Ações do BCP aceleram 6% com aposta em dividendos
Título recupera de cinco sessões de perdas com o melhor desempenho num mês, depois de o BCP ter antecipado a possibilidade de voltar a pagar dividendos com base nas contas de 2018.
O tom mudou para o BCP. Após cinco sessões devastadoras para o título, as ações do banco liderado por Nuno Amado não só provam os primeiros ganhos em seis sessões, como somam o melhor registo diário do último mês. Uma recuperação a que não será alheia possibilidade de o BCP poder retomar a distribuição de dividendos com base nos lucros de 2018, no seguimento do aumento de capital que anunciou no início desta semana.
As ações do BCP aceleram 5,83%, para os 86,99 cêntimos, recuperando do mínimo histórico de 82,2 cêntimos a que encerrou nesta quinta-feira. O título prova não só os primeiros ganhos após cinco sessões consecutivas de perdas — período em que acumulou uma desvalorização de 23% e uma perda em termos de valor de mercado próxima dos 200 milhões de euros — como a maior valorização desde o dia 8 de dezembro do ano passado.
Ações do BCP nos últimos dias
O aumento de capital de 1.300 milhões de euros anunciado no início da semana, com um elevado desconto (38,6%), que tanto pressionou as ações do BCP nas últimas sessões, quase ironicamente parece agora estar por de trás da recuperação do título na sessão de hoje. Ontem, o prospeto de apresentação aos investidores do aumento de capital foi aprovado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), documento onde o banco liderado por Nuno Amado revela que poderá retomar o pagamento de dividendos aos acionistas com base nos lucros de 2018. Notícia que parece ter agradado aos investidores.
O banco aponta para um “potencial regresso ao pagamento de dividendos” e assumindo um “objetivo para pay-out ratio igual ou superior a 40% em 2018, sujeito a requisitos regulamentares”. Esta perspetiva tem por base a expectativa do banco de conseguir voltar a uma situação de normalização em 2018.
Desde 2012 que o BCP não paga dividendos, um facto que foi sublinhado esta quinta-feira pela agência DBRS, que salientou o fim da restrição em relação à política de remuneração acionista com o reembolso da ajuda estatal.
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