Banca espanhola custa 700 mil a Domingues
Não quer revelar o património, mas começam a circular documentos com dados financeiros de António Domingues. Um desses revela perdas de 700 mil euros com derivados. Mas terá sido perdoado.
António Domingues quer evitar revelar o património que tem. Mas começam a ser conhecidos alguns pormenores da sua vida financeira, sendo um deles uma perda avultada do agora presidente da CGD com derivados. O próprio admite ao Expresso que perdeu 700 mil euros com essas operações realizadas em 2010.
O mau negócio noticiado pelo Expresso (acesso pago) foi revelado por uma carta anónima entregue na Comissão Parlamentar de Inquérito à CGD. Essa carta foi distribuída pelos partidos, que pormenoriza investimentos e os extratos das contas pessoais do novo presidente da CGD, denuncia, no entanto, que António Domingues foi “perdoado” dessa perda sofrida em 2010. Ao Expresso, Domingues “nega categoricamente” o perdão.
Na base desta perda está, segundo Domingues, uma conta de futuros financeiros que funcionava como colateral de CDS (“Credit Default Sawps”, um instrumento financeiro de seguros de risco, que tem grande volatilidade), conta essa que estava no então Banco Espírito Santo, explica ao Expresso. O investimento estava indexado a obrigações emitidas por três bancos espanhóis.
Em 2010, quando a Grécia entrou em graves problemas financeiros, que levaram à intervenção externa em maio, os títulos desvalorizaram-se aceleradamente, pelo que Domingues fez, segundo o próprio, um stop loss: uma venda para estancar as perdas que, ainda assim, ascenderam a 700 mil euros.
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