Costa diz que “todos são poucos” para a reforma da proteção civil

  • Lusa
  • 29 Outubro 2017

O primeiro-ministro pede o envolvimento de todos os agentes de proteção civil na reforma do setor.

O primeiro-ministro, António Costa, apelou, no congresso dos bombeiros portugueses, ao envolvimento de todos os agentes de proteção civil na reforma do setor, frisando que “todos são poucos” para “a indispensável mudança”.

“Qual é a dúvida que alguém pode ter de que todos somos poucos para fazer o que é necessário”, questionou o chefe do Governo, quando discursava, em Fafe, no encerramento do 43º. Congresso Nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses.

António Costa insistiu que “o país não tem gente a mais, todos são necessários e há uns que são indispensáveis, que são os bombeiros, em todas estas ações: prevenção, combate, profissionalização, capacitação e especialização“.

Antes do primeiro-ministro tinha discursado o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, que foi reeleito no sábado, com 77,5% dos votos, para mais um mandato.

O dirigente criticou as conclusões do estudo da Comissão Técnica Independente nomeada pela Assembleia da República, nomeadamente o facto de os bombeiros não terem sido ouvidos nesse processo.

Respondendo àquela posição, o primeiro-ministro sublinhou haver “sempre as posições mais díspares”, mas assinalou que ao Governo “compete, com sentido de unidade nacional, procurar converter o pensamento académico em medidas de política e em resultados”.

“De uma vez por todas, temos de perceber que a reforma no sistema da prevenção e combate tem de ser onde haja a capacidade de unir e não de dividir”, insistiu o chefe do executivo.

No discurso de Jaime Morta Soares ficou a ameaça de que os bombeiros voluntários até poderão sair à rua em manifestação se não forem correspondidas algumas das exigências que a liga já apresentou à tutela.

“Porque é que os bombeiros, que são aqueles que dão a vida no teatro de operações, têm de ser comandados por alguém que não tem conhecimento para os poder comandar? Basta. Chega. Não queremos estar debaixo da autoridade da Autoridade Nacional da Proteção Civil”, exclamou.

Mais à frente no seu discurso, votando-se para o chefe do Governo, avisou: “Nunca nos queira ver nas ruas por outras razões, mas não temos medo de o fazer, se não nos respeitarem”. Jaime Marta Soares foi aplaudido de pé pelos congressistas.

António Costa não se referiu em concreto a essa questão, preferindo assinalar que a reforma da proteção civil deverá contemplar o reforço do papel dos bombeiros voluntários também ao nível da prevenção, formação e profissionalização.

“Temos de saber trabalhar melhor todos juntos e os bombeiros são indispensáveis para conduzirmos esta reforma”, afirmou o primeiro-ministro, acrescentando: “Queremos valorizar esse contributo ímpar que o voluntariado oferece, reforçando as equipas de intervenção permanente para responder a um território com um povoamento disperso, cada vez mais envelhecido”.

O chefe do Governo assinalou, por outro lado, que todos os agentes da proteção civil, incluindo os bombeiros, têm de “fazer um esforço de capacitação”.

“Isso não é a forma de desvalorizar os bombeiros, é a forma de valorizar o seu próprio contributo”, anotou, prometendo que a liga será um “parceiro fundamental” para, “em diálogo”, se fazer a reforma da proteção civil.

“O país não quer, não pode e não deve desperdiçar esta riqueza única que são os bombeiros voluntários portugueses”, concluiu António Costa, aplaudido pelos congressistas.

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Seis startups portuguesas tiram curso para entrar na bolsa

Arrancou o TechShare, o programa que ajuda empresas a entrarem para a bolsa. Uma iniciativa da Euronext que tem vindo a receber cada vez mais candidaturas, ano após ano.

Arrancou esta sexta-feira a 3ª edição do TechShare, uma iniciativa da Euronext que pretende ajudar empresas e startups a entrarem para a bolsa, através de formações dadas por várias entidades na área. No programa estão inscritas seis empresas portuguesas e o número de candidaturas tem vindo a aumentar, ano após ano.

A 3ª edição do TechShare recebeu, este ano, cerca de doze candidaturas, das quais seis foram selecionadas. As empresas não precisaram de muito para se inscrever no programa, apenas “alguma história para contar e interesse em aprender, e atuem na área tecnológica“, diz Pedro Wilton, senior acount manager da Euronext Lisboa. Passado o processo de candidatura, as empresas são selecionadas com base em critérios de diversificação dentro dos diferentes subsetores.

O programa pretende ajudar as empresas e startups tecnológicas a entrarem para o mercado de capitais, devido ao interesse que o setor tem para a Euronext. Pedro Wilton explica que “estar cotado é liberdade, é desenvolver as próprias estratégias e negócios, tendo acesso ao financiamento“. Filipa Franco, diretora de mercados da Euronext, refere que o mercado de capitais tem “muitos instrumentos disponíveis para financiar essas empresas”.

Serão dez meses de formações, com sessões académicas, seminários técnicos e sessões de formação individuais e em grupo, realizadas em parceria com algumas entidades especializadas na área: BPI, JLM&A, KPMG e MLGTS, que permitirão às empresas, no fim do programa, estarem preparadas para avançarem com a entrada em bolsa. O objetivo desta iniciativa é familiarizar os empresários com o mercado de capitais e aconselhá-los sobre o melhor caminho a seguir para a sua admissão à cotação em bolsa.

Mercado de capitais é sinónimo de visibilidade

É a primeira vez que o BPI faz parte desta iniciativa e João Sousa Leal diz ver com bons olhos o TechShare. “O mercado de capitais está muito estigmatizado e, por isso, exige preparação“, diz. Por sua vez, Eduardo Paulino, sócio da sublinha MLGTS a importância que a iniciativa tem para estas empresas, explicando que “no universo das startups, a mentalidade de abordagem é bastante diferente do que é o mercado de capitais”. Para João Sousa Leal, da KPMG, entrar para a bolsa permite o “acesso facilitado a fundos, pois mesmo que se disperse a maioria do capital, o controlo permanece nos investidores”.

Durante toda a reunião de apresentação das empresas selecionadas, que decorreu esta manhã de sexta-feira, o mercado de capitais foi o tema central, havendo sempre concordância quanto à sua importância para as empresas. Para João Sousa Leal, “a via do crescimento [das empresas] é olhar para o mercado de capitais“, depositando nas empresas e nos empresários portugueses a esperança de que estes percebam “que esta via é essencial”. Também Pedro Wilton acrescentava que “as empresas precisam de mais visibilidade” e que “a bolsa é uma ferramenta muito poderosa para acrescentar visibilidade à empresa”.

De meia dúzia, conheça as seis startups selecionadas

Foram 20 as empresas que demonstraram interesse no programa e dez a 12 aquelas que se candidataram após uma sessão de esclarecimento. No entanto, as selecionadas foram seis: Coimbra Genomics, ComparaJá.pt, MINDERA, Omniflow, PETsysElectronics e, por fim, mais uma que preferiu manter o anonimato. As áreas de atuação variam.

A Genomics, representada por Bruno Soares, pretende utilizar informação do genoma humano para tomar decisões sobre a nossa saúde, em consultas bastante rápidas. Sérgio Pereira, da ComparaJá.pt, explica que a empresa compara produtos financeiros portugueses, de modo a facilitar ao cliente essa escolha. A MINERA funciona com softwares nas áreas da engenharia. A Omniflow atua na área da energia e a perspetiva é crescer a partir de Portugal. Por fim, a PETsysElectronics trabalha na deteção do cancro e já faturou um milhão de euros nos últimos três anos.

TechShare já levou duas startups para a bolsa

O programa TechShare é alargado a mais países para além de Portugal, nomeadamente Bélgica, França e Holanda. No entanto, prevê-se a inserção na Alemanha, Espanha, Itália e Suíça. Este curso pan-europeu foi criado pela EnterNext e é destinado especialmente para empresas em crescimento rápido.

Surge na sequência de três programas lançados pela Euronext de modo a impulsionar as empresas do setor tecnológico. Uma parceria com a Morningstar, que analisa e produz relatórios sobre as empresas deste setor nos mercados Euronext; o Tech40, um índice criado que contém 40 empresas tecnológicas de referência, entre elas três portuguesas – Novabase, Media Capital e Impresa; The Tech Corner, uma área dedicada ao setor no site da Euronext.

O TechShare deste ano recebeu 68 candidaturas no total destes quatro países, mais 21 do que no ano passado. Esta edição contou com 16 empresas belgas, 32 francesas, 14 holandesas e seis portuguesas, a atuarem em várias áreas como as tecnologias digitais, as ciências sociais e as indústrias sustentáveis. De um modo geral, este universo de candidaturas representa cerca de 500 milhões de euros e mais de 6.500 postos de trabalho. Desde a primeira edição, houve duas empresas que completaram a Oferta Pública Inicial nos mercados Euronext: a Osmozis e a Balyo.

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TAP passa a voar para três aeroportos em Londres

  • Lusa
  • 29 Outubro 2017

Operação da TAP entre Lisboa e o aeroporto de London City começa este domingo, com dois voos diários durante a semana e um voo por dia aos fins de semana.

A TAP arrancou hoje com as ligações entre Lisboa e o aeroporto de London City, com dois voos diários durante a semana e um voo por dia aos fins de semana, passando a servir três aeroportos em Londres.

“Tem início hoje a operação da TAP entre Lisboa e o aeroporto de London City, com dois voos diários de segunda a sexta-feira e um voo diário aos fins de semana. A companhia passa, assim, a servir três aeroportos em Londres, e torna-se a única operadora entre Lisboa e Londres a operar para este aeroporto, localizado no centro financeiro da cidade”, refere a companhia aérea portuguesa, em comunicado.

As ligações diretas entre Lisboa e Londres – London City serão feitas no avião Embraer 190, com capacidade para 106 passageiros, com partidas de Lisboa às 07:00 e às 16:40, e regresso de Londres às 10:10 e às 19:50, de segunda a sexta-feira.

Aos fins de semana, a frequência é diária: aos sábados, com partida de Lisboa às 07:00 e de Londres às 10:10, e ao domingo, com partida de Lisboa às 16:40 e de Londres às 19:50.

O aeroporto de London City junta-se ao de Heathrow e ao de Gatwick, para onde a transportadora aérea nacional já voava.

“A TAP reforça desta forma a sua posição competitiva no mercado do Reino Unido, ao operar para aqueles que são considerados os três aeroportos preferenciais de Londres, oferecendo também aos seus passageiros mais escolha de horários e ligações mais convenientes, e aumentando a operação, em termos de frequências, em 24 pontos percentuais”, sublinha a nota.

Entre janeiro e setembro deste ano, segundo a transportadora aérea nacional, verificou-se um aumento de oferta de lugares de 12% e um aumento do número de passageiros transportados entre Lisboa e Londres de 28%.

Este ritmo de crescimento deverá manter-se até ao final do ano, prevendo a TAP que o total de passageiros ultrapasse os 700.000.

A transportadora aérea portuguesa diz que este reforço representa “uma forte aposta” num mercado estratégico como o do Reino Unido, para as empresas e para o turismo.

“Aproveitando as enormes vantagens oferecidas pelo ‘hub’ [plataforma giratória de voos] de Lisboa, que permite ligações a perto de 70 destinos na Europa e nas Américas, os passageiros TAP provenientes de Londres privilegiam atualmente as ligações aos destinos brasileiros de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Brasília. Accra, no Gana, e os destinos domésticos Funchal, Faro e Ponta Delgada, estão também no topo das preferências destes Passageiros”, explica a companhia.

Nestes casos, em que o destino final não é Lisboa ou o Porto, “os passageiros podem ainda usufruir do programa ‘Portugal Stopover’, na ida ou no regresso, e fazer uma paragem em Portugal – que pode agora ser até cinco noites –, sem qualquer custo adicional na tarifa”.

Desde o seu início, no verão de 2016, e até ao final de julho deste ano, “quase 70.000 passageiros tinham já aproveitado esta possibilidade oferecida pela TAP”, a qual espera agora que esta nova rota venha reforçar estes números.

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Seguradoras querem fundo contra catástrofes e novo produto de poupança

  • ECO
  • 29 Outubro 2017

O novo fundo deveria responder a danos extremos, como cheias ou incêndios. Além disso, a Associação Portuguesa de Seguradores também defende um novo produto de poupança com benefício fiscal.

O presidente da Associação Portuguesa de Seguradores entende que se deve criar um fundo contra grandes catástrofes, para responder a danos extremos como cheias ou incêndios.

José Galamba de Oliveira defende, em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena1, que este fundo podia ser criado com contribuições do setor e dá o Exemplo de Espanha. “São fundos que normalmente têm contribuições do próprio setor segurador através por exemplo dos seguros de incêndios, que podem fazer uma contribuição para esses fundos”, diz.

O líder da APS também diz que é preciso incentivar a poupança a longo prazo e por isso defende a criação de um novo produto que se aproxime dos PPR. José Galamba de Oliveira refere então que “faz sentido equacionar um novo PPR”, internamente denominado PIR, ou seja, um Plano Individual de Reforma.

“Mas é um novo PPR, mais uma vez virado para a reforma, as pessoas põem ali o dinheiro e ele fica lá até à sua idade de reforma”, avança. Este PIR deve ser um produto de longo prazo, mas com benefício fiscal anual. A ideia já foi apresentada ao Governo, nota o responsável.

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Web summit: bilhetes de 7,5 euros vendidos por mil na Internet

  • ECO
  • 29 Outubro 2017

Quem anuncia diz que não haverá problemas, mas a organização do evento avisa que "um bilhete revendido será considerado nulo".

Há bilhetes para o Web Summit comprados a 7,5 euros que agora estão a ser vendidos por dez, cem e até mil euros na Internet. De acordo com o Diário de Notícias, multiplicam-se por estes dias as ofertas nas páginas de compra e venda de bilhetes das redes sociais.

Num dos casos, o preço é de 997 euros, e o anunciante explica que está a vender o cupão para a Web Summit porque precisa “de dinheiro”. Também há quem diga que não poderá estar presente e até quem troque uma entrada por três bilhetes para o concerto da Shakira. Em muitas situações, o preço só é divulgado por mensagem privada.

Isto acontece pouco depois de terem esgotado os dez mil bilhetes de meio-dia que a organização da Web Summit disponibilizou a 7,5 euros, para jovens entre 16 e 23 anos. Antes, em novembro do ano passado, esgotaram os primeiros bilhetes, que custavam 300 euros. Desde então foi sempre a subir, escreve o DN. Comprar hoje uma entrada com tudo incluído custa 1.500 euros e terá de ser feito no site da Web Summit. A organização garante que quem comprar bilhetes por outras vias não vai conseguir entrar.

“Independentemente de terem surgido mudanças nos planos de viagem ou de trabalho, será impossível revender um bilhete ou atribuí-lo a outra pessoa. Um bilhete revendido será considerado nulo“, afirmou fonte da Web Summit ao DN/Dinheiro Vivo. Portanto, os bilhetes são pessoais e intransmissíveis e quem não mostrar a identificação associada à compra vai ficar à porta.

Também o Ministério da Economia explica que “a triagem é feita no ato da inscrição, com o preenchimento de um formulário, e à entrada da Web Summit, pelo que caso os dados da pessoa à entrada não sejam os mesmos aquando da inscrição, essa pessoa não terá acesso ao evento.”

Por outro lado, quem anuncia online tem outra versão, falando em bilhetes sem nome. As plataformas de classificados online estão atenta ao assunto e o OLX garante mesmo que tem vindo a apagar este tipo de anúncios.

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Santana Lopes: “Não sou candidato por obsessão pelo défice zero”

  • ECO
  • 29 Outubro 2017

Santana Lopes assume-se como um "candidato pela positiva", admite que o caminho para a liderança é "duro" e elogia Passos Coelho.

Pedro Santana Lopes não gostou do tom da entrevista do adversário Rui Rio ao Expresso. O candidato à liderança do partido apontou o dedo ao “tom” e ao “conteúdo”. E também já quis deixar claro que não é candidato “por obsessão pelo défice zero”.

“Há entrevistas que podiam ser dadas todos os dias, para mim era muito bom; nesse tom, nesse conteúdo, o que me tem chegado hoje de reações é impressionante”, afirmou Santana Lopes em declarações transmitidas pela Sic Notícias. “Eu poderia dizer que se eu gostasse de ver esse tom eu pediria para ela ser dada todos os dias, mas acho que não deve ser feito”, acrescentou.

Santana Lopes esteve no sábado com militantes do PSD, em Valongo. Na sua intervenção, o candidato não quis comentar a entrevista de Rio, mas acabou por desforrar-se das críticas feitas, avança o Público [acesso condicionado].

Assumiu-se como um “candidato pela positiva”, admitiu que o caminho para a liderança é “duro”, elogiou Passos Coelho e esclareceu: “Não sou candidato por obsessão pelo défice zero”. Ainda que defenda a consolidação orçamental, Satana Lopes salientou que é preciso olhar para a questão social, adianta o diário. Também rejeitou a ideia de que esteja sempre disponível e enumerou os cargos que recusou.

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Web Summit: AICEP, Turismo de Portugal e Beta-i juntam empresas para trocar experiências

  • Lusa
  • 29 Outubro 2017

O denominado "Road 2 Web Summit: Corporate Edition" é um seminário que visa ajudar as empresas no mundo da inovação e prepará-las para a Web Summit.

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o Turismo de Portugal e a Beta-i juntam na segunda-feira empresas e ‘startups’ para trocar experiências no âmbito da Web Summit.

Denominado de Road 2 Web Summit: Corporate Edition, este seminário visa ajudar as empresas no mundo da inovação e prepará-las para a Web Summit, considerada a maior cimeira de tecnologias do mundo, que decorre em Lisboa entre 06 e 09 de novembro.

De acordo com a AICEP, este encontro vai abordar a forma como se deve apostar na inovação, como colaborar com as ‘startups’, quais as melhores metodologias e práticas no mundo, entre outros pontos.

Para responder a estas e outras questões estarão presentes oradores convidados como Jessica Stacey, ‘senior partner’ da Bethnal Green Ventures (acelerador para pessoas que pretendem usar a tecnologia para mudar o mundo para melhor), que irá falar sobre as metodologias de inovação e aceleração de ‘startups’, ou Patrick Griffith, responsável pela área de ‘startups’ da Web Summit.

Haverá ainda lugar para uma sessão onde “serão partilhadas as melhores práticas de ‘pitching’ para empresas”, refere a AICEP.

“Esta iniciativa conjunta vai contribuir para capacitar as empresas, aproximando-as do mundo da inovação aberta através das ‘startups’ e aproveitando um evento de referência como a Web Summit”, refere o presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, citado em comunicado.

“Será com certeza uma excelente oportunidade de troca de experiências que as empresas devem aproveitar para dinamizar os seus negócios”, acrescenta.

Por sua vez, o presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, aponta que “o apoio à inovação e ao empreendedorismo são fundamentais para a sustentabilidade do setor e para posicionar Portugal, não só como destino de visitas, mas também para investir, viver, estudar, investigar e criar empresas, uma das metas da Estratégia Turismo 2027”.

Já o cofundador e presidente executivo da Beta-i, Pedro Rocha Vieira, refere que “um evento da dimensão da Web Summit é interessante, acima de tudo pelas possibilidades de acesso a redes de investidores e influenciadores internacionais que permite (…) que Lisboa e Portugal ganhem reputação internacional”.

O responsável sublinha que o objetivo desta edição é “precisamente capacitar as empresas e profissionais que vão marcar presença no evento, para que não percam esta oportunidade, e que dela retirem o máximo valor possível”.

As inscrições para participar no Road 2 Web Summit encerraram na sexta-feira.

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Web Summit: Serviço cria guias digitais para ajudar hóspedes em alojamento local

  • Lusa
  • 29 Outubro 2017

Startup do Porto está a desenvolver um serviço online que permite criar guias sobre equipamentos e regras de utilização de casas de arrendamento local, através de ‘QR codes’,

Uma ‘startup’ do Porto está a desenvolver um serviço ‘online’ que permite criar guias sobre equipamentos e regras de utilização de casas de arrendamento local, através de ‘QR codes’, com o intuito de facilitar a estada dos hóspedes.

O Houzguide é um serviço para proprietários de casas e empresas de arredamento local que utilizam o Airbnb — plataforma ‘online’ para anunciar e reservar acomodações, que lhes permite criar guias para as casas com base em ‘QR codes’ (símbolo que armazena dados interpretados pelos equipamentos de leitura), disse à Lusa Paulo Bastos, um dos fundadores da ‘startup’ (empresa de base tecnológica em fase de desenvolvimento).

Esses ‘QR Codes’, que podem conter texto e imagem nas línguas escolhidas pelos proprietários das casas, fornecem aos hóspedes dados sobre o interior dos espaços, os equipamentos disponíveis, as regras de utilização e como aceder à Internet ou à garagem.

A informação é obtida através da aplicação Houzguide, que os hóspedes podem descarregar gratuitamente para os ‘smartphones’, explicou.

O intuito deste serviço é “ajudar os proprietários das casas a providenciar uma melhor experiência para os hóspedes”, aumentando a comunicação entre ambos, indicou Paulo Bastos.

A ideia para a sua criação, que surgiu durante a feira de turismo de Lisboa, em março, vem colmatar as dificuldades que os próprios fundadores do Houzguide sentem.

“Viajamos bastante e há essa questão de estar numa casa, querer saber algo sobre algum equipamento, por exemplo, e não conseguir contactar o proprietário”, contou o engenheiro informático.

Segundo Paulo Bastos, essa é uma preocupação também para os proprietários, que querem fornecer o melhor serviço possível, mas nem sempre estão disponíveis para facultar informações.

A Houzguide, que tem vindo a ser desenvolvida nos últimos meses, vai ser apresentada oficialmente durante a 2.ª edição da Web Summit, uma conferência global de tecnologia que se realiza anualmente em Lisboa, entre 06 e 09 de novembro, onde são esperados mais de 60 mil participantes de 170 países e cerca de 20 mil empresas.

A participar pela primeira vez no evento, o empreendedor acredita que esta é uma forma de mostrar ao público o Houzguide, encontrar parceiros e receber críticas que podem ajudar a melhorar o serviço.

“Sabemos que a área do turismo é cada vez mais importante, em Portugal e noutros países”, existindo “já muitas empresas a proporcionar boas experiências fora das casas”, como é o caso dos guias turísticos eletrónicos.

No entanto, para o interior das casas “não existem muitas soluções que ajudem a uma melhor experiência e é isso que estamos a desenvolver”, reforçou Paulo Bastos.

Apesar de se encontrar ainda em fase de testes, a aplicação já foi adotada pelo grupo The City Concierge, uma empresa de alojamento local em Portugal, que irá utilizar esta aplicação em mais de 500 imóveis turísticos.

Para além de Paulo Bastos, fazem parte da equipa do Houzguide o engenheiro informático Rui Silva e a engenheira informática e designer Inês Azevedo.

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Primeira sondagem indica fim de maioria separatista no parlamento regional da Catalunha

  • Lusa
  • 29 Outubro 2017

De acordo com os resultados da primeira sondagem, os partidos separatistas que suportavam o executivo regional exonerado teriam 65 dos 135 deputados, menos três do que os necessários para governar.

Os partidos independentistas atuais não vão conseguir ter a maioria necessária para formar Governo na Catalunha nas próximas eleições regionais, em 21 de dezembro próximo, segundo a primeira sondagem publicada hoje no diário El Mundo.

Segundo o estudo de opinião, os partidos separatistas que suportavam o executivo regional exonerado teriam 65 deputados (42,5%) num total de 135 deputados, três menos do que os necessários para governar.

A Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) seria o mais votado, com 26,4% das intenções de voto, o Partido Democrático Europeu Catalão (PDeCAT, direita) de Carles Puigdemont teria 9,8% e a Candidatura de Unidade Popular (CUP, extrema-esquerda) 6,3%.

Os partidos constitucionalistas (não independentistas) somariam 43,4%, sendo o mais votado o Cidadãos (centro) com 19,6%, seguido pelo Partido dos Socialistas da Catalunha (PSC, socialistas agregados ao PSOE) com 15,1% e o Partido Popular (PP, direita) com 8,7%.

O Catalunha Sim Se Pode (CSQP, extrema-esquerda, próxima do Podemos) obteria 11 % dos votos.

Atualmente, o partido de Carles Puidgemont, destituído da presidência da Catalunha pelo governo de Madrid na sexta-feira, é o que tem mais deputados no parlamento catalão.

A empresa responsável pelo estudo realizou 1.000 entrevistas entre 23 e 26 de outubro, antes de o parlamento regional ter aprovado a declaração de independência e de o Governo central aplicar as medidas para repor a legalidade constitucional na Catalunha.

O parlamento regional aprovou na última sexta-feira a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupavam.

Ao mesmo tempo, em Madrid, o Senado espanhol deu autorização ao Governo central para aplicar o artigo 155º. da Constituição para restituir a legalidade na região autónoma.

O executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, anunciou ao fim do dia a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o Governo catalão, entre outras medidas.

Em resposta, no sábado, o presidente do governo regional destituído, Carles Puigdemont, disse não aceitar o seu afastamento e pediu aos catalães para fazerem uma “oposição democrática”, numa declaração oficial gravada previamente e transmitida em direto pelas televisões.

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Deco: 12 mil famílias endividadas sem conta de serviços mínimos bancários

  • Lusa
  • 29 Outubro 2017

Deco revela que muitas vezes quando os consumidores vão ao balcão do banco para obterem estas contas encontram uma série de entraves, muito burocráticos.

Cerca de 12 mil das 20 mil famílias que recorreram à ajuda da Deco este ano, até outubro, não têm conta de serviços mínimos bancários, razão pela qual a associação arranca esta semana com uma campanha de divulgação daquela conta.

“É uma constatação ao longo dos tempos, mas deste ano em particular”, afirmou à Lusa a coordenadora do Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado (GAS) da Deco, Natália Nunes, lembrando que quem pede ajuda ao GAS são pessoas em dificuldades financeiras e com diminuição de rendimentos.

Regra geral, os consumidores que pedem ajuda à Deco têm conta bancária, mas a surpresa da associação é essa conta não ser de serviços mínimos bancários, cujas comissões a cobrar pelos bancos não podem ultrapassar mais do que 1% do salário mínimo nacional, ou 5,57 euros, de acordo com o salário mínimo deste ano.

“À partida estamos à espera que essas famílias não estejam a gastar dinheiro com a conta bancária, porque já são pessoas em dificuldades financeiras, a controlar os seus gastos, e que lhes falta dinheiro até para o essencial, como a alimentação. Mas o que constatamos é que ninguém tem uma conta bancária de serviços mínimos”, contou Natália Nunes, em vésperas do Dia Mundial da Poupança, que se assinala na terça-feira.

A falta de informação é, para a Deco, a principal razão para a maioria dos consumidores abdicar do direito de adquirir a um custo reduzido, ou mesmo de forma gratuita como praticam alguns bancos, um conjunto de serviços bancários considerados essenciais, nomeadamente a abertura de uma conta de depósito à ordem e a disponibilização do respetivo cartão de débito.

“Há ainda muitas pessoas que continuam a acreditar que as contas bancárias não têm despesas associadas, e que até recebem uns ‘pozinhos’ de juro no final do ano”, como acontecia há uns anos, afirmou a coordenadora do GAS, adiantando que existe também falta de cuidado na observação do extrato bancário e até falta de competência para o conseguir fazer.

“Muitas vezes recomendamos que recorram aos serviços mínimos bancários, mas quando vão ao balcão [do banco] têm uma série de entraves, muito burocráticos, e têm de preencher requerimentos para converterem as suas contas”, explicou.

Por essa razão, a associação construiu um folheto para começar a divulgar a partir desta semana em ‘workshops’ em vários pontos do país, para dotar os consumidores mais vulneráveis de informação sobre os vários tipos de contas bancárias e ensiná-los a ler um extrato bancário.

“Ao contrário das tarifas sociais do gás e eletricidade, que são atribuídas automaticamente, estas contas não são automáticas”, criticou, lembrando o caso de um reformado que recorreu à Deco, com uma pensão de 300 euros e tinha uma conta normal da qual eram retirados dois ou três euros mensais de comissões.

“Para quem recebe 300 euros por mês, esses poucos euros fazem toda a diferença”, defendeu Natália Nunes, lembrando que a partir 01 de janeiro de 2018 os custos destas contas de serviços mínimos ainda vão diminuir mais porque vão passar a estar indexadas ao IAS (Indexante de Apoios Sociais).

Os serviços mínimos bancários incluem serviços de abertura e manutenção de conta de depósito à ordem, cartão de débito, acesso à movimentação da conta nas caixas automáticos, serviço de homebanking e balcões da instituição de crédito, e realização de depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos diretos e transferências para contas no próprio banco.

A partir de 2018, além das transferências intrabancárias nacionais, as contas de serviços mínimos vão passar a permitir transferências para outros bancos.

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Jerónimo acusa Governo de ter “subestimado perigos reais” nos últimos fogos e desdramatiza tensão com Marcelo

  • Lusa
  • 29 Outubro 2017

Líder do PCP recusa que as verbas para concretizar medidas de apoio à floresta sejam retiradas à reposição de rendimentos e direitos, preferindo como alternativa, se necessário, um aumento do défice.

O secretário-geral comunista considera que o Governo “subestimou os perigos reais” nos últimos incêndios e desdramatiza alguma tensão com o Presidente da República, afirmando que “o estado de choque ou não choque não é um elemento político de avaliação”.

Em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, hoje divulgada, Jerónimo de Sousa revela que existe “uma disponibilidade” do Governo para aprovar, na discussão na especialidade do Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano, a proposta do PCP para eliminar o corte de 10% no subsídio de desemprego ao fim de seis meses.

“Houve, no quadro do exame comum, uma aceitação e uma disponibilidade por parte do Governo para considerar positivamente essa proposta durante a fase da discussão de especialidade do Orçamento do Estado”, afirma, alertando que o PCP “ainda não baixou a bandeira” pelo aumento do salário mínimo para 600 euros já em 2018.

Sobre o cumprimento da legislatura até 2019, o líder comunista reitera que esta será levada até ao fim desde que o PS continue a seguir o estabelecido na posição conjunta e não dá qualquer Orçamento como aprovado à partida.

Questionado sobre o clima de aparente crispação entre o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Governo, Jerónimo de Sousa admite que possa haver “uma evolução” no relacionamento, mas rejeita que se possa falar de “um novo ciclo, um desenvolvimento político de consequências ainda imprevisíveis”.

“O estado de choque ou não choque, não é um elemento político de avaliação tanto do Governo como do próprio Presidente da República. Registamos, fazemos a devida avaliação, mas eu desdramatizaria esse acontecimento”, refere.

Em particular em relação à segunda vaga de mortes verificada este ano nos incêndios que deflagraram em 15 de outubro, Jerónimo de Sousa salienta que o partido tem “um posicionamento bastante crítico” sobre a atuação do Governo, considerando que o executivo “subestimou os perigos reais que existiam face às condições climáticas que eram anunciadas”, nomeadamente reduzindo drasticamente os meios aéreos.

Quanto ao próximo Orçamento, Jerónimo recusa que as verbas para concretizar medidas de apoio à floresta sejam retiradas à reposição de rendimentos e direitos, preferindo como alternativa, se necessário, um aumento do défice previsto.

Sobre o seu relacionamento com o Governo socialista, Jerónimo de Sousa volta a balizá-lo no quadro da posição conjunta assinada no início da legislatura, salientando que “não há Orçamentos de Estado previamente aprovados”.

“A questão desta solução política ser mais ou menos duradoura está muito ligada a uma boa ou má resposta aos problemas”, refere.

Sobre a possibilidade de o partido vir a integrar um futuro Governo do PS, o líder do PCP considera que existem “problemas objetivos”, como as posições do PS sobre a União Europeia e o euro, que “a não serem alterados, removidos” impedem esse cenário e chama a atenção que, “tanto os setores da direita política como da direita económica”, parecem preferir quadros ou de maioria absoluta do PS ou de uma aliança entre socialistas e bloquistas, sem o PCP.

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Poupança das famílias continua abaixo de valores registados há um ano

  • Lusa
  • 29 Outubro 2017

Desde o final de 2014 que a taxa de poupança das famílias portuguesas está abaixo dos 6% do rendimento disponível.

A poupança das famílias portuguesas continua abaixo dos valores registados há um ano, representando no segundo trimestre deste ano 5,2% do rendimento disponível, de acordo com números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os dados mais recentes do INE, a taxa de poupança das famílias portuguesas (e das sociedades sem fins lucrativos que as apoiam) representou 5,2% do rendimento disponível no ano terminado no segundo trimestre deste ano, abaixo dos 5,5% registados no período homólogo.

De acordo com os números INE, a taxa de poupança mais baixa registada desde o último trimestre de 1999 (primeira entrada da série) é de 5% – um mínimo registado pela primeira vez há dois anos – no segundo trimestre de 2015 – e que se repetiu no primeiro trimestre de 2016.

Desde o final de 2014 que a taxa de poupança das famílias portuguesas está abaixo dos 6% do rendimento disponível, tendo recuperado apenas no terceiro trimestre de 2016.

Estes são valores historicamente baixos, considerando que apenas em 2008 é possível encontrar valores desta grandeza: no segundo e terceiro trimestres desse ano a taxa de poupança era de 5,3% e 5,6%, respetivamente.

Também o Banco de Portugal (BdP) apresenta dados para os níveis de poupança, embora inferiores aos do INE, apontando para uma taxa de poupança dos particulares de 3,8% do rendimento disponível no ano terminado no primeiro trimestre de 2017 (segundo o Boletim Estatístico de outubro, o mais recente). Este valor fica abaixo da taxa de poupança de 4,3% registada pelo BdP no final de 2016.

Já os depósitos dos particulares nos bancos comerciais, um dos instrumentos de poupança mais comuns, totalizavam 138,2 mil milhões de euros no final de agosto de 2017, uma diminuição de 1,7% face a agosto de 2016.

O Dia Mundial da Poupança celebra-se em 31 de outubro e foi criado em 1924, no I Congresso Internacional de Economia, realizado na cidade italiana de Milão.

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