TSU: PSD acusa Bloco e PCP de quererem “tirar o tapete” ao Governo
Corte da TSU para empresas com salários mínimos está a ser debatida no Parlamento.
O PSD acusou esta quarta-feira o Bloco de Esquerda e o PCP de quererem “tirar o tapete” ao Governo sublinhando que, quando o Executivo anterior aumentou o salário mínimo e reduziu as contribuições das empresas com salários mais baixos, nenhum parceiro da coligação colocou em causa a decisão tomada.
Nenhum dos parceiros da coligação veio ao Parlamento “tirar o tapete ao Governo”, afirmou o líder do grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro. E todos sabiam que os social-democratas “não queriam estimular os baixos salários” ou “penalizar a Segurança Social”, afirmou.
Montenegro entende que o primeiro-ministro e as bancadas que suportam o Governo “devem explicações aos portugueses”. E quer saber porque é que António Costa assinou com os parceiros sociais um acordo sem o apoio dos parceiros de coligação. “Foi para abrir uma guerra dentro da geringonça?“, questionou. Ou foram os seus aliados parlamentares “que lhe roeram a corda?”, perguntou mais tarde.
Durante o debate em torno da redução da TSU para empresas com salários mínimos, Montenegro afirmou que é legítimo discordar do Governo mas entende que bem diferente é os parceiros de coligação quererem “revogar” as suas decisões. Esta “é uma maioria de meias tintas?”, questionou. “A geringonça é vossa, vocês é que têm de a pôr a mexer”, vincou ainda.
O PSD já disse que vai chumbar o diploma do Governo mas rejeita críticas de oportunismo, devolvendo-a aos partidos que apoiam o Governo.
Os pedidos de apreciação parlamentar do diploma foram apresentados pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP que defenderam o aumento do salário mínimo já em vigor (557 euros) mas criticaram a contrapartida prometida pelo Governo: a redução da TSU para empresas que suportam esta subida.
As duas bancadas apontaram então para outras medidas que entendem que podem ser benéficas para as empresas. Para o deputado bloquista José Soeiro, as pequenas e médias empresas precisam de consumo interno, e, por isso, “o aumento de salários é uma boa notícia”.
“Do que não precisam é de uma fatura energética excessiva, do abusivo pagamento especial por conta ou de uma política de crédito que lhes cobra juros acima do que podem pagar”, afirmou.
E também Rita Rato, do PCP, apontou para a eliminação do PEC e a baixa de custos de energia que, afirmou, não podem ser consideradas contrapartidas.
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