Tesla responde ao “ataque” chinês com novo sistema de segurança

  • Ana Luísa Alves
  • 28 Setembro 2016

A Tesla desenvolveu um novo programa que vai solucionar as falhas de segurança encontradas pelos chineses da Tencent. E também prevenir futuros "ataques" aos seus automóveis.

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Casa arrombada, trancas à porta. Se o ditado se puder aplicar aos carros da Tesla será algo como “carro hackeado, sistema de segurança melhorado”. Esta é a resposta da empresa de Elon Musk ao recente ataque feito por uma empresa chinesa.

Para piratear um sistema tão complexo como o de um carro é preciso que existam algumas falhas de segurança. Quando investigadores da Tencent descobriram que poderiam entrar no sistema de condução dos carros Tesla e ativar remotamente os travões do veículo em movimento, era evidente a vulnerabilidade do sistema que o condutor usa para controlar o carro.

Os hackers criaram o seu próprio hotspot de Wi-fi com o nome “Tesla Guest”, uma rede comum de internet na empresa. E impediram o acesso com a senha que é habitualmente partilhada pelos colaboradores da Tesla. Depois conseguiram aproveitar-se de uma vulnerabilidade do sistema operativo que a Tesla usa, o Linux, para ter o uso total do computador de bordo do automóvel.

Isto não lhes permitia ainda ter acesso a funções de condução como o volante e os travões, que não são controlados pelo computador de bordo. Apesar disto, conseguiram, sem grande dificuldade, ultrapassar a proteção que separava este primeiro de um outro computador do veículo e ter acesso às principais funções da condução, como a direção e os travões.

Perante este “ataque”, a Tesla poderia ter respondido apenas com a resolução dos bugs que permitiram que os investigadores da empresa chinesa entrassem no sistema que controla os seus carros, mas foi mais longe: implementou uma medida de segurança que torna quase impossível entrar no sistema, prevenindo futuro hacks.

A medida adotada tem por base um sistema de assinatura que impede que sejam feitas alterações por terceiros aos códigos definidos pela empresa, o que equivale a um controlo mais apertado sobre quem pode ou não reprogramar componentes mais sensíveis do sistema. A nova proteção entrou em uso ainda este mês nos carros Tesla S e Tesla X SUVs da empresa.

Editado por Paulo Moutinho

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