CEO português da PSA quer duplicar vendas da Peugeot no Irão
Carlos Tavares falava no Salão do Automóvel em Paris, onde ainda confirmou que a PSA está interessada na malaia Proton, dona da Lotus.
O CEO da PSA Peugeot Citroën, o português Carlos Tavares, anunciou esta quinta-feira que espera vender mais de 150 mil automóveis da Peugeot no Irão no segundo semestre de 2016, e antecipa ainda uma duplicação das vendas nesse país durante o ano de 2017.
O dirigente da empresa, que falava no Salão do Automóvel de Paris, vai deslocar-se na próxima semana ao Irão, onde a Peugeot foi, antes das sanções ao país, a fabricante de automóveis europeia mais popular. Carlos Tavares disse também aos jornalistas que o ministro iraniano da Indústria, Mohammad Reza Nematzadeh, vai visitar o centro de investigação da PSA perto de Paris esta quinta-feira. “É o pontapé de saída para a implementação dos acordos que assinámos”, afirmou Tavares, citado pela agência Reuters.
A Peugeot suspendeu as vendas no Irão em 2012, devido às sanções à importação de automóveis que fizeram parte de um boicote internacional ao Irão. Em janeiro, muitas dessas sanções foram levantadas graças ao acordo entre o Irão e as grandes potências mundiais para a limitação do seu programa nuclear, e a Peugeot tenta desde então recuperar a sua posição de domínio no país.
Durante os anos em que a Peugeot esteve fora, as fabricantes chinesas fizeram grandes conquistas no mercado iraniano, pelo que a Peugeot vai ter de lutar para conseguir recuperar a parcela de 30% do mercado de automóveis iraniano que deteve antes de sair do país.
PSA vai trazer eficiência industrial à Proton
Carlos Tavares falou ainda aos jornalistas sobre a intenção da PSA fazer uma oferta pela Proton, a fabricante de automóveis malaia que é a atual dona da Lotus. Na quarta-feira uma porta-voz do Grupo PSA já tinha confirmado que o grupo estava a participar nas licitações para a compra da empresa malaia, e Carlos Tavares acrescentou hoje que o grupo PSA tratará eficiência industrial e desenvolvimento internacional à Proton se a sua oferta for aceite.
Há mais empresas interessadas em comprar a Proton, que foi privatizada há três anos e tem procura agora vender até 51% das suas ações. Além da PSA, a Renault, a Skoda e a Suzuki estão entre as empresas selecionadas numa lista preliminar ara o negócio.
Editado por Mónica Silvares.
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