Moody’s mantém rating do Santander Totta

A Moody’s manteve inalterada a avaliação que faz dos depósitos a longo prazo do Santander Totta em Baa3/Prime-3 e da dívida sénior em Ba1, deixando estável a perspetiva (‘outlook’).

A ação da Moody’s segue-se à decisão de reduzir o perfil macro de Portugal para ‘Moderado-‘ de ‘Moderado’ e reflete as expectativas da agência de um crescimento mais baixo do que o esperado da economia portuguesa em 2016 e 2017.

Os ’ratings’ e ‘outlooks’ dos restantes bancos portugueses classificados pela Moody’s serão afetados por esta decisão, uma vez que o perfil macro constitui uma avaliação do ambiente macroeconómico em que os bancos operam e tem em conta todos os fatores que podem antever uma propensão de risco.

Assim, a redução macro do perfil de Portugal ilustra a avaliação da Moody’s de um enfraquecimento do ambiente operacional dos bancos portugueses, num país com fracas perspetivas de crescimento e condições de financiamento vulneráveis.

Na nota publicada no dia 13, a agência considera, no entanto, que a possibilidade de Portugal ter de recorrer a um novo resgate é “baixa”, numa análise à situação da economia portuguesa e das contas públicas.

Na mesma nota é referido também que as metas orçamentais deste ano não deverão ser cumpridas pelo Governo, ainda que estime que o défice das contas públicas deva “estabilizar abaixo de 3%” do Produto Interno Bruto, o que a Moody’s considera um “desempenho melhor” do que outros países da zona euro.

A Moody’s é uma das três maiores agências mundiais que avaliam o risco de crédito e atribui a Portugal o ‘rating’ de Ba1 (‘lixo’) com perspetiva estável.