Custos de reestruturação penalizam Impresa com prejuízos
O grupo de media, dono da Sic e do Expresso, registou prejuízos de 585 mil euros nos primeiros nove meses do ano. Queda de receitas e custos com reestruturação explicam resultado.
A Impresa fechou os primeiros nove meses do ano com um prejuízo de 585 mil euros penalizada pelos custos de restruturação de um milhão de euros, anunciou hoje a empresa em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Este valor compara com o lucro de um milhão alcançado em igual período do ano anterior.
As receitas do grupo de media, dono da SIC e do Expresso caíram até setembro 8,9% para 149,8 milhões de euros. Em comunicado, o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão imputa a quebra das receitas “ao recuo das receitas de publicidade, distribuição e multimédia”. A área de publishing caiu 12,5% para 35 milhões de euros e o segmento de televisão caíu 7,7% para os 113,6 milhões de euros.
Já os custos operacionais sofreram uma descida de 6,2% no acumulado a setembro de 2016 afetados pelos custos de reestruturação de um milhão de euros. A Impresa refere que “a redução foi causada pelas quedas registadas nas rubricas referentes a pessoal, grelha, distribuição de canais, produção de publicações e pelos custos relacionados com a atividade de multimédia”.
O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) atingiu os 8,7 milhões de euros, uma descida de 38,6%, tendo o EBITDA ajustado dos custos de reestruturação alcançado os 9,7 milhões de euros uma redução de 32% face a igual período do ano anterior.
Em termos de dívida o grupo de Balsemão registava uma dívida líquida de 200,5 milhões de euros, tendo crescido 2,5% ou 4,9 milhões de euros face aos primeiros nove meses de 2015.
No segmento televisivo destaque para a SIC, cujas receitas caíram 7,7% para os 113,6 milhões de euros, com as receitas de publicidade a caírem no acumulado dos primeiros nove meses do ano 0,3% para os 66,8%. A Impresa adianta no comunicado que “o Euro 2016, que não foi transmitido pela estação e a quebra de audiências nos meses de verão, contribuíram para esta quebra de receitas”.
No segmento do publishing, braço do grupo que alberga o Expresso, Blitz e Visão, as receitas caíram 12,5% para 35,3 milhões de euro nos primeiros nove meses do ano. A que não é alheia a quebra das receitas em publicidade na ordem dos 16,2% para os 15,2 milhões de euros e na circulação uma quebra de 7,6% para os 17,3 milhões de euros.
A Impresa, apesar dos resultados alcançados nos primeiros nove meses do ano, adianta que “as expectativas para o quarto trimestre permitem antever para o grupo Impresa obter resultados líquidos em 2016, em linha com o valor do ano transato”.
O grupo de Balsemão adianta ainda que está a elaborar um plano estratégico para o triénio 2017-2019.
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