A startup portuguesa que invadiu os aeroportos internacionais
A Vision-box é a responsável pelos pórticos com tecnologia de reconhecimento facial nos aeroportos. Faro foi o ponto de partida para a internacionalização e tudo começou por causa de um jogo de golfe.
Há uma startup portuguesa que está a revolucionar os processos de uma viagem. A Vision-box, fundada por Miguel Leitmann e Bento Correia, criou os primeiros passaportes com chip biométrico eletrónico em Portugal, levando à criação de pórticos com tecnologia de reconhecimento facial, os e-gates, que têm como objetivo facilitar o tráfico nas áreas fronteiriças.
Um dos sistemas-piloto encontrava-se no Aeroporto de Faro. Um político britânico tinha ido ao Algarve para jogar golfe quando se deparou com o e-gate. “Não vou sair do país até falar com a empresa que produziu esta tecnologia“. Foi nessa altura que as portas se abriram também para a Vision-box, que expandiu o projeto para os mercados europeu e internacional. O primeiro aeroporto a ter esta tecnologia fora do território nacional foi o de Manchester. Depois, mais de 60 sistemas foram instalados e a startup tem ainda um acordo com o Reino Unido para a instalação do software em todos os tipos de postos fronteiriços.
Se já viajou para Londres, por exemplo, é provável que já tenha utilizado este sistema inovador, presente em vários aeroportos, nomeadamente no de Heathrow. Também nos Estados Unidos a tecnologia já é utilizada, nomeadamente no Aeroporto JFK, em Nova Iorque, ainda que não exatamente da mesma forma, de acordo com a Bloomberg.
Até agora, a Vision-box tem-se focado mais nos pórticos fronteiriços mas pretende alargar a área de atuação e trabalhar diretamente com governos e autoridades policiais para que os viajantes deixem de ter de mostrar os documentos em todas as fases da viagem: check-in, segurança, embarque, entre outras. Além disso, a startup ambiciona ser independente dentro de dois ou três anos. Atualmente, tem tido o apoio da Keensight, que têm investido na Vision-box, financiando tecnologia para a empresa ou até para a aquisição de outras empresas.
Texto editado por Mariana de Araújo Barbosa.
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