Passos: Modelo económico do Governo está “a revelar o seu falhanço”
Passos Coelho diz que o país está a "desperdiçar" tempo com o modelo económico do executivo socialista, mas afasta cenário de novo resgate.
Pedro Passos Coelho, o líder do PSD, teceu duras críticas ao modelo do atual Governo liderando por António Costa, apontando indicadores como os do crescimento, investimento ou exportações. Diz que o modelo económico é um falhanço.
“Para mim é muito claro que o tempo que estamos a viver é um tempo que está a ser desperdiçado”, disse, considerando que o modelo económico do executivo socialista “está a revelar o seu falhanço”, disse o líder do PSD em entrevista à SIC.
Dizendo não querer “sequer acreditar” que a questão de um novo resgate se venha a colocar, Passos Coelho considerou que só a possibilidade de esse tema ser falado externamente “é um susto” e não deveria ser ignorada pelas autoridades portuguesas.
"Para mim é muito claro que o tempo que estamos a viver é um tempo que está a ser desperdiçado.”
Sem nunca dizer se acredita ou não no cumprimento das metas do défice, Passos Coelho apontou um desvio de 1.300 milhões de euros na receita até agosto, “quase 0,7% do PIB” em relação ao previsto.
“O Governo está a empurrar com a barriga a atividade normal do Estado, o Estado pode decidir não gastar mas não pode decidir não gastar eternamente”, alertou.
Subir impostos é “mau caminho”
Questionado sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano, que deverá ser entregue no parlamento a 14 de outubro, o líder do PSD voltou a dizer que a responsabilidade desse documento é do Governo e considerou que, se a opção for a de elevar a carga fiscal indireta, será “um mau caminho”, salientando que este foi o caminho do anterior executivo socialista, liderado por José Sócrates.
“Nessa altura estava o Governo exatamente como está hoje, a aumentar impostos aflito para cumprir as metas do défice”, disse.
Questionado sobre o que distingue a opção do atual Governo do executivo PSD/CDS, que também aumentou impostos, Passos Coelho apontou a situação de “emergência nacional”.
“A grande diferença é que nós na altura não tínhamos um tostão, agora parece que temos, só ouço falar em aumentos, restituições, parece que nos saiu o totoloto ou herdámos de um familiar abastado”, criticou.
Apoio de Marcelo é “normal”
Apesar das muitas críticas ao Governo apoiado no parlamento por BE, PCP e PEV, o líder do PSD considerou normal o apoio que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tem dado ao executivo de António Costa.
“O Presidente da República creio que tem atuado bem, tem procurado criar um clima de cooperação e apoio ao Governo (…) Nesta altura é muito importante que o Presidente possa dar sinais claros de apoio ao Governo”, defendeu.
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