• Reportagem por:
  • Ana Luísa Alves

E depois do Web Summit? Cinco startups contam como foi

A maior cimeira de tecnologia, empreendedorismo e inovação do mundo terminou na última quinta-feira mas, para muitas startups, este pode ter sido apenas o início.

Contactos com investidores, um concurso de pitch onde estiveram 200 projetos em competição, centenas de pessoas dia após dia nos stands, conferências… A Web Summit foi tudo menos um evento calmo. Mas que balanço fazem as empresas portuguesas que estiveram na maior feira de tecnologia e empreendedorismo do mundo? Aqui ficam cinco respostas.

A Gema Digital, a Landing Jobs, a Chilltime, a Wisecrop, a Facestore foram cinco dos 66 projetos selecionados para a cimeira, através da iniciativa Road 2 Web Summit, e falaram ao ECO de como foi estar no maior evento de tecnologia e inovação do mundo. A Landing.Jobs e a Wisecrop participaram ainda no pitch, mas nenhuma passou à final.

Pedro Moreira, Landing.Jobs

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“Com o evento, pudemos estar com clientes de vários países, e, claro, expormo-nos a novos investidores. Tivemos cerca de dez reuniões com investidores nacionais e internacionais, e estamos a preparar terreno para uma futura ronda de investimentos”, explica Pedro, CTO da Landing.Jobs, uma plataforma de recrutamento online.

Na quarta-feira, o segundo dia do evento, a Landing.Jobs teve um stand na FIL. Grande parte das startups que estavam na Web Summit já eram clientes da empresa porque são uma agência de recrutamento especialista em Tecnologias da Informação, mas não só. “Somos os parceiros da Web Summit para a contratação e recrutamento da equipa deles em Portugal, e todo esse processo tem sido benéfico para a equipa”, explica ao ECO.

Este é um evento que, para o CTO da Landing.Jobs, vale a pena. “A Web Summit reúne num único lugar pessoas com imensa experiência e a possibilidade de cada startup reunir com o seu mentor e ter este know how, que é valioso”, acrescenta.

Tiago Sá, Wisecrop

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Tiago Sá é CEO da Wisecrop, um sistema operativo para orientar os agricultores em todas as épocas do ano. A Web Summit permitiu-lhe estabelecer contactos com quem queria e “ver o que é que se anda a fazer” na área.

O primeiro dia na Web Summit foi dedicado ao stand da equipa. “Queríamos muito dar-nos a conhecer, e penso que todos os interessados vieram falar connosco. Estava tudo muito bem organizado e, no geral, o evento superou as nossas expectativas”, acrescentou Tiago Sá.

Para o CEO da Wisecrop, este tipo de eventos depende da fase em que os empreendedores se encontram — por ser muito focado nas áreas tech — mas, ainda assim, faz um balanço positivo da conferência. “Conseguimos ter a visibilidade que queríamos e agendámos algumas reuniões”, concluiu.

Mafalda Ricca, Gema Digital

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A Gema Digital é uma empresa tecnológica que combina criatividade, design e componentes audiovisuais para empresas e marcas. É uma empresa integrada no projeto ScaleUp Porto. No comando da empresa está Mafalda Ricca, para quem a Web Summit correspondeu totalmente às expectativas e o setor empresarial do Norte esteve “bem representado”.

“Valeu a pena ter ido, o balanço é positivo. Surgiram imensas oportunidades de negócio” explica. A aplicação da Web Summit funcionou “bastante bem” e foi possível agendar algumas reuniões com investidores durante o evento.

O stand que a equipa de Mafalda Ricca teve na cimeira foi visitado pelo primeiro-ministro, António Costa, e pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.

“Este tipo de eventos vale muito a pena e as empresas que querem ter visibilidade, sobretudo a nível internacional, têm de marcar presença. O networking é importante, mas não podemos esquecer que é um grande investimento estar na Web Summit”, acrescenta Mafalda.

Daniel Vila Boa, Chilltime

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A Chilltime é uma startup que permite criar novos jogos com milhares de outros jogadores em todo o mundo, partilhando opiniões e estratégias de jogo. Para Daniel Vila Boa, à frente da startup, o Web Summit correu bem para a generalidade das startups portuguesas.

“Existem várias componentes no evento, e nos dias em que não estivemos a expor, tivemos contacto com vários potenciais parceiros e pessoas da área do venture capital”, explica Daniel ao ECO.

Para Daniel, o Web Summit vale a pena mesmo que não tenha oportunidade de ter um stand. “Acima de tudo, o evento consegue compensar o dinheiro investido. Conseguem marcar-se reuniões em poucos dias e o facto de estarmos ali todos em startups tecnológicas permitiu a troca de muita informação, e fez surgir novas parcerias”, acrescentou Daniel.

Paulo Solinho Barbosa, Facestore

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A Facestore surgiu em 2015 como um spin-Off da Visualwork. Paulo Solinho Barbosa está à frente da empresa e esta foi a segunda vez que a startup marcou presença na Web Summit. Mas esta edição em Lisboa “superou por completo as nossas expectativas”.

“O balanço foi extremamente positivo, quer pelas reuniões que tivemos com investidores, quer com as empresas que se apresentaram para futuras parcerias connosco. No dia em que estivemos em exposição, o nosso stand esteve sempre cheio e quase ficámos sem voz”, explicou Paulo.

O balanço geral é positivo e a participação no Web Summit é “importante”, mas não para todas as startups de igual maneira. “Cada uma tem uma realidade diferente e depende dos objetivos que define para a sua participação. Já estive em reuniões com alguns fundadores onde falavam de ir ao Web Summit obter tração. Mas isso parece-me muito difícil de acontecer”, concluiu Paulo.

  • Ana Luísa Alves
  • Redatora

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