Como o Goldman Sachs está a despedir centenas de trabalhadores
O gigante da banca norte-americana prepara-se para fazer mais despedimentos. No total, já são mais de 400 postos de trabalho extintos desde o início do ano.
OGoldman Sachs tem despedido centenas de trabalhadores nos últimos meses mas o processo não tem sido feito de uma só vez como tem acontecido com a grande maioria dos grandes bancos internacionais. Estão a ser feitos despedimentos “um a um”.
Os primeiros despedimentos aconteceram no inicio do ano, em fevereiro, quando foram demitidas 43 pessoas. Seis semanas depois, mais 109 trabalhadores eram dispensados. Em abril foram 146, em junho mais 98 e na semana passada mais 20 pessoas ficaram a saber que iam ficar sem emprego. Com este último anúncio, já são mais de 400 postos de trabalho extintos este ano sem que nenhum seja restituído.
A verdade é que a financeira norte-americana não está a fazer nada de diferente das outras instituições bancárias, que também têm despedido um grande número de trabalhadores. A questão é o como o está fazer. Apesar de os despedimentos estarem a ser feitos “um a um”, esta é já a maior vaga de despedimentos desde 2008, quando o Goldman Sachs despediu cerca de 900 pessoas em duas vezes e, na altura, o porta-voz da instituição recusou-se a comentar o que se estava a passar.
O banco não dá explicações ou esclarecimentos, alegando que o negócio tem de continuar. Em novembro do ano passado, o diretor financeiro Harvey Schwartz afirmou numa conferência: “temos de manter o negócio a correr e, se o ambiente é negativo, temos de tomar determinadas decisões. Por isso, provavelmente não nos vão ouvir a fazer muitos anúncios”.
No último aviso de despedimentos, os 20 trabalhadores — que não são representados por nenhum sindicato — foram notificados no mês anterior ou mesmo este mês, de acordo com uma fonte da Bloomberg que pediu para não ser identificada. No total, a empresa cortou 5,4% dos postos de trabalho para os 34,9 mil colaboradores.
“Tudo o que a Goldman Sachs faz é escrutinado”, afirma Jeanne Branthover, analista da DHR International. “Isto pode ser um sinal de que as coisas estão a mudar internamente ou de que algumas áreas do negócio não estão a ter um desempenho satisfatório”, explica.
OGoldman Sachs tinha reservado 9,2 mil milhões de dólares (cerca de 8,5 mil milhões de euros) para indemnizações até setembro, menos 13% do que o valor em reserva nos primeiros nove meses do ano passado.
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