não tinha intenção de vender” a operação em Portugal quando foi abordada pela Nos.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h31)

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Bruxelas propõe flexibilização das regras durante quatro anos para investimento em defesa

Comissão Europeia propõe ativação da cláusula de escape nacional por um período de quatro anos (prorrogável) de modo a que os Estados mobilizem até um máximo de 1,5% do PIB para cada ano.

A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira a flexibilização das regras orçamentais para o aumento do investimento em defesa durante quatro anos e quer que todos os países ativem a cláusula nacional de escape até ao final de abril. O objetivo é que, deste modo, os Estados-membros libertem financiamento público e mobilizem verbas adicionais de até 1,5% do PIB para cada ano de ativação.

A proposta faz parte do Livro Branco sobre a Defesa Europeia – Prontidão 2030 e avança detalhes face à ideia lançada pelo executivo comunitário para ativação da cláusula de escape nacional do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), de modo a dar espaço orçamental adicional para os Estados-membros aumentar a despesa com defesa, dentro das regras orçamentais da União Europeia (UE). Ou seja, os Estados poderão aumentar a despesa com defesa sem incorrer na abertura de um Procedimento por Défice Excessivo, quando o défice ultrapasse 3% do PIB.

Assim, a Comissão Europeia propõe que, para salvaguardar a sustentabilidade orçamental, o desvio será limitado ao “aumento apenas nas despesas de defesa, tomando como ponto de partida a categoria estatística “defesa” na classificação das funções do governo (COFOGs)”, até um máximo de 1,5% do PIB para cada ano de ativação da cláusula de escape nacional e por um período de quatro anos (prorrogável), a começar em 2025.

A flexibilidade permitirá um desvio do caminho de despesas acordado equivalente ao aumento das despesas de defesa (incluindo investimentos e despesas correntes) desde 2021“, lê-se no Livro Branco.

Como o ECO contou aqui, nas instâncias europeias a pressão era para que todos os países ativassem este instrumento para evitar estigmatizações. Na comunicação divulgada esta quarta-feira, Bruxelas confirma-o: “Dado que todos os Estados-membros são afetados por esta situação excecional e com vista a maximizar o impacto na prontidão da defesa da UE e na capacidade de produção da indústria de defesa, todos os Estados-Membros são convidados a fazer uso da flexibilidade de uma forma coordenada.”

Segundo o executivo comunitário, graças a essa flexibilidade, o investimento em defesa poderá atingir pelo menos 800 mil milhões de euros nos próximos quatro anos, incluindo as despesas financiadas pelos 150 mil milhões de euros do novo instrumento europeu para a indústria de defesa, designado Ação de Segurança para a Europa (SAFE, na sigla em inglês), que serão automaticamente elegíveis sob as cláusulas de escape nacionais.

A Comissão adianta que os 150 mil milhões de euros serão levantados no mercado de capitais, devido às “atuais circunstâncias excecionais”, aproveitando a abordagem de financiamento unificada da UE “bem estabelecida para ajudar os Estados-Membros da UE a aumentar rápida e substancialmente os investimentos nas capacidades de defesa da Europa”.

Estes fundos serão desembolsados ​​para os Estados-membros interessados ​​mediante um pedido, sob a forma de empréstimos de longo prazo, e com base em planos nacionais.

O Plano ReArm Europe/Readiness 2030 também conta com o Grupo do Banco Europeu de Investimento (BEI) para aumentar o sistema de empréstimos para projetos de defesa e segurança, ao mesmo tempo em que salvaguarda sua capacidade de financiamento. “Além de desbloquear financiamento substancial, isso enviará um sinal positivo aos mercados”, refere em comunicado.

A Europa está pronta para dar um passo à frente. Devemos investir em defesa, fortalecer nossas capacidades e adotar uma abordagem proativa à segurança. Estamos a tomar medidas decisivas, apresentando um roteiro para a ‘Prontidão 2030’, com aumento da despesa com defesa, investimentos importantes em capacidades industriais de defesa europeias”, defendeu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, citada em comunicado.

Essas medidas visam responder à urgência de curto prazo de apoiar a Ucrânia, mas também abordar a necessidade urgente de longo prazo de impulsionar a segurança e a defesa da Europa.

A apresentação do Livro Branco sobre a defesa europeia ocorre um dia antes do Conselho Europeu em Bruxelas, com a defesa na agenda.

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Lusiaves aquece corrida aos frangos espanhóis e sobe proposta de compra para 380 milhões

A empresa de Leiria, liderada pela família Gaspar, tinha apresentado uma proposta inicial de 340 milhões de euros à concorrente de Navarra. O aumento de 12% na oferta põe-na à frente da ucraniana MHP.

O grupo Lusiaves, um dos maiores produtores avícolas portugueses, pretende a fazer frente aos ucranianos da MHP na corrida à empresa de frangos espanhola Uvesa e aumentou a proposta de aquisição para os 380 milhões de euros, avança esta quarta-feira o jornal Expansión.

A empresa de Leiria, que pertence à família Gaspar, tinha apresentado uma proposta inicial de 340 milhões de euros à concorrente de Navarra, que está em processo de venda e tem mais interessados. O aumento de quase 12% desafia a MHP, que em dezembro sugeriu pagar 200 milhões de euros e acabou por, mais tarde, também aumentar a oferta para os 360 milhões.

A Lusiaves propõe o pagamento inicial de 198 euros por ação da Uvesa, valor que poderá ser aumentar para os 21,43 euros. O ECO contactou a empresa portuguesa, mas até ao momento não foi possível obter comentários.

O negócio ainda está na ‘grelha’, até porque há diferenças entre as duas maiores propostas: a Lusiaves diz que não vai fazer due diligence nem precisa de aprovações regulatórias, portanto pode assinar a transação durante o verão; a MHP já recebeu ‘luz verde’ do Governo espanhol para o mecanismo de controlo do investimento estrangeiro. Atrás fica a proposta mais baixa, da El Pozo (grupo Fuertes), no valor de 312 milhões de euros.

Fundado em 1986 pelo empresário Avelino Gaspar, o grupo Lusiaves tem sede em Leiria e é um dos gigantes das carnes brancas em Portugal, especialmente de frango. A holding conta com várias outras empresas, como a Meigal Alimentação, Triperu, Perugal, Lusifrota ou Campo Aberto.

JÁ a Uvesa está na indústria alimentar há mais de 60 anos, sobretudo no segmento das aves e dos suínos, emprega cerca de duas mil pessoas e apresentou um volume de negócios de 600 milhões de euros e lucros de 27 milhões de euros em 2023. A sede é em Tudela (Navarra), mas tem unidades também em Burgos.

No final de janeiro, o jornal El Economista tinha noticiado que o também português grupo Valouro – liderado pelos gémeos José e António Santos e composto por 39 empresas onde trabalham mais de 2.100 colaboradores – também estaria a estudar apresentar uma proposta. A dona da Avibom fatura mais de 360 milhões de euros por ano.

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O tempo segundo Chiffre Rouge<span class='tag--premium'>premium</span>

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 19 Março 2025

A Dior reafirma o seu savoir-faire em relojoaria com os novos modelos Chiffre Rouge. Mais do que instrumentos de medição do tempo, estas peças são manifestações de estilo e precisão.

Este artigo integra a 13.ª edição do ECO magazine. Pode comprar AQUI. Os novos Chiffre Rouge refletem a dualidade entre tradição e vanguarda. Com uma assimetria arquitetónica subtilmente ampliada, a caixa de 38 mm apresenta linhas aerodinâmicas e versões adornadas com diamantes e ouro rosa. Já o cronógrafo de 41 mm destaca-se pela sua capacidade de medir um décimo de segundo, um testemunho da engenharia relojoeira avançada da maisonfrancesa. Todos os modelos vêm equipados com movimento automático de alta precisão, visível através de fundos transparentes, que revelam a sofisticação técnica dos Ateliers Dior. O design, sempre pautado pelo ADN da maison, revisita códigos emblemáticos como o motivo cannage, presente nos mostradores em dégradévermelho e preto, num efeito sunburst

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Pinto Luz põe privatização da TAP, simplex urbanístico e lei Uber no dossiê de transição para o próximo Governo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Março 2025

Ministro já tinha referido que o Executivo e a Parpública vão continuar os trabalhos preparativos da privatização da TAP para o próximo Governo tomar uma decisão e evitar que haja "tempo perdido”.

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, disse esta quarta-feira que a privatização da TAP, o simplex urbanístico e a lei dos TVDE são dossiês que estarão na pasta de transição para o próximo Governo.

Em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3, o governante reforçou que o “trabalho de backoffice” no que diz respeito ao processo de privatização da TAP “continua a ser feito e será vertido para a pasta de transição”.

No domingo, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Miguel Pinto Luz referiu que o Executivo e a Parpública vão continuar os trabalhos preparativos para o próximo Governo tomar uma decisão e evitar que haja “tempo perdido”. “O decreto-lei ia ser lançado, mas, no limite, isso pode ser ultrapassado pelas etapas que estão a ser desenvolvidas nos bastidores”, afirmou.

Quanto ao processo de alteração da lei que regulamenta os TVDE, que é novamente interrompido devido à dissolução da Assembleia da República, existe uma “profunda sensação de frustração” no setor, segundo disse o presidente da Associação Portuguesa de Transportadores em Automóveis Descaracterizados (APTAD), Ivo Miguel Fernandes, ao jornal Público.

O responsável lembra que esta interrupção se soma “ao impasse da legislatura anterior, na qual a revisão da lei já deveria ter ocorrido em 2022″, defendendo que “este novo adiamento só torna a necessidade de revisão ainda mais premente e acentua a falta de resposta política para um problema que afeta milhares de trabalhadores e empresas”.

No que diz respeito à linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, o ministro das Infraestruturas e da Habitação disse que o processo relativo ao segundo troço “irá continuar”, visto que se trata de “um desígnio nacional que não pode ser travado e aí não há nenhum atraso”.

Na entrevista de domingo, Pinto Luz já tinha dito que “existe uma necessidade de não perder prazo” depois de o concurso para o segundo troço ter terminado apenas com uma proposta, do consórcio português Lusolav — entretanto chumbada pelo júri –, admitindo avançar com um novo concurso mesmo estando o Governo em gestão. Por decidir está se o novo concurso terá um reforço da verba ou uma redução da obra para atrair mais interessados.

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PT2030 com taxa de execução de 6,2% até fevereiro. Compete persiste em último

Compete é o terceiro com maior volume de fundos aprovados, mas cai para último na execução, com apenas 26,9 milhões de euros (0,7%). Executou 14,9 milhões entre janeiro e fevereiro.

A taxa de execução do Portugal 2030 no final fevereiro era de 6,2%. Mais 0,4 pontos percentuais face ao mês anterior, um ritmo de progressão que se mantém há dois meses consecutivos. O Pessoas 2030 lidera com uma execução de 17,8%, sendo o único com mais de mil milhões de euros executados. O pior desempenho é do Compete: apenas 0,7%.

O novo quadro comunitário de apoio tem 6.252 milhões de euros de fundo aprovado e 1.435 milhões de euros de fundo executado, sendo que a maior parte deste desempenho é da responsabilidade do programa Pessoas 2030, com uma taxa de execução 17,8% (1,01 mil milhões de euros). O segundo e terceiro lugares do pódio são ocupados, respetivamente pelo Programa de Assistência Técnica (15,8% que corresponde a 26,58 milhões de euros), e o Mar 2030 com uma taxa de execução de 8,04% (31,56 milhões de euros referentes a 31 de dezembro de 2024). Mas estes dois programas são relativamente pequenos em termos de dimensão.

Já o Compete, também conhecido como o programa das empresas, é o terceiro com maior volume de fundos aprovados (822 milhões), mas cai para último na execução, com apenas 26,9 milhões de euros (0,7%), apesar de ter conseguido executar 14,9 milhões no espaço de um mês.

Em termos percentuais, os programas que conseguiram acelerar mais a execução foram o Pessoas 2030 (+0,9 pontos percentuais), o Sustentável 2030 (+0,7pp) e o Lisboa 2030 (+0,6 pp), sendo que este tem uma dimensão muito inferior.

O Sustentável 2030 já tem 1,08 mil milhões de euros aprovados, mas apenas 136,59 milhões executados (4,4%) e está por isso em risco de ter de devolver verbas a Bruxelas por não cumprir a regra da guilhotina.

Este ano todos os programas – temáticos ou regionais – têm de cumprir a regra da guilhotina, ou seja, os programas têm de gastar o correspondente ao orçamento de cada ano nos três anos seguintes. Se não o fizerem, o montante remanescente tem de ser devolvido a Bruxelas. Isto significa que, em cada programa operacional, é necessário dividir a dotação por sete (correspondente ao número de anos do quadro) e é esse o valor que é necessário executar três anos depois (é a regra do N+3).

O ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, já disse no Parlamento que o atual quadro comunitário de apoio está sob “uma pressão anormal” este ano por isso e que o risco máximo é do Sustentável 2030, o programa que sucedeu ao POSEUR, por isso, a opção de retirar alguns investimentos do PRR e assegurar a sua continuidade com financiamento do PT2030 pode ajudar a superar este problema.

A taxa de execução de 6,2% do PT2030 compara com os 21% do Portugal 2020, em dezembro de 2017 e de 24% em março de 2018. No anterior quadro comunitário de apoio, inicialmente, não havia uma monitorização mensal do desempenho dos fundos.

É preciso ter em conta que no PT2020, a agricultura estava incluída e, nessa altura, já contava com uma taxa de execução de 42% (em março de 2018), influenciando muito positivamente os dados globais.

A influenciar negativamente o desempenho do PT2030 está a sua entrada em vigor ainda mais tarde do que é habitual e a simultaneidade no tempo com o encerramento do PT2020 e a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que acabou por ter uma dotação idêntica a um quadro comunitário (22,2 mil milhões de euros), mas que tem de estar integralmente executado até 2026.

Em fevereiro de 2025, o PT2020, que ainda não encerrou, contava com uma taxa de execução de 99,6% e de 112% de taxa de compromisso.

Mais de metade do PT2030 já a concurso

A monitorização mensal do PT2030 revela ainda que, no final de fevereiro, em termos de taxas de aprovação a liderança vai também para o Pessoas 2030 que tem 2,82 mil milhões aprovados, num total de 3.895 operações. Segue-se o Sustentável 2030 (1,08 mil milhões num total de 55 operações) e o Compete 2030 (822,14 milhões distribuídos por 834 operações). No extremo oposto está o Programa de Assistência Técnica com apenas 67,88 milhões (30 operações). Em termos globais, 27,2% do PT2030 já foi aprovado, num total de 6,25 mil milhões de euros.

Por outro lado, dos 12,72 milhões de euros colocados a concurso (55%, um aumento de um ponto percentual face a janeiro), o Lisboa 2030 tem a maior percentagem do programa já a concurso (74%) seguido do Mar 2030 (70%) e do Sustentável 2030 (69%).

Por outro lado, as transferências da Comissão Europeia não tiveram qualquer evolução. Bruxelas já transferiu, a título de pagamentos intermédios, 10,24 mil milhões para os 27 Estados-membros. “No conjunto dos 14 Estados-membros com envelopes financeiros acima dos seis mil milhões, Portugal está em 11º lugar em termos dos pagamentos intermédios recebidos, com 205 milhões de euros (0,9% da respetiva dotação), seguindo-se a Itália, a Croácia e a Espanha, o último ainda sem pagamentos”, lê-se na monitorização mensal.

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“Não abusem dos pagamentos automáticos”. A dica de Mário Centeno na Semana da Formação Financeira

Na sessão solene da Semana de Formação Financeira, o governador do Banco de Portugal afirmou ter "algum horror a pagamentos automáticos", alertando que "é preciso ter consciência da despesa".

O governador do Banco de Portugal desaconselha o recurso aos pagamentos automáticos, porque leva a que se perca a consciência dos gastos. “As receitas não são automáticas”, assinalou.

“Uma dica: não usem ou, pelo menos, não abusem dos pagamentos automáticos“, afirmou Mário Centeno no encerramento da sessão solene da Semana da Formação Financeira, que decorreu esta quarta-feira na CMVM, em Lisboa.

O líder do banco central disse mesmo ter “algum horror a pagamentos automáticos”. “Quando automatizamos demasiado as nossas despesas, perdemos a consciência dessas despesas”, disse. “Não temos receitas automáticas. Porque é que devemos ter pagamentos automáticos? É preciso ter consciência da despesa”, acrescentou.

O governador do Banco de Portugal comparou a poupança a uma dieta alimentar. “Poupar é uma coisa que pensamos sempre que vamos só começar amanhã, mas amanhã é precisamente a razão de ser dessa poupança”, afirmou.

Muitas vezes é difícil resolver e quando a resolvemos muitas vezes já é tarde“, alertou, dando como exemplo a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa. “A decisão do aeroporto foi tão tardia. Quando estávamos mesmo quase, no passado, a decidir, acontecia um choque e nós tínhamos de manter essa decisão em cima da mesa”.

Um exemplo usado também pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, na abertura da sessão, para sublinhar a “incapacidade” que o país tem revelado “para preparar o futuro”, assinalando o papel da poupança nessa preparação.

Nas nossas sociedades sociedades liberais e democráticas, a literacia financeira é essencial” e tem “implicações na exigência em relação às políticas”, defendeu também o governante.

"A confiança excessiva dos jovens na utilização de canais digitais e na informação disponível online, em combinação com a possibilidade de interação social potenciada pelas redes sociais, pode conduzir a decisões pouco ponderadas e com consequências negativas, incluindo obviamente financeiras.”

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

Mário Centeno também destacou que a crescente digitalização dos serviços financeiros está a contribuir para que novas gerações os comecem a utilizar mais cedo. “A confiança excessiva dos jovens na utilização de canais digitais e na informação disponível online, em combinação com a possibilidade de interação social potenciada pelas redes sociais, pode conduzir a decisões pouco ponderadas e com consequências negativas, incluindo obviamente financeiras”, disse.

A sessão contou ainda com uma mesa redonda onde participaram David Sousa, diretor-geral da Direção-Geral de Educação, Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Luís Laginha de Sousa, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, e Rui Pinto, administrador do Banco de Portugal. Este último repetiu o apelo já feito antes por Mário Centeno, para que os bancos aumentem os juros praticados nos depósitos.

Foram também entregues os prémios às escolas vencedoras da 13.ª edição do concurso Todos Contam.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h10)

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Fed vai prolongar pausa nos juros com Powell a minimizar receios de recessão

A imprevisibilidade das políticas de Trump está a esfriar a economia dos EUA e a pressionar a Fed a agir com cortes nos juros no segundo semestre. Powell deverá reiterar, contudo, que não tem pressa.

O Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) da Reserva Federal dos EUA (Fed) dos Estados Unidos vai manter esta quarta-feira inalteradas as taxas de juros, prolongando uma pausa iniciada em janeiro, mas cuja duração está dependente do impacto da imprevisível política económica da administração Trump.

Segundo o site CME FedWatch Tool, que monitoriza a negociação dos futuros das taxas de juro, a probabilidade de a Fed manter as Federal Funds Rates no intervalo atual de 4,25-4,50% é de 99%.

Após cortes num total de 100 pontos base (pb) na reta final de 2024, a Fed iniciou uma pausa na reunião de 29 de janeiro com o chairman Jerome Powell a dizer que o banco central “não precisa de ter pressa em ajustar a taxa de política monetária” e que os riscos para a economia estão equilibrados.

Powell sublinhou na altura que “não se sabe como as tarifas [aduaneiras anunciadas por Donald Trump] serão transmitidas aos consumidores” e que “o leque de possibilidades de aplicação dos direitos aduaneiros é muito, muito vasto”.

Essa imprevisibilidade, tanto nos impactos como nas opções, continua. E até se intensificou nas últimas semanas.

“O sentimento do mercado relativamente às perspetivas económicas dos EUA em 2025 mudou no início do ano, dada a incerteza da política comercial e fiscal da nova administração Trump”, referiu Michael Krautzberger, diretor de investimento global em obrigações, Allianz Global Investors (GI).

“Os dados económicos dos EUA arrefeceram, com as perspetivas para a procura dos consumidores e o sentimento empresarial ensombrados pela política do governo dos EUA”, recordou, sublinhando que os mercados acionistas e de crédito dos EUA estão a desanimar sob o peso desta imprevisibilidade política.

No início deste ano, os preços nos mercados sinalizavam apenas um corte pela Fed nas taxas de juro de curto prazo, mas nas últimas semanas, os preços avançaram para três cortes nas taxas, salientou Krautzberger.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Recessão no horizonte?

Os analistas do banco de investimento neerlandês ING recordam que no início do ano havia a expectativa de que as políticas de Trump baseadas em cortes de impostos e de regulação iriam acelerar o crescimento. Em conjunção com maiores controlos da imigração e uma inflação impulsionadas pelas tarifas, a Fed teria pouco espaço para cortar as taxas de juro.

“No entanto, verifica-se que as prioridades iniciais do Presidente Trump são os cortes na despesa pública e o protecionismo comercial. Isto aumentou as preocupações sobre a redução de postos de trabalho, não só para os trabalhadores do governo federal, mas também potencialmente entre milhões de contratantes do setor privado empregados no setor governamental”, adiantaram

A utilização de direitos aduaneiros, que pode aumentar significativamente à medida que o Presidente Trump procura relocalizar a atividade industrial, está a suscitar preocupações quanto a potenciais aumentos de preços que afetam o poder de compra dos consumidores e o receio entre as empresas de que os custos mais elevados dos fatores de produção possam reduzir as margens de lucro, sublinharam os analistas do ING.

As tarifas recíprocas dos governos estrangeiros e os boicotes dos consumidores agravariam os problemas dos exportadores dos EUA. “O resultado tem sido um sentimento mais fraco e números de gastos mais fracos”.

O ING reconhece que o uso da palavra “recessão” está a crescer nas discussões sobre a economia americana, mas sublinha que esse cenário não faz parte das projeções do banco e que Powell irá provavelmente minimizar esses receios na conferência de imprensa após a reunião, até porque num discurso a 7 de março, afirmou que apesar dos elevados níveis de incerteza, a economia continua em bom estado.

“Por conseguinte, esperamos que a Fed mantenha, em grande medida, as suas previsões de dezembro e indique que o seu cenário de base continua a ser de dois cortes de 25 pontos base nas taxas este ano”, concluíram os analistas do ING.

Essa visão é partilhada pelos mercados. Segundo o CME Fedwatch, a probabilidade de as Federal Funds Rates terminarem o ano no intervalo de 3.75-4.00% — ou seja, após dois cortes — é de cerca de 33%.

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Paxlegal reforça equipa com dois novos associados

Maria do Carmo Pereira Coutinho e Murillo Costa Sanches são os novos associados da Paxlegal. Os advogados integram as equipas de Laboral e Imobiliário e Societário, respetivamente.

A Paxlegal reforçou a equipa com a integração de Maria do Carmo Pereira Coutinho e Murillo Costa Sanches, na qualidade de associados.

“Nos últimos meses, temos assistido a um crescimento significativo da nossa atividade, o que nos levou a reforçar a equipa em áreas estratégicas“, revela em comunicado a sócia fundadora Bárbara Pestana.

Transitando da Vieira de Almeida, Maria do Carmo Pereira Coutinho integra a firma na qualidade de associada. A advogada vai centrar a sua atividade na área do Direito Laboral e Business Development.

Murillo Costa Sanches reforça a equipa de Direito Imobiliário e Societário, também na qualidade de associado. O advogado transita da LEGAL|SQUARE. Ao longo da sua carreira tem centrado a atividade nas áreas de Direito Civil e Comercial, com especial incidência na área do Direito Imobiliário e Societário.

“Estamos confiantes de que as suas integrações serão uma mais-valia para a Sociedade e, acima e tudo, para os nossos clientes”, acrescenta Bárbara Pestana.

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Controlauto da Brisa compra 90% da espanhola Mecod

Um ano após a compra da PrevenControl, a empresa portuguesa reforça a presença em Espanha ao ficar com o terceiro maior centro de inspeções da região de Múrcia.

O grupo Controlauto, que detém a maior rede de centros de inspeção em Portugal, anunciou esta quarta-feira que chegou a acordo para compra de uma participação maioritária (90%) na empresa espanhola Mecod, da região de Múrcia.

A Mecod é uma concorrente nesta indústria de inspeções técnicas de veículos, mas apenas na cidade de Yecla, onde opera desde 2018 com um centro composto por três linhas de atendimento para todo o género de carros e uma box independente para motociclos e ciclomotores, que em Espanha estão sujeitos a inspeção obrigatória.

O centro de inspeções da Mecod tem 24 trabalhadores e faz cerca de 70 mil inspeções anuais, o que a coloca na terceira posição do pódio da região de Múrcia, apesar de também servir clientes das regiões vizinhas de Valência e Castela-Mancha.

“Esta é uma excelente oportunidade para continuarmos a crescer, executando a estratégia de crescimento definida no plano estratégico do nosso grupo. A localização deste centro, e a base de clientes que já possui, vão ajudar-nos a consolidar a nossa operação no mercado espanhol e construir, a partir da Mecod, uma base de crescimento”, afirma Pedro Dias, administrador-delegado da Controlauto, citado em comunicado.

Esta foi a segunda aquisição da Controlauto – detida em 76% pela Brisa e em 24% pela espanhola Portobello Capital – em Espanha. Precisamente um ano após comprar o grupo catalão PrevenControl com 350 funcionários e a trabalhar em oito centros de inspeção nas províncias de Girona e Barcelona e na segurança e saúde no trabalho — área em que está entre os 20 maiores operadores espanhóis.

O grupo português Controlauto, criado em 1993 e com sede em Paço d’Arcos, prevê que este negócio no país vizinho esteja concluído até final do primeiro semestre deste ano, embora isso dependa das habituais autorizações regulamentares.

A Mecod foi assessorada pela Baideko, uma empresa de advisory financeiro com sede em Sevilha.

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Juros da casa registam maior queda desde 2009

Taxa de juro implícita no crédito à habitação está a cair há 13 meses seguidos. Em fevereiro acelerou a queda, baixando 15,4 pontos base. É a maior descida desde setembro de 2009, há mais de 15 anos.

Os juros da casa estão a cair há 13 meses seguidos. Em fevereiro, a taxa de juro implícita no crédito à habitação acelerou a queda e registou a maior descida desde 2009, há mais de 15 anos.

A taxa dos empréstimos da casa caiu para 3,83% no mês passado, recuando 15,4 pontos base em relação a janeiro, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.

Trata-se da descida mais pronunciada desde setembro de 2009, quando caiu 17,5 pontos base, numa altura em que a crise financeira global pressionava o mercado.

Juros da casa caem há 13 meses

Fonte: INE

Por outro lado, a taxa que as famílias pagam ao banco pelo crédito da casa baixou no mês passado para o valor mais baixo desde julho de 2023. Neste período de mais de um ano em queda, a taxa implícita dos contratos de empréstimo à habitação já baixou 82,7 pontos base, depois de ter atingido o pico nos 4,657% em janeiro do ano passado.

Esta evolução reflete sobretudo a descida das taxas Euribor, que são usadas com indexante na maioria dos contratos de crédito da casa em Portugal. Estas taxas estão em queda há vários meses por conta do alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que desde o verão passado já baixou as taxas oficiais da Zona Euro por seis ocasiões, num total de 1,5 pontos percentuais.

Para as famílias este cenário tem-se traduzido numa redução da prestação mensal que pagam ao banco. Segundo o INE, a prestação média situou-se nos 400 euros em fevereiro, menos um euro em relação ao mês anterior e menos três euros em comparação com fevereiro do ano passado.

Destes 400 euros, 220 euros corresponderam a juros pagos (55%) e outros 180 euros a capital amortizado. O capital médio em dívida ao banco subiu 560 euros para 69.512 euros em termos médios.

No que toca aos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa implícita fixou-se nos 3,2% em fevereiro, subindo 3,1 pontos base face a janeiro, voltando a aumentar 16 meses depois. Nos contratos celebrados nos últimos seis e 12 meses, a taxa média caiu.

(Notícia atualizada às 11h28)

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