Juros da dívida mantêm-se acima dos 4%
É o segundo dia consecutivo em que as yields lusas negoceiam acima dos 4%. Ontem, o presidente do Eurogrupo dizia a Portugal para saber interpretar os números: os mercados pedem reformas, afirmou.
Os juros da dívida soberana a dez anos mantém-se acima da fasquia dos 4% esta sexta-feira, embora já com uma tendência descendente. É o segundo dia consecutivo em que as yields da dívida portuguesa permanecem acima deste limiar.
A taxa de juro a dez anos descia ligeiramente para 4,10% esta manhã, depois de ontem ter chegado aos 4,12%, em máximos desde fevereiro do ano passado. O spread face à dívida alemã está a cair mas mantém-se nos 357,8 pontos base.
A tendência de queda ligeira regista-se um pouco por toda a Europa após uma quinta-feira de subida, com as yields italianas a dez anos a caírem também -0,021 pontos base, para 2,221%, e os juros das bunds alemãs a recuar 0,0009 pontos base para 0,478%. Em Espanha, uma subida ligeira no mesmo prazo, de 0,006 pontos base para 1,592%.
A tendência descendente dos juros da dívida soberana não basta, para já, para os fazer cair abaixo da fasquia psicológica dos 4%, que levou ontem o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, a deixar um recado a António Costa: os mercados pedem reformas. “A volatilidade nos mercados sublinha a necessidade de Portugal acelerar as reformas e de fortalecer os bancos”, notou Dijsselbloem, que assinalou, porém, que Portugal está “a tomar as medidas adequadas”.
Foi no princípio do mês que os juros da dívida nacional voltaram a atingir máximos de fevereiro de 2016 no prazo a dez anos, ultrapassando os 4%. Após terem voltado a recuar abaixo desses níveis, ontem retomaram uma tendência ascendente que os fez ultrapassar a subida.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Juros da dívida mantêm-se acima dos 4%
{{ noCommentsLabel }}