Centeno: “Há estabilidade no sistema financeiro”
O ministro das Finanças reforçou que "há estabilidade do sistema financeiro" e desvalorizou os "pormenores" em torno da Caixa Geral de Depósitos.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, reforçou hoje que “há estabilidade no sistema financeiro” e desvalorizou aquilo que considera serem “pormenores” em torno da Caixa Geral de Depósitos, reiterando que o importante é a recapitalização do banco.
“Temos estabilidade do sistema financeiro”, disse Mário Centeno, no dia em que fez um balanço “positivo” do primeiro ano em funções do executivo de António Costa e durante uma visita ao serviço de sistemas de informação da Autoridade Tributária “pelo simbolismo e importância” para a ação governativa.
Tal como na semana passada, Mário Centeno nada disse hoje sobre a eventual existência de um acordo escrito entre o Governo e a administração da Caixa Geral de Depósitos, liderada por António Domingues, para a não apresentação das declarações de rendimentos pelos gestores e frisou: “Se isso fosse relevante no dia de balanço [do primeiro ano deste Governo], o país estava de facto com um grave problema, felizmente não está, porque foi um sucesso enorme para o país encontrar uma solução para estabilizar o sistema financeiro”.
"Se isso fosse relevante no dia de balanço [do primeiro ano deste Governo], o país estava de facto com um grave problema, felizmente não está, porque foi um sucesso enorme para o país encontrar uma solução para estabilizar o sistema financeiro”
E à semelhança do que disse o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sexta-feira, também Centeno sublinhou que o importante é a recapitalização da Caixa, considerando que “tudo o resto são pormenores, que vão ser obviamente avançados”.
Sobre o balanço da atividade do Governo, Centeno sinalizou “uma bateria de indicadores positivos que devem encher de orgulho o país”, lembrando que Portugal foi o país que no terceiro trimestre mais cresceu, que o emprego está a crescer e o desemprego em forte queda, o reforço do equilíbrio externo e das contas públicas.
Questionado sobre se se sente um ministro fragilizado e se a sua equipa tem sido a que mais dores de cabeça dá ao primeiro-ministro, Mário Centeno respondeu: “Quando olhamos para os resultados orçamentais, de crescimento económico, para a melhoria de todos os indicadores económicos e financeiros do país, não estou muito bem a ver quais são as dores de cabeça de que fala”.
Antes também já tinha dito: “As características que me são atribuídas são as de um qualquer governante, tenho um programa de Governo para implementar que é muito exigente, mas que tem dados frutos e é desses resultados que somos avaliados”.
Já sobre a notícia avançada hoje pelo jornal Expresso sobre uma “reunião secreta para avançar com banco ‘mau'”, Mário Centeno nada disse.
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